Blog do Cardosinho

Muita gente tem perguntado o que o Clóvis vai fazer com o secretariado de Parini. O normal seria que os assessores do ex-prefeito colocassem seus cargos à disposição, a fim de que o novo prefeito pudesse se sentir à vontade para escolher os seus auxiliares. Pelo menos é assim que as pessoas ocupantes de cargos de confiança costumam fazer.

Assessores como Rubens Chaparim, Marli Mastelari, Léo Huber e outros, que não foram indicados por partidos da base de apoio e ocupam cargos como parte da cota pessoal do ex-prefeito, deveriam ser os primeiros a dar o exemplo. Afinal, eles são funcionários de confiança do Parini e não do Clóvis Viola. Caso o ex-prefeito volte ao cargo, hipótese que – por enquanto – não pode ser descartada, eles, com certeza voltariam também. Mas o quadro atual requer que eles tenham bom senso e tratem de ir limpando as gavetas.

Por outro lado, não vamos nos iludir com a expectativa de que Clóvis vai fazer uma “faxina geral” na Prefeitura. Não é bem por aí. Primeiro porque não se pode jogar todo o secretariado de ex-prefeito na vala comum da incompetência. Ali existem pessoas capacitadas, algumas mal aproveitadas e outras engessadas pelo centralismo de Parini. Por outro lado, a política é a arte de engolir sapos e Clóvis sabe que vai ter que engolir alguns. Tomara que sejam poucos.

Se não me falha a memória, foi o secretário de Administração, José Shimomura, quem, no final do primeiro mandato do prefeito Parini, solicitou que todos os auxiliares colocassem seus cargos à disposição para que o prefeito, ao iniciar o novo mandato, pudesse, se fosse o caso, substituir quem não estava agradando. Talvez fosse o caso de o Shimomura repetir a iniciativa. 

A juíza da 4a. Vara Judicial de Jales, Renata Vilalba Serrano Nunes, assinou no finalzinho da tarde desta quarta-feira, o despacho que determina o cumprimento da decisão que suspende os direitos políticos do petista Humberto Parini e, por consequência, cassa o seu cargo de prefeito.

O ofício que comunica a decisão ao presidente do Legislativo Municipal, Claudir Aranda, e implica na posse do vice-prefeito Clóvis Viola, também já está assinado pela juíza e deverá ser protocolado na secretaria da Câmara logo nas primeiras horas do expediente de amanhã. Em seguida, Claudir deverá convocar uma sessão extraordinária da Câmara, para dar posse a Clóvis.

O prefeito Humberto Parini encontra-se em Brasília, onde ainda tenta reverter a cassação de seu mandato. Fontes próximas ao Paço informam que o prefeito está tentando virar o jogo através de injunções políticas. Mas, segundo advogados consultados por este aprendiz de blogueiro, é muito improvável que o prefeito consiga mudar alguma decisão do Judiciário através da influência política. Abaixo, cópia do despacho de hoje, que determina o cumprimento da sentença:

O portal de notícias Mais Interativa acaba de publicar notícia onde diz que, segundo informações extra-oficiais, o ofício da juíza da 4a. Vara, Renata Vilalba Serrano Nunes, com a notificação para que se dê posse ao vice Clóvis Viola, poderá chegar à Câmara ainda hoje. Vamos à notícia da Mais Interativa:

A assessoria de imprensa da Câmara Municipal de Jales informou que até agora (dia 3), a Câmara não recebeu nenhum ofício da 4ª. Vara Judicial de Jales, solicitando que fosse dada a posse ao vice-prefeito Clóvis Viola (PPS). No entanto, informações extra-oficiais dão conta de que a notificação pode chegar ainda hoje. Segundo o presidente da Câmara Municipal, Claudir Aranda (PDT), assim que a notificação oficial chegar, será realizada uma sessão extraordinária para dar a posse a Viola.

O secretário Municipal de Comunicação, Welton Márcio Cláudio, informou hoje que o prefeito Humberto Parini (PT) está em Brasília tentando reverter a decisão de cassação.

A população de Jales aguarda ansiosa para que haja uma definição do caso.