Acho que sou mesmo um sujeito mal informado. Eu nem sabia que tínhamos uma Associação de Criadores de Ovinos aqui em Jales. Vejam a notícia do Canal Rural:
A Associação Paulista de Criadores de Ovinos (Aspaco), a Associação dos Criadores de Ovinos da Região de Jales (Ascorj) e o Sebrar vão iniciar a elaboração de um projeto piloto para o melhoramento genético do rebanho comercial de ovinos, em parceria com os criadores da região de Jales, no noroeste do estado de São Paulo, utilizando sêmen das raças Dorper e White Dorper.
O projeto é uma das medidas propostas durante reunião com o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, no mês passado.
“A ideia é reunir além da Aspaco, a ABC Dorper, o Sebrae e o governo do estado para que nesse projeto piloto possamos incentivar e fomentar a ovinocultura paulista”, afirma o presidente da Aspaco, Bruno Garcia Moreira.
Para o Sebrae, o melhoramento genético é fundamental para o desenvolvimento dos criadores de ovinos, sobretudo para a região de Jales, que está fora do centro do estado.
“É muito importante a Aspaco encabeçar um projeto como esse, que incentiva a adoção de novas tecnologias, como a inseminação artificial, essencial para o melhoramento genético. Não tenho dúvidas de que haverá um ganho muito grande para a produção de carne ovina”, ressalta a consultora Viviane Karina Gianlorençoa.
Um vídeo (veja aqui) feito de uma das janelas do Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná, está repercutindo na internet. Segundo o jornalista Esmael Moraes, as vozes das pessoas que estão comemorando a ação da PM contra os professores, são de assessores do governador Beto Richa(PSDB). Enquanto a polícia lançava bombas e soltava cães ferozes pra cima dos manifestantes, os palacianos comemoravam com gritos de “aêêê!” e “é isso aí!”.
Na Assembleia Legislativa do Paraná, um deputado que integra a base de apoio ao governador Beto Richa surtou durante a sessão de quinta-feira, 29. Ney Leprevost, do governista PSD, reagiu à informação de que as bombas foram lançadas contra “black blocs” infiltrados, xingando o governador de “bandido” e “covarde”. Aos gritos, ele dizia “olha aqui um black bloc” enquanto erguia o braço ensanguentado de um colega deputado que foi atacado pelos cães da PM.
Até a Folha de S.Paulo criticou o governador do Paraná. “Governador tucano se reelegeu após devastar as finanças do Paraná e agora recorre à truculência policial contra revolta de servidores”, diz um trecho do editorial de sexta-feira. Ao final, porém, a Folha deixa aflorar seu lado tucano, ressaltando que “Beto Richa é uma exceção dentro do PSDB, que cultiva bons gestores”.
Já o jornal paranaense Gazeta do Povo preferiu fazer uma comparação. Segundo o jornal, a maior agressão contra professores daquele estado aconteceu em 1988, quando o então governador Álvaro Dias(PSDB) mandou a polícia contra a categoria. Naquela ocasião, foram registrados apenas 10 feridos. Nas manifestações de quarta-feira, foram contabilizados cerca de 200 feridos.
Jornalistas paranaenses programaram um protesto para este domingo, contra a violência. Há alguns dias, um jornalista da RPC TV, que fazia reportagens sobre a rede de corrupção e pedofilia dentro da Receita Estadual do Paraná, foi ameaçado de morte. Diante da ameaça, a empresa providenciou a retirada do jornalista da cidade onde realizava a investigação que envolve pessoas muito próximas ao governador Beto Richa, como seu parente, Luiz Abi Antoun, e o ex-inspetor geral de fiscalização da Receita Estadual, Marcio de Albuquerque Lima.
Em Minas Gerais, onde o atual governador, Fernando Pimentel(PT) herdou uma grave crise na educação, parece que está prevalecendo o diálogo. Depois de criar um canal de comunicação com os professores, que ganham um dos menores salários do país, o governador assumiu compromissos como o pagamento do piso nacional da categoria até 2018. Pimentel disse, recentemente, que “professor não pode ser caso de polícia”.
Mesmo sob ataque da oposição e da imprensa, a Petrobras foi – junto com a CSN – a empresa que mais se valorizou em abril na Bovespa. As ações ON da Petrobras fecharam o mês com ganhos de 48,75%, cotadas a R$ 14,25, enquanto as PN dispararam 34,12%, para R$ 13,05. Com isso, a empresa fecha abril com um ganho de R$ 53,36 bilhões de valor de mercado.
A torcida do Santos ainda não perdoou a Rede Globo. No treino de sexta-feira, o penúltimo antes da final contra o Palmeiras, os torcedores entoaram diversos gritos de guerra contra a emissora dos Marinho. A revolta da torcida santista com a Globo se iniciou nas quartas de final do Paulista, quando o confronto do time praiano contra o XV de Piracicaba era o único marcado para as 16h de domingo, mas a Globo preferiu exibir o filme “O Espetacular Homem-Aranha”.
E não é só o Jornal Nacional que está perdendo audiência. Segundo o site F5, da Folha de S.Paulo, o “Programa do Jô” amargou um terceiro lugar na audiência pela primeira vez, desde que estreou em 2000. Na madrugada de quarta-feira, o programa com “As Meninas do Jô” marcou apenas 3,7 pontos, enquanto, no mesmo horário, o “Câmera Record” marcou 6 pontos e o “The Noite”, do SBT, alcançou 4,2 pontos.
A Anamatra – Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho – vem divulgando alguns vídeos com depoimentos contrários à terceirização. Para a Associação, o projeto de lei que propõe novas regras para a terceirização, aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados e em discussão no Senado, não trará segurança jurídica às empresas ou ao trabalhador.
Segundo a entidade, a regulamentação da terceirização, do jeito que está, pode ser vista como um passo para trás. “Esse projeto poderá resultar no maior retrocesso da história da legislação trabalhista brasileira desde a origem do trabalhismo e dos direitos sociais conquistados na década de 30”, avalia o diretor de Prerrogativas e Assuntos Jurídicos da Anamatra, Guilherme Feliciano.
Já a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) defende a terceirização. Sylvia Lorena, gerente executiva de relações do trabalho da CNI, diz que “o que se busca é regulamentar a terceirização no país, de forma a tapar buracos que existem na jurisprudência brasileira, que não trazem segurança jurídica e não protegem empresas nem trabalhadores”.
Na quinta-feira, 30, a presidenta Dilma Rousseff defendeu a necessidade de uma legislação que regulamente a terceirização. Para ela, entretanto, é preciso aprovar uma lei que não precarize o trabalho. Também nesta semana, o ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, criticou o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados. Para ele, a proposta fragiliza as relações de trabalho.
E os prezados leitores, o que pensam? O assunto merece uma reflexão, pois não vai afetar apenas os trabalhadores. O INSS e os institutos estaduais e municipais de previdência também serão afetados, pois as contribuições diminuirão. E, a médio prazo, isso poderá trazer problemas também aos aposentados ou àqueles que estiverem pensando em se aposentar.
Nos anos de 2013 e 2014 nossos bravos vereadores rejeitaram dois projetos da então prefeita Nice Mistilides, que concediam anistia de multas e cancelavam os juros moratórios devidos pelos contribuintes que aderissem ao chamado Refis para pagar seus impostos atrasados.
De outro lado, logo que assumiu, o atual prefeito disse várias vezes que não concederia anistias aos devedores de impostos. Callado dizia que, no máximo, ele pediria autorização à Câmara para parcelar os débitos dos inadimplentes, mas sem perdão de multas e juros.
Se me lembro bem, Callado alegava que teria sido inclusive alertado pelo Ministério Público para não repetir o que fizera o ex-prefeito Parini, que concedeu uma anistia em 2009 e está sendo alvo de uma ação civil pública, sob a acusação de ter renunciado a receitas.
Vejam, agora, a notícia distribuída pela assessoria de imprensa da Câmara:
A Câmara Municipal de Jales aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei nº 38/2015, que autoriza o Poder Executivo Municipal a conceder anistia de multas dos débitos tributários e não tributários inscritos em dívida ativa até o exercício de 2.014, ajuizados ou não.
O Projeto de Lei, votado em regime de urgência especial, estabelece que, a partir de sua sanção, o Poder Executivo Municipal ficará autorizado a conceder anistia de multas, além do parcelamento de débitos tributários e não tributários inscritos em dívida ativa até o exercício de 2.014, ajuizados ou não, para pagamento na forma prevista na referida lei.
A concessão de anistia de multas dos débitos de que trata o artigo 1º da referida lei se dará com 100% (cem por cento) de desconto, para pagamento à vista e 80% (oitenta por cento) de desconto, para pagamento parcelado.
No caso de pagamento parcelado, o contribuinte poderá fazê-lo em 07 (sete) parcelas, se aderir ao parcelamento até o dia 29 de maio de 2.015 e 06 (seis) parcelas, se aderir ao parcelamento até 30 de junho de 2.015.
Não é curioso? Dessa vez o projeto foi aprovado sem nenhum alarde. Eu, por exemplo, acompanhei a sessão da Câmara de segunda-feira e nem percebi a aprovação desse projeto. É certo que fiquei um bom tempo conversando com meus amigos da imprensa – Assis Duarte, Tony Ramos e Luiz Ramires – e não prestei muita atenção ao que estava sendo votado.
É certo também que o projeto de Callado guarda uma pequena diferença em relação aos projetos de Nice. Os da ex-prefeita perdoavam multas e juros moratórios. O de Callado perdoa apenas as multas.
De qualquer forma, os objetivos de Callado são os mesmos que a ex-prefeita tentava alcançar: arrecadar uma grana para reforço do caixa. No caso de Nice, os vereadores – utilizando-se de variados argumentos – negaram. No caso de Callado, aprovaram rapidinho, sem nenhum barulho.
Em tempo: Callado espera arrecadar R$ 2,5 milhões com as facilidades oferecidas aos inadimplentes.
No jornal Folha Noroeste deste sábado, a principal manchete destaca uma obra realizada pela administração de Urânia, sob o comando do prefeito Francisco Airton Saracuza, que, de acordo com a notícia, vai trazer grandes benefícios para a população daquele município.
Trata-se de um canal a céu aberto construído para ajudar a conter a erosão que já começava a colocar em risco alguns prédios residenciais. A obra está custando cerca de R$ 250 mil, cobertos quase que totalmente com recursos de um convênio assinado com a Secretaria Estadual de Planejamento e Desenvolvimento Regional.
Na coluna FolhaGeral, o intrépido diretor do jornal, Roberto Carvalho, registra sua indignação com o fato de estarem querendo mudar o nome da Praça “Euphly Jales” para Praça da Fonte. Segundo o colunista – também conhecido como Neco – “esse absurdo começou na administração da ex-prefeita Nice”.
O Tribunal de Justiça de São Paulo realizou na segunda-feira passada, 27/04, o vitaliciamento da juíza auxiliar da Comarca de Urânia, Thania Pereira Teixeira de Carvalho Cardin.
Na cerimônia, que ocorreu no gabinete do presidente da Corte, desembargador José Renato Nalini, houve a leitura do compromisso e, posteriormente, a assinatura do documento por parte da juíza e do presidente, que desejou sorte à magistrada.
Thania foi aprovada no “183º Concurso de Ingresso na Magistratura”, realizado em 2012. Ela chegou à última fase do concurso – a prova oral – juntamente com outros 102 candidatos, dos quais 24 foram aprovados, incluindo a juíza de Estrela D’Oeste, Marina Miranda Belotti, que classificou-se em primeiro lugar
Depois de passar por outras comarcas, como juíza substituta, Thania – que é natural de Presidente Prudente – foi designada para a Vara Única de Urânia em 2013. Quem conhece a doutora Thania, que é casada e mora aqui em Jales, diz tratar-se de pessoa bastante simples e extremamente dedicada à magistratura.
No jornal A Tribunadeste final de semana o principal destaque é para o caso da Proposta Ambiental Ltda, que continua ameaçando paralisar os serviços de varrição e coleta de lixo em Jales. A empresa já notificou a Prefeitura sobre uma possível nova paralisação, caso o município não faça o pagamento das notas fiscais que estão em atraso há mais de 90 dias.
Destaque também para a polícia de Jales que prendeu, nos últimos dias, 11 pessoas envolvidas com furtos e outras coisas mais. Ainda na seara da segurança pública, o jornal traz matéria com dados da Secretaria Estadual de Segurança, onde fica demonstrado que, em março, o número de furtos em Jales foi o menor dos últimos dois anos.
O caso do ex-vereador André Macetão, que, depois de cassado, está sendo convidado a deixar o PSD; o leilão da praça do JACB, que está marcado para o dia 13 de maio; a condenação do deputado estadual Carlão Pignatari(PSDB) e a aprovação de um projeto do vereador Gilbertão, que proíbe os trens da ALL de buzinar à noite no perímetro urbano, são outros assuntos de A Tribuna.
No caderno social, destaque para a festa de aniversário da garotinha Ana Helena Bologna Vieira e para a coluna do Douglas Zílio. Na coluninha de bastidores políticos escrita por este aprendiz de blogueiro, destaque para o embate Ricardo Junqueira versus Matogrosso e para a inauguração do Centro Regional de Imagem da Santa Casa.
O repórter Beto Mariano, da Rádio Alvorada, entrevistou, na quinta-feira, 30, uma ex-funcionária da empresa Proposta Ambiental Ltda, que trabalhava na varrição de ruas em Fernandópolis.
Para quem não sabe, assim como aqui em Jales, a Proposta substituiu a Ecopav também em Fernandópolis.
Na entrevista, a moça, que trabalhava há 14 anos como varredora, faz sérias críticas às condições de trabalho oferecidas pela Proposta, que, segundo ela, seriam análogas ao trabalho escravo.
O bate-papo com a varredora, que se chama Marilda, foi acompanhado pelo vereador Chico Arouca, que aparece com ela na foto lá de cima. Mais detalhes sobre o caso, na edição desse final de semana do jornal A Tribuna.
Posso estar enganado, mas me parece que o deputado Carlão Pignatari(PSDB) escreveu um artigo ou deu uma entrevista para um jornal aqui de Jales, há duas ou três semanas, onde criticava a corrupção na Petrobras. E agora…
Bem, e agora ele está sendo condenado por envolvimento na chamada “Máfia das Ambulâncias”, descoberta em 2006. Não se iludam, porém. O julgamento ainda é da primeira instância e daqui uns trinta anos, quando chegar à última instância, o deputado será, provavelmente, absolvido.
O deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB) foi condenado pela Justiça Federal de Rio Preto à perda do cargo e à suspensão dos direitos políticos por cinco anos, em ação civil por improbidade administrativa. O tucano foi acusado pelo Ministério Público Federal de direcionar licitação para a compra de ambulâncias no período em que era prefeito de Votuporanga (2001-2008).
O esquema, que envolveu dezenas de prefeituras do País e desviou R$ 110 milhões do Orçamento da União, ficou conhecido como “máfia das ambulâncias” e era liderado pelos irmãos Darci e Luiz Antônio Vedoin, também condenados por improbidade com Pignatari. A decisão, de primeira instância, só será cumprida se a sentença for mantida pelos tribunais superiores até se esgotarem todos os recursos.
Segundo o MPF, entre 2003 e 2004 o atual deputado assinou dois convênios com o Ministério da Saúde para a compra de três ambulâncias, no valor total de R$ 259 mil. Foram abertas cinco licitações, todas na modalidade carta-convite, em que a prefeitura escolhe as empresas participantes. No total, dez empresas foram convidadas, sendo que seis delas eram controladas pelos irmãos Vedoin.
Das cinco empresas vencedoras, três pertenciam ao esquema: a Planam, mais conhecida delas, que ganhou licitação para fornecer uma das ambulâncias por R$ 69.850, a Unisau, que venceu certame para equipar um veículo por R$ 63.140, e a Deva Automóveis, que forneceu um segundo automóvel por R$ 66 mil.
Além do envolvimento das empresas com comprovado envolvimento na máfia, o Ministério Público apontou outros dois indícios de direcionamento nas licitações: o pagamento à empresa Deva foi feito à Delta, que também integra o esquema mas perdeu a licitação, e a proximidade do valor dos convênios e das licitações, “o que demonstra que (os envolvidos) estavam cientes de que não haveria efetivamente concorrência”, segundo o procurador Jefferson Aparecido Dias.
Pois é, enquanto uma razoável parcela da politizada gente paulista se distrai em manifestações supostamente contra a corrupção, na Assembleia Legislativa de São Paulo os representantes dela (da gente paulista) se preparam para dar mais uma demonstração de respeito às vozes roucas das ruas.
A Mesa Diretora da Assembleia, presidida pelo deputado Fernando Capez(PSDB) e vice-presidida pela nossa conterrânea Analice Fernandes(PSDB), está apresentando quatro projetos que preveem a criação de 244 cargos em comissão, com salários que variam entre R$ 4,8 mil e R$ 17,7 mil.
Os quatro projetos serão discutidos em regime de urgência, que é para não dar tempo de termos algum debate sobre o assunto. Ou seja, o cabide de emprego da Assembleia poderá ser aprovado já na próxima semana. O deputado Carlão Pignatari(PSDB), relator especial da Comissão de Justiça e Redação, já deu parecer favorável aos quatro projetos.
Resumo da ópera: enquanto os coxinhas gritam contra Dilma, o trem da alegria passa.