Arquivos mensais: maio 2017

FEIRA DE ALIMENTOS ORGÂNICOS SERÁ INAUGURADA NESSE SÁBADO

ORGÂNICOS FOTO CONVITE INAUGURAÇÃOEstá marcada para esse sábado, 27, às 08:30 horas, a inauguração da Feira de Alimentos Orgânicos de Jales, que vai funcionar no prédio construído pela administração Parini na esquina da Rua Quatro com a Avenida “Jânio Quadros”, ao lado do Comboio.

A Feira de Alimentos Orgânicos não nasceu de uma hora para outra e, espera-se, veio para ficar. A ideia começou a ser gestada há meses e contou com a preciosa ajuda dos irmãos Hilton e Nilton Marques, que auxiliaram os produtores orgânicos de Jales e região a se organizarem.

De acordo com o Hilton Marques, a Feira só vai comercializar produtos orgânicos certificados. O Hilton ressaltou, também, que os secretários Hilário Pupim (Agricultura) e Niltinho Suetugo (Planejamento), além do prefeito Flávio Prandi, estão dando total apoio aos produtores que organizaram a Feira. 

DUAS OPINIÕES SOBRE A ABSOLVIÇÃO DE CLÁUDIA CRUZ

cláudia cruz eduardo cunha

Pessoalmente, acho que a absolvição da jornalista Cláudia Cruz esconde algum interesse obscuro. Talvez seja uma tentativa de manter Eduardo Cunha calado, uma vez que a condenação dela poderia precipitar uma delação premiada do marido. E, ao que parece, tem muita gente interessada em que Cunha continue silente.

De qualquer forma, reproduzo por interessantes, duas opiniões divergentes,  produzidas por jornalistas de esquerda, sobre a absolvição da esposa de Eduardo Cunha. A primeira, logo abaixo, é do blogueiro Fernando Brito, que ironiza a decisão de Sérgio Moro:

Transcrevo, para que o caro leitor e a querida leitora avalie, o trecho da sentença de Sérgio Moro que inocenta Cláudia Cruz, lavrada no mais belo estilo de considerá-la uma mulher fútil e ignorante, que  gasta mais de um milhão de dólares sem saber de onde vem, pobrezinha.

“Nesse ponto, porém, entendo que carece a imputação de suficiente prova do dolo. A acusada Cláudia Cordeiro Cruz foi interrogada em Juízo. Alegou em síntese que era esposa de Eduardo Cosentino da Cunha, que confiava em seu marido e que desconhecia o envolvimento dele em crimes de corrupção”.

“Quanto à conta no exterior, confirmou que assinou os papéis relativos à abertura da conta em nome da Kopek, mas que tinha, na época, presente que se tratava apenas de um cartão de crédito internacional.
Atribui a responsabilidade dos fatos a Eduardo Cosentino da Cunha que teria lhe apresentado os papéis para assinar”.

“Também afirmou que Eduardo Cosentino da Cunha cuidava da gestão financeira da família e inclusive da apresentação de sua declaração de imposto de renda”.

“Cumpre observar que, de fato, não há prova de que ela tenha participado dos acertos de corrupção de Eduardo Cosentino da Cunha”.

“Por outro lado, como visto nos itens 283-290, na documentação da conta em nome da Kopek, consta de fato a informação de que a conta foi aberta exclusivamente para alimentar cartões de crédito, entre eles da acusada Cláudia Cordeiro Cruz”.

“A conta e seus ativos não foram, de fato, declarados pela acusada nas declarações de ajuste anual de imposto de renda”.

“Entretanto, a escusa apresentada pela acusada, de que era o seu marido quem cuidava das suas declarações de rendimento, é plausível”.

No “raciocínio” de Moro, uma mulher – adulta, madura e capaz – é apenas uma imbecil que recebe uma mesada no cartão de crédito e a gasta em boutiques de luxo flanando, sem uma questão sequer sobre a sua origem.

Ela só mora com ele e é ele quem cuida da sua vida, de sua renda, de seu dinheiro, dos seus gastos.

Uma ofensa à inteligência das mulheres. Uma ofensa à inteligência de todas e todos.

Eduardo_Cunha_e_Cláudia Cruz

A segunda opinião é do colunista Breno Altman. Por sinal, Breno – assim como Cláudia Cruz – faz parte de um pequeno grupo de pessoas absolvidas por Moro. Em abril de 2016, ele foi conduzido coercitivamente para depor na PF e se tornou réu em uma ação que tentava ligar o PT ao assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel.

Quase um ano depois das humilhações que lhe foram impostas pelo MPF, Breno foi absolvido, mas sua absolvição não mereceu o mesmo estardalhaço de sua condução coercitiva e das acusações imputadas a ele. Vejamos o que disse Altman sobre a absolvição de Cláudia Cruz:

“Que os amigos e amigas mais exaltados me perdoem, mas essa foi uma das poucas sentenças equilibradas do juiz Sérgio Moro”, diz Altman.

“Prender ou condenar parentes de primeiro grau sem qualquer vinculo com supostos crimes do réu principal, por meras provas de usufruto, não necessariamente com dolo, tendo como razão vinculante apenas a relação pessoal ou parental, seria um terrível atropelo ao devido processo legal e às garantias constitucionais”, defende o jornalista. 

Para Breno Altman, o único crime provado de Cláudia Cruz é ser casada com Eduardo Cunha. “Mas esse delito não está tipificado no Código Penal ou em qualquer outro documento legal”, afirmou.

ARTIGO – “A MÃO PESADA DO ESTADO”

Alan de AbreuO jornalista Alan de Abreu – um dos profissionais mais corajosos e uma das mais brilhantes penas da imprensa interiorana – do Diário da Região, publicou nessa quinta-feira interessante artigo sobre o caso Reinaldo Azevedo, que reproduzo abaixo.

Antes, lembro que Reinaldo Azevedo – que agora está protestando, com razão, contra o vazamento de sua conversa com Andrea Neves – é o mesmo jornalista que achou tudo normal (ou mais que isso: quase teve orgasmos) quando o juiz imparcial de Curitiba, Sérgio Moro, vazou as conversas de Lula com Dilma e de dona Marisa Letícia com um filho.

Vamos ao artigo: 

Reinaldo Azevedo sempre privilegiou o tom panfletário em detrimento do bom jornalismo. Nos últimos 12 anos, vendeu-se no programa “Os pingos nos is” na rádio “Jovem Pan” e em seu blog na “Veja” como um liberal antipetista, mas nunca deixou de ser um ultraconservador, sempre simpático a Temer e seus acólitos e aos tucanos de alta plumagem.

Enquanto a Operação Lava Jato se ocupava com os desmandos petistas, Azevedo permanecia na confortável posição de áulico da ética e da moralidade. Mas, quando os ventos da megainvestigação passaram a mirar também tucanos e peemedebistas com passado mais do que suspeito, o jornalista, com seu característico tom incendiário e picaresco, sobretudo na Jovem Pan, começou uma campanha com fortes críticas aos procuradores que conduzem a Lava Jato, sobretudo o procurador-geral Rodrigo Janot.

Na última semana, quando a delação de Joesley Batista, da JBS, veio à tona, Azevedo acentuou suas críticas à operação. Passou a argumentar que a Procuradoria Geral da República arquitetava um golpe para tirar Temer do poder.

A resposta da Lava Jato a Azevedo viria nesta terça-feira, dia 24, da pior maneira possível. O site Buzzfeed “encontrou”, entre as centenas de áudios do inquérito que investiga Temer e o tucano Aécio Neves, conversas entre o jornalista e Andrea Neves, irmã do senador Aécio. O sigilo fora levantado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.

São diálogos fortuitos entre jornalista e fonte, sem o mínimo indício de crimes. Mas profundamente constrangedores para Azevedo, que qualifica a revista “Veja”, uma de suas empregadoras, de “nojenta”, por ter produzido, naqueles dias de abril, uma reportagem sobre as suspeitas contra o senador mineiro.

Azevedo pediu demissão da “Veja” e divulgou uma nota em que protesta contra a divulgação da conversa pelo STF e a consequente quebra do sigilo de fonte.

Pessoalmente, não gosto do trabalho do jornalista: incendiário, arrogante, que não raro beira o pedantismo. Mas não posso deixar de protestar contra a divulgação desses diálogos, que não prestam a nenhuma investigação e por isso nem deveriam estar no inquérito.

Sei bem como agem certos agentes públicos quando se veem contrariados por um jornalista. Em 2011, o então procurador do MPF em Rio Preto, Álvaro Stipp, ordenou o meu indiciamento na Polícia Federal pela divulgação de escutas em um esquema de corrupção na delegacia do Ministério do Trabalho em Rio Preto. Tudo porque me neguei a revelar a ele a fonte daquelas informações. Posteriormente, nesse mesmo caso, o juiz federal Dasser Letière Jr determinou a quebra do sigilo telefônico de toda a redação do Diário na tentativa de se chegar à fonte da minha reportagem. Hoje o caso está no STF, à espera de julgamento.

Nesse meio tempo, em 2015, fui indiciado novamente pelo mesmo crime, desta vez pelo delegado Airton Douglas Honório, por divulgar escutas telefônicas referentes à investigação de um sequestro em Rio Preto. Após forte reação de entidades, o caso foi arquivado e o indiciamento, anulado.

Nem Stipp nem Honório receberam qualquer reprimenda formal pelos seus atos claramente atentatórios à liberdade de imprensa. Pelo contrário: Stipp foi promovido a procurador do Tribunal Regional Federal, em São Paulo, e Honório teve arquivado um inquérito contra si na Corregedoria da corporação.

De minha parte, não me arrependo de nenhuma linha que escrevi nos dois casos. Faria tudo de novo. Nós, jornalistas, precisamos estar vigilantes e combativos diante da mão pesada do Estado, que nem sempre está a serviço do bem comum.

PREFEITURA SUSPENDE LICITAÇÃO DEPOIS DE DENÚNCIA DE TIAGO ABRA

O Diário Oficial desta quinta-feira publicou a suspensão do pregão marcado para amanhã, 26, que visava a contratação de uma empresa especializada para prestar serviços de assessoria e consultoria contábil e financeira junto à Secretaria Municipal de Fazenda.

Até o início deste ano, esse tipo de serviço era prestado pela empresa Metapública Ltda, de Rio Preto, mas o contrato foi rescindido em fevereiro pelo prefeito Flá. Em 2016, os serviços da Metapública – que assessora o setor de contabilidade da Prefeitura desde o primeiro mandato do ex-prefeito Parini – custaram R$ 63,6 mil.

Segundo consta, a suspensão do pregão foi determinada pelo Ministério Público, após denúncia do vereador Tiago Abra sobre supostos indícios de direcionamento. Matéria do Alexandre Ribeiro, o Carioca, para a próxima edição do jornal A Tribuna, trará mais detalhes sobre o caso.

RECAPE MUDA VISUAL DO JARDIM AMÉRICA

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As fotos acima mostram o antes e o depois de um trecho da Rua Jales, no Jardim América. Como se sabe, as ruas daquele bairro – que estavam entre as mais esburacadas da cidade – estão sendo repaginadas pela administração Flá, com os R$ 4 milhões do empréstimo obtido pela administração Callado.

DSC03069-rua jalesNem tudo, porém, são elogios. Na semana passada, enquanto este aprendiz de blogueiro fotografava a Rua Jales, um morador chamou a atenção para um pequeno defeito no serviço recém-executado, como se pode ver na foto ao lado.

Assim que concluir o recape das ruas do Jardim América, a empresa Conpav Ltda já terá executado pouco mais de 70% dos serviços contratados pela Prefeitura. Ficará faltando, ainda, a recuperação asfáltica de alguns bairros, como é o caso do Santo Expedido, onde um trecho da Avenida Nações Unidas será recapeado. Meu velho Escort agradece.

REINALDO AZEVEDO PROVOU DO PRÓPRIO VENENO

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De ontem pra cá, vários textos foram publicados sobre o caso do rottweiller da Veja, Reinaldo Azevedo, agora ex-Veja. Abaixo, a opinião do jornalista Joaquim Carvalho, do Diário do Centro do Mundo:

A Procuradoria Geral da República informou que não utilizou para fins processuais a conversa entre Reinaldo Azevedo e sua fonte, Andrea Neves, mas é inegável que a conversa, sendo verídica, foi vazada, seja por um procurador ou por alguém da Polícia Federal.

É grave, porque o vazamento, neste caso, constitui crime.

Quando os vazamentos prejudicavam Lula, o PT e seus aliados, nenhuma voz se levantou na chamada grande imprensa – ou velha imprensa — para denunciar o caráter ilegal do ato.

Reinaldo Azevedo, por exemplo, defendeu o juiz Sérgio Moro quando ele vazou para o Jornal Nacional a conversa privada entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, esta fora da jurisdição do juiz e não investigada.

Na nota “Dilma Rousseff quer prender Sérgio Moro, e eu quero prender Dilma Rousseff”, Reinaldo Azevedo escreveu:

“Dilma não foi grampeada. Grampeados foram outros entes e pessoas que estão sob investigação. O problema é que eles todos estavam em linha direta com a presidente da República. (…) Não se tratou de escuta ilegal, mas legalmente determinada. A quebra do sigilo dessas mensagens, dado o contexto, é plenamente justificada.”

Plenamente justificada… Uau!

Reinaldo Azevedo não estava sendo investigado, mas Andrea Neves estava.

Portanto, pelo critério de Reinaldo Azevedo, se a quebra do sigilo valeu para Dilma, valeria também para ele.

O problema não seria o grampo, nem o vazamento do grampo, mas o fato de que ele mantinha uma linha direta com a irmã de Aécio, apontada como operadora de caixa 2 do senador, hoje presidiária.

Mas não.

O que não valeu para Dilma não vale para Reinaldo Azevedo.

Simples assim.

Há coisas na vida que não podem ser relativizadas.

Os princípios da democracia, por exemplo, entre os quais a tolerância e a convivência com quem pensa diferente.

Reinaldo Azevedo costuma falar mais sobre esses princípios do que praticá-los.

Quando Reinaldo Azevedo chegou à rádio Jovem Pan, a redação tremeu.

Muitos já conheciam sua fama de queimar jornalistas que não pensavam exatamente como ele.

Carlos Belmonte, chefe de reportagem da Jovem Pan, reconhecido pela competência, caiu em desgraça depois que, numa mesa redonda, ousou dizer — já naquela época, início de 2015 –, que a Lava Jato trabalhava com dois pesos e duas medidas.

Moro seria o Torquemada com os petistas e franciscano com os tucanos.

Logo depois Belmonte foi demitido, depois de mais de 20 anos de emissora.

Não saiu de cabeça baixa, como escreveu no Facebook.

Agradeceu aos colegas e fez considerações sobre Reinaldo Azevedo, a quem atribuiu sua demissão:

“Desprezo a escola Reinaldo Azevedo, ou melhor, desprezo Reinaldo Azevedo. Pobre de espírito quem se rendeu a ele. Sou jornalista e saio da Jovem Pan de cabeça erguida, podendo olhar nos olhos de cada profissional. Triste de quem tem que abaixar os olhos quando me vê. Um abraço e é vida que segue”.

Ao dizer que havia gente que abaixava os olhos quando o via, Belmonte cutucou a ferida: Reinaldo Azevedo não apenas cobrou a cabeça dele como começou a dizer que ele era de esquerda, petista e que, portanto, não era digno de ocupar uma vaga na emissora nem da amizade dos jornalistas.

Era comum Reinaldo Azevedo se referir a jornalistas que não pensavam exatamente como ele dessa forma: “petistas”.

De uns tempos para cá, ser chamado de petista se tornou um problema nas redações.

Não que haja petistas na redação, mas qualquer jornalista que é crítico e não segue a cartilha dos chefes – em geral de direita — são tratados assim: “petistas”.

O significado é mais ou menos o mesmo que o de comunista na década de 60, ou seja, comedor de criancinha, inimigo da família, depravado, anticlerical, ladrão.

Não é preciso muito esforço para ver que é preconceito.

A diferença é que, naquela época, ser de esquerda não era a senha para perder emprego.

Hoje é.

Reinaldo Azevedo ajudou a semear o ódio. Nas redações e fora delas.

Independentemente disso, quem atentou contra Reinaldo Azevedo merece punição.

Não por ele, mas por nós.

A serpente gestada naqueles dias se alimenta da liberdade e do direito de todos.

O mínimo que devemos fazer é denunciá-la.

AÉCIO OSCILA ENTRE ÁLCOOL E CRISES DE CHORO, DIZ NOBLAT

COXINHA CHORONA

Parece que não são apenas as viúvas do Mineirinho que estão a verter lágrimas de tristeza. A se julgar pelo que escreveu o blogueiro Ricardo Noblat, o próprio senador afastado Aécio Neves(PSDB-MG) anda encharcando lenços e mais lenços.

Segundo Noblat, desde que vieram à tona as gravações feitas pelo empresário  Joesley Batista, nas quais aparece pedindo R$ 2 milhões em propinas para, supostamente, pagar os advogados que o defendem na Lava Jato, Aécio estaria cada vez mais recluso.

“Aécio Neves recluso em sua casa em Brasília, só faz beber e chorar. Mais ou menos nessa ordem. Está arrasado”, postou Noblat no Twitter.

Além de afastado do mandato e da presidência nacional do PSDB, Aécio viu sua irmã, Andrea Neves, ser presa pela Polícia Federal, assim como o primo Frederico Pacheco de Medeiros na Operação Patmos, um desdobramento da Lava Jato.

Entre uma crise e outra, Aécio ainda encontrou tempo para fazer um vídeo onde jura que é vítima de uma armação. Ei-lo:

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DELINQUENTES PREMIADOS

O tema está sendo discutido com mais ênfase somente agora, mas outros bandidos – como o Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, por exemplo – também fizeram acordos que permitem a eles desfrutar tranquilamente de parte do dinheiro roubado. A opinião abaixo é do advogado Pedro Maciel:

Ticiane-e-Joesley-Arquivo-pessoalInegavelmente os fatos imputados a Aécio Neves e Michel Temer através de delação pelos donos da JBS são graves, especialmente porque, ao contrário de outras tantas delações, vêm acompanhadas com provas contundentes de culpabilidade, mas não tenho duvidas da ilegalidade e imoralidade dos termos do acordo de delação homolado pelo STF.

Apesar de reconhecer o valor do conteúdo das delações dos irmãos Batista, para esses larápios do dinheiro público o crime parece ter compensado.

Por quê? Bem, se é verdade que os irmãos Joesley e Wesley Batista confessaram à Procuradoria-Geral da República terem pago cerca de 600 milhões de reais como suborno a quase duas mil pessoas para facilitar os negócios de suas empresas, mas sair livre para passear pelo mundo e receber imunidade me parece que passou do ponto…

Será que o crime compensa? Parece que para os irmãos Batista a resposta é positiva, pois receberam da PGR a garantia de que não serão mais denunciados, seus crimes serão perdoados e ainda garantiram a permissão de morar fora do Brasil.

O ministro Fachin do STF não viu ilegalidades e nem inconstitucionalidades nos termos do acordo da delação e o acordo foi homologado, razão pela qual não haveria muitas saídas jurídicas para questionar seus termos segundo a jurisprudência do STF; a jurisprudência define que terceiros, ainda que acusados por delatores, não têm interesse processual para questionar cláusulas de acordos de delação. Eu penso que não é bem assim.

Vejam se não passou do ponto… De acordo com a cláusula 4ª do acordo, com a entrega de informações pelos irmãos, a PGR oferece a eles “o benefício legal do não oferecimento de denúncia”. E há ainda outra parte que prevê, “no caso de existirem investigação criminal e/ou denúncias já oferecidas” em outras instâncias, o benefício dado aos delatores será, “no caso das investigações, a imunidade”, e, no caso de denúncias já oferecidas, “o perdão judicial”.

Há ainda a cláusula 10 é que permite que eles morem fora do Brasil.

Um famoso narrador esportivo diria: “Que beleza!”.

FACIP 2013: DEFESA DE NICE DIZ QUE ELA É INOCENTE E TENTA JOGAR CULPA EM CALLADO

A notícia é do jornal A Tribuna:

Nice-jornal de jalesA juíza da 4ª Vara Judicial de Jales, Maria Paula Branquinho Pini, deverá proferir, nas próximas semanas, sua sentença na Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público em que aparecem como réus a ex-prefeita Nice Mistilides e pelo menos quatro de seus ex-assessores – Angélica Colombo Boleta, Renato Luís de Lima Silva, Adriano Lisboa Domenecis e Roberto Timpurim Berto – envolvidos na organização da Facip 2013, festa que foi cancelada a alguns dias de sua realização. De acordo com dados do portal do Tribunal da Justiça, a ex-prefeita e os demais acusados, assim como o Ministério Público já protocolaram suas alegações finais e o processo encontra-se concluso para sentença.

Em sua manifestação final, o promotor de Justiça Horival Marques de Freitas Júnior reitera as acusações de improbidade administrativa supostamente cometida pelos réus e pede que eles sejam condenados a – entre outras coisas – devolver pelo menos R$ 72,4 mil relativos aos serviços contratados irregularmente para realização da Feira. O promotor ressaltou, em sua manifestação, que a defesa da ex-prefeita “tentou até mesmo imputar ao vice-prefeito Pedro Callado a contratação da grade de shows”. 

Ele se refere às alegações finais de Nice, onde o advogado dela tenta tirar qualquer responsabilidade da ex-prefeita, afirmando que “os eventuais preparativos para a festa foram feitos pela Comissão Organizadora, sob a tutela de Pedro Callado”. Para o Ministério Público, no entanto, “a primeira grande inverdade da ex-prefeita relaciona-se com sua participação ativa na organização da Facip”. Segundo o promotor Horival, “ficou demonstrado que, desde o final de 2012, ela (Nice) já vinha organizando o evento”. 

O representante do MP lembrou que Nice reuniu a imprensa em 21 de janeiro de 2013 para anunciar a grade de shows do evento, antes mesmo da nomeação da Comissão Organizadora, o que só ocorreu três semanas depois, em 13 de fevereiro daquele ano. O promotor lembrou, também, que, no mesmo dia em que Nice anunciou a grade de shows, o site oficial da Prefeitura registrou palavras da ex-prefeita, segundo as quais “será uma das maiores FACIP que nosso povo já viu”.    

DEFESA DE NICE LAMENTA QUE CALLADO TENHA SIDO EXCLUÍDO DA AÇÃO

Logo nos trechos iniciais das chamadas alegações finais, a defesa da ex-prefeita Nice Mistilides já emite sinais de que pretendia atribuir as responsabilidades por eventuais erros na organização da Facip 2013 ao então vice-prefeito e presidente da Comissão Organizadora, Pedro Callado. Segundo a defesa, Nice “nomeou como presidente um juiz de Direito aposentado, homem conhecedor do direito, das leis e dos costumes da festa da cidade, em quem confiou cegamente”. 

Em seguida, a defesa da ex-prefeita argumenta que “a documentação juntada aos autos é uma prova de que a Comissão Organizadora, capitaneada por Pedro Callado, é quem fazia gestão de planejamento da festa”. A documentação citada pelo advogado de Nice inclui uma ata de uma reunião realizada em 29 de janeiro de 2013, presidida por Callado, “quando foi discutido e traçado como seria realizada a festa”. Além de ter sido responsável pelos preparativos da festa, a Comissão Organizadora foi, segundo o advogado da ex-prefeita, “a única responsável por qualquer obrigação que por ventura tenha sido contraída com terceiros”. 

Em outro trecho, a defesa de Nice lamenta que Callado não tenha sido ouvido em juízo e reclama o fato de ele ter sido ouvido somente no gabinete do Ministério Público, como informante. “A falta de oitiva de Pedro Callado vulnera o contraditório e ofende de morte a ampla defesa… As respostas de Callado apenas como informante foi realmente uma agressão ao direito”. O advogado da ex-prefeita argumentou, ainda, que os preparativos para a festa foram feitos pela Comissão Organizadora comandada por Callado e alegou que “houve um equívoco quando a Justiça excluiu Callado do polo passivo da ação”.

VEREADORA GAÚCHA DIZ QUE “NORDESTINO SABE SE UNIR PARA ROUBAR E AUMENTAR A CORRUPÇÃO”

A vereadora Eleonora Broillo, de Farroupilha(RS), é do PMDB. Ela começa seu discurso dizendo que “eu até nem ia falar, mas…”. Perdeu uma ótima oportunidade para ficar calada. Vejam o vídeo:

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