Arquivos mensais: maio 2018

JUSTIÇA FEDERAL DE JALES CONDENA ASSALTANTES DE AGÊNCIA DOS CORREIOS DE PARANAPUÃ

A notícia é da assessoria de Comunicação do MPF:

A Justiça Federal em Jales (SP) condenou a 10 anos e cinco meses de prisão um dos envolvidos no assalto a uma agência dos Correios em Paranapuã (SP), ocorrido em novembro do ano passado. Ele e um comparsa foram denunciados pelo Ministério Público Federal por roubo qualificado, com uso de arma de fogo. Os dois foram presos em flagrante após o crime, enquanto dividiam o dinheiro roubado – cerca de R$ 5 mil. O outro assaltante foi sentenciado a sete anos e cinco meses de reclusão. Ambos deverão cumprir a pena em regime inicial fechado.

Os dois condenados foram reconhecidos por uma das vítimas do roubo. Após o crime, eles fugiram em uma moto e foram localizados por policiais militares em uma propriedade na zona rural do município. O bando incluía ainda um adolescente, bem como outros suspeitos não identificados que conseguiram escapar durante a aproximação dos agentes. Além do dinheiro retirado do cofre da agência, os policiais também encontraram com os criminosos a bolsa de uma cliente.

Ambos foram condenados pelo crime de roubo, previsto no art. 157 do Código Penal, agravado pelo uso de arma de fogo e pela participação de duas ou mais pessoas. Em sua sentença, a 1ª Vara Federal de Jales considerou a reincidência de um dos envolvidos – já condenado por tráfico de drogas – para aplicar pena mais elevada. Os réus ainda podem recorrer da decisão, mas não em liberdade, visto que a Justiça também determinou a manutenção da prisão preventiva dos dois.

OPERADOR DO PSDB É SUSPEITO DE RECEBER PROPINA DE R$ 173 MILHÕES

A notícia é da Folha de S.Paulo:

Mesmo para os números superlativos da Operação Lava Jato, em que propina de R$ 1 milhão parece dinheiro de troco, o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, pode alcançar um marco: ele é acusado de ter recolhido um suborno de R$ 173 milhões em obras da Prefeitura de São Paulo.

Como comparação, uma das maiores propinas da Lava Jato foi relatada pela Andrade Gutierrez na construção da usina de Belo Monte, de R$ 150 milhões. O dinheiro foi dividido entre o PT e PMDB, segundo a empreiteira.

Os valores do que seria o suborno a Paulo Preto foram levantados pela Folha a partir de depoimentos de delatores da Odebrecht, como Carlos Armando Paschoal e Roberto Cumplido, ex-diretores da empreiteira.

Paulo Preto, segundo eles, exigia uma propina de 5% sobre qualquer pagamento feito até 2015 para um pacote de obras chamado Sistema Viário Estratégico Metropolitano, que incluía a Nova Marginal Tietê e o Complexo Jacu-Pêssego.

Delatores ou candidatos a delator de outras empresas que participaram dessas obras, como a OAS e Carioca, estão dispostos a confirmar o pagamento de 5% de propina, segundo a Folha apurou.

Paulo Preto foi diretor de engenharia da Dersa no governo de José Serra (PSDB), entre 2007 e 2010. Ele foi preso pela Polícia Federal no dia 6 de abril, sob acusação de ter desviado R$ 7,7 milhões da obra do Rodoanel, o que nega.

O seu padrinho no PSDB, segundo os próprios tucanos, era Aloysio Nunes Ferreira, que chefiou a Casa Civil no governo Serra e é chanceler de Temer.

DUAS IMAGENS: O POVO COM LULA E TEMER ESCORRAÇADO

O texto é do jornalista e publicitário Lelê Teles:

Manhã de primeiro de maio, milhares de pessoas dão bom dia ao ex-presidente Lula, em Curitiba.

“Bom dia, Presidente Lula!”

Enquanto isso, em São Paulo, uma multidão vaia Temer, chamando-o de ladrão e vagabundo.

“Vai embora, vagabundo… ladrão…”

E Temer sai correndo feito um Rocha Lourens, com o rabo entre as pernas.

Eis o resultado final do golpe: desemprego, desamparo, desespero, desestruturação econômica, social e política.

O que promoveu o caos tá solto, o que pode trazer a paz social de volta está preso.

Um é perseguido, o outro protegido. um é presidente, o outro, ex.

Eis aí a síntese do Brasil de hoje.

Um líder polular preso para não ser eleito, e o eleitor esculhambando o impopular sem votos.

Mas o que diabos Temer foi fazer na rua?, pergunta-me uma senhorinha na fila do pão.

Ora, minha senhora, ele foi testar a sua impopularidade que, segundo Nizan Guanaes, é o seu maior trunfo.

– O que o senhor fará hoje, meu presidente?

– Irei às ruas ser vaiado pelo povo.

– Sábia decisão, diz um deputado, enquanto lhe afaga os ovos.

As eleições se aproximam e, por isso mesmo, ninguém se aproxima de Temer, que virou um leproso.

Enquanto isso há uma romaria em Curitiba, todo dia chega gente querendo visitar o preso político.

Inclusive gente das estranjas.

Cartas lhe são enviadas do Brasil inteiro.

Lhe fazem visitas, vigílias, poemas, canções, cordéis, serenatas…

Parlamentares e intelectuais mundo afora condenam a sua condenação.

De um lado, solidariedade, do outro, demofobia.

Cheios de ódio anti povo, os caipiras de Curitiba chicoteiam trabalhador e atiram pra matar.

A mídia segue usando a tática do Ricupero, “o que é bom (pra nós) a gente mostra, o que é ruim a gente esconde”.

Ruiu um prédio ontem em São Paulo, ocupado por brasileiros sem teto.

A turma do relho e do auxílio moradia está a culpar as vítimas.

Há ainda uma outra síntese possível.

Tivemos três feriados seguidos: para celebrar um carpinteiro crucificado, o outro em homenagem ao alferes esquartejado e este para comemorar o dia do trabalhador, que leva tiro de pistola 9 mm e chicotada no lombo.

Deus tenha piedade de nós.

Palavra da salvação.

VEJA DIZ QUE INQUÉRITO DA PF NÃO APRESENTA PROVAS CONTRA REITOR QUE SE MATOU DEPOIS DE PRESO

Do portal Diarinho:

O caso do reitor da UFSC que no ano passado se matou num shopping depois de ser preso e humilhado pela polícia Federal, sem mesmo sofrer um processo judicial ou ser flagrado praticando qualquer crime, virou manchete de capa da revista Veja do mês de maio.

A capa da revista traz, como manchete principal, o título “Exclusivo: O inquérito do reitor que se suicidou”. A matéria se refere ao relatório final da investigação do caso do reitor Luiz Carlos Cancellier, o Cau.

Pela reportagem da Veja, nas 6000 páginas do inquérito, a polícia Federal não conseguiu provar, em nenhum momento, nenhuma das cinco acusações que formalizou contra o reitor da UFSC que, até então, jamais havia sofrido qualquer tipo de denúncia de atitudes ilícitas.

Segundo a Veja, as denúncias se basearam apenas em depoimentos, algumas mensagens de Whatsapp de interpretação duvidosa, em transferências bancárias que não se comprovaram e em atos administrativos do reitor, que exonerou algumas pessoas e conduziu outras a cargos específicos dentro da universidade – coisa que qualquer reitor faz, por conta da natureza do cargo que ocupa.

Não que a investigação não chegasse a apurar desvios na UFSC. O problema, foi o tamanho do crime em relação ao tamanho do circo montado pela PF. “No relatório (final, do inquérito), o ‘esquema criminoso’ revelou-se um punhado de funcionários de médio escalão envolvidos numa teia de operações miúdas e amadoras”, escreveram os jornalistas Mônica Weinberg, Luisa Bustamante e Fernando Molica.

E, mesmo assim, não haveria prova de que nenhum desses supostos desvios teriam sido cometidos diretamente por Cau Cancellier.

SOBRE CRÍTICAS À CÂMARA E À SANTA CASA

Da coluninha que escrevo para o jornal A Tribuna:

De vez em quando vê-se, principalmente nas redes sociais, reclamações sobre os gastos da Câmara Municipal de Jales. Coisa de gente desinformada! O Legislativo jalesense – isso já foi dito por aqui – é um dos mais econômicos da região, segundo constatou o jornal Diário da Região. Nossa Câmara poderia gastar 7% do orçamento municipal, mas gasta menos que 1/3 disso.

Agora vejam isso: o ministro Ricardo Levandowski, do STF, cassou uma liminar que permitia a manutenção de mais de 40 (vou repetir por extenso: quarenta) cargos comissionados – preenchidos sem concurso – na Câmara Municipal de Catanduva, cidade que possui 13 vereadores. Enquanto isso, aqui em Jales, a Câmara tem apenas dois cargos comissionados para atender 10 vereadores. Pode-se acusar nosso Legislativo de quase tudo, menos de esbanjador.

Outro exemplo de que em Jales tem muita gente que só sabe ver o lado negativo dos fatos é a nossa Santa Casa que, há alguns dias, foi criticada por conta do desligamento do ar condicionado nos quartos do SUS. Talvez fosse conveniente que essas pessoas acompanhassem o caso da Santa Casa de São Paulo, o maior hospital filantrópico da América Latina.

Com uma dívida de R$ 700 milhões, a diretoria da Santa Casa de São Paulo decidiu cortar 25% da carga de trabalho dos médicos. Não sei se por lá os quartos do SUS possuem ar condicionado, mas tenho certeza de que o atendimento médico vai piorar e as filas para agendar cirurgias irão crescer. E o resultado de um exame, que demorava cerca de 45 dias, já demora mais de dois meses.

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