Arquivos mensais: setembro 2018

AGRESSOR DE BOLSONARO DIZ QUE SE SENTIA AMEAÇADO POR DISCURSOS DO CANDIDATO

Eu imaginava que o ataque ao candidato Bolsonaro era coisa de maluco, como o sujeito que matou John Lennon, ou aquele turco que baleou o papa João Paulo II, ou ainda aquele fã obcecado que tentou matar a Ana Hickmann e acabou morto (e sepultado, por coincidência, em Juiz de Fora).

Depois, no entanto, de ver o vídeo com o depoimento que o tal Adélio deu a uma juíza federal de Juiz de Fora, fiquei com a impressão de que ele não está tão louco assim, embora tenha confessado que toma remédios controlados.

Perguntado se a motivação do ataque seria política ou religiosa, ele respondeu o seguinte:

“As duas coisas eu diria. As duas coisas, entendeu? Porque eu como milhões de pessoas pelos discursos da pessoa requerida (Bolsonaro) me sinto ameaçado literalmente, entendeu? Me sinto ameaçado como tantos milhões de pessoas pelos discursos que o cidadão tem feito”.

BOLSONARO E A FACADA DO DATAFOLHA: A OJERIZA VENCEU A COMOÇÃO

Um sujeito que despreza as mulheres, os gays e os negros e que fala em matar 30.000 pessoas, incluindo inocentes (isso em 1999; hoje a conta deve ter aumentado), mereceria mesmo alguma comoção? Do jornalista Kiko Nogueira, no DCM:

O desempenho de Jair Bolsonaro no Datafolha se deve à sua capacidade de se superar no sentido da iniquidade.

Foi de 22% para 24%, dentro da margem de erro, portanto.

A rejeição, porém, foi de 39% para 43%. Perde para todos os concorrentes no segundo turno. 

Bolsonaro chegou ao teto e não passa dali.

A maneira como seu time reagiu à facada em Juiz de Fora, subindo o tom da agressividade, deu uma contribuição milionária ao fiasco.

Quem, além de um dizimista indigente, suporta Silas Malafaia?

Quem leva a sério Magno Malta fora de seu curral?

Malta espalhou uma montagem grotesca do agressor num ato de Lula.

Flávio Bolsonaro, deputado estadual no RJ, usou uma camisa ensanguentada para convocar bolsominions para um ato em Copacabana.

É tudo baseado em ódio, rancor, mentira, ressentimento e incompetência.

Esse lixo será derrotado e varrido de volta para o esgoto da história.

A briga é quem vai enterrar: se Ciro — que foi de 10% para 13% — ou Haddad, de 4% para 9%, isso antes de ser ungido por Lula, o que ocorrerá nesta terça.

DATAFOLHA: REJEIÇÃO A BOLSONARO AUMENTA DEPOIS DE FACADA. E HADDAD FOI QUEM MAIS CRESCEU

Haddad subiu cinco pontos antes mesmo de ser anunciado como candidato a presidente, no lugar de Lula. E segundo o cientista político Alberto Almeida, autor do livro “A Cabeça do Eleitor”, no próximo Datafolha o Haddad poderá estar vendo Ciro, Marina e Alckmin pelo retrovisor. A notícia é do El País:

A primeira pesquisa Datafolha divulgada após o atentado ao deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), na última quinta-feira, mostra uma pequena oscilação positiva para o candidato do PSL à presidência da República, de 22% para 24%, dentro da margem de erro, de 2 pontos para mais ou para menos. Quem apresentou maior oscilação positiva foi o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), que tinha 4% e, agora, aparece com 9% — a expectativa é de que sua candidatura seja oficializada em substituição à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira.

O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) teve o segundo melhor desempenho: saiu de 10% para 13%. Já o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) teve oscilação modesta, de 9% para 10%. O pior cenário é o da ex-ministra Marina Silva (Rede), que tinha 16% na última pesquisa e agora aparece com 11%. A queda de Marina foi mais acentuada entre as mulheres, passando de 19% para 12%. Já Bolsonaro aumentou sua popularidade entre o público feminino, com oscilação de 14% para 17%.

Essa é a primeira pesquisa Datafolha que não inclui o nome do ex-presidente Lula, cuja candidatura foi barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Boa parte da expectativa em relação a essa pesquisa estava depositada no efeito da comoção causada pelo ataque a faca a Bolsonaro. O deputado não apenas oscilou pouco positivamente como sua rejeição subiu de 39% para 43%.

A segunda candidata mais rejeitada da pesquisa é Marina Silva, com 29% — antes era 25%. Outra rejeição que oscilou para cima foi a de Haddad, de 21% para 22%. Alckmin teve queda na rejeição, de 26% para 24%, assim como Ciro, que deixou o patamar de 23% para o de 20%. A pesquisa também mostra uma queda na taxa de indecisos, de 22% para 15%. O segundo pelotão tem o senador Alvaro Dias (Podemos-PR), o ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo (Novo) com 3%. O restante dos deputados não soma mais de 1% cada.

USO DA IMAGEM DE SÉRGIO MORO NÃO ESTÁ AJUDANDO ÁLVARO DIAS A SUBIR NAS PESQUISAS

Bichon Frise à parte, o Datafolha de ontem também mostra o botoxizado e lavajatista Álvaro Dias estagnado em 3%. Deu no blog do Esmael:

O senador Alvaro Dias, candidato do Podemos à Presidência da República, tem usado e abusado da imagem do juiz Sérgio Moro na campanha. No entanto, o presidenciável permanece estacionado nos 3% de intenção de voto, segundo pesquisa FSB/BTG Pactual.

Alvaro está sendo aconselhado por correligionários a trocar o magistrado da lava jato por Hugo Henrique, o cãozinho Bichon Frisé que fez sucesso na reeleição do senador em 2014.

Desde o início da campanha, o candidato do Podemos anunciou Moro como ministro da Justiça — caso vença a eleição de outubro — e tem exibido o juiz na propaganda eleitoral. Mas nada disso ajudou para sair dos 3%.

EX-PREFEITO JOSÉ CARLOS GUISSO ESTARIA COMPLETANDO 65 ANOS NESTA SEGUNDA-FEIRA

Se o acidente fatal do dia 21 de novembro de 2001 não o tivesse levado prematuramente para o outro lado do mistério, o ex-prefeito José Carlos Guisso estaria completando, nesta segunda-feira, 65 anos de idade.

Nascido aqui em Jales, no dia 10 de setembro de 1953, Guisso foi vice-prefeito de nossa cidade no período 1989-1992, quando o prefeito era José Antônio Caparroz. Depois, ele foi eleito prefeito duas vezes. O primeiro mandato, de 1993 a 1996, ele cumpriu por inteiro e não concorreu à reeleição que, naquela época, não era permitida.

O segundo mandato, que seria de 2001 a 2004, durou apenas onze meses. Guisso formou-se em veterinária pela Unesp de Jaboticabal. Ele foi responsável, entre outras coisas, pela vinda da Justiça Federal e da Polícia Federal para Jales. Sua morte aconteceu a dois dias da inauguração do prédio da PF.

CRÔNICA: “UM 2001 QUE NÃO CHEGAVA NUNCA!” (PASCOALINO S.AZORDS)

Na crônica publicada ontem, 09/09, pelo jornal Debate, de Santa Cruz do Rio Pardo, o jalesense Pascoalino S.Azords fala, mais uma vez, do seu tempo de engraxate aqui em Jales, nos anos 60. Na esquina vazia citada por ele, temos hoje uma sorveteria.

E, daquele tempo para cá, só uma coisa se multiplicou mais do que as farmácias: as igrejas. Eis a crônica:

Meu filme favorito está fazendo 50 anos. Aliás, ultimamente, muitas coisas boas estão chegando aos 50 anos. E é melhor a gente aproveitar porque, pelo jeito, daqui para frente menos coisas boas farão 50 anos.

Eu me lembro quando o “2001 Uma Odisséia no Espaço” chegou à minha cidade. Foi bem no ano em que também chegou o asfalto. Eu estava lá quando pavimentaram o primeiro quarteirão em frente à velha rodoviária. Num extremo daquela quadra tinha uma esquina baldia onde estacionavam mascates, raizeiros, faquires… Por algumas semanas ali esteve o ônibus da mulher aranha. E quando não aparecia ninguém, aquele terreno era nosso, dos engraxates. Na outra esquina ficava o Jeca’s Bar. No meio, a farmácia em que meu pai trabalhava, o Luiz fumeiro e o Cine Jales.

Na minha cidade tinha cinco farmácias e dois cines. Quantas farmácias e quantos cinemas tem hoje aí onde você mora? Viu como as coisas estão piorando? É muito remédio pra pouco cinema!

A bem da verdade, o 2001 passou no Cine São José, numa rua paralela que só seria asfaltada no ano seguinte. Mas no revezamento dos plantões noturnos, a farmácia em que meu pai trabalhava abriu justamente naquela semana em que esteve em cartaz o tal filme que só duas pessoas disseram ter entendido: um agrônomo que era chamado de doutor e o farmacêutico surdo que, mesmo aposentado, comparecia todos os dias à farmácia para conversar com o meu pai.

Na verdade, não me lembro de mais ninguém que tivesse “entendido” o filme. Nenhum dos nossos professores do ginásio, por exemplo, arriscou uma explicação para aquele monólito preto que intrigava tanto macacos como astronautas. E já que não era impróprio para menores, eu fui assistir ao 2001 – dormi como uma criança. Pudera, na primeira meia hora de projeção, não se ouvia um único diálogo, uma única palavra! Na sua folga semanal, meu pai também foi ver. Voltou sem fazer comentários, mas, desde então deu pra assobiar uma valsa do Strauss quando estava em casa.

O ano era 1968. Uma farmácia de cada vez ficava aberta até 22 horas e não aparecia ninguém para assaltar. Em cada farmácia tinha um banco de madeira para se sentar e conversar. Naquela esquina, do outro lado da rua, tinha um carrinho de doces caseiros a preços de criança. Em cada cidade tinha pelo menos duas pessoas inteligentes; na minha tinha o farmacêutico surdo e o agrônomo que bebia uísque de milho. E todos nós tínhamos uma única e mesma certeza: que 2001 ia demorar para chegar. Mas que quando chegasse, em compensação, a gente teria evoluído.

JORNAL DE JALES: APESAR DA ‘FARRA NO TESOURO’, PESQUISA DE DEPUTADO DIZ QUE AVALIAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FLÁ É POSITIVA

Eis a capa do Jornal de Jales deste domingo, onde o principal destaque é o desempenho do ensino municipal de Jales no IDEB de 2017, cujos resultados foram divulgados na segunda-feira, 03. A matéria informa que a média 7,8 obtida pelas nossas escolas municipais deu a Jales o primeiro lugar no estado e a terceira posição no país, dentre as cidades com mais de 48 mil habitantes. Para o prefeito Flá, o desafio agora é continuar priorizando a Educação como um todo. O prefeito disse ao jornal que “não é fácil manter essas notas, mas temos que insistir, porque chegar ao topo é difícil, mas cair é fácil”.

O JJ está destacando, também, o caso do fotógrafo jalesense Jeferson Bergamo, que está fazendo uma “vaquinha” virtual para voltar a trabalhar. Jeferson teve todo o seu equipamento – avaliado em cerca de R$ 40 mil – roubado na noite de 25 de agosto, enquanto fazia um trabalho próximo ao Sesc de São José do Rio Preto e, com a ajuda dos internautas, espera repor pelo menos parte do que foi levado pelos ladrões. O drama do fotógrafo repercutiu em Rio Preto, pois a fotografia era sua principal fonte de renda, contribuindo para ajudar a família, depois que seu pai sofreu quatro AVCs.

A disposição da Diretoria de Ensino de Jales em repor o mais rápido possível os computadores destruídos pelo incêndio ocorrido na escola “Juvenal Giraldelli”; o crescimento da Feira da Uva e do Mel, que surpreendeu até os organizadores; a apresentação sobre o funcionamento da nova Zona Azul que será implantada na cidade com sistema totalmente digital; o Trabalho de Conclusão de Curso(TCC) do radialista Cléo Garcia, um dos formandos do curso de Sistemas para Internet, da Fatec-Jales; e a entrevista com o presidente do IBPC, o psicanalista, sociólogo, teatrólogo, historiador, cientista político e escritor Roberto Gonçalves, são outros assuntos do JJ.

Na coluna Fique Sabendo, o jornalista Deonel Rosa Júnior está informando que a notícia sobre o desempenho de Jales no IDEB teria afastado o baixo astral que se apoderou do prefeito Flá desde a descoberta dos malfeitos da ex-tesoureira Érica. O colunista explica, ainda, que o IDEB não foi o único motivo que fez o prefeito voltar a sorrir. Segundo Deonel, o prefeito recebeu os resultados de uma pesquisa encomendada por um deputado federal e os números demonstraram que o escândalo dos desvios descobertos pela operação Farra no Tesouro não colou em Flá. A pesquisa constatou, também, que a avaliação da administração é positiva.

LUCY ALVES – “SABIÁ”

Em 2012, antes mesmo de se tornar conhecida como cantora por sua participação no The Voice, em 2013, e como atriz, por sua performance na novela global Velho Chico (2016), Lucy Alves já tinha sido apresentada aos leitores deste modesto blog, cantando com Alceu Valença (aqui). 

Com a imagem associada ao acordeon, Lucy, na verdade, é uma multi-instrumentista que toca, com competência, violino, violão, guitarra, viola, bandolim, baixo, cavaquinho, rabeca, piano e, é claro, sanfona. 

Tamanha versatilidade não acontece por acaso. De família musical, a paraibana Lucyane Pereira Alves começou a tocar violino aos quatro anos de idade. Aos 16, ela integrava o grupo Clã Brasil, ao lado de duas irmãs – Larissa e Lyzete – da mãe Maria José e do pai José Hilton. 

No vídeo abaixo, Lucy Alves interpreta “Sabiá”, um dos clássicos da dupla Luiz Gonzaga e Zé Dantas. Gravada pela primeira vez em 1951, pelo Rei do Baião, o compositor faz um apelo ao sabiá pedindo que o pássaro símbolo do Brasil, que tanto já voou, alivie a sua dor e lhe diga por onde anda o seu amor. 

Os pássaros, por sinal, estão muito presentes na obra de Gonzagão e seus parceiros. A asa branca e o assum preto são dois exemplos. Até o sinistro acauã e mítica carimbamba – aquele pássaro que encantava donzelas e desaparecia com elas em uma lagoa – serviram inspiração para Gonzagão. 

As aves pareciam ser mesmo importantes para Gonzagão. Seus biógrafos contam que, em certa ocasião, consciente de que a asa branca estava sumindo do Nordeste, ele resolveu fazer uma visita ao general João Figueiredo – último presidente da ditadura militar – para falar sobre o assunto.  

Gonzagão teria comparecido ao encontro vestido todo a caráter e com duas aves nos ombros, mas não conseguiu falar com Figueiredo. Segundo os biógrafos, a assessoria do presidente não aprovou a indumentária do Velho Lua e tratou de expulsá-lo do Palácio do Planalto. 

No vídeo abaixo, Lucy Alves canta “Sabiá”:

A TRIBUNA: EDUCAÇÃO MUNICIPAL DE JALES É UMA DAS MELHORES DO PAÍS, SEGUNDO IDEB

No jornal A Tribuna deste final de semana, a principal manchete destaca o desempenho das escolas municipais de Jales no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), de 2017. Segundo a matéria, Jales tem a melhor Educação Municipal do estado e a terceira melhor do país, entre as cidades com mais de 48 mil habitantes. A média obtida pelos alunos de Jales foi de 7,8, superando de longe as médias estadual (6,6) e nacional (5,8). Além disso, os alunos do 5º ano da Escola Municipal “Prof. Maria Olympia” obtiveram a incrível nota de 8,7 o que a classificou como a melhor escola pública do Estado de São Paulo entre as que oferecem ensino municipalizado para crianças do 1º ao 5º ano.

Destaque, também para a 13ª Feira do Agronegócio da Uva e do Mel, que atraiu milhares de pessoas e foi sucesso mais vez. A festa – que teve música, dança, barracas gastronômicas, feira livre e exposições – aconteceu na sexta-feira, 31, e no sábado, 01, atraindo cerca de 130 produtores de uva e mel de toda a região. Segundo a engenheira agrônoma da Secretaria Municipal de Agricultura, Sílvia Avelhaneda Pigari, integrante da comissão organizadora, o objetivo da feira é estimular a produção e a comercialização de produtos vinícolas, bem como do mel, proporcionando aos produtores a troca de experiência e conhecimento com os demais expositores.

Os argumentos dos advogados das irmãs Érica e Simone, que já apresentaram a defesa prévia de suas clientes e estão contestando algumas acusações do Ministério Público; o incêndio na escola “Juvenal Giraldelli”, que causou pânico e levou 07 alunos para a UPA; as estatísticas da Secretaria de Segurança Pública que mostram a queda dos roubos em Jales; a apresentação da nova Zona Azul, que terá estacionamento rotativo 100% digital; a condenação do ex-prefeito de Mesópolis, Tavinho Cianci; e a condenação da Prefeitura de Santa Albertina, por conta de maus tratos a crianças em uma creche do município, são outros assuntos de A Tribuna.

Na coluna Enfoque, a informação de que o Ministério Público de Jales instaurou procedimento para investigar a prefeita de Vitória Brasil, Ana Lúcia Olhier, por possível prejuízo ao erário público. Na página de opinião, o ex-prefeito Pedro Callado explica o significado do termo jurídico “esponsais”, que tem a ver com promessa de casamento, enquanto a crônica da Taísa Selis questiona se as metas do país são também as nossas metas. No caderno social, destaque para a coluna do Douglas Zílio, para o aniversário do empresário Valdemar Cândido da Silva e para os melhores cliques do movimentado Boteko da Apae. 

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