Arquivos mensais: novembro 2018

ESTUDANTE NEGRA RECEBE BANANAS DE COLEGAS NA ESCOLA

Foi aqui pertinho, em Araçatuba. A notícia é do portal MSN:

Uma estudante negra denunciou à polícia de Araçatuba, cidade do interior de São Paulo, ter sido vítima de injúria racial na escola em que estuda. O caso aconteceu na última quinta-feira (1º), na Escola Estadual Professor Abranche José, localizada no bairro Ipanema.

Segundo a jovem de 19 anos, ela estava comendo bananas no intervalo entre as aulas, quando alguns alunos começaram a debochar dela. Um deles chegou a pegar uma banana que carregava e jogou contra a estudante. Mais: ao retornar para a sala de aula, a estudante encontrou três bananas em cima de sua carteira escolar.

A jovem, então, dirigiu-se à direção da escola para reclamar do incidente. Ao retornar, viu que mais duas frutas foram colocadas em sua mochila.

Incentivada por colegas da escola, a estudante decidiu procurar a polícia. De acordo com representantes da unidade de ensino, providências internas já foram tomadas: os autores foram identificados e receberam dois dias de suspensão.

Os pais também foram comunicados sobre o ocorrido. Além disso, um relatório foi elaborado e caso foi encaminhado ao Conselho Tutelar e à Promotoria da Infância e da Juventude.

JORNALISTA SE DIZ ARREPENDIDO DE TER DEFENDIDO SÉRGIO MORO TANTAS VEZES

O jornalista Gilberto Dimenstein, do portal Catraca Livre – que não é petista, como se poderá notar no texto abaixo – publicou um pedido de desculpas por ter apoiado Sérgio Moro. O mea culpa, no entanto, veio pela metade. Dimenstein ainda irá se desculpar outras vezes. É só uma questão de tempo. Eis o texto:  

Sempre defendi Sérgio Moro pelo seu trabalho à frente da Lava Jato. Se alguém tiver dúvidas, procure no Google.

Peço desculpas aos leitores  por ter ajudado a criar uma imagem heroica de alguém que não a merecia.

Cheguei até a minimizar internamente (confesso e peço desculpas) quando foi revelado seu indigno auxílio-moradia: ganha R$ 4 mil embora tenha casa na mesma cidade onde trabalha. Esclareço que a Catraca Livre não deixou de noticiar – afinal, fizemos e continuamos fazendo campanha contra essa indignidade.

Nunca aceitei as acusações  – e continuo não aceitando – que Sérgio Moro estivesse atuando para ajudar esse ou aquele candidato.

A Lavo Jato é um marco no combate à impunidade no Brasil, ao colocar peixes graúdos na cadeia: de Lula, passando por Marcelo Odebrecht, até Eduardo Cunha.

Diria até que a corrupção no Brasil é antes e depois de Sérgio Moro e da Lava Jato.

Nunca comprei o slogan de que eleição sem Lula é fraude. Pelo contrário: sempre defendi que eleição com Lula, isso sim, seria fraude, já que estaria pisoteando a Lei da Ficha Limpa.

Mas deixei de ser fã de Moro – e sou obrigado a suspeitar de coisas que eu não suspeitava.

Deixei porque o considerava um dos poucos homens públicos que colocavam o interesse da nação acima do interesse pessoal. Coisa rara.

O general Mourão disse abertamente, em público, que ainda durante a campanha Moro tinha sido sondado para ser ministro. Lembremos que, na véspera do primeiro turno, ele liberou trechos da deleção premiada de Palocci.

O que importa agora é o seguinte: o juiz arranhou a Lava Jato, dando de bandeja a desculpa que o PT e Lula sonhavam.

Não é possível que ele não imaginou que isso iria acontecer.

Em essência, ele colocou a vaidade na frente de sua inteligência.

Agora é torcer para que Moro, à frente do Ministério da Justiça, tenha mostrado que valeu a pena colocar sua vaidade acima da inteligência.

GILMAR MENDES PERMITE QUE BETTO CALÇADOS UTILIZE BENS BLOQUEADOS PARA GARANTIR PAGAMENTO DE FIANÇA

O comerciante Roberto Santos Oliveira, o Betto Calçados – que foi colocado em liberdade sob a promessa de pagar, no prazo de 10 dias, a fiança de R$ 100 mil arbitrada pelo ministro Gilmar Mendes – já pode respirar um pouco mais aliviado.

O ministro, depois de analisar requerimento da defesa de Betto, onde o advogado Luiz Fernando de Paula(foto), explicava a impossibilidade de seu cliente pagar a fiança, uma vez que seus bens e contas bancárias encontram-se bloqueados pela Justiça, autorizou a utilização dos tais bens para garantir o pagamento da fiança.

Segundo informações, o advogado teria ido pessoalmente a Brasília para defender, junto ao gabinete de Gilmar, o requerimento de seu cliente. Com a novidade, Betto poderá aguardar em liberdade o julgamento da ação penal em que ele é acusado de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A decisão do ministro Gilmar é do dia 31 de outubro. Eis o final dela:

Ante o exposto, acolho o requerimento formulado pela defesa e determino ao Juízo de primeiro grau que utilize parte dos bens bloqueados do paciente para especialização da fiança de R$ 100.000,00 fixada, deixando de decretar nova prisão do requerente em face da não apresentação da garantia, até a adoção das medidas cabíveis para o cumprimento desta decisão.

PINATO VETOU PARTICIPAÇÃO DE GENINHO ZULIANI EM EVENTO POLÍTICO REALIZADO EM JALES

Segundo o Diário da Região, o ex-prefeito de Olímpia, Geninho Zuliani(DEM) – que aparece na foto acima entre Dória e Rodrigo Garcia – teria sido vetado por Pinato em evento de campanha realizado em Jales.

Geninho teve o apoio do prefeito Flá Prandi e foi o quarto mais votado em Jales para deputado federal, com 1.226 votos. E Fausto Pinato recebeu 1.960 votos por aqui, ficando atrás apenas de Eduardo Bolsonaro (2.320 votos). Antes de ser eleito, Pinato apoiava João Dória.

Depois de eleito, Pinato – sabe-se lá por quais motivos – se bandeou para o lado de Márcio França. Mas, vamos ao que saiu na coluna do Diário, assinada pelo jornalista Rogério Castro:

FERIDA ABERTA

Tão cedo o deputado federal Fausto Pinato (PP) não deve ser perdoado por ter “traído” João Doria para ficar com Márcio França (PSB), pelo menos no que depender do DEM do vice-governador eleito Rodrigo Garcia. Eles não esquecem o dia em que o também deputado federal eleito Geninho Zuliani não pôde aparecer em ato de campanha no primeiro turno em Jales, cujo prefeito é democrata, por imposição de Pinato.

FARRA NO TESOURO: JUSTIÇA OUVIRÁ ACUSADOS E TESTEMUNHAS NO FINAL DE NOVEMBRO

Carlos de Oliveira Mello, o moço da foto acima, terá uma movimentada agenda no dia 29 de novembro. Nesse dia, serão realizadas as eleições da OAB no estado de São Paulo e Carlos é candidato a vice-presidente da subseção de Jales, na chapa de oposição capitaneada pela advogada Ana Maria Garcia, candidata a presidente.

Ocorre que, nesse mesmo dia, teremos a audiência de instrução e julgamento da ação envolvendo os investigados pela operação Farra no Tesouro. A data foi definida em despacho do juiz Adílson Vagner Ballotti, desta semana. E Carlos Mello é um dos advogados de defesa de três dos acusados que serão ouvidos no dia 29: a ex-tesoureira Érica, sua irmã Simone e o cunhado Marlon.

Serão ouvidos, também, os outros dois acusados, Roberto Santos Oliveira, o Betto, defendido pelo advogado Luiz Fernando de Paula, e a ex-secretária Patrícia Albarello, cuja defesa está a cargo do advogado Welson Olegário, de Fernandópolis.

Obs.: Antes que comecem a surgir os comentários maldosos, devo registrar que Patrícia, minha conhecida de longa data, é pessoa corretíssima e está metida nessa encrenca por ter confiado demasiadamente na ex-tesoureira.

Além dos cinco acusados, a Justiça deverá ouvir 08 testemunhas de acusação, entre elas o delegado da PF, Cristiano Pádua da Silva, e o ex-futuro deputado federal Luiz Henrique Vicente de Oliveira, o Henrique do CAJ.

Deverão ser ouvidas, também, 24 testemunhas de defesa arroladas pelos acusados. Érica, a principal envolvida, foi quem apresentou o menor número de testemunhas de defesa: apenas duas. Roberto, seu ex-marido, foi quem arrolou mais testemunhas: oito, duas delas de outras plagas. 

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