Arquivos mensais: setembro 2019

“NÓS EXISTIMOS”, DIZ FUNDADORA DO MOVIMENTO DE EX-GAYS DO BRASIL

Dizem que ex-gay não existe. Aqui em Jales, um dos mais conhecidos travestis da cidade virou evangélico e, segundo ele, deu adeus à promiscuidade. Há uns quatro anos, quando o entrevistei, ele estava casado com uma morena – muito bonita, por sinal – e quem o via andando pela cidade não imaginava tratar-se de uma ex-boneca.

A notícia é do UOL:

Miriam Fróes (foto) viveu como homossexual dos 13 aos 33 anos, aproximadamente. A partir dos 30, começou a sentir uma mudança interna. “Eu trocava muito de parceira e aquilo foi causando crises existenciais em mim”, diz. Depois disso, passou a frequentar a igreja. Hoje, “muito evangélica”, diz ter encontrado um novo modo de viver sob os preceitos da Bíblia.

Além de ex-homossexual e pastora da igreja Manancial Palavra Viva, Miriam, 55, também é idealizadora do Movimento de Ex-Gays do Brasil (MEGB), fundado em agosto. Ficou conhecida após se reunir com a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, no dia 5 daquele mês, em busca de reconhecimento. “Nós existimos” diz.

Há 20 anos, ela acolhe pessoas que buscam a reorientação sexual. Para isso, a fundadora do movimento de ex-gays não acredita em nenhum tratamento, senão a palavra do evangelho. Ao ser questionada sobre como seriam os detalhes da reorientação sexual pela espiritualidade, a consultora de logística responde: “A única palavra que posso te dar como explicação é a fé”.

JALES ABRIU 42 NOVOS EMPREGOS EM AGOSTO

Depois de três meses acumulando resultados negativos no quesito geração de empregos, Jales voltou a apresentar saldo positivo em agosto, com a criação de 42 novos empregos formais. O saldo é resultado de 323 admissões e 281 demissões ocorridas no mês passado, segundo dados divulgados pelo CAGED ontem, quarta-feira, 25.

Os setores que mais colaboraram para o resultado positivo foram a Construção Civil e a Prestação de Serviços, que abriram, juntos, 40 novos empregos. A Agropecuária, de seu lado, continua fechando postos de trabalho.

Com resultado positivo de agosto, Jales diminuiu a perda de empregos em 2019 e agora contabiliza “apenas” 44 postos de trabalho a menos nos primeiros oito meses de ano.

O desempenho de Jales, em agosto, foi o melhor entre as principais cidades da região. Fernandópolis, por exemplo, fechou 35 empregos no mês passado, enquanto Votuporanga fechou outros 21. No acumulado do ano, Votuporanga já perdeu 146 empregos.

Por seu lado, Santa Fé do Sul apresentou saldo positivo, mas de apenas 03 empregos criados no mês passado. Apesar do resultado pífio de agosto, Santa Fé do Sul já abriu 117 novos empregos em oito meses de 2019.

REPRESENTANTES DO MEC SE REÚNEM COM MPF DE JALES PARA DISCUTIR CASO DA UNIVERSIDADE BRASIL

Segundo outras fontes, representantes da Advocacia Geral da União (AGU) também estiveram em Jales. A notícia é do G1:

Representantes do Ministério da Educação (MEC) se reuniram nesta terça-feira (24) com os responsáveis pela investigação da operação Vagatomia, que revelou um esquema de supostas fraudes envolvendo liberação de financiamentos de programas do Governo Federal para estudantes ingressarem na Universidade Brasil.

A reunião foi solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF) e começou por volta das 14h na sede da Procuradoria da República de Jales (SP). O delegado da Polícia Federal, Cristiano Pádua, esteve presente.

De acordo com informações obtidas pela TV TEM, o encontro foi para tratar da situação da Universidade Brasil e encontrar possíveis medidas para reverter os prejuízos causados aos cofres públicos.

Além disso, foi solicitado que o Ministério da Educação encontre formas para que os alunos beneficiados pela fraude devolvam o dinheiro do Financiamento Estudantil (Fies) e Programa Universidade para Todos (Prouni) liberado supostamente de forma ilegal.

A imprensa não pôde acompanhar a reunião. Os representantes não quiseram gravar entrevista, mas disseram à equipe da TV TEM que foram até Jales para se colocar à disposição de todos os órgãos responsáveis pela operação Vagatomia.

BOLSONARO LEVA ATAQUES À ONU E GERA REAÇÕES DE ESPANTO NO BRASIL E NO MUNDO

A análise é do UOL

Apesar da expectativa de que aproveitasse a ocasião para desfazer a imagem de “radical”, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) usou seu primeiro discurso na Assembleia Geral da ONU para atacar a mídia — a quem acusou de sensacionalismo sobre a Amazônia, além de criticar a França e o socialismo.

A fala foi recebida com choque por diplomatas e funcionários da ONU, relatou o blogueiro do UOL em Genebra, Jamil Chade. “Bolsonaro perdeu a oportunidade de ser respeitado”, disseram membros da comunidade internacional.

O presidente dos EUA, Donald Trump, que também fez discurso nacionalista, cumprimentou o colega brasileiro. Mas Emmanuel Macron, da França, usou o discurso para sugerir boicote a países que não cumprem com compromissos ambientais — em uma indireta ao Brasil.

Por aqui, a oposição, incluindo o deputado Alexandre Frota (PSDB), classificou o discurso de Bolsonaro de “vexame”. Aliados defenderam e chamaram o presidente de “corajoso”.

Entre empresários brasileiros, o tom adotado pelo presidente da República foi considerado “desnecessário“, em um contexto de recuperação econômica em marcha lenta.

TRIBUNAL DO JÚRI DE JALES SE REÚNE NESSA QUARTA-FEIRA PARA JULGAR HOMEM ACUSADO DE HOMICÍDIO OCORRIDO EM 2004

O Tribunal do Júri de Jales volta a se reunir amanhã, quarta-feira (25), para julgar o caso de M.R.A., acusado de homicídio qualificado. O crime ocorreu entre o final de janeiro e o início de fevereiro de 2004 e teve a participação de outras três pessoas, que já foram julgadas e condenadas.

O julgamento de M.R.A., o quarto elemento, ocorrerá agora porque ele estava foragido e só foi encontrado – e preso – no ano passado. Ele será defendido pelo advogado Edson Francisco da Silva.

Segundo a acusação, o crime foi premeditado. Os quatro comparsas convidaram a vítima para roubar alguns carneiros em uma propriedade rural e, enquanto caminhavam pela linha férrea, nas proximidades do Córrego da Figueira, dois dos acusados sacaram suas armas e efetuaram os disparos.

Apanhado de surpresa, a vítima – conhecida por Magrão – morreu no local e teve seu corpo enterrado em uma mata próxima. Dois dos criminosos confessaram o homicídio e a ocultação do cadáver. E a mulher de um deles deu seu testemunho à Justiça, afirmando que o marido havia lhe contado sobre como ocorreu o crime.

A sessão do Júri começará às 09 horas, sob a presidência da juíza Maria Paula Branquinho Pini.

DEPOIS DOS GATOS, PREFEITURA MIRA AS GALINHAS

Depois de conseguir uma ordem judicial para obrigar uma moradora do bairro São Judas Tadeu a dar um sumiço nas quase duas dezenas de gatos que ela criava em sua residência, a Prefeitura de Jales agora voltou suas baterias em direção às galinhas de uma moradora do Jardim Eldorado.

Na terça-feira passada, 17, os advogados do município conseguiram, na Justiça, a concessão de uma liminar contra a moradora, para obriga-la a retirar as galinhas que estão sendo criadas no quintal de sua residência, na rua “Arlindo Correa Júnior”. A criação de galinhas propicia a proliferação do mosquito palha, transmissor da leishmaniose.

A moradora terá o prazo de 15 dias para providenciar a retirada das galináceas do perímetro urbano, “sob pena de multa diária de R$ 300,00, até o limite de R$ 5 mil, sem prejuízo de outras medidas para assegurar o cumprimento da ordem judicial”. A decisão é do juiz da 3ª Vara, José Geraldo Nóbrega Curitiba.

A luta da Prefeitura para expulsar as penosas da área urbana começou há mais de um ano, em junho de 2018, quando a Vigilância Sanitária do município autuou a dona das galinhas. Mesmo diante da ameaça de punição, a moradora negou-se a atender aos apelos da Vigilância e transferir a criação para outro local, longe do perímetro urbano.

Esta não é a primeira vez que a Justiça, a pedido da Prefeitura, concede uma liminar envolvendo a criação de galinhas na zona urbana. Em julho de 2014, determinou que um morador da Cohab “José Antonio Caparroz Bogaz” (JACB), desse um fim na criação de galináceas que mantinha em sua propriedade.

Naquela ocasião, matéria do jornal A Tribuna registrou que a Secretaria Municipal de Saúde já tinha constatado alguns casos de leishmaniose em seres humanos e que pelo menos quatro pessoas já tinham morrido em Jales por conta da doença.

JORNAL DE JALES: FILIAÇÃO DE DALUA AO PSDB É UM ENIGMA A SER DECIFRADO

Eis a capa do Jornal de Jales deste domingo, gentilmente enviada pelo corintianíssimo Brasilino Pires da Costa, que, depois de uma quarta-feira tenebrosa, deve estar um pouco mais feliz, por conta da vitória de ontem sobre o Bahia. Como se pode ver, o principal destaque é o incêndio da terça-feira, 17, que destruiu cerca de 70% da vegetação do nosso desprezado Bosque Municipal. Segundo o jornal, a Prefeitura de Jales tenta intensificar o trabalho de inspeção para evitar novos focos do fogo que ainda podem resistir dentro do pouco que restou da mata. De seu lado, o secretário de Planejamento, Niltinho Suetugo, disse que a municipalidade já está adotando medidas para iniciar a recuperação da mata.

O jornal está destacando, também, os reforços que estão chegando ao PSDB de Jales, visando as eleições do ano que vem, quando o partido pretende disputar o comando da nossa problemática Prefeitura. Depois do empresário Bixiga, que já chegou ao time tucano se apossando da faixa de capitão, as novas contratações incluem o provável candidato a prefeito, Luiz Henrique Moreira, o superintendente da Sabesp em Lins, Antônio Rodrigues da Grela Filho, o Dalua, e o radialista João Luiz Garcia. Segundo a matéria, as investidas do novo presidente – o Bixiga – para reforçar o PSDB contam com o aval da deputada Analice Fernandes.

O sucesso da Festa da Uva e do Mel, realizada na semana passada, que confirmou a qualidade das uvas produzidas em Jales e região; a iniciativa do MPF de Jales, que está pedindo providências à Secretaria Estadual de Saúde, visando diminuir as filas de espera no SUS; a homenagem que a Câmara de Jales fez à Igreja Assembleia de Deus, com a entrega de uma Moção de Congratulações; e a reclamação de alguns estudantes da Universidade Brasil, de Fernandópolis, que dizem estar pagando suas mensalidades, sem conseguir estudar, são outros assuntos do JJ.

Na coluna Fique Sabendo, o jornalista Deonel Rosa Júnior comenta que a filiação de Dalua ao PSDB é um enigma cercado de mistérios. O colunista relembra que Dalua já esteve com um pé na política, mas desistiu na última hora. Foi em 2000, quando lideranças políticas locais, preocupadas com a possível reeleição do então prefeito Rato, quase convenceram Dalua a ser o candidato de oposição. Deonel conta que as tais lideranças já davam como certo o “sim” de Dalua, mas ele, feito a Júlia Roberts naquele filme “Noiva em Fuga”, abandonou os noivos no altar e foi dedicar-se à sua atividade profissional. No que ele fez muito bem. 

GAL COSTA – “ÍNDIA”

Nesta semana, li duas notícias sobre a Gal Costa. A primeira foi a respeito do show “Discos Emblemáticos”, no qual a cantora Márcia Castro – baiana, como Gal – interpreta músicas do disco “Índia”, lançado por Gal Costa em 1973.

A segunda notícia foi sobre uma entrevista de Gal ao Estadão, em que ela se diz assustada com os tempos sombrios que estamos vivendo, sob Bolsonaro e outros boçais. “Quando vi na televisão que o Crivella tinha censurado um livro por causa da capa, me lembrei do disco Índia”, disse a cantora ao jornalão.

Pois é, entre os anos 64/85, vários discos de diversos compositores foram censurados pela ditadura militar, todos em função de músicas que os censores – muitos deles mais realistas que o rei – julgavam inadequadas ou contrárias ao regime.

No caso do emblemático disco “Índia“, a censura até que implicou com uma música – “Presente Cotidiano”, do Luiz Melodia – mas os censores acionaram o sinal de alerta mesmo foi quando viram a capa e a contracapa da bolacha.

A capa é essa que ilustra o post, um close na tanga vermelha de Gal, registrado enquanto ela tirava sua saia indígena. E a contracapa mostrava Gal – àquela altura no auge dos seus 28 anos – vestida de índia com os seios à mostra, algo que, na época, não era permitido nem às revistas masculinas.

O produtor Roberto Menescal ainda tentou argumentar com a censora – uma senhora muito rigorosa -, alegando que índias não usavam sutiã, mas não convenceu. A solução foi propor que o disco fosse vendido em um invólucro azul, que não permitia a exposição pública da capa proibida.

O dado interessante é que o invólucro azul só fez despertar a curiosidade do público, resultando em uma vendagem enorme do disco, que rendeu discos de Platina e de Ouro a Gal. Outro dado curioso é que a foto da capa foi tirada sem grandes pretensões.

Em meio à sessão das fotos para a capa, o fotógrafo Antonio Guerreiro achou engraçada a cena com uma índia de calcinha – as índias não usavam calcinhas – e resolveu clicar o momento apenas como curiosidade. Pelo menos é o que ele diz, mas não se pode descartar que algum outro detalhe tenha chamado sua atenção.

O fato é que, na gravadora, a foto acabou sendo escolhida por unanimidade para ilustrar a capa do disco. Outro fato é que, em 2015, ou 42 anos depois da censura, a foto foi, finalmente, liberada, de tal forma que a gravadora planeja relançar o disco, agora sem o invólucro azul.

Em pesquisa realizada pela revista Status, a capa de “Índia” é considerada uma das dez mais sensuais do planeta. A lista tem, por exemplo, a capa do disco “God Is A Girl”, do grupo alemão Groove Coverage, cujas músicas não são lá grande coisa.

Capas e contracapas à parte, o disco – que teve a direção musical de Gilberto Gil, recém-chegado de seu exílio londrino – é tido como um dos melhores de Gal Costa. “Índia”, a faixa-título é uma guarânia paraguaia, vertida para o português pelo compositor e cantor sertanejo José Fortuna.

A gravação original é do duo Cascatinha e Nhana, em um compacto de 1952, que tinha, do outro lado, o clássico “Meu Primeiro Amor”, outra versão de José Fortuna. Gal regravou “Índia” três vezes. A primeira, no citado disco de 1973, a segunda, seis anos depois, no disco “Gal Tropical”, de 1979. E a terceira, no disco “Gal de Tantos Amores”, de 2001.

No vídeo, Gal canta “Índia”, em show de 1983

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