PREFEITURA DE JALES PRORROGA CONTRATO COM AGÊNCIA DE PUBLICIDADE

A novidade está no Diário Oficial do Estado deste sábado. O prefeito Flávio Prandi assinou um termo aditivo com a agência de publicidade Preview Marketing e Publicidade S/S Ltda, do publicitário Saulo Nunes da Silva, que prorroga por mais seis meses a contratação iniciada em agosto de 2013.

Valor do aditamento: R$ 173.677,51. Isso não significa, no entanto, que a Prefeitura irá gastar os R$ 173,6 mil em publicidade e propaganda, nos próximos seis meses. O valor é apenas uma estimativa.

Em 2016, por exemplo, a Prefeitura gastou apenas R$ 44,9 mil com a prestação de serviços da Preview. Em 2015, os gastos foram menores ainda: R$ 41,1 mil. Se dependesse da Prefeitura de Jales, meu ex-professor de flauta, o Saulo – que me presentou há muitos anos com o livro “A Canção no Tempo“, que me é muito útil – estaria pagando juros no cheque especial.  

Registre-se que a agência de publicidade é apenas uma intermediadora. Ela é responsável por contratar rádios e jornais para executar as campanhas publicitárias oficiais do governo municipal – como a campanha contra a dengue, por exemplo – e pagar os veículos de comunicação por elas.

Para fazer a ponte entre a Prefeitura e os veículos de comunicação, a agência de publicidade fica, normalmente, com 20% do que é investido pela administração municipal em publicidade e propaganda.

Registre-se, ainda, que a agência de publicidade nada tem a ver com a publicação de atos oficiais, que é feita pela Prefeitura no jornal Folha Regional e nos diários oficiais do Estado e da União. Dados do Portal da Transparência mostram que, em 2016, os serviços da Folha Regional custaram R$ 88 mil à Prefeitura, mas, até dezembro, a municipalidade tinha pago apenas R$ 37 mil ao jornal.

Ou seja, prestar serviços de publicidade à Prefeitura de Jales não é lá muito lucrativo. Ou melhor, é lucrativo apenas ao Diário Oficial do Estado (DOE) e ao Diário Oficial da União (DOU), pois as publicações nesses órgãos são caras e pagas à vista. Em 2016, as publicações no DOE custaram R$ 98,2 mil à Prefeitura.

As publicações no DOU custaram bem menos, em 2016: apenas R$ 17,5 mil. Isso, porém, tem explicação: é que Prefeitura só está obrigada a publicar no Diário Oficial da União as licitações ou outros atos oficiais que envolvam o uso de recursos  federais.

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