Blog do Cardosinho

Ao falar sobre a disposição da candidata Marina Silva de tornar o Banco Central independente (do governo), o ex-frei Leonardo Boff disse que “os pobres perderam uma aliada e os opulentos uma legitimadora”.

É mais ou menos isso o que pensa o ex-deputado Luciano Zica(foto), que, em 2010, foi um dos coordenadores da campanha de Marina à presidência da República, pelo Partido Verde.

Em 1997, Luciano Zica foi o primeiro deputado do PT a colocar uma emenda para Jales no orçamento da União. É um velho conhecido nosso e também da ex-senadora Marina Silva. Quando ela foi ministra do Meio Ambiente, Zica era o secretário de Recursos Hídricos, vinculado àquele Ministério.

Em 2009, ele e Marina deixaram o PT e foram para o PV. Depois das eleições de 2010, resolveram fundar a Rede Sustentabilidade. Poucas pessoas conhecem as ideias de Marina, como Luciano Zica.

Hoje, mantive contato com o ex-deputado, que mora em Campinas. Ele me concedeu uma entrevista, onde fala de Marina, do PT, do PSB, da Petrobras e de outros assuntos.

Entre outras coisas, Zica diz que Marina sempre foi contra a autonomia do Banco Central.  “Não tem o menor sentido ela ficar a favor agora. Não existe BC autônomo. Ele ficaria refém dos banqueiros e aí seria muito pior para o povo brasileiro”.

Por essas e por outras, Zica se afastou  politicamente de Marina, embora a considere uma pessoa inteligente e com uma história de vida bonita e limpa. Domingo, em A Tribuna, a entrevista completa.

As duas pesquisas divulgadas hoje – Ibope e Datafolha – mostram um cenário de equilíbrio entre as candidatas Dilma Rousseff e Marina Silva.

Mais cedo, alguns sites diziam que o mercado estava agitado – com valorização das ações da Petrobras e do Banco do Brasil – por conta da pesquisa Ibope que mostraria Marina à frente de Dilma.

Mas não foi bem isso que aconteceu. A pesquisa está mostrando Dilma com 37%, Marina com 33% e Aécio com 15%. Em relação à última pesquisa Ibope, Dilma subiu 3 pontos, Marina cresceu 4 e Aécio caiu 4.

No Datafolha, Dilma aparece com 35%, ou 01 ponto acima da pesquisa anterior, enquanto Marina permaneceu com os mesmos 34%. Aécio, de seu lado, caiu o1 ponto e agora está com 14%. Ou seja, no Datafolha, Marina não cresceu nada em três ou quatro dias.

Mas a boa notícia, para Dilma, está no cenário de segundo turno das duas pesquisas, onde a distância entre ela e Marina caiu e agora está em 7%. E também na rejeição medida pelo Ibope, onde Dilma diminuiu cinco pontos de 36% para 31%. Já a rejeição de Marina subiu de 10% para 12%. 

O sábado passado foi movimentado na região: enquanto a presidenta Dilma Rousseff visitava Jales, Rio Preto recebia os candidatos tucanos Aécio Neves e Geraldo Alckmin. Em seu discurso, o candidato ao Senado, José Serra, lembrou a instalação da unidade de Jales do Hospital de Câncer.  

O encontro foi organizado pela campanha do deputado Rodrigo Garcia(DEM) e, segundo os coordenadores, reuniu cerca de 5.000 pessoas. A notícia é da jornalista Mirna Soares:

O deputado federal Rodrigo Garcia reuniu mais de 5 mil pessoas, durante o lançamento de sua campanha à reeleição, realizado no último sábado (30/8), no Palestra Esporte Clube, em São José do Rio Preto. O comício indoor contou com a presença do senador Aécio Neves, candidato a presidente da República; seu candidato a vice, o senador rio-pretense Aloysio Nunes Ferreira Filho; o governador Geraldo Alckmin, candidato à reeleição; e o candidato a senador José Serra.

O encontro reuniu ainda outras lideranças locais, regionais e estaduais. Mais de 100 prefeitos, como o prefeito Valdomiro Lopes, de São José do Rio Preto, e secretários municipais, dezenas de ex-prefeitos e vice-prefeitos, além de mais de 500 vereadores de todo o Estado de São Paulo participaram do evento. Também vieram caravanas de toda a região e de várias partes do Estado.

O comício teve início por volta das 10h30, quando Rodrigo Garcia recebeu o presidenciável Aécio Neves e o governador Geraldo Alckmin, na entrada do clube, já completamente lotado. O deputado Rodrigo abriu sua fala, agradecendo a presença de todos. “Queria agradecer a presença de cada um de vocês que fazem desta a maior festa da democracia brasileira, que fazem desta a festa de fé no futuro deste País e no futuro do nosso Estado de São Paulo”, declarou.

O presidenciável Aécio Neves agradeceu o deputado Rodrigo Garcia e enalteceu seu trabalho ao lado do governador Geraldo Alckmin, quando foi secretário de Estado em duas pastas, a de Desenvolvimento Social e a de Desenvolvimento Econômico. “Parabéns, Rodrigo, por mais esta demonstração de liderança, de força, fruto do seu trabalho, da sua seriedade, mas, sobretudo, da sua lealdade a princípios, a valores e a um projeto no qual acreditou desde o início”, ressaltou.

O governador Geraldo Alckmin aproveitou a oportunidade para falar do seu trabalho por Rio Preto e pela região à frente do Governo do Estado. Destacou ainda o trabalho do deputado Rodrigo Garcia, no comando de duas secretarias de seu governo. “Nós ficamos felizes em ver um jovem líder, como é o Rodrigo, empolgando aqui a região e o Estado para ter uma merecida reeleição. Parabéns, Rodrigo”, disse.

O candidato a senador José Serra encerrou as falas. Ele destacou o trabalho do deputado federal Rodrigo Garcia, lembrou da construção do Hospital do Câncer, em Jales, e se colocou à disposição da região. “A ideia de montar uma sucursal do Hospital do Câncer de Barretos em Jales foi do saudoso Barradas (Luiz Roberto Barradas Barata, ex-secretário de Saúde do Estado). Bancamos. Fizemos. Aqui, tem um segredo: é uma região que quando a gente investe funciona. Por isso, é importante a ação dos parlamentares e dos próprios secretários. E Rio Preto e a região nunca nos decepcionaram. As coisas rendem aqui. Para mim, vir aqui significa mais energia. No Senado, vocês me terão como aliado”, finalizou.

Skaf sentou-se entre os ministros Moreira Franco e Ricardo Berzoini, a uma razoável distância da presidenta Dilma. A notícia é do jornal Diário do Grande ABC:

O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), colocou panos quentes na reação negativa que o candidato do partido ao governo de São Paulo, Paulo Skaf (PMDB), provocou no fim de semana ao evitar aproximação com a presidente e postulante à reeleição, Dilma Rousseff (PT), durante evento da legenda em Jales, no Interior.

O mandatário do PMDB evitou condenar a postura do postulante peemedebista ao Palácio dos Bandeirantes e argumentou que Skaf “fez o seu papel” ao passar pelo encontro, mesmo que às pressas. “Ele cumprimentou a presidente. Acho que foi correta (a atitude de Skaf). As pessoas, talvez, esperavam que ele fizesse um discurso pedindo votos (a Dilma), mas ele estava orientando-se pelo seu programa para conquistar votos para ele”, contemporizou Temer, que descartou retaliações. “Não vejo razão para isso.”

Nos bastidores, entretanto, a atitude de Skaf não foi bem digerida pelo cacique do PMDB, que não poupou críticas ao candidato em reuniões internas. Temer foi quem bancou a candidatura de Skaf – a maioria do PMDB queria aderir à campanha à reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Entre peemedebistas circula informação que haverá debandada do projeto eleitoral de Skaf, principalmente entre prefeitos do PMDB do Interior.

Skaf havia sinalizado que não iria ao ato em Jales para não cruzar com Dilma no mesmo palanque. O peemedebista evita ter a imagem atrelada à da petista com medo de que a rejeição ao petismo em São Paulo contamine sua candidatura – ele aparece em segundo colocado nas pesquisas. Pressionado por Temer, o dirigente da Fiesp recuou e decidiu comparecer à atividade. Em Jales, no entanto, Skaf evitou ser fotografado ao lado de Dilma.