Blog do Cardosinho

O Conselho Municipal de Trânsito de Jales, que andou meio desativado durante o primeiro ano do governo Nice, teria feito uma reunião ontem, sexta-feira, para deliberar sobre algumas questões.

Segundo este aprendiz de blogueiro conseguiu apurar, uma das principais decisões do Conselho se refere ao trânsito da Avenida João Amadeu.

As informações dão conta de que o colegiado resolveu que vai propor a proibição da conversão à esquerda em alguns pontos da avenida.

Ou em todos os pontos, sei lá! O fato é que, se a medida for aprovada e implantada,  virar à esquerda, ao longo da avenida – como nas fotos – vai ser uma manobra rara.

Não entendo nada de trânsito, mas suponho que, se o Conselho de Trânsito está propondo a medida é porque ela deve ser positiva. Afinal, o Conselho tem 12 integrantes e, até onde se sabe, 12 cabeças pensam melhor que uma. Na verdade, duas já pensam melhor que uma.

Uma coisa, porém, é certa: para alguns comerciantes da avenida, a alteração no trânsito, se implantada, vai trazer inconvenientes.

As fotos acima mostram um trecho da Rua Inglaterra, que passa ao lado da antiga AABB. Durante o dia, é uma rua tranquila. Durante a noite, nem tanto.

De acordo com a vizinhança, a escuridão está transformando o local em motel. “A porta das nossas casas virou um motel, uma verdadeira falta de respeito…”, garantiu um amigo deste aprendiz de blogueiro (por sinal, eu também sou vizinho).

Nesse caso, no entanto, nem se pode reclamar da falta de iluminação pública. O problema está nas árvores, que deixam o lugar escuro, bem propício para os casais enamorados. E propício, também, para outras coisas. “Tem pessoas usando drogas, brigas entre casais, enfim, tá uma bagunça…”, diz outra vizinha.

Os vizinhos dizem que já recorreram à Polícia e à Prefeitura, mas o problema continua. E eles não estão pedindo muita coisa: “Nós estamos pedindo que as árvores, que estão enormes, sejam devidamente podadas, só isso já ajuda”.

O terreno da antiga AABB, vocês sabem, foi vendido para o Grupo Sakashita, que, segundo informações, pretende erguer ali um prédio de vários andares, com um supermercado no térreo.

Até alguns meses atrás, o empreendimento ainda dependia de aprovação da ANAC, uma vez que o local, segundo dizem, é roteiro dos aviões que pousam no nosso aeroporto. Enquanto o empreendimento não sai do papel, uma poda das árvores cairia bem.

A blogueira Luiza Elizabeth postou um comentário no Facebook, que motivou outros comentários. Vejam o que ela escreveu a respeito de um evento – a peça “Socorro, meu marido virou a mão” – marcado para o Teatro Municipal, e, na sequência, dois dos  comentários: 

“SOCORRO a cidade precisa saber onde está a cultura.
Nem sei quem cuida dessa parte cultural aqui na cidade de Jales mas tudo que se refere a parte cultural procuro divulgar.
Mas fica difícil divulgar uma peça de teatro ou o que quer que seja com os cartazes ridículos que colocaram em dois ou três pontos da cidade.
Como convidar as pessoas para prestigiar uma peça de teatro para que venham outras depois com o trabalho de divulgação que é feito? Fico até com medo do que vou encontrar lá no teatro. Afinal, já acabou a reforma? Eu só posso lamentar e prestigiar para poder elogiar ou vaiar depois.

A sempre educada e gentil Ivani Franco Pereira, assessora da prefeita Nice Mistilides, justificou:

Bom dia Luiza. Sou a assessora de Cultura da secretaria municipal de Esportes, Cultura e Turismo. Primeiramente, o espetáculo “Socorro, meu marido virou a mão” é uma parceria entre a Cia e a Prefeitura. A Cia loca o Teatro Municipal e se responsabiliza por todo o restante, inclusive a divulgação. Vale lembrar que todos os eventos realizados pela Cultura, é amplamente divulgado na imprensa, através de rádios, site oficial da prefeitura e outros sites de Jales e região, blogs, jornais e até revistas. Ressalto que essa administração assumiu com um teatro interditado e após as melhorias que realizamos, ele foi autorizado a funcionar. Nunca se fez tanto pela Cultura, investimos na Orquestra Municipal de Jales, realizamos o Mapa Cultural Paulista, celebramos convênios com 5 Pontos de Cultura, apoiamos a Conferência Municipal da Cultura, fomos responsáveis pela programação Natalina, com apresentações de shows, trouxemos o Circuito SESC de Artes para a cidade, valorizamos a Associação dos Artesãos e pontos que estavam abandonados, como a Praça Euphly Jalles (Praça da Fonte) passaram a ter ações culturais que movimentam o local. Me admira, você sempre antenada, não ter conhecimento de tudo isso. De qualquer forma, quero me colocar à sua disposição e de todos aqueles que desejam contribuir, para mais esclarecimentos sobre o setor, inclusive com novas sugestões. Um grande abraço.

E a simpática e competente jornalista Rosiane Cerverizzo,  também entrou na discussão:

Jales tem sofrido muito nos últimos meses, e toda população tem vivenciado isso. Não queria me pronunciar sobre o assunto cultural, mas tem um monte de coisas para dizer sobre “NUNCA SE FEZ TANTO PELA CULTURA”.
Onde estão os festivais de teatro que aconteciam aqui em Jales? Festivais Naionais de alto nível, trazendo grandes companhias de sucesso. Bem diferente das peças que tem vindo para Jales como essa do Vitor Branco e a anterior do Carlos Denoni.
Onde estão os grandes Festivais de Música que marcaram a história dessa cidade nas décadas de 60, 70, 80 e 90, como exemplo a Mocap, o Festijovem e por úiltimo o FEMAFE, um festival Nacional que trouxe também músicos de qualidade para Jales.
O Mapa Cultural não é uma ação importante uma vez que não valoriza a cultura da cidade e nem traz grandes espectáculos, apenas pura estatística para a Secretaria Estadual de Cutura. E em relação à apoiar a Conferência Municipal de Cultura, eu tenho a dizer que não basta apoiar “o evento conferência”, e sim deveriam colocar em prática o que foi aprovado por aquele colegiado. As políticas públicas para a cultura.

Eis a capa do jornal A Tribuna deste final de semana. O principal destaque, como se vê, é a licitação que a prefeita Nice está fazendo para terceirizar a realização da Facip. Ou melhor, das facips,  uma vez que a terceirização valerá por três anos.

O jornal traz todos os detalhes, inclusive o valor do lance mínimo, que foi estabelecido por uma lei de 2002, quando o salário mínimo era de R$ 200. O período de duração de cada Facip, como se vê na submanchete, será de nove dias.

Ainda sobre esse assunto, matéria do repórter Alexandre Ribeiro, o Carioca, esmiúça a Recomendação Administrativa do Ministério Público que obrigou a prefeita Nice a revogar o decreto em favor da BX Eventos e abrir uma licitação.

A construção da creche do Jardim Maria Silveira, que está paralisada há mais de um ano, e a decisão do TJ-SP, que julgou improcedente a ação de danos morais e materiais ajuizada pela empresa que executou a chamada “revitalização do centro”, são outros assuntos de A Tribuna.

Como todos os domingos, o jornal traz os artigos do vice Pedro Callado e do filósofo Marco Antônio Poletto. No caderno social tem as Bodas de Ouro do seo João Nogueira e sua esposa, dona Odete. E tem, também, a imperdível coluna social do Douglas Zílio.

E o Escritório Regional do IAMSPE, inaugurado há alguns meses pela dupla Nice Mistilides-Analice Fernandes, parece ser apenas mais uma jogada de marketing político.

A resolutividade do Escritório, segundo informações, é algo próximo de zero. Ele é procurado diariamente por meia dúzia de pessoas, que, normalmente, saem insatisfeitas por não ter suas demandas resolvidas.

O problema nem é o atendimento oferecido pelas funcionárias do Escritório, mas a burocracia do órgão. E agora, parece que a coisa vai ficar pior ainda.

Como se pode observar na foto, um cartaz improvisado e pregado à placa avisa que Escritório – que, antes, atendia até às 17:00 horas – agora está funcionando apenas até às 13:00 horas. Quem chega por lá depois desse horário, dá com os portões fechados.

O Escritório – como noticiado pelo blog em outubro do ano passado – tinha três funcionárias, cedidas pela Prefeitura, onde só cabiam duas. Atualmente, conta com apenas uma atendente, que trabalha das 07:00 às 13:00 horas.

Na verdade, o fato de o Escritório fechar às 13:00 ou às 17:00 – ou nem abrir – não vai mudar muita coisa, uma vez que ele não resolve quase nada mesmo.

Mas, já que se está pagando o aluguel da casa e já que se fez uma grande propaganda da instalação do órgão, bem que ele podia ao menos funcionar – ou melhor, ficar aberto – até mais tarde.

Cerca de 400 servidores da Prefeitura de Jales participaram, nesta sexta-feira, da assembleia geral realizada na sede da Associação dos Servidores Públicos Municipais, para discutir a pauta de reivindicações que será entregue à prefeita Nice Mistilides.

Segundo informações, ficou decidido que os servidores não pretendem abrir mão dos 10% de reajuste salarial prometidos durante a campanha eleitoral.

Além do reajuste salarial, o Sindicato vai pedir um aumento no valor do vale-alimentação, que, atualmente, é de R$ 100,00 para cada servidor. O aumento seria de 50%, o que elevaria o vale-alimentação para R$ 150,00.

Outra reivindicação trata da cesta básica dos aposentados e pensionistas. Atualmente, só aqueles que ganham até três salários mínimos podem ser beneficiados com a cesta básica. O Sindicato vai pedir que o benefício seja estendido a todos os que recebem aposentadoria ou pensão.

A diretoria do Sindicato vai tentar agendar uma reunião com a prefeita Nice, para a semana que vem, a fim de iniciar as tratativas (a prefeita gosta dessa palavra!).

Os vereadores Jesus Martins(DEM), Luís Rosalino(PT) e Tiago Abra(SDD) acompanharam a assembleia. O presidente da Câmara, vereador Gilbertão(DEM), que está fora da cidade, justificou a ausência.

Quem também fez uma rápida aparição na sede da Associação dos Servidores foi o ex-candidato a prefeito Flávio Prandi Franco, o Flá. Ele chegou logo depois da reunião.