Essa cidade é mesmo engraçada! Nossa doce e generosa ex-primeira-dama, dona Rose Parini, desceu a rampa, mas quer continuar mandando. E o pior é que tem gente que ainda se deixa ser manipulada por ela.
Uma fonte bastante confiável me disse ontem que dona Rose vetou, realmente, a volta do ex-petista José Luiz Nunes ao cargo de assessor parlamentar da Câmara Municipal. A ordem foi passada diretamente à nova presidenta da Câmara, Pérola Cardoso.
E mais: a ex-primeira-dama teria exigido que o cargo fosse entregue ao ex-chefe de gabinete do prefeito, professor Léo Huber. Segundo fontes, a nomeação de Léo ainda não foi providenciada, mas a presidenta Pérola já comunicou sua vontade – aliás, a vontade de dona Rose – aos demais vereadores.
Fico me perguntando por onde andam meus ex-companheiros Luís Especiato e Antonio Carlos Cacaio, que vão deixar o casal Parini continuar ferrando o PT. Um dia desses, um dirigente petista me disse que a vereadora Pérola já estava quase se livrando da influência da ex-primeira-dama. No entanto, aquele discurso infeliz e a possível contratação de Léo Huber mostram o contrário.
Ainda bem que dona Rose ainda não cismou de botar a Marli na assessoria de imprensa da Câmara…
Essa história de tirar o Almoxarifado Municipal – ou cemitério de máquinas – do local onde está e levá-lo para a Facip, já é antiga. Tomara que agora seja pra valer.
O nosso premiado estadista, em seu primeiro mandato, também demonstrou essa intenção, mas ficou só na intenção mesmo. Para quem não se lembra, Parini até construiu um barracão – na verdade, foi a empresa Ida-yo quem construiu e doou ao município – naquele local, para abrigar algumas máquinas.
Desde que foi inaugurado, em 2008, o barracão permanece abandonado, servindo apenas de abrigo para alguns animais se protegerem do sol. Em outubro de 2011, postei alguma coisa a respeito,aqui.
Agora é a vez da prefeita Nice anunciar a mesma intenção. Perguntada pelo repórter Tony Ramos, da Rádio Assunção, ela confirmou que pretende mesmo transferir o Almoxarifado Municipal para o recinto da Facip. O objetivo, segundo ela, é diminuir despesas, uma vez que a Prefeitura paga aluguel pelo imóvel onde está instalado o Almoxarifado.
Resta sabermos agora, como a prefeita pretende levar aquele monte de sucata até a Facip. Talvez fosse o caso de levar direto para um Ferro-Velho.
Durante o dia, circularam rumores dando conta de que a recém-nomeada secretária da Educação, Sônia Scatena, teria desertado. O fato de Sônia não ter batido o ponto, hoje, na Secretaria, só fez aumentar os boatos.
Este aprendiz de blogueiro conversou, agora à tarde, com um assessor da prefeita Nice Mistilides, que desmentiu os boatos. “São apenas rumores”, disse ele. Na Secretaria da Educação, ninguém tinha conhecimento sobre a propalada defecção.
De qualquer forma, o ditado nos ensina que “onde há fumaça, há fogo”.
Eis uma notícia que nos interessa. Quem sabe não seria o momento de a prefeita Nice Mistilides tentar obter os recursos para melhorias em nosso Aeroporto, ou, se for o caso, levá-lo para outro local. A novidade está no site Região Noroeste:
No programa Café com a Presidenta de hoje, Dilma Rousseff explicou que o governo vai investir R$ 7,3 bilhões em 270 aeroportos regionais. O objetivo é aumentar o número de rotas e de voos entre as cidades do interior e melhorar a qualidade dos serviços prestados aos passageiros. A presidenta Dilma também falou sobre a concessão dos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Belo Horizonte.
“Precisamos investir na ampliação e na modernização de nossos aeroportos para oferecer um serviço de qualidade, com segurança, conforto, pontualidade e regularidade”, disse a presidenta.
A notícia completa, do Região Noroeste, pode ser lida aqui.
Quem estava por perto notou: o último discurso do nosso premiado estadista, antes de descer a rampa, foi, como de praxe, sonolento. Até a prefeita Nice Mistilides, apesar de estar com a adrenalina a mil, quase tirou um cochilo de pé. Confiram nas fotos acima como a prefeita deu uma leve “pescada”, enquanto o ex-prefeito nos brindava com seu “inflamado” adeus.
Como estava previsto, a prefeita Nice Mistilides concedeu, na tarde desta segunda-feira, entrevista coletiva à imprensa local, onde destacou a situação financeira da Prefeitura. Ela esclareceu o que já se desconfiava.
Dos R$ 4,4 milhões que o prefeito Humberto Parini disse ter deixado em caixa, apenas R$ 133 mil poderão ser utilizados para o pagamento de despesas imediatas. O resto refere-se a convênios, ou seja, são verbas carimbadas que não podem ser utilizadas fora de suas finalidades.
De acordo com a prefeita, além de não deixar quase nada em caixa, Parini deixou algumas dívidas imediatas para pagar, incluindo o salário dos servidores, referente a dezembro. Tudo somado, o caixa da Prefeitura apresenta, segundo Nice, um deficit de R$ 4,3 milhões.
Desse total, R$ 2 milhões refere-se à folha de pagamento dos servidores. Mas esse é apenas o valor líquido da folha, segundo me explicou um assessor da prefeita. Se considerarmos o valor bruto, o déficit pode chegar, por enquanto, a R$ 5 milhões.
Destaque-se que, na maioria dos municípios da região, a folha de pagamento de dezembro foi paga ainda no ano passado. Parini não pagou, nem deixou o dinheiro em caixa, como determina a lei. De qualquer forma, Nice garantiu que, no dia 11, ela estará pagando o funcionalismo. Para tanto, ela conta com a arrecadação do IPTU e do IPVA e com a primeira parcela do FPM e do ICMS.
Nice citou pormenores sobre algumas dívidas deixadas por Parini, que, certamente, serão veiculados nas nossas emissoras de rádio, nos noticiários de amanhã. A prefeita disse que conta com a imprensa para que a população de Jales saiba da real situação deixada por Parini.
De vez em quando, eu escrevo aqui que a participação do prefeito Parini na grande conquista de sua administração – o Hospital de Câncer – foi muito menor do que alguns bajuladores periféricos tentam propagandear.
Digo e repito: se tivéssemos uma tartaruga sentada à cadeira de prefeito, o Hospital teria vindo da mesma forma, talvez até com maior rapidez. É claro que o prefeito teve lá sua participação porque, afinal, algumas providências dependeram da assinatura ou da autorização dele. Mas, com o conhecimento de quem fez parte do governo, posso garantir que o Hospital de Câncer foi, em grande medida, uma conquista de pessoas que não participaram da administração Parini.
Na sua coluna Fique Sabendo, do Jornal de Jales de ontem, o jornalista Deonel Rosa Júnior mencionou um trecho do discurso do vice Pedro Callado, durante a cerimônia de posse, em que o ex-juiz deu seu testemunho sobre uma suposta demonstração de humildade do ex-prefeito Humberto Parini em um encontro em Barretos, com Henrique Prata. Eis um trecho do que Deonel escreveu:
“Segundo Callado, que era juiz de direito na época, em 2009, Prata estava exaltado, mas Parini, humildemente se conteve. Se o prefeito tivesse revidado, talvez hoje não tivéssemos em Jales o Hospital de Câncer”.
Essa história é conhecida de muita gente. Numa reunião em Barretos, Henrique Prata, aplicou um tremendo puxão de orelhas em Parini , testemunhado por uma delegação de jalesenses. Prata estava irritado com a demora do prefeito em providenciar alguns documentos. Parini, é claro, meteu o rabo entre as pernas e calou-se ante a descompostura pública.
Ao citar o fato como exemplo de humildade, o vice Pedro Callado – magnânimo, como devem ser os vencedores – apenas tentou diminuir o mal estar causado pelas vaias dirigidas ao discurso da vereadora Pérola, cujo verdadeiro alvo era o ex-prefeito. Na verdade, o fato citado por Callado, e, repito, conhecido de muita gente, foi apenas mais um exemplo da lentidão e da incapacidade de Parini.
A assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal enviou notal oficial sobre a ausência de alguns prefeitos e municípios – inclusive Jales – que ficaram fora de uma propaganda daquela instituição, veiculada nos principais jornais de São Paulo. O esquecimento foi noticiado aqui no blog.
Em complemento à nota, o gerente da agência de Jales, João Carlos Dácia, enviou correspondência, que reproduzo abaixo:
Reforço que a CAIXA atua como principal banco do setor público do país, e tem em sua missão atuar como agente de políticas públicas e parceira estratégica do Estado brasileiro.
Informo ainda que a Caixa, no âmbito da Superintendência Regional de São José do Rio Preto, de vinculação da agência de Jales, realizou no mês de outubro/2012 um evento de recepção aos gestores eleitos/reeleitos de 136 municípios vinculadas à referida regional da Caixa, com a presença da Prefeita Nice, e também, vale lembrar que a Caixa esteve presente/representada por gerente da Agência de Jales nos eventos de diplomação e de posse da prefeita Nice e do Vice Dr. Pedro Callado.
A Caixa ratifica o compromisso como banco parceiro e que está e sempre estará à disposição do município de Jales e da Prefeita Nice e toda sua equipe.
Atenciosamente,
JOÃO CARLOS DÁCIA – Gerente Geral
Vamos agora, à nota oficial da Caixa:
Em 02/01/2013, a Caixa Econômica Federal, principal banco do setor público do país, divulgou anúncio especial de boas vindas aos prefeitos eleitos nos jornais de maior circulação de todo o país. A relação de nomes dos prefeitos eleitos teve como base as informações constantes do site do Tribunal Superior Eleitoral em 25/12/2012. Na data, não constavam no site do TSE informações dos prefeitos eleitos em 8 municípios paulistas -Jales, Morungaba, Paranapuã, Pontalinda, São João da Boa Vista, Capivari,Itatiba e Urânia.
Para os anúncios dessas cidades, a campanha incluiu a seguinte ressalva: “Alguns municípios não foram citados em decorrência da não confirmação do resultado da eleição pelo TSE”.
A CAIXA saúda os novos prefeitos, reafirma o seu compromisso como banco parceiro de todos os municípios brasileiros.
Aqui em Jales, nós já tivemos casos de prefeitos que botaram funcionários de “castigo” embaixo de árvores. Em Sergipe, é o próprio prefeito quem foi parar embaixo de uma árvore. Vejam a notícia do UOL:
À sombra de uma árvore, na praça central da cidade, o novo prefeito de Santo Amaro das Brotas (SE), Luis Gallardo (PSL), assinou os primeiros despachos após assumir.
Gallardo sentou-se num banco de cimento, porque não tinha poltrona. Usou as pernas para apoiar os papéis por falta de mesa. Com o gabinete sem luz e cheio de bujões de gás e panelas, empossou o secretariado “embaixo de um pau de árvore”.
Esse prefeito sergipano é um exemplo extremo da situação de caos que os novos administradores dizem ter encontrado logo após a posse, em todo o país.
Alguns encontraram prédios depredados, sem energia e internet (cortadas por falta de pagamento), veículos em frangalhos ou instalações sem móveis.
“Arrasada é apelido”, diz Gallardo, o prefeito sem gabinete, sobre a situação da prefeitura. “O cabra esculhambou mesmo”, afirma ele sobre o antecessor, José Ivaldo Costa (DEM).
Em Porto Acre (AC), a nova gestão, de Antonio Carlos Ferreira (PSDB), diz que não houve transição e que o governo desconhece o patrimônio e as dívidas que o antecessor, Zé Maria (PT), deixou.
Em Cachoeira Paulista (SP), João Luiz do Nascimento (PT) encontrou a prefeitura sem telefones, que foram cortados por falta de pagamento. Nascimento ficou sem computadores, recolhidos no mês passado pela Polícia Federal, que investiga supostas irregularidades do ex-prefeito Fabiano Vieira (PSDB).
Em Chapadão do Céu (GO), o novo prefeito, Rogério Graxa (PP), não recebeu as chaves da prefeitura do seu antecessor, Paulo Rodrigues da Cunha (PMDB). Só conseguiu entrar na sede com a ajuda do guarda do prédio.
Em Manacapuru (AM), o prefeito Washington Luiz Régis (PMDB) assumiu sem o pagamento do salário de dezembro dos professores.
O ex-prefeito Ângelus Figueira (PV) também não pagou o transporte dos alunos. O lixo toma as ruas, pois a coleta não estava sendo feita.
Em Holambra (SP), o prefeito Fernando de Godoy (PTB) registrou boletim de ocorrência contra a ex-prefeita Margareti Groot (PPS) por ter encontrado o prédio e equipamentos da administração sem condições de uso.
De acordo com o registro na polícia, todos os veículos estavam sem estepe e a prefeitura, sem TVs, computadores e mobiliário.
Groot disse que processará Godoy, pois, afirma, só foram retirados móveis que ela comprou com o próprio dinheiro e que o prédio já estava ruim quando ela chegou.
O jornal A Tribuna deste domingo publicou matéria deste aprendiz de blogueiro sobre o sucateamento da frota da Secretaria Municipal de Obras. Em oito anos de mandato, o prefeito Humberto Parini comprou apenas duas ou três máquinas novas para o setor.
Uma delas é essa Vibro Acabadora da foto acima, comprada em 2007, por R$ 87 mil. A máquina não serviu para quase nada e, em pouco tempo, graças ao desmazelo da administração Parini, virou sucata. Está abandonada há uns três anos.
A prefeita Nice Mistilides terá que orar bastante e ter muita paciência para enfrentar os problemas que encontrará no setor de Obras. Além das máquinas sucateadas, os funcionários do setor estão desmotivados com a falta de condições de trabalho e com a desatenção que o governo Parini dedicou ao Almoxarifado Municipal.
Abaixo, estou postando algumas fotos com a situação atual de máquinas e caminhões que estão sendo utilizados ou estavam sendo utilizados até há bem pouco tempo. Nem vou mostrar pra vocês a situação daqueles que estão abandonados há muito tempo.
Essa é uma das máquinas mais novas da Secretaria de Obras. É a pá carregadeira envolvida no acidente que vitimou o jovem Rafael Goes Luiz, em novembro. Desde o dia do trágico acidente, ela está “encostada” no Almoxarifado Municipal, com problemas no motor.
Acho que as imagens falam mais que mil palavras, certo?
Este caminhão é mais uma demonstração do zelo que a administração Parini tinha pelo dinheiro público. Ele foi comprado pelo estadista junto ao Consórcio Intermunicipal Pró-Estradas, por R$ 80 mil, mas já chegou com problemas no motor. Depois de fazer duas ou três viagens, o caminhão ficou encostado por seis meses. Já foi consertado várias vezes, mas está sempre de volta à oficina. Atualmente, está parado.