Categoria: Música

CHORO DAS 3 E PAULO GODOY – “A VOLTA DO BOÊMIO”

“A Volta do Boêmio”, composta por Adelino Moreira, um português de nascimento criado no Rio de Janeiro, foi o maior sucesso da carreira de Nelson Gonçalves, o segundo maior vendedor de discos da música brasileira (o primeiro é Roberto Carlos).

O samba-canção, gravado por Nelson em 1957, conta a história de um sujeito que abandonou a boemia pelo amor de uma mulher, mas, depois de algum tempo, resolveu, com a aprovação da amada, voltar à vida antiga.

Apesar de ser a música mais conhecida de Nelson – que, na verdade, se chamava Antonio Gonçalves Sobral – “A Volta do Boêmio” parece não ser a mais importante, pelo menos para o cantor, que, em certa ocasião, declarou que a música de sua vida foi “A Deusa do Asfalto”.

Essa canção, também de Adelino Moreira, fala de um amor não correspondido entre duas pessoas de realidades diferentes: ela do asfalto, ele do morro. Não se sabe se Nelson viveu alguma situação parecida, mas o fato é que ele tinha predileção por “A Deusa do Asfalto”, embora fosse obrigado a cantar “A Volta do Boêmio” em todos os seus shows.

Gaúcho, Nelson Gonçalves cresceu nas ruas de São Paulo e, filho de família humilde, trabalhou como jornaleiro, mecânico, tamanqueiro, engraxate e pedreiro. O sonho de ser cantor, ele o realizou no Rio de Janeiro, não sem antes passar por situações humilhantes, por ser gago. Ary Barroso, por exemplo, chegou a dizer que Nelson teria mais futuro como pedreiro do que como cantor.

Nascido em 1919, Nelson morreu no dia 18 de abril de 1998, aos 78 anos, mas, nos noticiários televisivos, ele teve que dividir espaço com um dos principais ministros do governo FHC, o Sérgio Mota, que morreu naquele mesmo dia.

No entanto, ao contrário de Sérgio Mota, Nelson Gonçalves continua vivo no imaginário dos amantes da boa música e, vez em quando, é homenageado. No ano passado, por exemplo, Nelson recebeu homenagem das talentosíssimas moças do conjunto “Choro das 3”.

Acompanhadas pelo cantor Paulo Godoy, que muita gente pensa ser filho de Nelson Gonçalves, as meninas – Corina, Lia e Elisa, sobre as quais já falei neste modesto blog – fizeram o show tributo “100 anos de Nelson Gonçalves”. E uma das músicas apresentadas foi, é claro, “A Volta do Boêmio”.

NESSE SÁBADO, “LUAU DO SERTÃO”, A LIVE DE NETO & FELIPE EM PROL DA CAMPANHA “JALES SEM FOME”

A novidade foi enviada pela Giana Rodrigues, assessora de imprensa dos rapazes aqui de Jales, o Neto e o Felipe:

Uma Live bem sertaneja está chegando para marcar o lançamento da música e do clipe de Medo de Amar”, de Neto & Felipe.                                                                             

Neste sábado, dia 05, a partir das 19h, a dupla apresenta um repertório recheado de sucessos com convidados especiais.                                                                                                                                                                    Bruno & Edcarlos, Lucas & João Marcos e Zé Vitor & Matheus também vão soltar a voz nessa noite e toda a arrecadação através do QR code de Neto & Felipe irá para a Campanha “Jales sem Fome”, que atende famílias carentes de Jales com cestas básicas.

                                                                            Fique ligado que a transmissão será pelo canal do Youtube #netoefelipe e logo após a live, o clipe oficial de “Medo de Amar” estará no Youtube.

FAGNER E DORI CAYMMI – “AS ROSAS NÃO FALAM”

O cantor e compositor Raimundo Fagner está se preparando, desde 2015, para lançar um novo álbum com músicas inéditas. Para tanto, ele vem compondo novas músicas em parcerias com Chico César, Clodo Ferreira, Fausto Nilo, Moacyr Luz e Zeca Baleiro.

No entanto, para tristeza de dois amigos deste blogueiro – o Tinhoso e o Odair Brassolatti, da Transportadora Zero Hora, fãs do cearense – o Fagner parece que vai, mais uma vez, adiar o projeto do álbum de inéditas. Por sinal, o último que ele gravou com músicas novas foi “Pássaro Urbano”, de 2014.

O motivo para o adiamento é que – menos mal – Fagner vai se dedicar a outro projeto: um disco de tom seresteiro, com músicas antigas, a maioria da década de 1930. A informação é do jornalista e crítico musical do G1, o Mauro Ferreira.   

Segundo o Mauro, estão previstas as regravações de músicas como “Rosa” (que foi composta por Pixinguinha em 1917, e recebeu letra do compositor Otávio de Souza em 1937), “Malandrinha” (de Freire Júnior, 1927), “Maringá” (Joubert de Carvalho, 1931), “Noite Cheia de Estrelas” (Cândido das Neves, 1937), “Chão de Estrelas” (Sílvio Caldas e Orestes Barbosa, 1937), “Lábios Que Beijei” (J.Cascata e Leonel Azevedo, 1937) e “Deusa da Minha Rua” (Newton Teixeira e Jorge Faraj, 1939).

Além da safra 1920/30, Fagner deverá gravar, também, “Serenata do Adeus” (Vinícius de Moraes, 1958) e “As Rosas Não Falam” (Cartola, 1976). Com relação a esta última, não será a primeira vez que Fagner irá regravá-la.

A obra-prima do semi-analfabeto Cartola é umas das canções do álbum “Eu Canto”, de 1978, o quinto disco de Fagner. Afora isso, “As Rosas Não Falam” está também no disco “Me Leve”, de 2020, em bonito registro “ao vivo” de Fagner.

Raimundo Fagner Cândido Lopes irá completar 71 anos no próximo 13 de outubro. Apesar do nome bem brasileiro, que ele herdou da mãe, dona Francisca Cândido Lopes, Fagner é filho de um imigrante libanês de sobrenome Haddad Lupus.

No vídeo, Fagner canta “As Rosas Não Falam”, na boa companhia de Dori Caymmi.

NETO & FELIPE LANÇAM MÚSICA INÉDITA NESTA SEXTA-FEIRA

A nota foi enviada pela jornalista Giana Rodrigues, que está assessorando os garotos de Jales:

Falar de amor através de uma canção é uma forma de se conectar com o ouvinte como nenhuma outra.

Nesta sexta, dia 28, Neto & Felipe lançam “MEDO DE AMAR” em todas as plataformas digitais, disponível também para as emissoras de rádio.

No enredo trazem um protagonista que ainda carrega marcas de uma paixão antiga. O tempero da viola caipira executada por Neto foi brilhantemente dosado pelo produtor Jeff Pina, conhecido nacionalmente por trabalhos com o Anavitoria.

Os compositores Felipe Dellatorre, que faz a primeira voz na canção, e Léo Vieira, amigo da dupla, contam que a letra traz um pouco de suas vivências mas com a presença de um “eu lírico” muito mais marcante, um certo desprendimento dos acontecimentos narrados pela canção.

Músicos de grandes artistas deram seu toque especial para a canção: Alex Mesquita no contrabaixo e Diego Vicente, na bateria.

“Medo de Amar” marca a estréia da dupla Neto & Felipe na renomada distribuidora digital One RPM, o que certamente trará mais visibilidade e credibilidade ao seu trabalho.

A nova música pode ser ouvida aqui.

ERASMO CARLOS – “NUNCA PARE DE SONHAR”

Eu quase não vejo os canais da TV aberta, de forma que não sei dizer se nesses canais está sendo veiculado um comercial do Bradesco que, nos últimos dias, é repetido com frequência nos canais fechados como, por exemplo, a GloboNews.

Nele, a propósito de nos trazer a esperança de que os tempos bicudos que estamos vivendo irão passar, uma locutora diz que “ontem, um menino que brincava me falou que hoje é a semente do amanhã e para não ter medo que esse tempo vai passar”.

Se você só ouve música sertaneja, certamente não sabe que essas palavras estão nos versos de uma canção – “Nunca Pare de Sonhar” – de Gonzaguinha, também conhecida como “Sementes do Amanhã”, lançada em 1984, no LP “Grávido”, o mesmo que trazia, também, o sucesso “Lindo Lago do Amor”.

Igualmente, não deve saber que as palavras de Gonzaguinha já foram utilizadas também em outro contexto – o político – quando os brasileiros lutavam pela volta da democracia e pelo direito de eleger seu presidente.

Como se verá no vídeo abaixo, elas foram ditas pelo Erasmo Carlos no histórico comício das Diretas Já, realizado em abril de 1984, na Candelária, Rio de Janeiro, que, segundo notícias da época, reuniu mais de 1 milhão de pessoas.

Por sinal, Erasmo não ficou apenas na citação durante o comício. Naquele mesmo ano de 1984, o Tremendão lançou o álbum “Buraco Negro” e uma das músicas era “Sementes do Amanhã”.

O comício da Candelária contou com 52 oradores (Tancredo, Ulysses, FHC, Lula, Brizola, Montoro, etc), incluindo um político da Arena, partido da ditadura militar. Cristiane Torloni, para evitar vaias, o apresentou como um “rebelde”. Contou, também, com vários artistas – Chico Buarque, Fafá de Belém, Lucélia Santos, Milton Nascimento, Beth Carvalho, Fernanda Montenegro, etc, e, é claro, o Erasmo.

Fafá era chamada de “Musa das Diretas”. Ela esteve em pelo menos 32 comícios das Diretas Já e encerrava a todos, puxando o Hino Nacional. Antes, durante o comício, Fafá soltava uma pomba branca e cantava “Menestrel das Alagoas”, homenagem a Teotônio Villela, líder da Anistia política, falecido em 1983, em Maceió.

“Coração de Estudante” era outra música da trilha sonora das Diretas Já. Um de seus autores, Wagner Tiso, era figura assídua nos comícios. Ele ficou tão decepcionado com a não aprovação das eleições diretas que, durante alguns anos, deixou de tocar “Coração de Estudante” em shows.

Sim, quinze dias depois do comício da Candelária, o Congresso rejeitou a chamada emenda “Dante de Oliveira”, que permitiria aos brasileiros votar para presidente. Faltaram 22 votos, sendo que 113 deputados se ausentaram da sessão.

Fafá de Belém foi outra que ficou decepcionada. “Eu tinha 26 anos e não imaginava ser possível o Congresso virar as costas para aquilo tudo. Fomos todos para as ruas e ficamos nessa frustração coletiva”, declarou Fafá em entrevista, há alguns anos.

Mas, como recomendava a música de Gonzaguinha, Fafá e todos os outros – entre eles, Sócrates e Casagrande, da “Democracia Corinthiana”, e Osmar Santos, o locutor das Diretas – não se desesperaram nem pararam de sonhar e, cinco anos depois, os brasileiros estavam votando para presidente.

Vamos, agora, ao vídeo, torcendo para que estes tempos de coronavírus e bozovírus passem logo.

MARIENE DE CASTRO – “SEM COMPANHIA”

“Só gosto de ouvir músicas de Clara na voz da própria Clara Nunes, mas a interpretação dessa cantora, que eu nem conhecia, babei hein!!”. Esse é um dos comentários que acompanham o vídeo em que a baiana Mariene de Castro canta “Sem Companhia”, belíssima e não muito conhecida música lançada em 1980 por Clara Nunes.

Da lavra de Ivor Lancelotti e do grande compositor Paulo César Pinheiro – o último marido de Clara – “Sem Companhia” foi regravada também por Alcione e Fafá de Belém, em discos que homenageiam a mineira guerreira.

Clara Nunes e Paulo César Pinheiro (ao lado) se conheceram em 1974, na quadra da Portela, casaram-se na igreja e no cartório (ela com 32 e ele com 25), e só foram separados pela morte dela, em 1983, aos 40 anos. Se não tivesse sido levada por um choque anafilático, Clara Francisca Gonçalves Pinheiro – sim, o nome dela não tinha o Nunes, que Clara adotou em homenagem à mãe – teria completado 78 anos na quarta-feira, 12.

Já a Mariene de Castro, nascida em 1978, em Salvador, tinha pouco menos de cinco anos, quando Clara Nunes morreu. Aos 12, ela tentou estudar violão e canto, mas, como os pais só tinham condições da pagar um curso, ela optou pelo canto.

Mariene começou sua carreira de cantora como backing vocal do grupo Timbalada. Em dezembro de 1996, aos 18 anos, fez seu primeiro show solo e impressionou dois produtores franceses que estavam atrás de uma artista emergente. Os franceses levaram Mariene para a França, onde ela cantou em mais de 20 cidades e foi aclamada pela crítica francesa que a comparou – pasmem! – a Edith Piaf.

Na quarta-feira, Mariene fez uma live em homenagem a Clara. O vídeo, porém, é mais antigo. E é muito bonito:

 

CAETANO VELOSO E FILHOS – “ALEGRIA, ALEGRIA”

Eu já postei aqui no blog, em fevereiro, um vídeo com Caetano Veloso e os filhos Moreno, Tom e Zeca, cantando “Força Estranha”. Considerando, porém, que ontem, 07/08, Caetano comemorou 78 anos de idade, e que amanhã, 09/08, é o Dia dos Pais, penso que é justo repetir a dose.

Assim, estou postando, abaixo, um vídeo em que a família Veloso canta “Alegria, Alegria”, a música que projetou Caetano nacionalmente.

“Alegria, Alegria” chegou à cachola de Caetano durante um passeio pelas ruas de Copacabana e ganhou uma roupagem que atraiu os modernos, por conta da participação do grupo argentino Beat Boys, que acompanhou Caetano na gravação com suas guitarras elétricas.

Apresentada pela primeira vez em 1967, no Festival de MPB da Record, a canção chocou os chamados “tradicionalistas” da música popular brasileira, devido a simples presença das guitarras do Beat Boys.

Apesar da rejeição inicial, a música acabou conquistando a maior parte da plateia,  se tornando uma das favoritas, para desespero dos tais tradicionalistas.  Com as manifestações favoráveis da plateia, “Alegria, Alegria” acabou classificando-se em quarto lugar no Festival.

“Ponteio”, de Edu Lobo e Capinam, foi a vencedora, com “Domingo no Parque”, de Gilberto Gil, em segundo lugar e “Roda Viva”, de Chico Buarque, em terceiro. Roberto Carlos, que defendeu a música “Maria Carnaval e Cinzas”, do compositor Luís Carlos Paraná, ficou em quinto lugar. Foi nesse festival que o recém-falecido Sérgio Ricardo, injuriado com as vaias, quebrou o violão e jogou na plateia.

Vejamos, então, Caetano Veloso e os filhos cantando “Alegria, Alegria”: 

GAL COSTA E RUBEL – “BABY”

Composta por Caetano Veloso a pedido de sua irmã Maria Bethânia, a música “Baby” acabou sendo associada à voz de Gal Costa. Em seu livro “Verdade tropical”, Caetano conta que Bethânia, ao encomendar-lhe a música, sugeriu que ela se chamasse “Baby” e terminasse com a frase “leia na minha camisa, Baby, I love you”.

 

A sugestão de Bethânia foi inspirada nas camisetas utilizadas por jovens da época, estampadas com a frase “I love you”. Corria o ano de 1968 e Caetano resolveu que a canção seria incluída no icônico LP coletivo “Tropicália” ou “Panis et Circences”, que inaugurou o movimento tropicalista, com Caetano, Gil, Tom Zé, Mutantes, Nara Leão e Gal Costa.

 

Maria Bethânia preferiu ficar de fora do disco. Ela – que não gostou de ter sido taxada de musa da canção de protesto, por “Carcará”, não queria se vincular a nenhum movimento artístico. Sobrou, então, para Gal gravar “Baby”, que se transformou no seu primeiro grande sucesso.

 

Depois disso, Gal incluiu outras versões dessa canção em outros quatro discos – a maioria ao vivo, como é o caso do seu “Acústico” – todas muito bonitas, mas nenhuma tão significativa quanto a versão original, que teve arranjo do maestro Rogério Duprat e uma pequena participação de Caetano ao final, com um contracanto de “Diana”, o sucesso de Paul Anka.

 

Maria Bethânia não participou do disco “Tropicália”, mas, naquele mesmo ano de 1968 incluiu “Baby” no histórico show “Recital na Boate Barroco”, que virou disco. No show, antes de cantar a música, Bethânia faz questão de dizer: “vou cantar uma música que o Caetano fez pra mim; o nome dela é Baby”.

 

Rita Lee, que participou do disco “Tropicália”, também a gravou, mas “Baby”, definitivamente, é de Gal. Tanto que ela está lançando uma nova versão – a sexta – dessa vez com a participação do cantor e compositor fluminense Rubel, em gravação mais uma vez ao vivo, registrada em fevereiro passado. O single foi lançado ontem, 31 de julho. Vejam – e ouçam – o vídeo:

TERESA CRISTINA – “TRÊS APITOS”

Dias desses, com o radinho ligado em uma emissora local, ouvi um locutor anunciar as lives do dia. Entre as várias lives programadas para aquele dia, estava a da Teresa Cristina. O detalhe é que o locutor e seu companheiro de microfone confessaram não saber quem era, afinal, essa tal de Teresa Cristina.

Em janeiro de 2011, quando inaugurei este modesto blog, o primeiro vídeo musical que postei por aqui, foi da Teresa Cristina cantando “Um Calo de Estimação”. De lá para cá, já postei outros vídeos da Teresa, o último deles no mês passado. Do mesmo modo, quase todos os domingos eu toco a Teresa Cristina no programa que apresento na Regional FM, o Brasil & Cia.

Teresa é uma sambista respeitadíssima no meio musical. Na semana passada, foi alvo de extensa matéria no UOL, com foco no sucesso de suas lives diárias. Nesta semana, a Veja publicou em seu portal, uma matéria cujo título era “Teresa Cristina, a rainha das lives”. Reproduzo, para que vocês tenham uma ideia do prestígio da moça, o início da matéria:

“A sambista carioca Teresa Cristina, 52 anos, protagonizou uma missão difícil nesta pandemia: destacar-se em meio a um número incalculável de lives. Sua proeminência neste campo não é apenas medida pela quantidade de seguidores fieis (já passam de 320.000 no Instagram), que batem ponto em suas transmissões ao vivo com rara assiduidade, mas também por presenças ilustres na plateia virtual: Caetano Veloso, Chico Buarque, Alceu Valença, Gilberto Gil e Marisa Monte são apenas algumas delas. Às vezes, aparecem sem avisar, surpreendendo o público e a própria cantora”.

Também nesta semana, o G1 dedicou matéria a Teresa Cristina, por conta do novo CD que ela lançou na segunda-feira, 20. O assunto era o CD, mas lá pelas tantas o articulista menciona a visibilidade alcançada por Teresa com a “aclamada série de lives noturnas que tem feito diariamente desde o início do período de isolamento social”.

O CD se chama “Teresa Cristina canta Noel Rosa, Ao Vivo”, resultado de gravações feitas durante o show “Batuque é um Privilégio”, totalmente dedicado à obra do poeta de Vila Isabel, onde ela canta acompanhada apenas pelo violão de Carlinhos 7 Cordas. Uma das músicas do CD é a conhecidíssima “Três Apitos”, que Noel fez para uma tímida operária chamada Josefina, por quem ele se apaixonou.

Apesar de a música mencionar apenas um apito, o título está correto, pois a fábrica de tecidos onde ela trabalhava, chamada “Confiança”, tocava, realmente, três apitos. O primeiro apito avisava que estava quase na hora de os operários entrarem. O segundo, 15 minutos depois, marcava a abertura dos portões. E quinze minutos depois vinha o terceiro e, a partir dele, ninguém mais podia entrar.

O detalhe curioso é que Noel não gostava de “Três Apitos”, tanto que ele nunca a gravou. Ele achava a melodia repetitiva e a letra pouco inspirada. Mesmo assim, ele mostrou a música para Aracy de Almeida, mas pediu que a amiga não a gravasse.

Aracy só gravou “Três Apitos” quase 13 anos depois da morte de Noel (ele morreu em 1937, aos 27 anos, de tuberculose). Noel já não estava neste mundo para ver que a música que ele achava feia fez sucesso e se transformou em uma das suas obras imortais.

Para os que conhecem e também os que não conhecem, Teresa Cristina:

NETO & FELIPE LANÇAM NOVA VERSÃO DE SUCESSO SERTANEJO

A notícia é da assessoria de imprensa dos dois rapazes:

Nesta quarta, dia 22, Neto & Felipe lançam o quarto vídeo de uma sequência em seu canal no Youtube #netoefelipe: é a música “Estado decadente”, sucesso de Zé Neto e Cristiano.

A série de vídeos que começou com “Amor I love you”, de Marisa Monte, passa por “Graveto”, de Marilia Mendonça e “Tô fazendo falta”, de Joanna.

Neste período de distanciamento social, em que o recomendado é ficar em casa, Neto & Felipe aproveitaram para fazer do “limão uma limonada”. Explicamos: a dupla que reside em São Paulo capital, aproveitou os dias juntos em Jales, sua terra natal, para produzir!

Além de realizarem uma Live no Youtube que arrecadou 1900 litros de leite para o Lar dos Velhinhos de Jales, Neto transformou a sala da casa dos pais em estúdio onde gravaram essas 4 músicas de sucesso nacional, com arranjos próprios.

A música sertaneja ganhou piano e guitarra, além de novo andamento, nessa interpretação dos jalesenses.

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