Categoria: Música

PATO FU – “ROCK AND ROLL LULLABY”

A sabedoria popular diz que “a primeira vez a gente nunca esquece”. Pois eu tenho uma amiga virtual que me confidenciou, certa vez, que se lembra com detalhes da sua primeira vez. E olhem que não faz pouco tempo. Considerando a idade dela, eu imagino que já lá se vão mais de 40 anos.

O momento, tudo indica, foi mesmo marcante, já que ela se lembra até de parte da trilha sonora, que inclui o cantor americano B.J.Thomas e sua famosa balada “Rock and Roll Lullaby”.

Essa música embalou muitos corações apaixonados nos anos 70/80 aqui no Brasil, principalmente depois de integrar a trilha sonora de uma telelágrima global (Selva de Pedra – 1973), onde era fundo musical para os momentos calientes do casal de pombinhos interpretado pela então namoradinha do Brasil, a Regina Duarte, e pelo Francisco Cuoco.

E como naquela época pouca gente dominava a língua de Shakespeare, o grande público brasileiro imaginava tratar-se de uma canção romântica, cujo tema seria o amor entre um homem e uma mulher, como era o caso do casal da novela. Mas não é bem assim.

A letra até que fala de amor, mas, diferentemente do que muitos podiam imaginar, trata do amor de um filho pela sua mãe. Isso mesmo, a letra se refere a um filho que conta a história de sua jovem mãe, que enfrentou muitas dificuldades para criá-lo e, nas noites de incerteza, encontrava forças para cantar um “rock and roll de ninar”, para o filho dormir. 

Há quem diga que os compositores – Barry Mann e Cinthia Weil – teriam se inspirado na vida do próprio B.J., pois, assim como na música, Billy Joe Thomas foi criado pela jovem mãe, que tinha apenas 16 anos quando ele nasceu.

Ela teria sido expulsa de casa, quando seu pai soube da gravidez e, de outro lado, o pai da criança também a teria abandonado à própria sorte. Há quem diga, porém, que o pai de B.J.Thomas foi convocado para a guerra e morreu em uma batalha. O fato é que o cantor foi criado pela mãe.

Outra música do B.J.Thomas muito conhecida por aqui é “Raindrops Keep Fallin’ on My Head”, do filme “Butch Cassidy and Sundance Kid”. Com essa música, ele ganhou o Oscar de melhor canção.

No vídeo, temos uma versão brazuca de “Rock and Roll Lullaby”, com o grupo mineiro Pato Fu, que a incluiu no CD “Música de Brinquedo”, com temas infantis. Reparem, na versão ao vivo, que os músicos, incluindo a vocalista Fernanda Takai, tocam instrumentos feitos para crianças.

Vale a pena conferir a tradução:

ADRIANA CALCANHOTTO, ZÉLIA DUNCAN, ZÉ RENATO, ROBERTA SÁ E JOÃO BOSCO – “SE TODOS FOSSEM IGUAIS A VOCÊ”

Na quinta-feira, 09, por conta dos 40 anos de sua morte, eu escrevi – com a luxuosa colaboração dos meus amigos Marco Antonio Poletto e Luiz Carlos Seixas – um post sobre o Vinícius de Moraes e uma de suas músicas mais famosas, “Garota de Ipanema”, da parceria com Tom Jobim.

A parceria Tom/Vinícius produziu vários clássicos da MPB, como é o caso de “Chega de Saudade”, que, emoldurada pelo violão de João Gilberto, catapultou a música brasileira para o resto do planeta – nos tempos em que ele ainda era redondo – fazendo da bossa nova um dos gêneros musicais mais prestigiados por músicos e cantores mundo afora.

Pessoalmente, uma das minhas preferidas da dupla é a intimista e pouco conhecida “Sem Você” (Sem você, sem amor, é tudo sofrimento… aqui), que, por muito triste, quase não toco lá no Brasil & Cia, programa que apresento aos domingos na Regional FM. Prefiro ouvi-la aqui em casa, com fone de ouvido, que é o melhor jeito de ouvirmos as músicas que gostamos.

Falando em Brasil & Cia, uma das músicas mais pedidas da dupla Tom e Vinícius, no programa, é “Eu Sei Que Vou Te Amar”. Em um domingo do mês passado, quando se comemorou o “Dia dos Namorados”, essa música – juntamente com a romântica “Como é Grande o Meu Amor Por Você”, do Roberto Carlos – foi uma das mais pedidas por aqueles que queriam homenagear a pessoa amada.

Mas o objetivo deste post é dizer que a primeira música da parceria Tom e Vinícius é a conhecidíssima “Se Todos Fossem Iguais a Você”. Em 1956, depois de escrever as canções da peça “Orfeu da Conceição” – “Se Todos Fossem Iguais a Você” entre elas Vinícius precisava de alguém para musicá-las. 

Vadico, o famoso parceiro de Noel Rosa, foi o primeiro a ser convidado para a missão, mas recusou o convite. Um amigo de Vinícius indicou, então, o jovem e ainda pouco conhecido Antonio Carlos Jobim, que, convidado, aceitou o desafio. Pronto! Estava dado o start para uma das mais geniais parcerias da MPB.

No Youtube é possível encontrar vários vídeos com interpretações de “Se Todos Fossem Iguais a Você”. Uma das releituras mais bonitas, na minha opinião, é a de Milton Nascimento (aqui). Gal Costa também a canta divinamente, em versão dedicada a Jorge Amado (aqui).

Eu escolhi, no entanto, o vídeo em que “Se Todos Fossem Iguais a Você” é interpretada por Adriana Calcanhotto, Zélia Duncan, Zé Renato, Robertá Sá e João Bosco. Por um detalhe: a participação de Adriana Calcanhotto, que foi, digamos assim, “nora” do Vinícius de Moraes.

Certamente que Adriana deve ter pensado em Suzana de Moraes, com quem ela viveu por 26 anos e com quem se casou, oficialmente, em 2010. Suzana (acima), filha mais velha de Vinícius, morreu de câncer em 2015, um ano depois da gravação do vídeo. A mãe dela, Tati de Moraes, foi a primeira esposa do poetinha. A respeito de sua relação com Suzana, Adriana disse o seguinte:

“Fui a mulher mais feliz do mundo nestes 26 anos em que estive com ela. Uma grande mulher, inteligente, engraçada, culta, amiga dos amigos, que teve uma vida extraordinária, e que viveu cada segundo como nunca mais. Morreu de mãos dadas comigo. Foi-se o amor da minha vida.”

Vamos ao vídeo:

 

POLETTO LEMBRA OS 40 ANOS DA MORTE DE VINÍCIUS DE MORAES

Dos grandes poetas e compositores homenageados com nome de rua em Jales – Carlos Drumond de Andrade, Manuel Bandeira, Ataulfo Alves, Ary Barroso, etc. – Vinícius de Moraes foi o único que nos deu o prazer de uma visita. Foi em 1972, quando o poetinha, acompanhado por Toquinho, Trio Mocotó e Marília Medaglia (e não Maria Creuza, como dizem alguns) esteve em nossa cidade para um show no Cine Jales.

Sete anos mais tarde, em 1979, após um show no TUCA, em que Toquinho e Vinícius comemoravam dez anos de parceria, o jalesense Luiz Carlos Seixas perguntou a ambos se eles se lembravam do show em Jales. Toquinho – que, dois ou três anos depois, já sem Vinícius, voltaria a fazer um show em Jales, dessa vez com Maria Creuza e Francis Hime – disse que não se lembrava.

Vinícius – que fez mais de mil shows pelo Brasil naqueles anos de “circuito universitário” – talvez não se lembrasse de Jales, mas lembrou-se de um detalhe: “Lembra, Toquinho, aquela casa bonita, daquele médico nordestino?”. O médico era o doutor Eduardo Ferraz Ribeiro do Valle, na casa de quem Vinícius e seus acompanhantes tomaram alguns uísques antes e depois do show.

Entre os acompanhantes, a bela e jovem baiana Gessy, sétima mulher do poetinha, a quem ele não jurou amor eterno, mas prometeu que seria infinito enquanto durasse. Durou sete anos. Depois de Gessy, veio a oitava, Marta Regina, e a nona e última, Gilda Matoso, que o encontrou morto na banheira, na manhã do dia 09 de julho de 1980.

Hoje, completa-se 40 anos que Vinícius morreu. Sobre a data, o escriba Marco Antonio Poletto publicou, em sua página no Facebook, o texto abaixo:

O Brasil perdeu um pouco de sua métrica, estrofes, rimas e ritmo no dia 9 de julho de 1980 quando Vinícius de Moraes, que nasceu com o nome de Marcus Vinicius de Melo da Cruz Moraes, fechou seus olhos pela última vez após complicações de um edema pulmonar, aos 66 anos, em uma casa no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro. O poeta e compositor deixou em seu legado grandes clássicos como o Soneto da Fidelidade e a música brasileira que mais foi gravada por artistas daqui e do exterior: Garota de Ipanema.

Esta canção surgiu de repente, em 1962, quando Tom Jobim e Vinícius estavam sentados em um bar na praia de Ipanema, quando avistaram uma bela jovem de 17 anos que circulava pela areia a caminho do mar. Ela se chamava Helô Pinheiro e jamais imaginava que alguém lhe observava ou que havia composto uma canção falando de seu andar.

Na foto lá de cima, Vinícius e Helô Pinheiro. E, para acompanhar o texto, o Poletto escolheu uma versão de “Garota de Ipanema”, gravada durante show de Tom, Vinícius, Toquinho e Miúcha, na Itália:

DEPOIS DE LIVE QUE BENEFICIOU LAR DOS VELHINHOS, NETO E FELIPE LANÇAM VÍDEO COM RELEITURA DE CANÇÃO GRAVADA POR JOANNA

Neto e Felipe – os meninos aqui de Jales, que estão em São Paulo há algum tempo, buscando um lugar ao sol no mundo musical – lançaram na terça-feira, um novo vídeo no canal deles no Youtube, com uma bonita releitura da música “Tô Fazendo Falta”, lançada pela cantora Joanna.

Composta em 1999 e lançada por Joanna no CD em que ela comemorava 20 anos de carreira (agora já são 40 anos) a música não é de autoria da cantora, como muita gente supõe. Os autores são Álvaro Socci, Cláudio DaMatta e Lucca Ferreira, que teriam feito a música a pedido de Joanna.

Por sinal, Álvaro e DaMatta já fizeram centenas de canções e foram gravados por uma constelação de cantantes, que vai de Xuxa a Amado Batista, de Chitãozinho & Xororó a Zezé Di Camargo & Luciano, e de Latino a Eduardo Costa.

Há alguns dias, Neto e Felipe se apresentaram aqui em Jales, em um live com arrecadação de leite em prol do Lar dos Velhinhos de Jales. Sobre a live, reproduzo, abaixo, a notícia publicada pelo Jornal de Jales de domingo passado:

Neto & Felipe não só encantaram os telespectadores que acessaram seu canal no Youtube mas também deram show de solidariedade ao liderar uma campanha de arrecadação de leite para o Lar dos Velhinhos de Jales.

O show que foi ao vivo no domingo, dia 28/06, ainda está disponível para quem quiser assistir e rendeu 1.900 litros de leite (entre doações em espécie e em dinheiro), o que corresponde a cerca de dois meses da necessidade do Lar.

“Estamos felizes com a repercussão e principalmente com a solidariedade de parentes, amigos e da população em geral, que apoiou a campanha”, disse Neto. “Para nós o objetivo foi até superado”, completou Felipe.

Vamos, agora, ao vídeo recém-lançado em que eles cantam “Tô Fazendo Falta”:

CAETANO VELOSO – “UM ÍNDIO”

Composta em 1976, a canção “Um Índio” é uma espécie de enigma, uma característica sempre presente na obra de Caetano Veloso. Afinal como entender versos como os abaixo:

Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor
Em gesto, em cheiro, em sombra, em luz, em som magnífico
Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto-sim resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará
Não sei dizer assim de um modo explícito

Há quem consiga enxergar, porém, como é o caso do professor Guilherme Wisnick, da USP, “uma ideia de profecia utópica” em alguns versos da música de Caetano, notadamente no trecho em que ele fala do extermínio “da última nação indígena”, algo que a política ambiental do governo Bolsonaro parece pretender.

Profecias e enigmas à parte, “Um Índio” é uma das mais belas canções de Caetano. O meu amigo Fernandinho Pereira, ex-diretor da Etec-Jales, se emociona sempre que ouve essa música, principalmente na regravação do Zé Ramalho.

Além de Zé Ramalho, é possível encontrar releituras de Ney Matogrosso, Milton Nascimento, Frejat e Elba Ramalho. A primeira gravação foi da Maria Bethânia no disco coletivo “Doces Bárbaros”, de 1976, que reuniu ela, Caetano, Gilberto Gil e Gal Costa.

Em 1977, Caetano a incluiu no álbum “Bicho”, um dos mais importantes de sua discografia, gravado depois de uma viagem à África, em que Caetano e Gilberto Gil passaram um mês na Nigéria, o que teria influenciado algumas músicas do disco.

Caetano nunca explicou o que quis dizer em “Um Índio”. Talvez nem tenha explicação. Chico Buarque, por exemplo, já disse que não sabe até hoje o que ele quis dizer com “o meu cavalo só falava inglês”, trecho de “João e Maria”, uma de suas músicas mais conhecidas.

Uma das poucas coisas que Caetano Veloso se permitiu dizer sobre “Um Índio” é que sente muito orgulho por ter rimado Bruce Lee, Muhammad Ali, Peri e Filhos de Ghandi, no refrão.

No vídeo, Caetano canta “Um Índio”:

GILBERTO GIL, 78 ANOS

Grupo de risco da covid, Gilberto Gil – que, de vez em quando, é hospitalizado por conta de problemas arteriais – não teve como receber os amigos para comemorar o seu aniversário de 78 anos, completados ontem, 26. O compositor baiano não deixou, no entanto, de ser “abraçado” e homenageado pelos amigos.

Os abraços e as homenagens chegaram na forma de videoclipe, com vários amigos cantando a icônica “Andar com Fé”, um dos clássicos do repertório de Gil.

Pesos pesados da MPB como Chico Buarque, que abre a homenagem, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Marisa Monte, Alcione, Daniela Mercury, Nando Reis, Ivete Sangalo, Lenine, Djavan, Ana Carolina, Lulu Santos, Zeca Pagodinho, Teresa Cristina e Jorge Ben Jor, entre outros participam do videoclipe.

As atrizes Fernanda Montenegro, Fernanda Torres, Carolina Dieckmann e Regina Casé e o diretor Andrucha Waddington também soltam a voz no vídeo, lançado na madrugada de sexta-feira. Coube ao cantor e compositor norte-americano Stevie Wonder finalizar a homenagem, cantando “Happy Birthday”, direto do seu estúdio caseiro.

Gil e Stevie são amigos de há muito tempo e já se apresentaram juntos algumas vezes. Uma das músicas mais tocadas de Gil – “Só Chamei Porque Te Amo” – é uma versão de “I Just Called to Say I Love You”, que Stevie compôs para a trilha sonora do filme A Dama de Vermelho.

“Andar com Fé”, a música escolhida pelos amigos para homenagear Gil, foi lançada por ele em 1982, no álbum “Um Banda Um”. O disco tinha também “Drão”,  “Esotérico” e “Menina do Sonho”, que ele compôs para a filha Preta Maria Gil, a quarta de uma considerável prole de sete filhos.

Preta e outros filhos participam do vídeo, como é o caso de Isabella Giordano Gil, a sétima filha, conhecida por Bela Gil, que soltou a voz junto com sua filha de 12 anos, Flor, uma das netas de Gil.

“Andar com Fé” não foi escolhida por acaso. Afinal, afora o aspecto religioso, a música remete a um apoio motivacional tão necessário nesses tempos de covid-19.

“Andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá…”. Os puristas da língua podem achar estranho o “faiá”, mas o próprio Gil explica que a intenção foi legitimar uma forma popular de falar. “É uma homenagem ao linguajar caipira, ao modo popular mineiro, paulista, baiano – brasileiro, enfim – de falar a palavra falhar”, diz Gil.

Eis o vídeo: 

BANDA JAFFERSON REALIZA LIVE NESTA SEXTA-FEIRA, EM PROL DE ENTIDADES DE JALES

Os meus amigos Marcinho e Roninho, bem como todo o pessoal da Banda Jafferson, estão fazendo gargarejo com chá de romã desde o início da semana, para estar com a garganta em dia. 

É que nesta sexta-feira, às 19:00 horas, acontece a esperada live da banda jalesense, cuja arrecadação será dividida entre algumas entidades de Jales.

Portanto, esqueçam a novela ou a Voz do Brasil! A live será transmitida pelo canal da banda no Youtube. O endereço é https://youtu.be/XE3fSGw6B9E.

JORNALISTA ANDREIA SADI, QUE EMPAREDOU ADVOGADO DOS BOLSONAROS, JÁ JOGOU FUTEBOL

Não por acaso, Andreia Sadi, da Globo News, namora um jornalista esportivo. Ela gosta de futebol e até já tentou – na adolescência – carreira no esporte, jogando no time feminino do São Paulo FC, seu clube de coração. As informações são do UOL:

A jornalista Andréia Sadi se tornou um dos nomes mais comentados deste fim de semana. O motivo foi sua entrevista com o advogado Frederick Wassef. “O Queiroz pulou o muro? Apareceu voando na casa do senhor? Ou foi levado por alguém?”, perguntou a jornalista, chamando a atenção.

E você sabe quem é Andréia Sadi? Sim, a gente sabe quem é a repórter que completou 33 anos em 8 de maio. Mas tem algumas curiosidades em sua trajetória que as pessoas não estão acostumadas.

Sadi brinca que “já nasceu” como notícia. Ela veio ao mundo em um carro. A bolsa de sua mãe estourou no chuveiro, mas não deu tempo de chegar de onde morava, no Morumbi até o hospital, na região da Paulista. O trânsito foi bloqueado e seu parto ganhou até aplausos de pessoas que estavam em um ônibus.

Os pais de Sadi são descendentes de árabes. O seu avô materno veio do Iraque para o Brasil “descascando batata no navio”. A parte paterna tem ascendência libanesa e síria.

Sua família tem diversos advogados, inclusive seu pai. Na hora do vestibular, Direito foi uma das opções junto com Jornalismo e História. Ela passou em Direito e Jornalismo e optou pela segunda. O motivo da escolha? “Era rebelde.”.

Apesar de ser nova, Sadi já foi casada. Ela teve um relacionamento com o jornalista Paulo Celso Pereira. Atualmente, namora o apresentador André Rizek, do SporTV, seu fã assumido nas redes sociais.

A repórter já foi homenageada por Gilberto Gil. Ela é a personagem da música “Lia e Deia”, uma composição do artista com Jorge Bastos Moreno. A atriz Maria Ribeiro, Lia, é a outra pessoa citada na canção.

“Tudo isso é mágico porque o Gil compôs com o Moreno, que é meu mestre no jornalismo (ele morreu em junho de 2017, vítima de um edema pulmonar] – e Gil é nosso mestre na música. Pra mim, tem um significado muito especial. Brinco que posso me aposentar porque ter uma música do Gil, composta no contexto da amizade dele com Moreno, é muito especial”, disse Andreia em agosto de 2018.

Abaixo, a música de Gil e do falecido Jorge Bastos Moreno:

CHORO DAS 3 – “VOLTA POR CIMA”

Se os brasileiros cultuassem o talento e a música de qualidade, o grupo “Choro das 3” estaria, certamente, entre os mais conhecidos e prestigiados do Brasil. Infelizmente, como isso não acontece, o grupo formado por três irmãs e o pai delas, com 18 anos de estrada, faz mais sucesso no exterior – onde a música instrumental é valorizada – do que por aqui.

Anualmente, o pai Eduardo (pandeiro e percussão) e as filhas Corina (flauta), Lia (violão de 7 cordas) e Elisa (bandolim, clarinete, banjo, piano e acordeon) partem para excursões aos Estados Unidos e à Europa, que chegam a durar de quatro a cinco meses.

O “Choro das 3” começou a se apresentar em 2002, quando as irmãs ainda eram muito jovens (Corina tinha 14 anos, Lia 12 e a caçula Elisa apenas 09 anos). A origem do grupo está ligada a um disco de Altamiro Carrilho que a irmã mais velha, Corina, ouviu ainda criança e que a motivou a estudar flauta. As irmãs a acompanharam no gosto pela música, mas optaram por outros instrumentos.

Pessoalmente, sou fã das três, mas não vou negar: tenho uma certa preferência pela mais nova, a Elisa, que é a compositora do grupo. É incrível a naturalidade com que ela toca o bandolim. E no piano Elisa é craque também. Acordeon ela começou a aprender há pouco tempo, mas já toca com desenvoltura. 

O “Choro das 3” já gravou nove álbuns com chorinhos consagrados e composições inéditas. O primeiro deles foi gravado em 2008, ano em que as irmãs receberam o prêmio de melhor grupo de música popular pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Em 2017, o grupo gravou o CD “15 Anos”, comemorando, é claro, os quinze anos de formação.

Fiquei na dúvida sobre qual vídeo postaria aqui no blog. Acabei optando por um vídeo onde elas, além de tocar, também cantam, o que é raro. Foi gravado no final de 2016. A música é “Volta por Cima”, do Paulo Vanzolini. Não me perguntem quem é a cantora Regina Leite, mas tratando-se de um grupo familiar, talvez seja a mãe ou alguma tia.

Em tempo: Eu ia me esquecendo de dizer que o grupo é de Porto Feliz, interior de São Paulo. E quem quiser ver o grupo no Jô Soares, quando ainda se chamava “Balaio de Gato” e a Elisa já mostrava seu talento com apenas oito anos de idade, é só clicar aqui.

 

TERESA CRISTINA – “AS FORÇAS DA NATUREZA”

Teresa Cristina – uma das minhas sambistas favoritas – foi notícia nesta semana por conta da “homenagem” que fez ao Bolsonaro, cantando “Pessoa Nefasta”, do Gilberto Gil. Eu já disse aqui no blog, que essa música – composta em 1984 – parece estar se referindo ao Bozo quando fala de um personagem com “a aura da besta e a cara de cão”. Vamos à notícia da Fórum:

A cantora Teresa Cristina decidiu fazer uma “homenagem” ao presidente Jair Bolsonaro durante uma de suas lives diárias, realizada na última quinta-feira (4). A sambista cantava sucessos de Gilberto Gil na transmissão ao vivo, em especial o disco Realce.

“Eu vou cantar uma música aqui pra esse povo zé ruela, esse povo escroto. O Gil fez uma música para essa galera”, disse a cantora antes de começar a cantar “Pessoa Nefasta”.

A sambista então pegou uma foto do presidente Jair Bolsonaro, dedicando a ele a canção que traz versos como “Tu, pessoa nefasta/ Vê se afasta teu mal/Teu astral que se arrasta tão baixo no chão” e “Basta/ Ver-te em teu mundo interno/ Pra sacar teu inferno/ Teu inferno é aqui”.

“Gente, desculpa, eu não podia fazer isso com vocês. Me perdoa, todo mundo tem o direito de errar. Essa música é pra ele. ‘Não mais que um pedaço de tábua’, é o futuro dele, gente. Mas me perdoem, nunca mais vocês vão ver uma foto dessa na minha live”, disse, rindo, após a canção. A cantora já comparou o presidente a um rato em uma das lives.

Em seguida, a cantora cantou “Esotérico” para “espantar isso aí” e emendou “Tempo Rei”, quando exibiu uma foto do ex-presidente Lula. O ex-líder sindical já participou de uma das transmissões ao vivo da sambista. A namorada de Lula, Janja, é assídua espectadora.‌

O cantor Gilberto Gil ainda apareceu na transmissão e emocionou a sambista. Preta Gil, Bela Gil e Francisco Gil também participaram da transmissão e destacaram o alento que são as lives da cantora.

No vídeo abaixo, Teresa Cristina canta “As Forças da Natureza”, da dupla João Nogueira e Paulo César Pinheiro, lançada originalmente pela saudosa Clara Nunes – à época casada com Pinheiro –  em disco de 1977.

Nesses tempos tristes que estamos vivendo, a música cantada por Teresa não deixa de ser uma mensagem de esperança ao dizer que “das ruínas um novo povo vai surgir”, ou que “as armas e os homens de mal vão desaparecer nas cinzas de um carnaval”. Tomara!

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