Categoria: Política

PARA JORNAL AMERICANO, DILMA SERÁ JULGADA POR ‘SINDICATO DE LADRÕES’

EDUARDO CUNHA-AÉCIO-PAULINHO2 A notícia é do blog do Esmael Moraes:

los angeles timesA crise política brasileira continua atraindo as atenções da imprensa internacional. Nesta segunda-feira, o jornal americano Los Angeles Times divulgou um levantamento feito pela ONG Transparência Brasil sobre os políticos que estão incumbidos de analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. 

No título da reportagem, a publicação diz: “Os políticos que votam o impeachment da presidente do Brasil são acusados de mais corrupção do que ela”.

Ao longo do texto, o jornal cita números pesquisados pela ONG sobre os integrantes da Comissão Especial do Impeachment, formada na Câmara para emitir um parecer sobre o pedido de afastamento da petista, e o Congresso como um todo. 

Segundo a Transparência Brasil, dos 65 membros da comissão – formada por deputados de partidos que apoiam o governo, da oposição e dos chamados independentes –, 37 enfrentam acusações de corrupção ou outros “crimes graves”, conforme cita a publicação americana.

“Cinco membros da comissão são acusados de lavagem de dinheiro, outros 6 de conspiração e 19 são investigados por irregularidades nas contas; 33 são acusados ou de corrupção ou de improbidade administrativa; ao todo, 37 membros foram acusados, alguns deles de crimes múltiplos”, afirma.

O LA Times destaca ainda a presença, no colegiado, de Paulo Maluf (PP-SP), ex-prefeito de São Paulo, afirmando que ele é “procurado pela Interpol e que um tribunal de Paris recentemente o condenou à revelia por lavagem de dinheiro e crime organizado”. O parlamentar nega a prática de crimes.

Dentre os 513 deputados da Câmara, segundo a Transparência Brasil, 303 são investigados por algum crime. No Senado, o número também ultrapassa os 50%: 49 dos 81 senadores estão envolvidos em investigações.

O Los Angeles Times pondera que os dados fornecidos pela ONG ainda não incluem as informações mais recentes da 26ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na semana passada, e que tem como alvo executivos da Odebrecht e doleiros.

Uma lista da construtora citando mais de 200 políticos de diversos partidos que teriam recebido doações da empresa foi divulgada pela Polícia Federal – e depois colocada sob sigilo pelo juiz federal Sergio Moro –, mas ainda não há confirmação sobre a legalidade ou não desses repasses.

“Dilma Rousseff, por sua vez, nunca foi investigada oficialmente ou acusada de corrupção, apesar de ela ter uma impopularidade gigantesca atualmente e ser considerada culpada pela recessão profunda em que o país se encontra”, afirma o jornal americano.

“Ela era chefe do conselho administrativo da Petrobras quando a empresa esteve envolvida no esquema de pagamento de propina que tem sido desvendado pela Operação Lava Jato. Mas, para tirá-la do poder, os deputados estão se valendo da acusação sobre a manobra orçamentária (“pedaladas fiscais”) para esconder o tamanho do deficit do país, e eles garantem que essa é uma ofensa passível de impeachment.”

O jornal ainda menciona as investigações contra o vice-presidente Michel Temer (PMDB), que seria o sucessor de Dilma em caso de impeachment. “Michel Temer é suspeito, em investigações da Lava Jato, de estar envolvido em um esquema de compra ilegal de etanol”, afirmou, em referência à delação do senador Delcídio do Amaral.

O peemedebista nega a prática de crimes.

Principal oponente da presidente na última eleição e líder da oposição, Aécio Neves (PSDB) é “investigado pela Lava Jato”, afirma o LA Times. A publicação cita documentos obtidos durante as apurações que indicariam que a família de Aécio manteria conta bancária secreta em Liechtenstein, também mencionada por Delcídio.

Aécio nega irregularidades. Até o momento, ele e Temer não são oficialmente investigados pela Lava Jato.

PRESIDENTE DA CÂMARA LEVA TAPA NA CARA EM BEBEDOURO

A notícia é do Diário da Região:

O presidente da Câmara de Bebedoro, Beto Mazzeu (DEM), levou um tapa de um morador durante a sessão desta segunda-feira, dia 29. O acusado da agressão, Francisco Granado Pádua, de 64 anos, conversava com o vereador Luiz Carlos Freitas (PT) no fundo do plenário, quando foi interpelado por Mazzeu, uma vez que a reunião já havia começado.

Pádua, conhecido na cidade, como Chico Chaveiro, não teria gostado da forma como o vereador falou com ele. Imagens do circuito interno de segurança gravaram a movimentação, por volta das 20h30. Segundo a assessoria da Câmara, Mazzeu, que tentou revidar o golpe, deu queixa à polícia.

Chico foi à Câmara protestar contra a moção de repúdio à presidente Dilma Rousseff pela nomeação de Lula para a Casa Civil. O agressor se desculpou pelas redes sociais. Afirmou que perdeu a cabeça diante da ameaça de ser retirado da Câmara, depois de questionar o vereador sobre a legitimidade da moção.

Os vereadores ficam questionando a presidente Dilma por estar nomeando o Lula como ministro da Casa Civil, como se isso fosse problema dos nossos vereadores. O que interessa para o povo de Bebedouro é a resolução dos nossos problemas que são muitos e a atual administração não resolve“, declarou o morador pelas redes sociais.

EDUARDO CUNHA, O PROBO, MANDA OAB ENTRAR NA FILA

Em julho de 2015, Eduardo Cunha deu uma entrevista à revista Exame, classificou o exame da Ordem como “um roubo” (disso, convenhamos, ele entende) e afirmou que “a OAB é um cartel e não tem credibilidade há muito tempo”.

Ontem, ele demonstrou, mais uma vez, que não tem muito apreço para OAB. Cunha deixou claro que já existem outros 15 pedidos de impeachment na Câmara e que o pedido da OAB vai entrar na fila. Ou seja, vai ficar mofando na gaveta.

Para o jornalista Fernando Brito, Cunha tripudiou sobre a OAB. Vejam o que ele escreveu em seu blog, o Tijolaço:

Quando as instituições não se dão ao respeito, é isso que acontece.

Eduardo Cunha, com toda a sua atual ficha imunda e notório adversário da Ordem dos Advogados do Brasil, tripudiou ontem sobre o oportunista pedido de “aditamento” do pedido de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff.

Deixando claro que “o impeachment é meu e ninguém tasca”, Cunha disse que a Ordem “chegou atrasada” e não vai “ter protagonismo” na eventual derrubada da Presidenta.

E ainda deu lição de direito aos doutores: “o pedido da OAB é um novo pedido e, se aceito, implicará em nova leitura, eleição de nova comissão.”

Sobre a posição da Ordem, Marcelo Auler publica hoje um contraste histórico: a OAB de 92, sob aplausos públicos, levando – junto com Barbosa Lima Sobrinho o pedido de impeachment de Collor ao Congresso e a OAB de 2016, sob vaias e apupos, prestando-se ao papel de coadjuvante do golpe – e ainda para ser dispensada por Cunha na base do “perdeu a vez”…

“o presidente nacional da OAB, Cláudio Lamachia, não conseguiu ingressar na Câmara dos Deputados pelo Salão Verde, a porta de entrada daquela Casa Legislativa. Foi à Primeira Secretaria protocolar um pedido de impeachment, por um caminho alternativo. No Salão Verde, os conselheiros da Ordem, saíram de forma no mínimo, nada nobre.”

POLÍCIA PRENDE EX-PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DE SÃO PAULO E MAIS SEIS POR FRAUDE NA MERENDA

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A notícia é do Estadão:

A Operação Alba Branca prendeu na manhã desta terça-feira, 29, o ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo Leonel Julio e mais seis investigados por fraude na merenda escolar. Também foi decretada a prisão do presidente da União dos Vereadores do Estado, Sebastião Miziara. A decisão é da Justiça de Bebedouro, no interior paulista, onde ficava a base da organização.

Alba Branca aponta para o suposto envolvimento do atual presidente da Assembleia de São Paulo, deputado Fernando Capez (PSDB) e de outros parlamentares. A investigação sobre Capez está em curso no Tribunal de Justiça do Estado.

Leonel Julio, do antigo MDB, presidiu a Assembleia de São Paulo e foi cassado em 1976 pelo regime militar. Alba Branca afirma que seu filho, Marcel Julio, é um dos mentores da organização. Marcel está foragido.

Os mandados de prisão contra Leonel Julio e outros seis alvos da Alba Branca foram expedidos pela Comarca de Bebedouro, porque eles não têm foro privilegiado, como Capez. Além de Leonel Julio e Sebastião Miziara, a Justiça mandou prender também Carlos Eduardo da Silva, Aluísio Girardia, Emerson Girardi, Luiz Carlos da Silva Santos e Joaquim Geraldo Pereira da Silva.

A Justiça também decretou buscas e apreensões que estão sendo cumpridas pela Polícia Civil do Estado.

A Operação Alba Branca envolvea ainda Luiz Roberto dos Santos, o Moita, ex-chefe de gabinete da Casa Civil do Governo Geraldo Alckmin.

PROFESSOR DESCOBRE EM SALA DE AULA COMO A MÍDIA DESINFORMA

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Do professor de Filosofia da Rede Estadual de Minas Gerais, Fábio Garrido, no Viomundo:

Ontem num debate sobre ética em uma aula minha percebi o resultado da estratégia da manipulação midiática.

Todos os meus alunos achavam que o processo de impeachment contra a Dilma (golpe) era por causa da Lava Jato.

Quando comecei a explicar que a tese do impeachment (golpe) era de que a presidenta usou dinheiro da Caixa Econômica Federal para manter os programas sociais eles ficaram perplexos.

— Mas professor, ela não roubou?

— Não, não é acusada de ter roubado um único centavo. A única coisa que fez foi colocar dinheiro público de um banco estatal em programas sociais, e depois, devolver esse dinheiro à Caixa.

Isso foi suficiente para passarem a se posicionar contra o impeachment e se sentirem enganados pelos meios de comunicação que misturam uma coisa com a outra o tempo todo.

Agora pergunto: isso é fazer propaganda petista ou cumprir com a minha obrigação como professor de filosofia de questionar a massificação da propaganda ideológica golpista feita pelos meios de comunicação?

Acredito firmemente que a função da filosofia no ensino médio deva ser possibilitar que os alunos pensem criticamente a sociedade. Isso significa pensar por conta própria. E numa época de mídia de massa onde os meios de comunicação, principalmente a Globo que comprovadamente já participou de alguns movimentos golpistas na nossa história, determinam os rumos da política, temos a obrigação de desconstruir a ideologia dominante.

IMPRENSA PORTUGUESA ESTÁ A FAZER TROÇA DE SEMINÁRIO ORGANIZADO POR GILMAR MENDES EM LISBOA

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Portugueses não querem ser fotografados com golpistas brasileiros. E depois ainda dizem por aqui que os patrícios é que são burros. Vejam o que escreveu o jornalista Francisco Louçã, do portal Público, de Portugal: 

Um imbróglio em Lisboa

Quem se lembrou de uma coisa destas? Admitamos que o seminário “luso-brasileiro” que vai decorrer na Faculdade de Direito de Lisboa já estava programado antes da crise desencadeada pela golpaça político-judicial em curso no Brasil. Se assim for, há uma questão a que falta responder: como é que se lembraram de marcar um seminário sobre o futuro constitucional do Brasil (e de Portugal, olha só) para o 52º aniversário do golpe que derrubou um presidente eleito e instaurou uma ditadura militar? Como não há coincidências na vida, ou fugiu o pé para o chinelo ou é uma declaração de guerra com um atlântico pelo meio. Presumo que seja o chinelo.

Também não lembraria a ninguém que o vice-presidente brasileiro, e primeiro potencial beneficiário da eventual deposição de Dilma Roussef, escolha sair do país por uns dias precisamente quando o seu partido, o PMDB, tomará a decisão de sair do governo e se juntar aos parlamentares derrubistas. Mas é isso que anuncia o programa do evento. Pior, acrescenta outros pesos-pesados da direita, estes do PSDB, José Serra e Aécio Neves, sendo que o primeiro não estava previsto no programa original. O que os levaria a levantar voo do Brasil para se limitarem a conspirar por telefone?

Só haveria uma razão, procurarem um endosso internacional para as suas diligências, fazerem-se fotografar ao lado das autoridades de Portugal. Se era esse o objectivo, fracassou. Os serviços do Presidente português anunciaram que a agenda não lhe permite ir ao seminário e até o ex-primeiro ministro Passos Coelho se pôs de fora.

O detalhe da exclusão de Passos acrescenta ainda algum picante à história, dado que o PÚBLICO revela que “já Jorge de Miranda garante que a presença do ex-primeiro-ministro levantou dúvidas quanto à pertinência académica do seu contributo”. Excelente: o seminário era de tão alta qualidade que os organizadores se esqueceram de consultar a “pertinência académica” do “contributo” dos oradores que convidaram. Passos deve estar reconhecido por mais esta. Paulo Portas, que também foi anunciado para o encontro, mantém-se mais discreto e, adivinho, de fora do imbróglio. Resta saber se Maria Luís Albuquerque, anunciada no Brasil como professora da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, abrilhantará o encontro com a sua presença.

Ficando deserto de autoridades, o seminário limitar-se-á então, se ainda se vier a manter com tantos abandonos, a uma conversa entre juristas e políticos brasileiros sobre a graça do golpe que está a decorrer. Suponho que só a TAP agradecerá a cortesia.

ESQUEMA ODEBRECHT VEM DESDE O GOVERNO SARNEY

A notícia é do portal UOL:

predio-da-construtora-odebrechtA 26ª fase da operação Lava Jato expôs, na terça-feira, a existência de um “departamento de propina” na empreiteira Odebrecht que teria sido utilizado para movimentar altas somas de dinheiro em pagamentos ilícitos para agentes públicos e políticos principalmente em 2014. O esquema, no entanto, pode ser muito mais antigo.

Documentos mostram que, durante o mandato presidencial de José Sarney (1985-1990), procedimentos bem semelhantes aos apontados pelos investigadores da Lava Jato envolviam 516 agentes públicos, empresários, empresas, instituições e políticos. Entre eles, há ex-ministros, senadores, deputados, governadores, integrantes de partidos como PSDB, PMDB e PFL (atual DEM).

O UOL teve acesso a quase 400 documentos internos da empreiteira, a maioria datada de 1988, detalhando remessas e propinas a diversos políticos. A documentação estava de posse de uma ex-funcionária da Odebrecht. Como no esquema divulgado pela Lava Jato na terça-feira (22), eram utilizados codinomes para os receptores dos pagamentos e as propinas eram calculadas a partir de percentuais dos valores de obras da empreiteira nas quais os agentes públicos estavam envolvidos.

A Odebrecht afirmou “que não se manifestará sobre o tema”. Todos os políticos ouvidos negaram qualquer envolvimento em esquema de propinas com a construtora.

DELATOR DENUNCIA FHC E DIZ QUE IRMÃ DE AÉCIO ERA OPERADORA DE PROPINA

Isso está começando a ficar interessante. A notícia é do GGN:

O ex-deputado federal e ex-presidente do PP, Pedro Corrêa, delatou políticos da base e da oposição e o ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, em acordo de investigação da Procuradoria-Geral da República. 

O atual ministro do Tribunal, enquanto era deputado federal pelo PP, entre 2003 e 2005, teria recebido propina pelo deputado José Janene, morto em 2010, junto à Petrobras e outras estatais que tinham diretorias indicadas pelo partido. O montante recebido foi classificado por Pedro Corrêa como “mesada de Augusto Nardes”, em um dos capítulos da delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Corrêa afirma que quando Nardes foi nomeado ministro do TCU, em 2005, um recibo que comprovava o pagamento de propina foi destruído para que não “prejudicasse a nomeação”, contou. De acordo com Corrêa, esse recibo era de valor “baixo”, entre R$ 10 mil e R$ 20 mil. 

Além de Nardes, na delação de Pedro Corrêa tem os chamados “operadores de propina”. Na lista, está o nome de Andrea Neves, irmã e uma das principais assessoras do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que atuou no comando da gestão do tucano à frente do governo de Minas Gerais. 

Depois da irmã de Aécio, também são citados como operadores Marcos Valério, e Benedito Oliveira, conhecido como Bené, investigado nas suspeitas de irregularidades na campanha de Fernando Pimentel ao governo de Minas, em 2014.  

Na delação, um capítulo exclusivo é dedicado a irregularidades no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), como a aprovação da emenda constitucional que possibilitou a sua reeleição, em 1997. FHC contou com apoio financeiro do empresariado para aprovar o projeto, como Olavo Setubal, do Banco Itaú. “Olavo Setubal dava bilhetes a parlamentares que acabavam de votar, para que se encaminhassem a um doleiro em Brasília e recebessem propinas em dólares americanos”, diz trecho da delação. 

Também há cinco anexos sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e cinco sobre a presidente Dilma Rousseff. Lula é apontado por ter atuado em favor da nomeação de Paulo Roberto Costa na diretoria da Petrobras. O ex-presidente teria dito a José Eduardo Dutra, à época presidente da estatal, para acertar o nome de Costa, em 2004. 

“Lula, eu entendo a posição do conselho. Não é da tradição da Petrobras, assim, sem mais nem menos trocar um diretor”, teria afirmado Dutra à época. De acordo com Côrrea, Lula respondeu: “se fossemos pensar em tradição, nem você era presidente da Petrobras, nem eu era presidente da República”, afirmou. De acordo com o depoimento, 15 dias depois da conversa, Costa foi nomeado na Petrobras e o PP destravou a pauta do Congresso Nacional.

DOM DEMÉTRIO: “DEMOCRACIA POSTA À PROVA”

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O bispo emérito de Jales, dom Demétrio Valentini, escreveu artigo, nesta semana, onde diz, entre outras coisas, que está em marcha um linchamento político conduzido por poderosos grupos de comunicação. Segundo o bispo, o país caminha para uma ruptura constitucional. Eis o artigo:

Estamos na iminência de uma ruptura constitucional. Em momentos assim, se faz necessário um apelo à consciência democrática, e uma advertência dos riscos de uma decisão política profundamente equivocada.

Falando claro e sem rodeios: com a tentativa de impeachment da Presidente Dilma, procura-se revestir de legalidade uma iniciativa política com a evidente intenção de destituir do poder quem foi legitimamente a ele conduzido pelo voto popular.

Isto fere o âmago do sistema democrático, que tem como pressuposto básico o respeito aos resultados eleitorais.

É preciso desmascarar a trama que foi sendo urdida, para criar artificialmente um pretenso consenso popular, para servir de respaldo aos objetivos que se pretende alcançar.

É notável que desde as últimas eleições presidenciais, os derrotados não aceitaram o resultado das urnas, e traduziram seu descontentamento em persistentes iniciativas de deslegitimar o poder conferido pelas eleições.

Outra evidência é a contínua e sistemática obstrução das iniciativas governamentais, praticada especialmente por membros do Congresso Nacional, com o evidente intuito de inviabilizar o governo, e aplainar o caminho para o golpe de misericórdia contra ele.

Está em andamento um verdadeiro linchamento político, conduzido sutilmente por poderosos meios de comunicação, contra determinados atores e organizações partidárias, que são continuamente alvo de acusações persistentes e generalizadas, e que se pretende banir de vez do cenário político nacional.

Causa preocupação a atuação de membros do Poder Judiciário, incluindo componentes da Suprema Corte, que deixam dúvidas sobre as reais motivações de suas decisões jurídicas, levando-nos a perguntar se são pautadas pelo zelo em preservar a Constituição e fazer a justiça, ou se servem de instrumento para a sua promoção pessoal ou para a vazão de seus preconceitos.

Em meio a esta situação limite, cabe ao povo ficar atento, para não ser ludibriado.

Mas cabe ao Judiciário a completa isenção de ânimo para garantir o estrito cumprimento da Constituição.

E cabe ao Congresso Nacional terminar com sua sistemática obstrução das iniciativas governamentais, e colaborar com seu apoio e suas sugestões em vista do bem comum, e não de interesses pessoais ou partidários.

Em vez deste impeachment sem fundamento legal e sem justificativa, que nos unamos todos em torno das providências urgentes para que o Brasil supere este momento de crise, e reencontre o caminho da verdadeira justiça e da paz social.

LISTA DA ODEBRECHT TEM MAIS DE 200 NOMES E INCLUI AÉCIO, SERRA, ALCKMIN E CUNHA

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A maioria é da oposição, como o impoluto Roberto Freire(PPS), mas a lista traz nomes como o do deputado João Paulo Rillo(PT), de Rio Preto. Paulinho da Força e Paulo Pereira da Silva, que são a mesma pessoa, aparecem duas vezes.

Os apelidos dados aos políticos também são interessantes: Eduardo Cunha é “Carangueijo“, Manuela D’Ávila é “Avião“(muito apropriado!) e Jarbas Vasconcelos é “Viagra“. Eu só não entendi o apelido do Jaques Wagner: “Passivo“. A notícia é do Brasil 247

Nas buscas que realizou na Odebrecht durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, no dia 22 de fevereiro, a Polícia Federal apreendeu uma lista do que seriam repasses de propina da empreiteira a políticos. A relação traz mais de 200 nomes e os valores recebidos, atingindo governo e oposição.

Estão presentes, por exemplo, os nomes do senador Aécio Neves (PSDB-MG), do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), dos senadores José Sarney (PMDB-AP), Romero Jucá (PMDB-RR) e Humberto Costa (PT-PE), do chefe de Gabinete da presidente Dilma Rousseff, Jaques Wagner, do PT, do ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre vários outros.

Não identificados, contudo, chamaram a atenção dos investigadores, sobretudo pelo grande volume de recursos que teriam recebido, como é o caso de “Mineirinho”, apontado como destinatário de R$ 15 milhões entre 7 de outubro e 23 de dezembro de 2014. As entregas, segundo as planilhas, teriam sido feitas em Belo Horizonte.

Conforme afirma o jornalista Fernando Rodrigues, que divulgou a lista, trata-se do mais completo acervo do que pode ser a contabilidade paralela da empresa descoberta e revelada ontem na investigação. Segundo a PF, o executivo Marcelo Odebrecht também estava envolvido no pagamento de propinas.

A notícia não diz se os valores atribuídos a cada político seriam doações legais ou ilegais. Certamente que, nos próximos dias, surgirão novos detalhes. A lista completa pode ser vista aqui.

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