Após os votos do relator sorteado, desembargador Mario Deviene Ferraz, e do revisor juiz André Lemos Jorge, que rejeitaram a matéria preliminar e julgaram improcedente a Ação Penal proposta do Ministério Público Eleitoral contra o atual prefeito de Mesópolis, Leandro Aparecido Polarini e outros quatro envolvidos, o juiz Silmar Fernandes e a desembargadora Diva Malerbi pediram vistas sucessivas ao processo, em julgamento ocorrido ontem, terça-feira.
O caso deu-se em 2008, quando Leandro foi candidato a vice- prefeito. Eles são suspeitos de compra de votos nas eleições daquele ano, conforme ação movida pelo Ministério Público Eleitoral, ajuizada com base em investigações da Policia Federal. Além da suposta compra de votos, alguns dos envolvidos são também suspeitos de falsidade ideológica, corrupção ou fraude – e tem pedido de condenação criminal.
Na poesia de Vinícius de Moraes, abril é o mês cruel (“Suavemente Maio se insinua. Por entre os véus de Abril, o mês cruel. E lava o ar de anil, alegra a rua. Alumbra os astros e aproxima o céu”). É o que está no “Soneto de Maio”.
Os estudiosos da obra do poetinha acham que ele se referiu dessa forma a abril, porque foi nesse mês, em 1616, que morreram Shakespeare e Miguel de Cervantes.
O fato é que, para o nosso ex-prefeito Parini, abril não tem sido um dos melhores meses do ano. Para quem não se lembra, foi num dia 09 de abril – Dia Nacional do Combate à Corrupção – que a PF foi até a casa do nosso premiado estadista por conta da “Operação Fratelli”, aquela da Máfia do Asfalto. Por sinal, isso já faz dois anos, mas o processo pouco andou.
Pois bem, neste abril de 2015, a justiça recebeu mais uma ação contra o ex-prefeito. Dessa vez, é o Consórcio Intermunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Coreca) quem está cobrando uma conta de Parini. Segundo consta, a cobrança é consequência de uma decisão do Tribunal de Contas, que julgou irregulares alguns repasses feitos à Oscip “A Rede da Cidadania”.
O valor da conta já passa dos R$ 50 mil. Como já se disse, vida de ex-prefeito não é nada fácil.
Deve ser algo fascinante poder sentar-se na cadeira de prefeito. Como os prezados leitores estão cansados de saber, nossa Prefeitura atravessa uma grave crise, sem recursos financeiros e com vários problemas a serem resolvidos. Mesmo assim, a malsinada cadeira continua sendo objeto de desejo de muita gente.
Vejam o caso da prefeita cassada, Nice Mistilides. Desapeada do poder, ela bem que poderia aproveitar a oportunidade para reorganizar sua vida pessoal e deixar os problemas do município para outros resolverem, certo?
Errado! Dotada de grande sentimento de amor pela cidade onde nasceu e cresceu, Nice parece disposta a continuar sacrificando a convivência com filhos e netos para cuidar de livrar Jales dos seus graves problemas. Tanto é que, ontem, ela levou ao TJ-SP mais um recurso para tentar reaver a cadeira que lhe foi confiscada.
Trata-se de mais um Agravo de Instrumento. Dessa vez, porém, a ex-prefeita não caiu nas garras do Gavião (de Almeida), aquele que já negou a ela duas ou três liminares. O recurso está tramitando na 7ª Câmara de Direito Público, sob os cuidados do relator, desembargador Eduardo Gouvea.
O Agravo de Instrumento, tudo indica, é contra a decisão do juiz da 2ª Vara de Jales, Marcos Takaoka, que negou à prefeita, ao final de fevereiro, uma liminar solicitada através de Medida Cautelar Inominada. Na ocasião, Nice alegou uma porção de bobagens, com base nas besteiras ditas pelo vereador Macetão ao gravador do ex-supersecretário Aldo.
Ela deve estar repetindo as mesmas alegações, só que agora ao TJ-SP. Vai que cola!
Como já era de se esperar, o vereador André Ricardo Viotto, o Macetão, está recorrendo à justiça para tentar livrar o pescoço da guilhotina.
Ontem, 13/04, ele protocolou na justiça um Mandado de Segurança com pedido de liminar, contra o presidente do Conselho de Ética da Câmara, o vereador Gilbertão.
Ainda não é possível saber qual é a argumentação de Macetão para pedir a liminar, mas é possível que ele esteja contestando as presenças de Gilbertão e Tiago Abra no Conselho de Ética. Para Macetão, os dois estariam impedidos de participar do Conselho, uma vez que teriam sido citados nas famosas gravações do ex-secretário Aldo.
Macetão pode estar alegando, também, um possível cerceamento de defesa. Em conversas com amigos, ele tem dito que não atendeu às convocações do Conselho de Ética para prestar depoimento porque o advogado que o defende – Aparecido Carlos Santana – não foi notificado para comparecer às reuniões do referido Conselho.
O processo foi distribuído para a 1ª Vara de Jales.
A foto acima mostra o nosso prefeito Pedro Callado com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, ladeados pelo ex-deputado Eleuses Paiva e pelo ex-vereador Henrique Macetão. Por sinal, Macetão continua sendo um dos homens fortes do PSD de Kassab, na região.
O registro fotográfico foi feito no sábado, durante visita de Kassab a Votuporanga. O prefeito Pedro Callado esteve por lá e, segundo se sabe, expôs ao ministro a difícil situação em que Jales se encontra, em termos de infraestrutura.
De acordo com entrevistas do prefeito, Kassab sugeriu que ele fosse a Brasília, onde os dois poderiam conversar com mais tranquilidade sobre os problemas de Jales. Tudo indica que Kassab – que esteve em Jales duas vezes, durante a campanha eleitoral do ano passado – está disposto a ajudar a nossa cidade.
Quem também está esperando muita ajuda de Kassab é o prefeito de Votuporanga, Júnior Marão. Segundo consta, os pedidos de Marão ao ministro são da ordem de R$ 100 milhões. Entre outras coisas, ele está solicitando a construção de 2.000 casas pelo programa Minha Casa Minha Vida.
A Polícia Militar, que estimou em 1 milhão o número de manifestantes que foram à Avenida Paulista nos protestos de 15 de março, desta vez apresentou um número bem mais modesto: segundo a PM, 275 mil pessoas passaram pela Paulista hoje.
Já o Datafolha, estimou que o protesto de hoje reuniu 100 mil pessoas. O que representa menos da metade dos 210 mil manifestantes que, segundo o Datafolha, participaram dos protestos de março passado em São Paulo.
Segundo o instituto, o número indica a quantidade de pessoas diferentes que, em algum momento do dia, foram à manifestação no centro da cidade.
Em Rio Preto, a PM calculou em 8.000 o número de manifestantes. Em março, a mesma PM tinha estimado 11.000. Em Araçatuba, a PM calculou 8.000 pessoas em março, enquanto neste domingo a estimativa foi de apenas 2.000 pessoas.
Santa Fé do Sul, que tinha reunido 1.500 pessoas em março, segundo os organizadores, reuniu 200 neste domingo. Em Fernandópolis, onde os organizadores contaram 1.000 manifestantes em março, a concentração de hoje reuniu 100 pessoas segundo a PM.
Finalmente, em Votuporanga, Polícia e organizadores estimaram 500 manifestantes neste domingo. Em março, o protesto teria reunido 2.000 pessoas, segundo PM e organização.
A manifestação “anticorrupção” deste domingo, em Jales, conseguiu ser mais ridícula do que já fora no mês passado. Naquela ocasião, os organizadores contabilizaram entre 300 e 400 participantes, mas, quem viu, disse que não tinha mais de 200 protestantes.
Na manifestação de hoje, alguns gatos pingados concentraram-se na Praça do Jacaré e depois percorreram a avenida “Francisco Jalles”, como mostram as fotos acima. Um amigo deste blogueiro contou 28 adultos e quatro ou cinco crianças.
As crianças, evidentemente, nem sabiam o que estavam fazendo lá. Da mesma forma, alguns adultos. Uma professora, ao ver passar a marcha dos coxinhas, pensou que se tratava de uma caminhada da AVCC e pôs-se, também, a marchar.
Observação I:ontem à tarde, num bar da Rua Nova Iorque, mais de 50 pessoas – ou quase o dobro dos manifestantes de hoje – se reuniram em torno de algumas “geladas” e de uma apresentação de música caipira, com a dupla Laurindo e Luisão como atração principal. E com a participação especial do professor Baldan.
Observação II – Até o panelaço organizado por essas senhoras teve mais adeptos do que o protesto coxinha de Jales.
Apesar da considerável divulgação de vídeos com Aécio, Lobão, Marcelo Madureira e outras lideranças convocando o povoléu para os protestos deste domingo, as manifestações de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro decepcionaram. Abaixo, a análise do Blog da Cidadania:
Pode parecer que a foto que ilustra este texto basta para explicar por que Aécio Neves exortou as pessoas a irem à rua a protestar neste domingo, 12 de abril, e não deu as caras no protesto do Estado pelo qual é senador e que governou duas vezes.
Porém, não é só isso. Há, primeiro, que refletir sobre por que no Estado do líder da oposição brasileira apenas meia dúzia de gatos pingados foi se manifestar contra o governo.
Isso se dá, sobretudo, porque, aos poucos, os mineiros vão tomando ciência dos abusos praticados pelas quatro administrações tucanas que se abateram sobre o Estado desde 2003.
Além de Aécio ter sido denunciado por deputados do PT ao procurador-geral da República, segundo eles “com fartura de provas”, a administração Fernando Pimentel vem revelando o descalabro que encontrou ao assumir o governo mineiro.
Tudo isso, somado à pesquisa Datafolha recém-divulgada, mostra que o lucro eleitoral do PSDB com a crise política foi pequeno, pois, no máximo, em simulação de segundo turno Aécio empata com Lula, líder de um partido que vem sendo execrado.
O fracasso da manifestação em Belo Horizonte – que reuniu míseros 3 mil manifestantes – constitui um vexame para Aécio Neves. Por isso, apesar de ele ter convocado as pessoas a irem protestar, não deu as caras no protesto do Estado pelo qual é senador.
A prefeita de Fernandópolis, Ana Matoso Bim(PTB), deu entrevista ao jornal Extra, de Fernandópolis, onde refuta as insinuações de que estaria “roubando a merenda escolar”. A entrevista foi concedida na quinta-feira, antes, portanto, da denúncia do vereador Rogério Chamel(PSC).
Como já noticiado, o vereador Chamel esteve ontem, sexta-feira, no Ministério Público Federal de Jales, onde protocolou denúncia sobre suposto superfaturamento de preços na aquisição dos gêneros alimentícios para a merenda servida nas escolas de Fernandópolis.
“Já fui atacada por este vereador e me defendi. Agora, ele anda espalhando pela cidade que ‘roubei’ dinheiro da merenda escolar. Ora, tudo tem limite”, disse a prefeita ao jornal Extra. No ano passado, ela foi chamada de “jumenta” pelo vereador Chamel.
Ana Bim confirmou ao jornal que ela própria já tinha solicitado uma investigação ao Ministério Público Estadual de Fernandópolis. “No último dia 6, às 14h30, protocolei um ofício, juntamente com alguns documentos e pedi uma investigação”, revelou a prefeita.
Ela garante não ter medo de ser investigada. “Quero que se investigue essas insinuações, que se instaure inquérito civil para apurar a aquisição dos alimentos da merenda. Quero também a abertura de inquérito policial, pois deve ser investigado se estou sendo vítima de calúnia”, afirmou Ana.
Após os votos do relator sorteado, desembargador Mario Deviene Ferraz, e do revisor juiz André Lemos Jorge, que rejeitaram a matéria preliminar e julgaram improcedente a Ação Penal proposta do Ministério Público Eleitoral contra o atual prefeito de Mesópolis, Leandro Aparecido Polarini e outros quatro envolvidos, o juiz Silmar Fernandes e a desembargadora Diva Malerbi pediram vistas sucessivas ao processo, em julgamento ocorrido ontem, terça-feira.
