O Tribunal de Júri de Jales reuniu-se novamente na quarta-feira, 28, sob a presidência da juíza Maria Paula Branquinho Pini, para julgar Edson B.A., acusado de tentar matar Mário Q.C.F., com disparos de arma de fogo e tijoladas. O crime aconteceu no dia 08 de junho de 2014, por volta das 17:20 horas, na Avenida Integração, no Jardim América. Edson, conhecido como “Pirata”, suspeitava que o outro tinha sido o autor de um furto à residência de um parente dele.
Mário, a vítima, não pode reclamar da sorte. Ele foi atingido por seis tiros e, já sem forças e caído, viu seu algoz apontar o revólver para sua cabeça para dar o tiro de misericórdia. A arma, no entanto, já não tinha mais balas. Edson, o acusado, muniu-se então de um tijolo, com o qual golpeou a cabeça de Mário algumas vezes.
Edson foi condenado pelos jurados à pena de 12 anos de reclusão, em regime inicial fechado, por tentativa de homicídio triplamente qualificada (motivo fútil, utilização de meio que impossibilitou a defesa da vítima e emprego de meio cruel).
O acusado negou a autoria do crime e disse que, no dia dos fatos, estava em Ibirá(SP). Curiosamente, a vítima – que já tinha apontado o “Pirata” como seu algoz, mudou sua versão em juízo e disse que, no dia do crime, não conseguiu reconhecer o sujeito que o atacou. Para o júri, no entanto, os depoimentos dos policiais que acompanharam o caso não deixaram dúvidas sobre a autoria do delito.
Detalhe: Edson, o condenado, já cumpriu pena por homicídio em outra cidade. E Mário, que sobreviveu aos seis tiros e às tijoladas, também não é flor que se cheire. Ele é conhecido nos meios policiais pelo uso de drogas e pela prática de pequenos furtos.
