PREFEITURA TAMBÉM COMPROU ARQUIVOS DE EMPRESA INVESTIGADA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO

Não foi só a Câmara Municipal que comprou os tais arquivos deslizantes comercializados por empresas  suspeitas da região de Catanduva.

Em julho de 2012, um mês depois da licitação realizada pela Câmara, a Prefeitura também abriu uma licitação com o objetivo de comprar arquivos deslizantes para utilização nas secretarias de Administração e Saúde. A ganhadora foi a EBGI Files System Ltda, a mesma empresa que vendeu os malsinados arquivos da Câmara.

Como já se disse, a Câmara pagou cerca de R$ 70 mil por eles. No caso da Prefeitura, os arquivos custaram R$ 105,5 mil, que foram pagos em setembro (R$ 37,5 mil) e outubro (R$ 68 mil) daquele ano, quando o prefeito ainda era o premiado estadista Humberto Parini.

Existe, porém, uma diferença entre os certames licitatórios realizados pela Câmara e a Prefeitura. Enquanto a Câmara optou por realizar a licitação na modalidade “convite”, a Prefeitura preferiu fazê-lo através de um “pregão presencial”.

No caso do “convite”, não existe necessidade de publicidade do edital na imprensa oficial. Já no caso do “pregão”, a Prefeitura teve que publicar o edital resumido até no Diário Oficial da União, uma vez que parte dos recursos utilizados na compra dos arquivos veio do governo federal.

Mesmo com toda a publicidade, apenas duas empresas participaram do pregão: a vencedora, EBGI Files Ltda, e a Arq-vando Arquivos Corporativos. Ambas participam, segundo o Gaeco, da organização criminosa comandada pelo vereador Daniel Palmeira de Lima(PR), de Catanduva.  

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