TRIBUNAL DO JÚRI DE JALES TERÁ JULGAMENTO NESSA QUARTA-FEIRA. NA SEMANA PASSADA, ACUSADO FOI CONDENADO A 18 ANOS

dsc00077-2-pqO Tribunal do Júri de Jales vai se reunir amanhã, quarta-feira, sob a presidência da juíza Maria Paula Branquinho Pini, para julgar dois rapazes acusados de um assassinato ocorrido em Vitória Brasil, em 2014.

Eles teriam sido os responsáveis pela morte de Marcos Vinícius Machado Silva, o “Chorró”, que desapareceu na noite de 18 de março de 2014. O corpo de Marcos foi encontrado somente oito dias após o crime, depois de os suspeitos terem sido presos e um deles ter apontado o local onde ocultara o cadáver da vítima.

Na quarta-feira passada, 19, o Tribunal do Júri reuniu-se para julgar Jeferson de Oliveira Pereira, o Jefinho, que ao final foi condenado a 18 anos de reclusão em regime inicial fechado, pelo crime de homicídio triplamente qualificado. 

De acordo com a acusação, entre a noite de 17 de dezembro de 2013 e a madrugada do dia 18, às margens da estrada de terra que liga os municípios de Pontalinda e Dirce Reis, próximo ao recinto da Festa do Peão de Pontalinda, Jeferson matou Márcio da Silva Araújo, vulgo Sapinho, com disparo de arma de fogo e golpes de canivete.

Preso alguns dias depois do crime, Jefinho assumiu, em juízo, a autoria do homicídio mas alegou legítima defesa. Segundo sua versão, Sapinho queria comprar uma arma de fogo de sua propriedade e, para consumar o negócio, combinaram de se encontrar no lugar dos fatos.

De acordo com a versão do réu, ele teria entregue a arma a Sapinho que tentou matá-lo, mas a arma não disparou. Os dois teriam entrado em luta corporal e o réu recuperou a arma, efetuando um disparo contra Sapinho. Depois, para ter certeza de que a vítima não iria sobreviver para tentar matá-lo novamente, Jefinho golpeou a vítima várias vezes, com um canivete.

A versão do réu não convenceu, no entanto, o Ministério Público, que pediu sua condenação por homicídio triplamente qualificado. Para o MP, Jefinho matou Sapinho por conta de uma dívida que tinha com a vítima, que era traficante de drogas. A existência da dívida foi confirmada por três testemunhas.

Jefinho ainda compareceu ao velório de Sapinho, mas, cerca de quatro dias depois do ocorrido, tratou de deixar Pontalinda. As investigações da polícia, no entanto, o apontaram como principal suspeito do crime. À polícia, ele confessou a autoria de outro homicídio na cidade mineira de Espinosa, na divisa com a Bahia.

Jefinho deverá recorrer da condenação, mas não poderá fazê-lo em liberdade, em face da gravidade do crime e da forma hedionda com que foi praticado.

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