PREMIADO ESTADISTA FOI INDICADO PARA OUTRO PRÊMIO EM 2010

Parece que não é só este aprendiz de blogueiro que anda desconfiado com relação a essas entidades e associações que vivem de premiar prefeitos pelo Brasil afora. O blogueiro José Pedrialli, do jornal O Diário de Londrina, anda contestando o prêmio que o prefeito daquela cidade, Homero Barbosa, recebeu de uma tal Associação Nacional dos Prefeitos e Vice-Prefeitos. Vejam o que ele escreveu:

Não adianta procurar no site da Associação Nacional dos Prefeitos e Vice-prefeitos (www.anpv.org.br) a relação dos prefeitos incluídos entre as “100 cidades mais sustentáveis” (2011). Não existe! E também não adianta recorrer ao Google. O que se encontra lá são informações individualizadas, na maioria dos casos com origem nas assessorias de imprensa, de tal e tal prefeito que também recebeu a mesma homenagem. 

Ficamos, assim, sabendo que Cacoal, Lajes, Santa Inês, Araçatuba, Colniza, Palhoça, Cruzeiro, Araraquara, Capela, Vitória da Conquista, Jales e São Gonçalo do Amarante compartilham com Londrina esta homenagem grandiosa…

Revirando o site de cima para baixo, descobrimos a relação de 100 prefeitos homenageados no ano passado. Isso consta de uma resposta da ANPV à Folha de S. Paulo, que criticou a entidade por cobrar pela premiação.

Por extensa, não vou reproduzir aqui a relação dos 100 prefeitos premiados pela ANPV em 2010, mas o nobre alcaide de Jales aparece como o 69º da lista. Reconheçamos, uma sugestiva colocação! É possível, porém, que o premiado estadista não tenha ido receber a comenda, já que não se falou dessa premiação aqui em Jales. E depois, ele já tinha sido premiado pelo IBVG, outro “importante” Instituto.

A Folha de São Paulo apurou que alguns prefeitos teriam pago entre R$ 1 mil e R$ 5 mil pela premiação da ANPV. Apurou, também, que entre as “100 cidades mais sustentáveis do Brasil”, constavam Porto da Folha(SE) e Coroaté(MA), que também estavam entre as 300 mais pobres do Brasil, segundo o Indice de Desenvolvimento Humano Municipal.

Diante da constatação, a Folha perguntou à ANPV como uma cidade carente pode receber um prêmio de cidade sustentável. Ficou sem resposta. Mas ela é simples: pagando a “taxa de inscrição”!

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