GILBERTO GIL, 78 ANOS

Grupo de risco da covid, Gilberto Gil – que, de vez em quando, é hospitalizado por conta de problemas arteriais – não teve como receber os amigos para comemorar o seu aniversário de 78 anos, completados ontem, 26. O compositor baiano não deixou, no entanto, de ser “abraçado” e homenageado pelos amigos.

Os abraços e as homenagens chegaram na forma de videoclipe, com vários amigos cantando a icônica “Andar com Fé”, um dos clássicos do repertório de Gil.

Pesos pesados da MPB como Chico Buarque, que abre a homenagem, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Marisa Monte, Alcione, Daniela Mercury, Nando Reis, Ivete Sangalo, Lenine, Djavan, Ana Carolina, Lulu Santos, Zeca Pagodinho, Teresa Cristina e Jorge Ben Jor, entre outros participam do videoclipe.

As atrizes Fernanda Montenegro, Fernanda Torres, Carolina Dieckmann e Regina Casé e o diretor Andrucha Waddington também soltam a voz no vídeo, lançado na madrugada de sexta-feira. Coube ao cantor e compositor norte-americano Stevie Wonder finalizar a homenagem, cantando “Happy Birthday”, direto do seu estúdio caseiro.

Gil e Stevie são amigos de há muito tempo e já se apresentaram juntos algumas vezes. Uma das músicas mais tocadas de Gil – “Só Chamei Porque Te Amo” – é uma versão de “I Just Called to Say I Love You”, que Stevie compôs para a trilha sonora do filme A Dama de Vermelho.

“Andar com Fé”, a música escolhida pelos amigos para homenagear Gil, foi lançada por ele em 1982, no álbum “Um Banda Um”. O disco tinha também “Drão”,  “Esotérico” e “Menina do Sonho”, que ele compôs para a filha Preta Maria Gil, a quarta de uma considerável prole de sete filhos.

Preta e outros filhos participam do vídeo, como é o caso de Isabella Giordano Gil, a sétima filha, conhecida por Bela Gil, que soltou a voz junto com sua filha de 12 anos, Flor, uma das netas de Gil.

“Andar com Fé” não foi escolhida por acaso. Afinal, afora o aspecto religioso, a música remete a um apoio motivacional tão necessário nesses tempos de covid-19.

“Andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá…”. Os puristas da língua podem achar estranho o “faiá”, mas o próprio Gil explica que a intenção foi legitimar uma forma popular de falar. “É uma homenagem ao linguajar caipira, ao modo popular mineiro, paulista, baiano – brasileiro, enfim – de falar a palavra falhar”, diz Gil.

Eis o vídeo: 

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