EM ARAÇATUBA, JUIZ PROÍBE SHOW DE FUNKEIRO DE 12 ANOS
Parabéns ao magistrado. Na verdade, em nome do bom gosto, deveriam proibir também os shows dos funkeiros maiores de 18 anos. A notícia é do site Consultor Jurídico:
Para garantir a “ordem pública e ainda o pouco que resta de digno em nossa sociedade”, um juiz do interior paulista proibiu show do MC Pedrinho Dom-Dom-Dom, cantor de 12 anos que iria se apresentar em uma casa de eventos no centro de Araçatuba, na última sexta-feira (9/1). A liminar foi concedida pelo juiz Emerson Sumariva Júnior, a pedido do Ministério Público estadual.
Segundo o promotor Joel Furlan, autor do processo, “as letras que fazem parte do repertório musical do adolescente são dotadas de nítida conotação sexual, alto teor de erotismo, pornografia, baixo calão e todo tipo de vulgaridade, incompatíveis com a condição peculiar de pessoa em desenvolvimento”. Ele afirmou ainda que a festa estava marcada para começar depois das 23h, “horário totalmente impertinente para crianças e adolescentes”.
EM JALES, NASCERAM MAIS MENINOS DO QUE MENINAS EM 2014
Eu não sei quais foram os nomes mais registrados em Jales, em 2014. O que eu sei é que o primeiro bebê nascido em Jales, em 2015, recebeu o nome de Leonardo, enquanto o primeiro bebê registrado no nosso Cartório neste ano, no dia 02 de janeiro, foi um menino chamado Nicollas.
Sei, também, que, nos doze meses de 2014, o Cartório do Registro Civil de Jales registrou 607 crianças, das quais 325 eram do sexo masculino e as outras 282 eram do sexo feminino. Uma diferença, portanto, de 43 meninos a mais que as meninas.
Como no ano anterior – 2013 – o nascimento de meninos também superou as meninas, é possível que Jales esteja diminuindo a diferença constatada pelo Censo 2010, quando foram contabilizadas 1.040 mulheres a mais que os homens (24.026 mulheres / 22.986 homens).
Convém ressaltar que, se o Cartório registrou o nascimento de 607 crianças, de outro lado a Santa Casa de Jales, segundo informações do Serviço de Prontuário, contabilizou nada menos que 1.109 nascimentos em 2014. Ou seja, quase a metade dos rebentos nascidos na nossa Santa Casa é de outras cidades da região.
CARTÓRIOS DIVULGAM RANKING DOS NOMES MAIS REGISTRADOS NO ESTADO DE SÃO PAULO EM 2014
A notícia é da assessoria de imprensa da Arpen-SP:
Levantamento da Arpen-SP junto a todos os Cartórios paulistas aponta predomínio de nomes tradicionais como os mais registrados. Exceção é Davi entre os homens.
Maria, Ana, Davi, Miguel e João são os nomes que aparecem no topo da pesquisa realizada pela Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP) em todos os cartórios paulistas, indicando que estes foram os preferidos dos pais no ano de 2014.
Os nomes Maria e Ana, que se mantêm nessas posições há pelo menos nove anos, tiveram, respectivamente, 23.500 e 19.270 registros em 2014 por todo o Estado. Davi, que figura em 3º lugar, passou a ser o favorito entre os meninos no ano passado e se manteve nessa posição com 18.348 registros neste ano. Miguel se manteve na 4ª posição com 16.061 crianças registradas com este nome.João, com 14.076 registros em 2014, ultrapassou Pedro (13.312), que vinha à sua frente desde 2009. Abaixo destes nomes aparecem Arthur (11.751), Enzo (9.286), Sophia (9.240) e Gabriel (8.836). Entre os dez nomes mais registrados, apenas três (Maria, Ana e Sophia) são femininos.
Alguns nomes comuns antigamente, hoje estão em desuso. Exemplos são Marlene (com apenas 11 registros no ano), Deise (12), Geraldo (14), Osmar (15), Osvaldo (16), Sonia (16), Regina (18), Valter (19), Rui (20) e Claudia (29).
Os fatores que influenciam os pais na escolha dos nomes dos filhos são diversos. Religião, moda, novelas e famosos que batizam seus filhos podem ser determinantes na hora da escolha.
A notícia completa e o ranking com os dez nomes femininos e os dez masculinos mais escolhidos pode ser vistos aqui.
CHARLIE? NÃO, EU NÃO SOU MANIPULÁVEL
E já que a grande discussão do momento é “ser ou não ser” Charlie, reproduzo, abaixo, um texto do publicitário Neto Peneluc, que achei interessante:
Na última quarta feira aconteceram dois atentados terroristas que deixaram 52 mortos. 12 foram vítimas do ataque a uma revista francesa e os outros 40, de uma explosão no Yemen. Você só soube de um deles.
Temos a necessidade de estar sempre procurando Cristos, mas com o cuidado de enxergá-los apenas em lugares onde consigamos nos ver.
Ninguém quer ser uma das dezenas de crianças mortas num hospital de Kandahar que foi bombardeado por um caça americano ou francês, durante uma operação (aí não é atentado terrorista) da OTAN. Mas nos últimos quatro dias, vi algumas centenas de milhares de “Charlies” surgirem.
Eu estou muito longe de ser Charlie. Costumo respeitar as diferenças de religião, raça e opção sexual, e manter uma relação respeitosa com quem pensa diferente de mim. E esse não é o jeito Charlie de fazer as coisas.
Mas dizer que não sou Charlie Hebdo já me fez ser apontado como apoiador do atentado ou, no mínimo, de culpar Charb e seus colegas cartunistas pelo atentado que sofreram.
Então vamos deixar umas coisas claras: trabalhar num lugar que publica charges ofensivas e ridicularizadoras (essa palavra existe mesmo?) não torna os colaboradores da C.H. culpados do que aconteceu. Eles são as vítimas daquela barbárie.
Esta está virando uma discussão sem pé nem cabeça. Porque achar as charges da Charlie Hebdo de mau gosto não significa considerar os cartunistas culpados pelo atentado. Essa é uma confusão que surgiu não sei como e que é completamente sem sentido.
São duas coisas bem diversas e que podem coexistir sem problemas:
1) terroristas mataram 12 pessoas. Logo, os culpados são os terroristas;
2) as publicações da Charlie Hebdo são ofensivas, rasas e de péssimo gosto.
Uma coisa não anula a outra. Eu não tenho o dever de passar a admirar o trabalho de uma empresa porque ela foi vitimada por uma tragédia. Por outro lado, considerar o seu trabalho ruim não quer dizer que eu ache que ela mereça ser atacada por um grupo de loucos amados com kalashnikovs.
Só pra deixar claro: as publicações da Charlie Hebdo não me agradam nem um pouco e claro que eu sinto muito pelo que aconteceu na manhã da última quarta-feira no escritório da revista.
Infelizmente, a morte daquelas pessoas está sendo capitalizada pelos mesmos grupos de extrema direita que vêm conduzido uma coisa absurda que chamam de “movimento de desislamisação da Europa”.
Tem muita gente querendo que você e eu sejamos Charlie. Eu vou continuar sendo Neto Peneluc.