Blog do Cardosinho

O descaso com o Parque das Flores é antigo e já mereceu até reportagens na TV. Há duas semanas, o jornal A Tribuna veiculou matéria sobre um trecho da Avenida Industrial, que serve de acesso ao Parque das Flores. O trecho não tem asfalto e, quando chove, fica do jeito que os prezados leitores podem ver na foto acima.

Hoje um amigo enviou mais algumas fotos do bairro, que mostram a situação da Avenida Flamboyant. Apreciem com moderação:

Como se vê, a situação das ruas do bairro é calamitosa. Em 2008, por sugestão do ex-prefeito Parini, os moradores do Parque das Flores aderiram ao Programa Comunitário de Melhorias-PCM, onde eles entrariam com o dinheiro e a Prefeitura entraria com a mão-de-obra para executar algumas obras, como guias e sarjetas, galerias pluviais e asfalto.

Os moradores chegaram a depositar parte do dinheiro, mas os serviços feitos pela Prefeitura, que incluíram apenas o asfalto, foram de péssima qualidade e, pouco tempo depois, já estavam deteriorados.

Em 2010, os moradores foram ao Ministério Público para reclamar da situação. O MP ajuizou Ação Civil Pública contra a Prefeitura de Jales e a empresa loteadora, a Jalemi Empreendimentos Ltda.

Em julho de 2011, o juiz da 1ª Vara de Jales, Eduardo Henrique de Moraes Nogueira, condenou a Prefeitura e a Jalemi a executarem as obras de infraestrutura no bairro, referentes a guias, sarjetas e galerias pluviais.

Evidentemente que a Prefeitura e a Jalemi recorreram à instância superior. Em março deste ano, o TJ-SP confirmou a decisão da justiça de Jales, determinando que o município e a empresa deem seus pulos e façam as obras que deveriam ter sido feitas quando do loteamento do bairro.

Também é evidente que a Prefeitura e a Jalemi devem ter recorrido ao STJ. Enquanto isso, os moradores do Parque das Flores vão continuar sendo vítimas do descaso. Mas o carnê do IPTU chega todos os anos.

Eis o Boletim Informativo nº 21 da Santa Casa, enviado pela Carol Guzzo. O destaque é para a festa de aniversário – 56 anos – do nosso hospital, programada para o próximo dia 21, no Jales Clube, com jantar e apresentação da Banda Jafferson.

A novidade está no Diário Oficial de hoje. A Cetesb aplicou multa de 600 Ufesp’s (R$ 12,1 mil) à Prefeitura de Jales por irregularidades no Aterro Sanitário. A publicação não diz qual teria sido a irregularidade. Diz apenas que o município foi multado com base no artigo 62 do Regulamento da Lei 997. O artigo trata da licença de operação.

A prefeita Nice Mistilides protocolou ontem, na Câmara, sua defesa prévia referente à Comissão Processante instalada no mês passado. Entre outras coisas, ela está alegando que já mandou abrir sindicâncias para apurar quem foram os responsáveis pelas irregularidades apontadas na CEI. Resta saber se a prefeita vai abrir uma sindicância contra ela mesma.

Segundo fontes, o Clube do Ipê está correndo sério risco de fechar suas portas definitivamente. A proposta de fechamento do clube foi discutida na reunião do Conselho Deliberativo, realizada na semana passada. Além dos problemas financeiros, o clube está enfrentando dificuldades para encontrar alguém que tope assumir a presidência.

O PT de Jales reuniu-se no sábado. Na pauta, a posição do partido com relação à Comissão Processante contra a prefeita Nice. Os petistas resolveram acabar com os boatos de que seriam contra a cassação da prefeita e decidiram que, se os fatos forem mesmo graves – e tudo indica que são – os vereadores do partido deverão votar pelo impeachment.

Da mesma forma, o partido diz que pretende cumprir o acordo que previa a eleição do vereador Tiquinho para a presidência da Câmara, em 2015. Mas deixou claro que, se o acordo for rompido pelos outros partidos – e parece que já foi – o PT não estará obrigado a votar em Tiquinho. 

Uma investigação feita por três servidores do Legislativo, nomeados pelo atual presidente, Gilbertão, apurou que o material utilizado na substituição do telhado da Câmara, em 2011, não corresponde ao que foi licitado e contratado.

Um informante do blog disse que a prefeita Nice Mistilides ficou completamente isolada durante a 7ª Noite Tropical da APAE. Ela compareceu ao evento acompanhada de alguns assessores, entre eles o supersecretário Aldo Nunes de Sá. Enquanto a presença da prefeita era ignorada, um alegre Pedro Callado demonstrava suas habilidades de dançarino pelo salão.

O Tribunal de Justiça-SP indeferiu o recurso da prefeita Nice Mistilides contra Ação Civil Pública que tramita na 3ª Vara Judicial de Jales. Na ação, o Ministério Público acusa a prefeita de improbidade administrativa por ter contratado um escritório de advocacia para defender o município junto ao Tribunal de Contas.

A polícia está tentando descobrir quem são os responsáveis pela comunidade “Jales em Ação”, que mantém uma página no facebook. Parece que a encrenca envolve supostas ofensas a vereadores.

O Distrito Industrial III, também conhecido como Parque Industrial “José Carlos Guisso”, parece ter sido eleito, definitivamente, o queridinho dos nossos políticos.

Nos últimos tempos, só se fala em buscar recursos para melhorias naquele local, o que é justo e necessário, uma vez que ainda falta muita coisa para que o Distrito III atraia investimentos privados e possa gerar os empregos que se espera dele.

Mas, e os outros distritos industriais? O Distrito II parece carregar a maldição de ter ocasionado a famigerada dívida com dona Minerva e, talvez por isso, não contou com a simpatia das últimas administrações. Vive abandonado à própria sorte.

De seu lado, o Distrito I, instalado ainda nos anos 70, também continua esquecido e sem nenhuma perspectiva de voltar a ser lembrado antes da próxima campanha eleitoral.

A foto lá de cima mostra a Avenida Industrial, uma das principais vias de acesso a algumas empresas do Distrito I. Sem asfalto e esburacada, a avenida é um claro exemplo de como as administrações anteriores e a atual sempre trataram com descaso a questão do incentivo à manutenção das indústrias existentes e à instalação de novas.

Por incrível que pareça, mesmo diante de tantas dificuldades, algumas empresas ainda conseguem seguir em frente naquele Distrito. É o caso da Rivail Estruturas Metálicas Ltda, que, segundo seus proprietários, está gerando, atualmente, 22 empregos diretos, com carteira assinada.

Por fim, a foto aqui do lado mostra como estava, na semana passada, um dos  acessos que liga a Avenida “Paulo Marcondes” à Avenida Industrial e ao Parque das Flores, bairro que, assim como o Distrito Industrial I, está relegado ao esquecimento.

Coisas assim talvez expliquem o fato de a Indústria não ter gerado um único emprego formal em Jales, neste ano. Ao contrário, o setor industrial fechou 41 vagas de trabalho em nossa cidade, até setembro. Enquanto isso, no mesmo período, a Indústria gerou a abertura de 236 novos empregos em Fernandópolis.