MP DE SANTA CATARINA RECOMENDA QUE PREFEITURA NÃO USE OZÔNIO VIA ÂNUS CONTRA COVID

A notícia é do portal Metrópoles:

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) enviou uma recomendação ao prefeito Volnei Morastoni (MDB), de Itajaí, no interior catarinense, para que não use ozônio no tratamento para o novo coronavírus. O documento foi remetido ao chefe do Executivo municipal após ele sinalizar o desejo de adotar a aplicação da substância por via retal como forma de tratar pacientes infectados com a Covid-19.

“O Ministério Público recomenda a Vossa Excelência que se abstenha de disponibilizar, no âmbito do Município de Itajaí, a prática da ozonioterapia como forma de tratamento medicamentoso em eventuais diagnósticos de Covid-19″, diz o documento.

A nota também ressalta a falta de comprovação científica da ozonioterapia no combate à doença. O texto pontua que os efeitos são desconhecidos e o tratamento não deve ser recomendado como prática clínica.

Em live nessa terça-feira (4/8), Morastoni afirmou ter inscrito a cidade na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para oferecer o tratamendo via admissão de ozônio pelo ânus.

“Provavelmente, vai ser uma aplicação via retal, uma aplicação ‘tranquilíssima’, ‘rapidíssima’, de dois minutos, num cateter fininho e isso dá um resultado excelente”, afirmou o prefeito.

Morastoni, que é médico, informou que provavelmente seriam aplicadas 10 sessões da admissão de ozônio e que o tratamento seria oferecido somente “a quem desejar”.

Atualmente, a prefeitura distribui ivermectina à população. O tratamento via retal com ozônio seria um complemento das opções já oferecidas pela administração que inclui, além do vermífugo, a azitromicina e cânfora.

Nota do blog: Segundo o boletim de ontem, Itajaí registrava 3.717 casos positivos de covid e 107 óbitos. Abaixo, o polêmico vídeo do prefeito:

VEREADOR DELEY QUER MACETÃO FORA DA “CEI DAS CASINHAS”

A morna temperatura da sessão camarária de ontem só esquentou um pouquinho durante as chamadas “explicações pessoais”, quando o vereador Deley Vieira(DEM), aliado do prefeito Flá Prandi, subiu à tribuna para sugerir o impedimento à participação do oposicionista Luiz Henrique Macetão(PSD) na chamada “CEI das Casinhas”.

A retórica de Deley para pedir o impedimento de Macetão está baseada em trecho das famosas gravações do ex-secretário Aldo Nunes de Sá, realizadas em 2015, que registraram algumas inconfidências do então vereador André Ricardo Viotto, irmão de Macetão. O mandato de André Ricardo foi cassado em abril de 2015, por conta das revelações captadas pelo gravador de Aldo.

No trecho citado por Deley, o ex-vereador André e o ex-secretário Aldo conversam sobre a construção das 99 moradias do conjunto “Honório Amadeu” e, à certa altura, Aldo pergunta a André, “quanto você tira do Miranda?”. E André Ricardo responde que, “se o Miranda pagasse certinho, era uns três contos, mas, do jeito que está, eu não ganho nada”.

Para Deley, isso mostra o envolvimento de André Macetão com a construção das casas, o que tornaria suspeita a participação do irmão Luiz Henrique Macetão na CEI.

De seu lado, Macetão não gostou do discurso de Deley e também foi à tribuna para dizer que, se for para envolver familiares nessa história, ele também teria coisas a dizer sobre parentes de políticos locais. Disse, ainda, que Deley participou das duas últimas CEIs (Farra no Tesouro 1 e 2), que não teriam apresentado resultados efetivos.

Convém lembrar que, à época da divulgação das gravações, o engenheiro Antonio Marcos Miranda deu explicações ao jornal A Tribuna, sobre o relacionamento de sua empresa com o então vereador André Macetão.

“O que acontece é que nós compramos material de construção para as casas que estamos fazendo, lá na loja do sogro do André Macetão. Foi ele quem nos apresentou e intermediou as vendas. Por conta disso, ele deve ganhar alguma comissão lá da loja do sogro, mas, como a Prefeitura nos paga com atraso, nós estamos atrasando nossos pagamentos e ele acaba ficando sem a comissão. É isso que está acontecendo”, disse Miranda ao jornal, em fevereiro de 2015.

Se o envolvimento de André Macetão com a construção das casas é motivo para afastar seu irmão Luiz Henrique Macetão da CEI, não se sabe. O que se sabe é que, começando assim, a CEI tem tudo para não chegar a lugar algum.

“CHEGA DE FALAR DE CLOROQUINA”, DIZ MILITAR QUE CHEFIA TESTAGEM DA COVID NOS EUA

Aqui no Brasil, até as emas fogem da cloroquina, mas o militar que ocupa o Ministério da Saúde tenta convencer médicos a recomendar o uso do remédio no tratamento da covid. A notícia é do iG:

No último domingo (02), Brett Giroir, o secretário assistente do ministério da Saúde dos EUA, responsável por coordenar os testes de Covid-19 no país, disse que não há evidência de que a hidroxicloroquina é um tratamento efetivo para o novo coronavírus (Sars-coV-2), apesar da propaganda insistente de Donald Trump.

Em entrevista à NBC, o representante do governo não mencionou diretamente o presidente Trump, mas deixou claro que o consenso científico é de que o medicamento não ajuda a tratar a Covid-19 .

“A maioria dos médicos atuam baseados em evidências e eles não se deixarão influenciar pelo que aparece no Twitter ou qualquer outro lugar. E a evidência científica mostra que a hidroxicloroquina não é efetiva neste momento”, disse.

“Nós temos que seguir em frente e falar daquilo que é efetivo”, acrescentou ele, indicando que medidas de higiene, como lavar as mãos e usar máscaras, bem como tratamentos com o antiviral remdesivir e drogas esteróides, como a dexametasona.

“Até agora já fizeram cinco estudos controlados que não mostraram qualquer benefício da hidroxicloroquina no tratamento de Covid-19. Portanto, atualmente, nós não a recomendamos como tratamento”, continuou.

Desde os primeiros dias da pandemia, Trump tem promovido sua crença de que a hidroxicloroquina, uma droga usada no tratamento da malária, poderia ajudar a tratar a doença. Em maio, ele disse que tomou o tratamento não comprovado, de forma preventiva, por duas semanas.

O FDA (sigla, em inglês, para Departamento de Alimentos e Drogas, a Anvisa americana), rapidamente lançou uma autorização emergencial para que a droga fosse usada no tratamento de Covid-19, mas em junho, o órgão retirou a autorização.

FELIPE NETO DIZ QUE NÃO CONVERSA COM PROPAGADORES DE MENTIRAS

Ontem, enquanto o Fantástico desmascarava o esquema bolsonarista de propagação de mentiras e desinformações nas redes sociais, o influencer Felipe Neto dava uma entrevista na GloboNews, na qual criticou a abertura de espaço na imprensa para negacionistas, cloroquinistas, olavistas e outros vigaristas.

Ele citou nominalmente o ex-ministro Osmar Terra, que, entre outras babaquices, defende a cloroquina e ataca o isolamento social. Osmar Terra disse, há alguns meses, que o pico da pandemia no Brasil seria em abril e que não teríamos mais do que 2.000 óbitos.

Vejam um dos trechos da entrevista de Felipe Neto.

PREFEITA DE OUROESTE É CONDENADA POR PINTAR BENS PÚBLICOS COM CORES DO SEU PARTIDO

A carismática prefeita de Ouroeste é médica (pediatra) e estudante de Direito e, segundo andei lendo no facebook, gosta de lasanha e de andar de bicicleta. Seu perfume preferido é o Light Blue e sua música predileta é “Tocando em Frente”, do Almir Sater. De perfume não entendo, mas a música é de bom gosto.

Seu livro de cabeceira é de autoajuda: “A bússola e o leme”, de um tal Haroldo Dutra Dias. Quanto às suas cores preferidas, não há nenhuma informação, mas acho que nem precisa. A notícia é do Conjur:

A 4ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) condenou a prefeita de Ouroeste, Lívia Luana Costa Oliveira (PSB), por atos de improbidade administrativa, após ter usado verbas públicas para promoção pessoal. A pena foi de suspensão dos direitos políticos por cinco anos e multa civil no valor de 20 vezes o valor de sua remuneração.

Segundo o Ministério Público, a prefeita usou as cores do partido ao qual é filiada (vermelha e amarela) na pintura de prédios e bens públicos, postes e lixeiras, veículos, uniformes de equipes de futebol e de funcionários do município, além de criar e disseminar uma logomarca nas mesmas cores com a frase “Governo 2017/2020”.

A prefeita alegou que o objetivo das pinturas era revitalizar os prédios públicos do município. Entretanto, o argumento foi afastado pelo relator, desembargador Paulo Barcellos Gatti. Segundo ele, apesar da relevância do serviço de pintura e das obras de revitalização de bens públicos, a “escolha inusitada” das cores vermelha e amarela, idênticas às cores do PSB, afrontou os princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa.

“Os robustos elementos de prova carreados aos autos indicam que a prefeita de Ouroeste, em comportamento flagrantemente doloso, acarretou danos ao erário e violou o princípio da impessoalidade ao proceder à revitalização de bens públicos com as cores de seu partido, não tendo buscado com essa conduta a realização do interesse público, mas sim a satisfação do desejo de publicidade pessoal, custeada com dinheiro público”, disse.

O desembargador destacou, ainda, que as cores escolhidas pela prefeita para repaginar os bens públicos nada tem a ver com as cores dos símbolos oficiais do município, “haja vista que a bandeira ostenta as cores verde, branca e amarela, ao passo que o brasão é predominantemente verde, e contém também o azul e amarelo, observando-se que o vermelho é reservado unicamente para o nome do ente político”.

Segundo ele, o objetivo da prefeita foi apenas “vincular no imaginário popular que a realização das benesses foi obra do seu partido político”. Além da suspensão dos direitos políticos e da multa civil, a prefeita deverá repintar os bens públicos e retirar a logomarca de todos os equipamentos, com recursos próprios, sob multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento.

IMAGEM

Quem disse que vereador não trabalha? Olha aí o vereador Deley “dando duro” na revitalização da Praça “Antonio Pedro da Silva”, no Jardim Novo Mundo. Roubei a foto do feiçibuque da minha amiga e comunicadora Mariângela Vergílio, que também ajudou a repaginar a praça.

Falando em Deley, ele está prometendo surpresas na sessão de segunda-feira. As surpresas, segundo fontes fidedignas, terão a ver com a chamada “CEI das Casinhas”. Aguardemos!

JORNAL DE JALES: CARTA DA CNBB COM CRÍTICAS AO GOVERNO BOLSONARO FOI ASSINADA PELOS BISPOS DE JALES

Eis a capa do Jornal de Jales deste domingo, cuja principal manchete – “Choque de requerimentos de informações faz Câmara instalar CEI” – destaca a iniciativa dos vereadores jalesenses que resolveram abrir uma investigação a respeito de supostas irregularidades na construção das 99 moradias do problemático conjunto habitacional “Honório Amadeu”. Segundo a matéria, antes da sessão camarária de segunda-feira, a hipótese da instalação de uma CEI era considerada improvável, mas dois requerimentos que solicitavam informações a respeito do caso acabaram desaguando na abertura de uma investigação. Além da matéria, o jornal traz entrevista com o ex-vereador Júnior Rodrigues, um dos personagens dessa história.

Destaque, igualmente, para matéria sobre a carta assinada por 152 bispos da Igreja Católica, com pesadas críticas ao governo de Jair Bolsonaro. Segundo o jornal, entre os 152 signatários da carta, que foi divulgada pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, estão o bispo diocesano de Jales, dom Reginaldo Andrietta, e o bispo emérito, dom Demétrio Valentini. Na carta, os bispos criticam a incapacidade e a inabilidade do governo federal no enfrentamento de crises. “Assistimos, sistematicamente, a discursos anticientíficos, que tentam naturalizar ou normalizar o flagelo das milhares de mortes pela covid-19”, diz um trecho da carta.

A sentença da Justiça Federal de Jales, que condenou a União e dois estados a pagar indenização de R$ 500 mil à família do militante Ruy Carlos Berbet, morto pela ditadura militar em 1972; os números da covid em Jales e a taxa de ocupação dos leitos da Santa Casa; as emendas impositivas aprovadas pela Câmara, que irã destinar R$ 1,5 milhão do orçamento municipal para entidades de Jales; o artigo da professora Ayne Regina Gonçalves Salviano sobre piratas pós-modernos; e as reminiscências do nosso historiador Genésio Mendes Seixas – hoje um pacato e ilustre cidadão de Tanabi – sobre fogões de lenha, são outros assuntos do JJ.

Na coluna Fique Sabendo, o jornalista Deonel Rosa Júnior comenta a estranheza do meu ex-companheiro de trabalho no Banco do Brasil, o padre Valdair Rodrigues, diante do reduzido número de caminhoneiros que foram receber a tradicional benção ministrada há 32 anos no Dia do Motorista, em 25 de julho.  Deonel relata que o sacerdote postou, em suas redes sociais, uma reflexão mesclada com leve alfinetada: “Hoje, me questionei sobre a benção dos veículos. Será a pandemia ou pela ausência da festa que muitos caminhoneiros não compareceram? Qual é então a motivação maior: a benção ou o festejo?”.

GAL COSTA E RUBEL – “BABY”

Composta por Caetano Veloso a pedido de sua irmã Maria Bethânia, a música “Baby” acabou sendo associada à voz de Gal Costa. Em seu livro “Verdade tropical”, Caetano conta que Bethânia, ao encomendar-lhe a música, sugeriu que ela se chamasse “Baby” e terminasse com a frase “leia na minha camisa, Baby, I love you”.

 

A sugestão de Bethânia foi inspirada nas camisetas utilizadas por jovens da época, estampadas com a frase “I love you”. Corria o ano de 1968 e Caetano resolveu que a canção seria incluída no icônico LP coletivo “Tropicália” ou “Panis et Circences”, que inaugurou o movimento tropicalista, com Caetano, Gil, Tom Zé, Mutantes, Nara Leão e Gal Costa.

 

Maria Bethânia preferiu ficar de fora do disco. Ela – que não gostou de ter sido taxada de musa da canção de protesto, por “Carcará”, não queria se vincular a nenhum movimento artístico. Sobrou, então, para Gal gravar “Baby”, que se transformou no seu primeiro grande sucesso.

 

Depois disso, Gal incluiu outras versões dessa canção em outros quatro discos – a maioria ao vivo, como é o caso do seu “Acústico” – todas muito bonitas, mas nenhuma tão significativa quanto a versão original, que teve arranjo do maestro Rogério Duprat e uma pequena participação de Caetano ao final, com um contracanto de “Diana”, o sucesso de Paul Anka.

 

Maria Bethânia não participou do disco “Tropicália”, mas, naquele mesmo ano de 1968 incluiu “Baby” no histórico show “Recital na Boate Barroco”, que virou disco. No show, antes de cantar a música, Bethânia faz questão de dizer: “vou cantar uma música que o Caetano fez pra mim; o nome dela é Baby”.

 

Rita Lee, que participou do disco “Tropicália”, também a gravou, mas “Baby”, definitivamente, é de Gal. Tanto que ela está lançando uma nova versão – a sexta – dessa vez com a participação do cantor e compositor fluminense Rubel, em gravação mais uma vez ao vivo, registrada em fevereiro passado. O single foi lançado ontem, 31 de julho. Vejam – e ouçam – o vídeo:

EM TEMPOS DE PANDEMIA, JULHO FOI, POR ENQUANTO, O MÊS MAIS CRUEL

Na poesia de Vinícius de Moraes (“Soneto de Maio”), abril é o mês cruel. Não se sabe exatamente por quais motivos o poetinha carregava essa má impressão de abril, mas é possível que, se vivo fosse, concordaria conosco que neste 2020 – um ano pra esquecer – julho foi, por conta do coronavírus, o mês mais cruel. Pelo menos, por enquanto.

No dizer do jornal O Extra, de Fernandópolis, “julho escancarou o peso da pandemia na região”. Para chegar a essa conclusão, o jornal esgrimiu números. Segundo a matéria, assinada pelo jornalista Gustavo Jesus, Fernandópolis saltou de 499 casos positivos da covid ao final de junho, para 1.229 casos, ao final de julho. Já os óbitos eram 05 em 30 de junho. Ontem, 31 de julho, já eram 18.

A matéria do Gustavo não cita os números de Jales, mas eu fui atrás deles. Em 30 de junho, nossa pacata urbe contabilizava 216 casos positivos e 02 óbitos. Ontem, 31 de julho, o boletim distribuído pela Prefeitura registrava 605 casos positivos e 08 óbitos. Menos mal que a taxa de letalidade de Jales é uma das menores do estado, mas, mesmo assim, lá se foram 06 vidas em julho, levadas por essa cruel “gripezinha”.

Em Votuporanga, o mês de julho foi muito mais cruel. Quando junho findou, Votuporanga tinha apenas 01 óbito pela covid. Ontem, a cidade já registrava 43 óbitos causados pelo coronavírus e mais 01 sob suspeita. Ou seja, nos 31 dias de julho, pelo menos 42 vidas foram ceifadas pela covid. Já os casos positivos, em Votuporanga, foram de 493 para 1.606 em julho.

Em Santa Fé do Sul, julho foi igualmente cruel. Em 30 de junho, a vizinha estância turística tinha 83 casos confirmados e 03 óbitos causados pela covid. Ontem, quando julho terminou, Santa Fé do Sul contabilizava 430 casos positivos e 18 óbitos.

Em seu soneto, Vinícius dizia que os irmãos junho e julho morriam de inveja de maio, enquanto este, friamente, preparava as catástrofes de agosto. Tomara que o Vininha esteja errado e que agosto não seja ainda mais catastrófico do que já foi julho.

Em tempo: Como se pode ver no boletim lá de cima, Jales chegou aos 625 casos positivos neste 1º de agosto. Dos 20 casos confirmados nas últimas 24 horas, 09 se referem a mulheres e 11 são homens, incluindo um adolescente de 12 anos. Agosto começou sem nenhum óbito, felizmente.

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