ESQUECERAM DE NÓS

O prefeito de Santa Fé do Sul, Toninho Favaleça, foi um dos mais aplaudidos ontem, durante a reunião sobre a duplicação da Euclides da Cunha. Ao usar a palavra, Favaleça – provavelmente se referindo à tal paralisação da rodovia, “decidida” no gabinete do nosso prefeito Parini – pediu que, depois das garantias dadas pelo secretário Saulo de Castro quanto ao início da obra, fosse feita uma “desmobilização” dos protestos previstos para os próximos dias.

Já o secretário de Gestão, Júlio Semeghini, em entrevista concedida hoje ao repórter Tony Ramos, do Jornal do Povo, da Rádio Assunção, desmentiu que o governo estadual não tenha feito a devida previsão orçamentária para execução da obra. Semeghini disse que, ao contrário do que “algumas pessoas” andaram falando, o orçamento do estado, para 2011, reservou metade dos R$ 773 milhões previstos para a duplicação. A outra metade estará no orçamento 2012. 

Essas “algumas pessoas” a quem Semeghini se referia, eram exatamente o nosso prefeito, Humberto Parini, e o ex-prefeito de Valentim Gentil, Liberato Caldeira, que, desinformados que são, espalharam essa conversa de que não havia nada no orçamento estadual para a realização da obra. Aliás, durante a reunião, Parini perguntou sobre a existência de verba orçamentária e o secretário Saulo, educadamente, sugeriu que ele consultasse a internet.

Dizem, por sinal, que as presenças de Parini e Caldeira na reunião teriam causado um certo mal-estar. Por coincidência, a nota sobre a reunião, distribuída pela assessoria de imprensa da secretaria de Transportes, citou nominalmente os representantes de Fernandópolis, Votuporanga, Santa Fé do Sul, etc., mas não menciona nem de longe as presenças de Parini e Caldeira no encontro. Pode ter sido um esquecimento, mas é mais provável que tenha sido um “esquecimento”.

Os vereadores de Jales que lá estiveram, inclusive o presidente da Câmara, Claudir Aranda, acabaram pagando o pato: Claudir, Jota Erre e Tatinha não tinham nada a ver com a diarréia verbal e as trapalhadas de Parini e Caldeira, mas, assim como o prefeito, acabaram não sendo mencionados na matéria divulgada pela secretaria de Transportes.

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