PARA REVISTAS ‘VEJA’ E ‘ÉPOCA’ ATAQUE CONTRA SERVIDORES DO PARANÁ FOI “CONFRONTO”

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Na Globo, o número de feridos teria sido 200. Na Veja, 100. E na Época, 120. A notícia é do Brasil 247:

MC_manifestacao_professores_curitiba_foto_maurilio_cheli01-850x567Na indisfarçável tentativa de proteger os governos tucanos, as revistas Veja e Época publicaram, em seus sites, nesta quarta-feira (29), chamadas quase idênticas sobre os ataques da Polícia do governo Beto Richa (PSDB) contra os professores, em Curitiba.

As duas publicações, ao invés de noticiarem os fatos como eles realmente estão ocorrendo no Paraná, transformaram o massacre que a PM desfere contra os servidores em “confronto”. Como é possível falar em confronto quando só um lado, no caso a polícia, dispõe de equipamentos para os ataques?

O eufemismo das duas chamadas (como pode ser visto nas imagens) tenta criar um retrato diverso da realidade. Nesta quarta, a batalha campal contra o confisco promovido pelo governador Beto Richa (PSDB) deixa mais de 100 feridos, cerca de 20 em estado grave.

Sob o comando do secretário de Segurança do Estado, Fernando Francischini (SDD), o Batalhão de Choque jogou bombas de gás e balas de borracha com o uso até mesmo de helicópteros contra os servidores.

20 comentários

  • Politizaçao da greve

    Como o blogueiro disse que so’ a policia “dispoe de equipamentos para o ataque”, fica a pergunta : porque os professores iriam enfrentar a policia? Que dispoe de gaz, bombas, helicopteros…….
    E’ muita burrice.
    Sera’ que eram professores?
    Nao acredito

  • Confronto ou massacre, eis a questao

    Os jornais “O Estadao” e a “Folha” tambem disseram que foi um confronto.
    Parece que a midia nao concorda com o amigo bloqueiro.
    Acho que os PeTrolheiros nao deram dinheiro para a midia pois agora pagam pelo erro.
    Ladroagem egoista

  • eduardo

    Vixe Multa de 4,9 milhoes e 3 meses sem fundo partidario,, e agora como vão financiar os bandidos esses PTralhas,kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • mane

    que dia vc vai fazer um matéria sobre os 4 meses da dona Dilma pós eleição…kkkk,todo dias olhos seu blog e dou risada vc é engraçado

  • animado

    parece-me que os manifestantes lutam para não se alterar o plano de aposentadoria, que o governo quer passar para um sistema misto , com um parte no INSS e outra parte com o fundo de aposentadoria privada. A discussão é: a polícia devia ser sido mais ou menos dura? acredito que os policiais do nada não foram para cima dos manifestantes. É provável é que esteja ocorrendo uma luta política camuflada e para algumas lideranças um cadáver ou uma multidão de feridos é um triunfo para ser apresentado à sociedade.Como manter a ordem sem violência quando um dos lados provoca ?

  • Professora Paulista

    Aos Imbecis Despreparados e burgueses:–POLITIZAÇÃO DA GREVE E AO CONFRONTO E MASSACRE EIS A QUESTÃO: Texto de uma Professora Hoje Advogada no Paraná:—ANALFABETOS DESPREPARADOS SE NÃO FOSSEM OS PROFESSORES ( A 0, HOJE SEUS IRRACIONAIS NÃO SERIAM NADA,NEM SABERIAM LER E ESCREVER.

    A cara que eu tenho pra mostrar pra vocês hoje não é nada boa.

    Bem diferente da minha foto do perfil, vitalizada pela maior marcha popular já vista na história do Paraná, quando dava pra ver aquele marzão de professores, desde de lá de cima da Marechal Deodoro até a Catedral; me lembro que desci correndo do escritório e me somei a eles. Na volta, feliz, tirei aquela foto do perfil, ostentando orgulhosamente o adesivo “eu to na luta”.

    Hoje não.

    Eu tenho estado aos prantos desde domingo, quando pressenti o que aconteceria nesta semana no Paraná.

    Também acabo de voltar da delegacia, onde fui me apresentar como voluntária para os companheiros que tinham sido conduzidos arbitrariamente até lá.

    O boton hoje é “luto pela democracia”. A cara é feia. Não tem como ficar bonita num momento como esse, que estamos atravessando aqui no Paraná.

    Cheguei no 1º Distrito ao mesmo tempo em que Francischini dava sua coletiva para a imprensa. É por isso que a gente não achava os companheiros, porque eles foram levados para, segundo um deles “um lugar grande da juventude ali no Centro Cívico”, antes de serem conduzidos até o 1º Distrito. Talvez para não tumultuar a coletiva do secretário de segurança, que comandou o horror mais atroz já visto na nossa história paranaense.

    Todos os companheiros (cerca de 18) que tinham sido conduzidos para o 1º Distrito (algemados!) já foram liberados. Pelo menos dois deles fizeram B.O. de lesões corporais também, por conta das lesões que traziam; um professor, com lesões leves no rosto e um servidor da saúde, bastante machucado, com muitas marcas de balas de borracha e um ferimento na parte interna da coxa que tinha sangrado bastante.

    Eles estão sendo acusados de desacato e provocação de tumulto e teremos audiências no JECRIM nos dias 21 e 22 de maio.

    Tadeu Veneri e Professor Lemos, muito abatidos, passaram por lá agora há pouco e prestaram seu apoio e solidariedade.

    Havia constrangimento na própria delegacia, sem estrutura para atender tantas ocorrências, não só pelos que foram conduzidos pela PM, mas também pelos companheiros feridos, que para ali se dirigiam para fazer o B.O. de lesões corporais, indo em seguida para o IML, já realizar o exame de corpo de delito.

    Muitos advogados presentes, o pessoal do Coletivo Direito Para Tod@s (ao qual eu quero me somar); os excelentes advogados criminalistas disponibilizados pela APP para defesa dos professores, alguns colegas, como eu, que para ali voluntariamente tinham se dirigido.

    A comissão de direito criminal da OAB também estava presente. Só achei estranho a presidente da comissão, Dra. Priscila Placha – que foi minha professora de direito penal na faculdade – ter dito, quando cheguei e a chamei oferecendo ajuda voluntária: “você não pode entrar aqui dentro” (onde estavam os companheiros detidos e alguns advogados).

    Como assim “não posso entrar”?

    Vou perdoar a Dra. Priscila por conta do dia de hoje, que, por tão difícil que foi, talvez a tenha feito esquecer que eu não sou mais sua aluna, há mais de sete anos, e sim advogada, que não se curva a um “aqui você não pode entrar” dito por outra advogada numa delegacia.

    Não quero acreditar que haja um clube; até porque, se houver, fique tranquila Dra. Priscila, eu não quero participar.

    A verdade é que eu entrei. Óbvio. E estou voltando de lá bem depois de a comissão ter saído, pois acompanhei os depoimentos dos professores, e estou patrocinando voluntariamente um deles, um querido professor companheiro para quem a família tinha pedido ajuda.

    É assim que será. Essa carteirinha cor de rosa estará à disposição da democracia, sempre, onde quer que a coloquem em perigo, como em perigo estamos no Paraná hoje.

    Tenho notícias muito tristes, de que o número de feridos passa de 700, de que tem professor que perdeu o dedo e professor que perdeu o olho nos ataques de hoje.

    Dois professores estariam em estado muito grave, por conta de intoxicação pela inalação de gás.

    Mas uma fonte também me informou que seis Ministros de Estado chegaram de Brasília no início da noite.

    Perdemos hoje uma batalha campal, Companheir@s. Mas a guerra será ganha!

    Estamos de luto, mas continuamos na luta!

    Um abraço afetuoso a cada Companheira e cada Companheiro que, de algum modo, esteve junto no dia de hoje. Sobretudo os Guerreiros e as Guerreiras que estiveram no front.

    Vamos em frente, Irmãs e Irmãos Paranaenses! É muito bom saber que não estamos sozinh@s.

    Com sangue.

  • Com Honra Professora

    Aos Srs.Politização da Greve, confronto ou Massacre,eis a questão e ao Professor Animado,que para mim são três pessoas despreparadas e desqualificadas,sempre querendo misturar greve de Professores com Politicas,o que deu para ver nas imagens fora soldados com cassetetes,balas de borracha,bombas de gás e Pimenta e Pitt Bull,Retardados aprendam eram uma classe ou Categoria em greve que é um direto Constitucional por melhorias na Educação. Agora leiam o Relato de um Professor que estava na Manifestação:—–

    Professor do Paraná conta por que foi baleado no olho
    Data: 30 abr 2015

    Categorias: Beto Richa, Eduardo Nunomura, Márcio Henrique dos Santos, Roberto Requião
    Comentário: 7
    Márcio Henrique dos Santos é uma das vítimas do massacre da Tropa de Choque da PM

    Professor Márcio Henrique dos Santos –
    Professor Márcio Henrique dos Santos
    De repente senti a pancada. Me abaixei, coloquei a mão no olho e o sangue jorrou. Fiquei meio atordoado nessa hora. Pedi ajuda e saímos correndo. Nós, professores deste país, devemos lutar pelos nossos direitos. Eu não dei a cara para bater, dei o olho. Mas prefiro perder o olho lutando do que ficar em casa vendo meus amigos de profissão apanhando, levando tiro e sofrendo com a ação da polícia, que também é explorada pelo governo.

    Saí do hospital muito revoltado. Eu não estava atacando pedras, só tinha uma câmera na mão. Se não tivessem maldade, deviam ter atirado nas pernas. Por que mirar na direção da cabeça? Quando voltei a encontrá-los, disse para os policiais: se eles são covardes e não têm capacidade de lutar pelo que é direito deles, nós lutamos e era só por isso que estávamos lá hoje. Foi uma guerra. O efetivo policial era muito grande e o uso da força, desproporcional.

    Esse 29 de abril não era para ser normal. Era o dia da votação do projeto de confiscar R$ 8 bilhões e dissolver esse dinheiro para cobrir os rombos do Estado. A nossa intenção foi fazer a mobilização, mas de maneira pacífica. Somos professores. Estávamos acampados na Praça Nossa Senhora de Salete. Desde anteontem, a polícia já vinha causando desconforto. Eles mexiam nas barracas e guincharam um carro de som. Na noite antes da votação, foi uma guerra psicológica. Eles faziam muito barulho. Estavam tocando o terror com a Tropa de Choque.

    Dormi no acampamento. Os professores fazem isso com frequência, nas greves do Paraná. Eles acampam na praça que fica entre os Três Poderes, o Palácio Iguaçu, a Assembleia Legislativa e o Judiciário, um pouco mais para baixo. Quando acordamos de manhã, já havia muita movimentação da Tropa de Choque. Percebi também que havia policiais ainda em fase de formação, despreparados. O efetivo muito grande impressionava. O governador mobilizou policiais do Estado todo para estarem na capital. Tem muitas cidades do interior que estão com a segurança comprometida por esse deslocamento do contingente policial.

    Eu estava junto do pessoal, ali na multidão, próximo à grade, de frente para os policiais. Vi um pessoal provocando, mas eu estava só filmando e fotografando. Quem me conhece, sabe que fico fazendo isso. De repente, o caminhão de som anunciou que a reunião estava em andamento, mas que o governador Beto Richa estava irredutível. O pessoal se exaltou, alguns puxaram a grade. Logo começaram as pancadas com cassetetes, as bombas de efeito moral, o gás lacrimogêneo.

    O povo foi recuando, recuando e os policiais foram chegando e fechando o cerco. Aí entrou a Tropa de Choque. E aquele caminhão, o Caveirão, foi descendo. A intensidade das bombas e do gás foi aumentando. Os professores se dispersaram. Eu fiquei um pouco desorientado, mas continuei filmando. No fim, desci em um estacionamento, na lateral próxima do carro de som. Acho que me tornei um alvo fácil, porque parei para tirar fotos naquele local.

    Não sei de onde partiu o tiro que me atingiu. Fui pego de surpresa. O tiro acertou também a mão que usava para filmar. Não sei se o tiro veio primeiro na minha mão e acertou o meu rosto depois. Foi tudo muito rápido. Se não estivesse de óculos, aqueles de construção que uso para me proteger, talvez tivesse perdido a visão. O pessoal que me socorreu levou lá para baixo, na Prefeitura. Fizeram um pronto-socorro improvisado. Depois me levaram numa viatura da Guarda Municipal para o Hospital Cajuru. Havia outros feridos por lá.

    Minha preocupação é que não enxergava nada. O sangue só escorria. Fiz os exames, e com muito sacrifício consegui abrir os olhos e voltar a enxergar.

    Só com a quantidade de gás lacrimogêneo que jogaram, e foi muito, não há Cristo que fique por perto. Nós éramos professores, alguns de nossos colegas são de mais idade. Esse grupo se afastou, uns poucos ficaram revidando e outros aproveitam para tirar fotos e filmar.

    Sou professor de Geografia em Londrina, temporário, os chamados PSS. Mas com essa política do Beto Richa de cortar um monte de coisas das escolas, neste ano não consegui pegar aula, assim como muitos colegas. Ele amontoou de 40 a 50 alunos nas salas, simplesmente para dar uma enxugada. A maior parte dos colégios está com salas lotadas.

    O governador tomou medidas contra a educação, como o corte de postos de escola. Está faltando merenda, não tem funcionário para limpar a escola, estão demitindo professores, banindo cursos de línguas, e reduzindo o porte das escolas – as que restaram estão saturadas. A categoria estava lutando para não ser aprovado o projeto de mudanças na Paraná Previdência. Infelizmente, a sociedade não está atenta ou a par do que realmente acontece. Tem gente que vê professores se manifestando e acha que é só por salário. Nossa luta envolve muitas outras questões, a começar pela nossa dignidade.

    Quando a gente vê essas questões que envolvem os professores, acabamos nos sentindo como se fôssemos inimigos da sociedade. Há uma hipocrisia muito grande. Muitos dizem que se não valorizar a educação, o país não vai para frente. É um discurso muito bonito. Mas na prática isso não existe por parte da sociedade. Se queremos melhorar o Brasil, então temos que lutar por algo. Não é só simplesmente ficar falando. Temos que tentar reverter algumas mazelas que alguns governantes nos impõem devido aos seus projetos de poder.

    O Estado do Paraná está falido. Nos quatro anos em que governou, Richa jogava a culpa no Roberto Requião ou no governo federal. Agora não tem mais como jogar a culpa no governador anterior, porque ele foi o último. Mas esse governo fez uma grande amarração política, com o Legislativo e o Judiciário. Você não consegue lutar contra. Se faz greve, a Justiça decreta a paralisação como ilegal. Não é possível ter um projeto decente para a educação, porque os deputados já estão visando o acordo político com o governador.

    A gente se sente humilhado. Como pode um Estado rico, de uma gestão para outra, que envolve o mesmo gestor, se encontrar numa situação calamitosa? É revoltante ver como está a nossa educação. Por isso vamos continuar lutando.

    Perdemos uma batalha, mas não a guerra.

    • Politizaçao da greve

      COM HONRA PROFESSORA
      Como voce nao colocou o seu nome, eu nao te conheço e nao permito que me ofenda pois eu nao te ofendi.
      Eu disse que nao acredito que professores, pelo nivel intelectual que tem, vao as ruas para brigar com a policia. Que baixaria.
      Eu acredito que sao partidos e movimentos infiltrados na greve e nos sindicatos, como PT, PSTU, PSOL, CUT, Black Blocs, etc

  • Com Honra Professora

    Não coloquei meu nome por que não colocaste o seu, já vi que és um Burguês filiado aos Coxinhas.Não são Partidos políticos não são os Professores em busca de melhorias para a Educação liderados pelos seus sindicatos. Seu Inteligente você viu algum Black Blocs,alguma bandeira de algum partido politico ou camisetas e por que não citaste o partido do PSDB. Nosso nível intelectual é bom o suficiente para lutar pelas nossas causa e nossas Armas são: Livros Réguas,apagado,giz etc…e não Balas de Borrachas,Gás de Pimenta,Pitt Bull e Cassetetes. Sua pessoa viu algum soldado ferido,sangrando,hospitalizado,preso ( a não ser os 17 que não aceitaram participar do massacre ),por isso eu acho que você é um desinformado Burgues Capitalista Fascista,pois não citou PSDB,PMDB e outros partidos ligados aos coxinhas. OBS:– entrem os Professores foram mais de 200 Feridos. Isso que estou citando é do Paraná,pois em São Paulo Alkimin está pagando para não deixar sair na Mídia Golpista,como ele pagava 70 mil para Blogueiro falarem mal dos Professores,da Dilma e do PT. Lembre-se de uma coisa se não fosse os Professores hoje não saberias ler nem escrever.

  • Politizaçao da greve

    COM HONRA PROFESSORA
    Pelo que vc escreveu, demonstra que nao e’ professora porque professor nao xinga de “coxinha” e de “burgues capitalista facista”, alem disso nao fala em “causa”, “armas”, etc.
    Parece ser um petista que odeia o PSDB pois lembrou do governador de SP que nao tem nada com isso e com certeza, ganhou dinheiro da Petrobras
    Parabens

  • Com Honra Professora

    POLITIZAÇÃO DA GREVE SOU PROFESSORA SIM. É QUE NÃO AGUENTO VER UM IMBECIL FALAR TANTA BESTEIRAS IGUAIS AS SUAS SEU DESPREPARADO POLITICO,POR SER MULHER NÃO QUER DIZER QUE NÃO POSSO ENFRENTAR UM UMA BESTA IGUAL A VOCÊ, SE SOU OU NÃO PT NÃO É DA SUA CONTA,O QUE SOU É PROFESSORA,MAS NÃO SOU CONTRA PSDB OU PT SOU CONTRA ESSES DELINQUENTES COMO VOCÊ QUE MANDA BATER EM PROFESSORES DESPREPARADOS, QUE SÓ LUTAM PELOS SEUS DIREITOS.
    E PARA MIM VOCÊ É REALMENTE UM BURGUES FASCISTA E CITEI O ALKIMIN POIS AQUI EM SÃO PAULO ESTA ACONTECENDO A MESMA COISA SÓ NÃO SAIU MASSACRE ATÉ AGORA.
    SEU DESPREPARADO O QUE VOCÊ VIU NO MASSACRE NO PARANÁ,NÃO FOI:*-GÁS DE PIMENTA,BALA DE BORRACHA,ATIRADORES EM PRÉDIO,CASSETES E CÃES PITT BULL,POR ISSO FALEI EM ARMAS E SSAS SÃO AS ÚNICAS COISAS QUE GENTE DE SUA LAIA SABE USAR E AS CAUSAS DE NOSSA S LUTAS É A MELHORIA DO ENSINO CONSEGUINTEMENTE DA EDUCAÇÃO NÃO É SÓ SALÁRIO NÃO,PARA SE INFORMAR PROCURE IR NUMA ESCOLA AQUI EM JALES VER O TAMANHO DA SALA DE AULA E QUANTOS ALUNOS TEM DENTRO DELAS PROCURE SE INFORMAR SE A ESCOLA TEM MATERIAL DIDÁTICO,SE A ESCOLA TEM MATERIAL PARA A SECRETÁRIA,SE A ESCOLA TEM MERENDA,SE A ESCOLA TEM SERVENTES SUFICIENTES,SE A ESCOLA TEM INSPETORES DE ALUNOS SUFICIENTE, SE NA ESCOLA ALGUM PROFESSOR OU PROFESSORA JÁ APANHOU DE ALUNOS OU ALUNAS,PROCURE TIRAR INFORMAÇÕES PARA DEPOIS ABRIR SUA BOCA.
    SEU INTELIGENTE NÃO PRECISO DE DINHEIRO DA PETROBRAS E NEM O TEU,POIS TENHO UM TRABALHO DIGNO DO QUAL ESTOU A MAIS DE 15 ANOS E MEU SALÁRIO MESMO PEQUENO É DIGNO POIS REPRESENTO UMA DAS MELHORES CATEGORIA DE TRABALHADORES DO BRASIL, QUE É SER PROFESSORA. SEU COXINHA CAPITALISTA FASCISTA SABER LER E ESCREVER HOJE GRAÇAS A MINHA CATEGORIA,POIS SEM UM PROFESSOR NA SUA VIDA HOJE NÃO SERIA NADA,COMO É O QUE PARECE. SOU PROFESSORA COM MUITO ORGULHO SEU DESPREPARADO.

  • AGORA PROFESSOR

    Ao ler alguns comentários de pessoas despreparadas de como foi e é a educação no Brasil, consequentemente no estado do Paraná( governado Beto Richa do PSDB ), e do Estado de São Paulo ( governado por Alkimin do PSDB ),fico abismado de tanta burrice e retardamento dessas mesmas pessoas que não procuram se informar,para dar sua opinião sem falar asneiras.
    Nos Professores não estamos preocupados com partidos políticos,como normalmente estão a maioria da burguesia brasileira,mas sim preocupados em primeiro lugar com a qualidade do ensino e também é lógico com nosso salário e em nossas lutas nos usamos*–giz,apagador,réguas,livros,cadernos,canetas,lápis etc…,enquanto do outro lado estão os dois governadores troglóditas e tiranos com sua policia (que por sinal ganham muito mal ), portando gás de pimenta,balas de borracha,atiradores de elite,cassetes,cachorros Pitt Bull e mesmo assim ganham o apoio dessa sociedade burguesa que só pensam no seu bem estar,sem preocupar com as outras classes trabalhadora e sempre falando em politica,em partidos,em que rouba ou não,como se ela (burguesia ), nunca roubaram e continuam roubando.
    Por isso POLITIZAÇÃO DA GREVE.ANIMADO,CONFRONTO OU MASSACRE, EIS A QUESTÃO,pensem um pouco (se é que sabe fazer isso ), par escrever alguma coisa,lembrando sempre que não estamos preocupados com partidos Políticos e em nosso meio não existe luta politica camuflada para liderança nenhuma e o que aconteceu no Paraná não foi um confronto ma sim um massacre,mas para os intelectuais que leem FOLHA, ESTADÃO E VEJA isso pode ser pois só leem a Mídia Golpista lideradas pela GLOBO e por ultimo nessa classe não existe ( BURRICE ), existe Professores e Professoras competentes que ensinaram vocês e seus filhos a pelo menos LER e ESCREVER,mas infelizmente só isso,pois intelectualidade, Ideologias e cultura não conseguimos infelizmente
    Em boca fecha não entra Mosquito e nem sai Besteiras.

    • Politizaçao da greve

      AGORA PROFESSOR
      Se vc acha que ganha pouco e nao tem condiçoes de trabalho, arruma um outro emprego.
      Nao faça greve e nao va’ apanhar de policia.
      Muda de emprego ou va’ trabalhar em escolas particulares.
      So’ isso

  • AGORA PROFESSOR

    POLITIZAÇÃO DA GREVE–SEU IMBECIL,ESTRUME,BURGUESES,IRRACIONAL , ANALFABETO POLITICO E BESTA HUMANA VAI TOMAR CONTA DE SUA VIDA E DE SUA FAMÍLIA DE QUE DEVE SER UMA LEGIÃO DE ANALFABETOS IGUAIS A VOCÊ. QUANDO EU E MINHA CLASSE NÃO ESTAMOS SATISFEITO COM ALGUMA COISA NOS LUTAMOS PARA CONQUISTAR OU ATRAVÉS DO DIALOGO OU MESMO ATRAVÉS DA GREVE, QUE É UM DIRETO CONSTITUCIONAL NOSSO. É POR CAUSA DE ANIMAIS IRRACIONAIS IGUAL A TI QUE O BRASIL SE ENCONTRA DO JEITO QUE ESTA. VOCÊ É BURRO NÃO TEM ARGUMENTOS DESCENTES PARA DISCUTIR E VEM COM OFENSAS,SOU PROFESSOR POR OPÇÃO E NÃO POR OBRIGAÇÃO SUA LESMA. SE O SEU PARTIDO FASCISTA TIVESSE O DOM DO DIÁLOGO ESSE MASSACRE NÃO TERIA ACONTECIDO SEU QUADRUPEDE. ASNO TRABALHO TAMBÉM EM ESCOLA PARTICULAR A MAIS DE 7 ANOS TAMBÉM,SÓ QUE LÁ NÃO É COMANDADA POR UMA BURGUESIA CAPITALISTA, QUE SÓ PENSA EM GANHAR DINHEIRO TRATANDO OS SERES HUMANOS COMO ESCRAVOS. SEU PENSAMENTO É DE UM DESQUALIFICADO DE UM DÉBIL MENTAL E ARROGANTE, A SUA IDIOTICE É TÃO GRANDE QUE SÓ SABE LER E ESCREVER ,GRAÇAS A UM PROFESSOR E TENHO CERTEZA DE ESCOLA PÚBLICA. O QUE GANHO SEU MERDA É O SUFICIENTE PARA MIM E MINHA FAMÍLIA COMPOSTA DE PESSOAS HUMILDES,DESCENTE,DE MORAL E EDUCAÇÃO, DIFERENTEMENTE DA SUA SEU BOÇAL.

    Defensoria Pública do PR contraria Richa e nega black blocs em confronto em Curitiba 02/05/201511h34
    Leia o Texto seu ASNO

    Homem é ferido durante ação violenta da Polícia Militar, que jogou bombas de gás e atirou balas de borracha contra professores da rede estadual de ensino e servidores em greve que protestavam na praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico de Curitiba (PR), contra projeto, já aprovado, que autoriza o governador Beto Richa (PSDB) a usar recursos do fundo de pensão ParanaPrevidência como parte das medidas de austeridade e ajuste fiscal .
    Contrariando o que afirmou o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), a Defensoria Pública do Estado negou o envolvimento de black blocks no confronto entre a Polícia Militar e professores na última quarta-feira (29), quando centenas de pessoas ficaram feridas em Curitiba.

    Em nota, o Grupo de Trabalho de Direito Penal da Defensoria afirmou que 12 pessoas, entre professores, servidores públicos e estudantes, foram detidas, e dois adolescentes, apreendidos. Eles foram ouvidos, autuados por crimes como resistência, desacato e perturbação do trabalho ou sossego alheio e liberados em seguida.

    “Membros da Defensoria Pública acompanharam todo o procedimento de autuação em relação às pessoas que não tinham advogado particular constituído”, diz o comunicado assinado pelos defensores Caio Watkins e Monia Regina Damião Serafim.

    “Destaque-se que nenhuma das pessoas detidas foi autuada em virtude da prática de crime de dano ao patrimônio público ou privado, porte de arma ou artefato explosivo, não havendo nenhum indício de que tais manifestantes sejam integrantes de grupos denominados black blocs”, diz ainda o texto.

    Em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo” no dia do confronto, Richa defendeu a ação da PM, que usou balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo, e afirmou que foram identificados black blocs infiltrados entre os manifestantes.

    “Partiram para cima dos policiais com as grades de contenção e estavam preparando coquetel molotov quando foram detidos”, disse.

    De acordo com Richa, sete black bocks foram detidos. No dia seguinte, a polícia informou que os detidos estavam com pedras e pedaços de pau e que não foram apreendidos mais nenhum objeto contundente.

    Professores, servidores públicos e estudantes protestavam contra a votação de projeto de lei na Assembleia Legislativa que altera a previdência dos servidores do Estado. A matéria foi sancionada pelo governador um dia depois.

  • Maria Claudia

    Politização da Greve, gostaria de lhe perguntar se sua magnânima pessoa, tão inteligente nas suas respostas,aprendeu a pegar numa caneta ou lápis,escrever,ler,fazer contas sozinho ou sozinha?Quem te ensinou?ou nasceu com esse dom?

  • SERVIDORA PÚBLICA

    COM HONRA PROFESSORA—AGORA PROFESSOR—PROFESSORA PAULISTA–vocês não devem perder tempo no Blog para discutir com pessoas de nível inferior, tenho dois filhos estudando em Escola Pública aqui em Jales e na Escola tem excelentes Professores e Professoras,que realmente merecem o que exigem,pois nas reuniões de pais da para perceber o quanto são as precariedades na escola,dando como exemplo com mais de 3 salas fechadas e as que estão funcionando com 40 alunos no minimo e o período da noite a escola fechada com 14 salas sem ser utilizadas. Parabéns pelas suas lutas.

  • DEMOCRACIA

    PARA AQUELES QUE PEDEM DE VOLTA O MILITARISMO:—

    Alexandre Vannuchi Leme era estudante da USP e tinha 22 anos, no dia 16 de março de 1973, quando foi preso e levado ao DOI-CODI.

    Foi barbaramente espancado e torturado antes de ser levado para a cela, aonde pôde dizer aos outros presos: “Meu nome é Alexandre Vannucchi Leme, sou estudante de Geologia, me acusam de ser da ALN… eu só disse meu nome”. […]

    Segundo a versão oficial, ele teria sido atropelado por um caminhão, mas diversos presos viram ele gritar seu nome e seu corpo ser arrastado da cela se esvaindo em sangue.

    Ousar lutar! Ousar vencer! Esquecer jamais!
    Alexandre Vannucchi Leme Presente!
    Para honrar os que lutaram e tombaram por Democracia e Justiça!!

    O texto comovente que segue foi publicado pela USP on line, em 13/03/2013 por ocasião dos 40 anos da morte de Alexandre.

    Ninguém via Alexandre Vannucchi Leme desde a manhã da sexta-feira. No sábado, veteranos e calouros confraternizavam nas festas organizadas para recepção dos alunos que chegavam à USP naquele 1973 em que muitas unidades ainda funcionavam nos chamados barracões da Cidade Universitária.

    A alegria começa a acabar quando chega a notícia:

    – O Minhoca caiu.

    O verbo, todos entendem, significa ser preso pela repressão.
    Os colegas percorrem os barracões atrás de notícias. Ninguém sabe do Minhoca.

    Preso no dia 16 de março, o estudante é levado à sede do Destacamento de Operações de Informações – Comando de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), na rua Tomás Carvalhal, quase esquina com a rua Tutoia, onde passa por várias sessões de “interrogatório” – eufemismo para espancamento e tortura.

    No sábado 17, por volta do meio-dia, os colegas de cárcere veem Alexandre voltar de uma sessão, carregado pelos carcereiros, mas ainda assim gritando seu nome para que todos ouvissem. Também o ouvem dar gritos altos no início da tarde, mas eles vão diminuindo de intensidade com o passar do tempo.

    Mais ou menos às cinco da tarde, um carcereiro abre o cubículo em que o estudante jaz para levá-lo a novo suplício.

    O agente toma um susto.

    Alexandre está morto.

    Os outros presos recebem ordem de ficar no fundo das celas para não ver o que se segue. Cinco policiais são chamados. Um deles usa uma lâmina para cortar o pescoço de Alexandre de orelha a orelha. O corpo é arrastado pelo chão, deixando sangue por todo o caminho, e é levado ao Instituto Médico Legal.

    Final da tarde do dia 17 de março de 1973. O estudante de Geologia da USP Alexandre Vannucchi Leme, de 22 anos, aprovado em primeiro lugar em sua turma no vestibular de 1970 – o Lê, nascido filho de seu José e dona Egle numa tradicional família católica de Sorocaba; o Minhoca, apelido dado pelos amigos a ele, que tanto gostava de colocar apelidos nos outros –, acaba de ser assassinado pela ditadura militar brasileira.

    Deputado estadual pelo PT (Partido dos Trabalhadores), 64 anos em 2013, Adriano Diogo em 1970 era o Mug, aluno do segundo ano de Geologia da USP e agitador cultural no campus, onde montava peças com base no processo do teatro-jornal de Augusto Boal.

    Foi como veterano que, naquele ano, Mug recepcionou o calouro Minhoca. “Ele era um cara do interior, livre, completamente diferente de nós, urbanos”, conta. “Nas saídas de campo, ele tinha uma relação com a natureza, os pássaros, os rios, que nós não tínhamos.” O Minhoca era também, descreve, rigoroso nos hábitos e muito contido do ponto de vista do consumo.

    Logo Mug viu que o Minhoca era dono de uma cultura e uma capacidade diferenciadas (“ele lia coisas que só muito mais tarde nós fomos conhecer”, diz). Por isso, foi convidado a ajudar na redação de uma peça denunciando o absurdo da Transamazônica, um dos projetos do “Brasil grande” que a ditadura alimentava.

    Assessorada pelo professor Aziz Ab’Sáber e com a ajuda de outros colegas, a dupla mergulhou no trabalho e produziu A transa amazônica.

    “Era um trabalho dificílimo, e ele pesquisou tudo sobre os índios, as populações ribeirinhas, os castanheiros, os seringueiros, os solos”, lembra Mug. Minhoca estava apenas no primeiro ano – e “pesquisar”, na época, significava muito mais do que dar uns cliques no Google.

    “Alexandre fazia seu curso com uma dedicação exemplar. Aprendia geologia e exercitava-se na tarefa sublime de pensar em dias melhores para o seu país e o seu povo”, escreveu Aziz Ab’Sáber (1924-2012), professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, em texto de março de 1998, aos 25 anos da morte do estudante.

    “Esse era o Alexandre Vannucchi Leme”, diz, 40 anos depois daquele 1973, voz embargada e fala interrompida pelas lágrimas, um emocionado Adriano Diogo a uma plateia de estudantes da USP, vários deles exibindo um corte de cabelo a denunciar sua condição de calouros.

    A farsa que os assassinos de Alexandre montaram para encobrir o crime ganhou a colaboração da imprensa com a publicação de notícias sobre a morte do “terrorista da Ação Libertadora Nacional (ALN)”.

    De acordo com a versão entregue aos jornais, e publicada de maneira praticamente uniforme em todos – regra na época –, Alexandre morrera atropelado por um caminhão na rua Bresser ao fugir dos agentes que o conduziam para um “ponto” com um companheiro. As notícias davam detalhes como a placa do caminhão e nomes de testemunhas.

    Foi na manhã da sexta-feira 23 que seu José, pai de Alexandre, leu na Folha de S. Paulo a notícia da morte do filho, que vinha procurando desde que, na terça-feira anterior, um colega da Geologia telefonara à casa da família em Sorocaba. Sem se identificar, Alberto Lázaro, o Babão, avisou que o jovem estava preso e que deveria ser procurado no Departamento de Ordem Política e Social (Dops), na capital.

    “Assim que recebemos o telefonema avisando que o Alexandre estava preso, meu pai empreendeu uma verdadeira via-sacra em busca de seu paradeiro ou de informações verídicas. Mas o buscávamos vivo. Jamais passou pela nossa cabeça que ele estivesse morto e enterrado”, conta Maria Cristina Vannucchi Leme, irmã do Lê. Ela completou 16 anos um dia depois da publicação da farsa do atropelamento nos jornais. Até hoje não são conhecidas as circunstâncias da prisão do estudante – um sequestro praticado pelo Estado – naquele março.

    No Dops, após amargar horas de espera, seu José foi recebido pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, que disse não ter nada a ver com a prisão de Alexandre. “Depois ele arrematou: ‘Esse filho o senhor já perdeu. Agora, cuide dos restantes. O senhor tem duas filhas que acabaram de entrar na universidade. Com mulher acontece coisa pior’”, lembra Maria Cristina.

    A referência de Fleury era óbvia: a família estava sendo vigiada. A primeira pessoa que a irmã do Lê via todos os dias, ao sair de casa para ir à escola, era um homem de bigode que passava o dia inteiro vigiando da esquina a “perigosa” residência em que viviam um casal de professores aposentados e seus três filhos menores (as duas irmãs mais velhas já não moravam mais com os pais).

    Com o fundamental apoio do então arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns – elevado a cardeal no início daquele março –, os alunos da Geologia organizaram uma missa em memória de Alexandre. A celebração do dia 30 de março (o sábado 31 foi evitado para não coincidir com o aniversário do golpe militar de 1964), na Catedral da Sé, tornou-se a primeira grande manifestação pública contra a ditadura realizada no País desde 1968. Como fariam dois anos depois, na celebração em memória do jornalista Vladimir Herzog, também assassinado sob tortura, os órgãos de repressão “ocuparam” a Praça da Sé e seu entorno, dificultando ao máximo a chegada ao local.

    Ao final da missa, os participantes saíram da Catedral cantando Pra não dizer que não falei de flores (“Caminhando e cantando”), de Geraldo Vandré. “Depois de tanto tempo, os jovens voltavam a se pronunciar em massa, e aquela missa seria o primeiro ato da retomada da presença política dos jovens. Com uma diferença notável em relação às formas de luta de então: os estudantes vinham em paz”, escreve o jornalista Caio Túlio Costa no livro Cale-se, de 2003. Mesmo saindo pacificamente, muitos estudantes foram presos nas imediações da Praça da Sé e levados para depor no DOI-Codi ou no Dops.

    “Só Deus é o dono da vida. D’Ele a origem, e só Ele pode decidir o seu fim”, disse Dom Paulo na homilia. “O próprio Cristo quis sentir a ternura da mãe e o calor da família ao nascer. E mesmo depois de morto o cadáver foi devolvido à mãe e aos amigos e familiares.”

    O lamento ecoaria na carta que dona Egle enviaria ao papa Paulo VI no dia 20 de abril, Sexta-Feira Santa. “Quem vos escreve é uma mulher do povo a quem lhe mataram o primogênito dos seis filhos, recusando-lhe até mesmo a entrega desse corpo. Tudo me foi tirado: um filho, o consolo de vê-lo após a morte e o direito mais legítimo de o sepultar”, chorava a mãe.

    “Ele era uma pessoa queridíssima, o mais velho dos seis filhos. Éramos uma escadinha de irmãos. Tinha uma inteligência privilegiada, um ‘sabe-tudo’, mas sem nenhum pedantismo”, relata Maria Cristina. “Os meses que se seguiram ao seu assassinato foram de profunda tristeza para todos em casa. Minha irmã caçula, de 10 anos, só conseguia dormir com um radinho colado ao ouvido, escutando música bem baixinho. Do contrário, dizia ela, ‘ouvia gritos’.”

    Mesmo que seus assassinos soubessem quem era Alexandre, onde estudava e o endereço de seus pais, o corpo foi enterrado como indigente no cemitério de Perus. Somente dez anos depois, em 1983, com a descoberta da vala clandestina de Perus, podia-se tentar reconhecer seus restos mortais.

    “A identificação só foi possível porque, um ano antes de ser morto, o Alexandre me deu o molde em gesso de sua arcada dentária. Ele estava fazendo um tratamento e, meio de brincadeira, pediu que eu guardasse aquele presente ‘de irmão para irmã’”, relembra Maria Cristina. “Levamos o corpo do Lê para o cemitério de Sorocaba, onde está ‘à espera de um tempo de justiça’”, diz a irmã.

    Seu José, com 91 anos, e dona Egle, com 87, “precisam ser poupados de emoções mais fortes, e é a vez de os filhos continuarem a caminhada”, diz Maria Cristina Vannucchi Leme. Pós-graduada em História, ela trabalha hoje como assessora parlamentar em Brasília.

    Para falar de como o irmão segue presente na vida da família, Maria Cristina cita o verso de Chico Buarque: “A saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu”. “A lembrança dele está em toda a casa, nos livros, discos, na mesa de pingue-pongue, não só no quarto”, descreve. “Este continua sendo chamado de ‘quarto do Alexandre’, contém os móveis originais, mas outros objetos e peças de mobiliário foram adicionados. Acho que a decoração sofreu uma renovação saudável; seu quarto não é um santuário intocado.”

    Em março de 1973, a ditadura brasileira matou o brilhante estudante de Geologia da USP Alexandre Vannucchi Leme; o Lê, filho do seu José e de dona Egle e irmão mais velho de Maria Regina, Maria Cristina, Miriam, José Augusto e Beatriz; o Minhoca, colega querido na Universidade e no movimento estudantil.

    Mas não matou sua memória, nem a dignidade de quem a mantém.

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