PROCURA-SE MULHERES, DESESPERADAMENTE – PARTE III

Uma simples releitura das eleições municipais de 2008, aqui de Jales,  indica que os partidos e as coligações vão ter sérias dificuldades para cumprir, agora em 2012, a regra que determina o mínimo de 30% de candidatas mulheres. Naquelas eleições, grandes partidos como o PMDB e o PSDB não registraram uma única candidatura feminina. O DEM, outro grande partido, registrou apenas uma candidata – Lana – que teve 59 votos.

O PRB, um pequeno partido, lançou Luciene (62 votos), ligada a uma igreja evangélica. O PTB, da candidata Nice Mistilides mandou às urnas apenas duas candidatas mulheres: Giza Cabeleireira (185 votos) e Anita Moraes (51). Já o PCdoB foi à luta com três candidatas: Eva Canuto (345 votos),  Marina (35) e Sueli (34), esta última, uma irmã do impoluto Osmar ‘Flor do Pântano’ Silva.

Nesse quesito, o PT talvez seja o partido em situação mais tranquila. Em 2008, os petistas tinham cinco candidatas mulheres, sendo que três delas foram as mais votadas entre as representantes do sexo frágil: Pérola (1.713 votos), Tatinha (1.011) e professora Sueva (432). Além das três mais votadas, o PT teve, também, as servidoras municipais Celina (163 votos) e Neuza do Pronto-Socorro (92).

No total, apenas 12 mulheres disputaram o pleito daquele ano, enquanto 69 homens foram às urnas como candidatos a vereador. Se a proporção 70% x 30% já estivesse valendo, da maneira como quer o TSE para as eleições deste ano, os partidos teriam que ter registrado, no mínimo, 29 candidatas mulheres, em 2008.     

1 comentário

  • Joao Missoni Filho

    Ainda as mulheres…. a resolução do TSE que trata do assunto a meu ver, e possivelmente isto será questionado pelos partidos na justiça, extrapola o bom senso e principalmente legisla em causa interna dos partidos. Nós sabemos que para cada eleição existem varios cargos a serewm disputados ( Prefeito, Vice etc ) e ao obrigar o preenchimento de vagas pelo sexo feminino o TSE interfere diretamente na independencia dos partidos e dos filiados, se não vejamos: o PMDB de Jales tem mais de 100 mulheres filiadas, e eu não posso obriga-las a serem candidatas, isto é decisão pessoal de cada uma delas, não depende da vontado do dirigente partidario. Pois se assim fosse, como existe o cargo de Prefeito e Vice em disputa seria o mesmo que o TSE obrigasse os partidos a terem candidatos para os referidos cargos, o que na atual legislação é facultativo aos partidos lançarem candidatos. Defendo também a participação de mulheres na politica, como também de outros seguimentos da sociedade, mas obrigar o partido a inscrever 30% de mulheres é equivocado.

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