SOBRE A SAÍDA DO BOLSONARISTA ALEXANDRE GARCIA DA GLOBO

A má notícia é que o ex-urubólogo vai continuar puxando o saco do “Coiso” em seus comentários radiofônicos. O texto é do jornalista Kiko Nogueira, no DCM:

Alexandre Garcia deixou a Rede Globo nesta sexta-feira, dia 28, e livrou a Globo de um constrangimento, que era sua militância bolsonarista. 

Em um comunicado interno, o diretor de jornalismo Ali Kamel, aquele do clássico “Não Somos Racistas”, prestou uma espécie de homenagem ao antigo funcionário:

“Em nossa conversa, Alexandre me disse que deixa a Globo, mas não o jornalismo. Ele continuará a ter seus comentários políticos transmitidos por duzentas e oitenta rádios Brasil afora. Do mesmo jeito, continuará a escrever artigos para um sem número de jornais por todo o país”, diz o comunicado.

Blablablá.

Em abril, áudios vazados de Chico Pinheiro criticando Sergio Moro e desejando “paz e sabedoria” a Lula levaram Kamel a enviar à equipe um email sobre o uso das redes sociais.

“O maior patrimônio do jornalista é a isenção. Na vida privada, como cidadão, pode-se acreditar em qualquer tese, pode-se ter preferências partidárias, pode-se aderir a qualquer ideologia. Mas tudo isso deve ser posto de lado no trabalho jornalístico”, pontuou.

“A Globo é apartidária, independente, isenta e correta (sic). Cada vez que isso acontece, o dano não é apenas de quem se comportou de forma inapropriada nas redes sociais. O dano atinge a Globo. E minha missão é zelar para que isso não aconteça.”

Garcia vai poder agora abraçar o bolsonarismo à vontade.

Há rumores de que engate um cargo na comunicação do novo governo.  Eduardo Bolsonaro o considera “brilhante”.

Recentemente, Alexandre publicou no Facebook um texto puxando o saco de Bolsonaro.

Ganhou o elogio sincero do personagem: “Grato pela menção e reflexão, @alexandregarcia! Um forte abraço!”, mandou no Twitter.

A peça de Garcia é constrangedoramente sabuja, mas não exatamente surpreendente vinda de um ex-porta voz de João Figueiredo que nunca deixou de gostar de homens de uniforme.

Jair, na opinião de Garcia, é o messias que veio para nos salvar para sempre do comunismo. Faltou falar do “marxismo cultural”, mas isso não demora.

4 comentários

  • Alexandre, o grande

    Após 31 anos trabalhando na Globo, Alexandre Garcia deixa a empresa, quando fez muitos elogios ao presidente eleito, ignorando normas da emissora. Sabia que seria demitido!
    Um grande jornalista porem não é maior que a Rede Globo. A empresa não aceita que seus funcionários manifestem preferencia partidária ou indique produtos.
    Ele disse que a eleição de Bolsonaro representa uma “revolução de ideias”. Pode ser pois precisamos esperar
    E que as ideias vencedoras das últimas eleições já estão se impondo. Acho que sim!
    Daqui a pouco. ele volta!

  • Kel

    Que matéria ridícula !
    Dps os intolerantes são os bolsonarianos?! …. O cara perde o emprego pq não pode expressar sua opinião?! Ahhhh…. Preguiça com tanta ignorância !
    Defender o PT só demonstra o tamanho da burrice.

  • APENASUGESTAO???

    SERA QUE O CAPITAO JA ARRUMOU MINISTRO DAS COMUNICAÇOES SE NAO ARRUMOU ……

    O GRANDE REPRESENTANTE DAS RADIOS BRASILEIRAS INCLUSIVE A NOSSA JALESENSE 102.3 F M

    JA ESTA EMPREGADO….. … …

  • Jales

    POR EUGÊNIO ARAGÃO, ex-ministro da Justiça

    É a cultura do “nuisance”. Incomodar. Encher o saco, na linguagem popular. É isso que os protagonistas da “nova ordem” aprenderam a fazer desde 2013, contando com os olhares condescendentes e, quiçá até, simpáticos da mídia e de carreiras de estado. Uns meninos travessos com pais que sempre lhes passaram a mão na cabeça. O tipo do pichador de paredes sem arte. Uma contracultura sem ser cultura. Gostam de chocar, causar comoção e sobretudo criar confusão. Têm verdadeiro orgasmo quando submetidos a críticas irritadas dos incomodados. Isso pode funcionar – e funcionou – como forma de promover oposição inconsequente e predatória a um governo de que parte do establishment queria se livrar.
    Mas funciona para governar? E governar com esse establishment que ficou lhes lançando piscadinhas cândidas durante a derrocada do governo democrático de Dilma Rousseff? Com certeza não. As trapalhadas infantis de Eduardo Bolsonaro em suas andanças norte-americanas e em seus palpites sobre política externa mostram um total despreparo dessa turma para as graves funções de governo.
    Governar não é fazer da guerra uma rotina. A guerra, hoje, só é legítima na defesa daquilo que é fundamental e inafastável, quando o núcleo de valores é atacado de modo a colocar em risco a própria sobrevivência de quem o adote. O uso da força é “ultima ratio” e não começo de conversa. Só se guerreia quando há perspectiva de perda, eis que, para conquistar, é melhor a tratativa política. Quem governa não cria conflito de graça, porque além de exigir energia na briga, a exige também para terminá-la. E energia não se joga fora, principalmente quando pode fazer falta para outras ações de governo mais produtivas.
    Governar pressupõe um ambiente de paz, em que se podem construir consensos parciais. Exige transigência e capacidade de ouvir mesmo o que não se gosta de ouvir. Não se fere adversários por esporte, porque é melhor tê-los dispostos para negociar quando preciso for. A violência não leva a nada, a não ser ao travamento do diálogo, que deve ser permanente, para dentro e para fora da sociedade doméstica.
    Governar exige compostura. Quem ganha tem o dever de ser generoso com o vencido se quiser que sua vitória seja sustentável. Adversário nem sempre é inimigo, sobretudo quando estão em jogo interesses comuns. É preciso sobretudo lembrar sempre que o mundo é redondo e gira. Para quem tem a prática da violência como modo de governar, isso é perigoso, pois sempre haverá o dia da caça e o dia do caçador. É a velha e batida quarta lei de Newton: a toda a ação corresponde uma reação de mesma intensidade, em sentido contrário.
    Por isso tudo, o presidente eleito faria muito bem em se comportar como tal e, na qualidade de pater familias, mandar seus rebentos cretinos calarem a boca. A marola que esse trio de Katzenjammer-Kids provoca trabalha contra a sustentabilidade de seu mandato. Se não houver esse corretivo, a perspectiva é que aquilo que se chamará de “governo” Bolsonaro será extremamente breve. Não por ação da esquerda. Mas por causa das paredes, pois não haverá delas o suficiente para tanta pichação ignorante.

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