WHATSAPP VIRA CASO DE POLÍCIA EM TANABI

Hoje, uma amiga de Tanabi me ligou pra dizer que aquela pacata urbe está em polvorosa. Tudo porque um desocupado qualquer resolveu organizar e divulgar via WhatsApp algumas daquelas listas nas quais ninguém deseja ser incluído.

Algumas mulheres relacionadas entre as – digamos assim – “mais acessíveis da cidade”, não gostaram da brincadeira, por sinal, de mau gosto. O caso foi parar na Delegacia, como se pode ver na notícia do Diário da Região:

Mensagens enviadas pelo aplicativo WhatsApp acabaram em agressão e viraram caso de polícia, ontem, em Tanabi. A professora K.A.G., 35 anos, e a irmã dela N.A.G., de 31, agrediram a farmacêutica P.F.S., de 23 anos, porque se sentiram ofendidas com uma mensagem que ela teria repassado pelo aplicativo. O nome das duas consta em uma lista que está sendo repassada pelo celular entre os habitantes de Tanabi desde a semana passada. Nela, estão nomes de moradores com a classificação de “os mais chatos”, “os mais cornos” e “os mais gays”, além de ofensas contra mulheres da cidade.

Só ontem, seis pessoas – entre elas as duas irmãs envolvidas na briga – haviam procurado à polícia para denunciar o problema. As irmãs afirmaram aos policiais que ficaram sabendo da lista e acusam P.F.S. de ter repassado a mensagem. Por conta disso, foram até ao local de trabalho dela, em uma farmácia, e a agrediram. Elas prestaram depoimento, registraram queixa por injúria e foram liberadas. Já a farmacêutica fez boletim de ocorrência por agressão e negou que tivesse repassado a lista com os nomes pelo WhatsApp.

Outra que procurou a polícia foi a assistente social F.G.P.V., de 36 anos. Ela afirma que teve a imagem prejudicada ao ser mencionada na lista. “Tenho um nome a zelar. Sou mãe de família e tenho dois filhos. Isso está afetando muito minha vida pessoal e profissional também. Foi coisa de alguma pessoa que tem inimizade comigo. Quero que essa pessoa seja punida”, afirmou.

O delegado José Francisco de Mattos Neto, titular da delegacia de Tanabi, afirmou que todos casos foram registrados como injúria, ou seja, quando o acusado atribui a alguém qualidade negativa, que ofenda sua honra ou dignidade. A pena para quem comete esse tipo de crime é de um a seis meses de detenção ou multa.

“Todas ficaram ofendidas com essa lista de muito mau gosto. Duas delas agrediram uma moça porque acreditam que ela teria repassado as mensagens. Vamos começar a investigar para chegar à origem dessas injúrias”, afirmou o delegado. 

A velocidade com que uma foto ou um texto se propaga pelo WhatsApp é grande, o que dificulta as investigações policiais. E o caso de Tanabi não foge à regra. A lista de mau gosto que rotula moradores da cidade começou a ser divulgada no último fim de semana e já chegou para a maioria dos usuários do WhatsApp daquela cidade. “Todo mundo está sabendo dessa lista. E cada um que recebe repassa e inclui algum nome, o que piora ainda mais a situação”, afirmou a assistente social F.G.P.V, vítima das mensagens.

2 comentários

  • Thiago

    Isso não é uma brincadeira, é um crime.
    Se o sujeito é gay, a mulher fácil e o homem corno, estão agindo dentro do seu direito de livre arbítrio, afinal, no Brasil não existe lei que proíba homossexualidade nem infidelidade. Veja o caso do HIV, não é crime ser portador desse vírus mas o soropositivo pode escolher se quer ou não divulgar sua condição, se alguém espalhar a notícia sem seu consentimento também vai se complicar com a justiça.
    Acho que tem que punir mesmo quem publicou a tal lista.

  • Em matéria de defeitos,a pior é a desocupada,que se ocupa da vida alheia.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *