Arquivos mensais: julho 2020

PADRE JUSTIFICA CRÍTICAS A BOLSONARO: “O MUNDO NÃO GOSTA DELE”

Deu no Correio Braziliense:

Nesse fim de semana, um padre viralizou nas redes sociais ao criticar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), chamando-o de “bandido”, e dizendo que “quem votou nele deveria se confessar”. Era Edson Adélio Tagliaferro, da Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores, que fica em Artur Nogueira, no interior de São Paulo.

A fala foi emitida na última quinta-feira, mas se espalhou pela web dias depois. Nesse domingo, o religioso disse que o trecho foi tirado de contexto, mas voltou a externar sua insatisfação com Bolsonaro.

Na missa transmitida virtualmente nesse domingo, o padre, ao falar sobre o vídeo que viralizou na internet, afirmou que ‘não é apenas ele’ que não gosta do presidente, mas, sim, o mundo inteiro. Para o líder da paróquia, o Brasil é alvo de deboche no cenário internacional por causa de Bolsonaro.

“Por fim, pegando um gancho com a liturgia de hoje, eu queria deixar claro que não sou eu que não gosto do Bolsonaro. O mundo não gosta dele. O mundo está preocupado e debochando do Brasil, por causa do nosso presidente. Então não se preocupem com o padre Edson”, disse.

O padre também classificou Jair Bolsonaro como uma pessoa ‘desequilibrada’, que prefere pensar em interesses pessoais do que se importar com as vítimas do novo coronavírus no Brasil, que passam de 64 mil.

“O padre Edson é uma fichinha, é uma gota nesse oceano de tantas pessoas que têm falado mundo afora contra os desmandos de uma pessoa desequilibrada, que se preocupa só com o seu grupeto, e não se preocupa com 64 mil mortos que já se foram por causa da pandemia”, afirmou.

UM PADRE SEM PAPAS NA LÍNGUA

Eu nunca entendi como pessoas que se dizem cristãs e vivem elevando suas preces a Deus podem ter votado em um sujeito que adora torturadores. Sendo que Jesus Cristo, o filho do Deus em quem eles dizem crer, morreu torturado.

A mim me parece incoerente pedir a misericórdia de um homem que foi torturado até a morte e, ao mesmo tempo, defender quem apoia a tortura. Mas, vamos ao padre:

FRASE

“O número de pessoas que morreram de H1N1 no ano passado foram (sic!) da ordem de 800 pessoas. A previsão é não chegar a essa quantidade de óbitos no tocante ao coronavírus”.

(do presidente Jair Bolsonaro, no dia 22 de março, explicando ao “gado” que o coronavírus não passaria de uma gripezinha. Naquele dia, o Brasil tinha pouco mais de 1.200 infectados e 25 óbitos por covid-19. Hoje já são mais de 64 mil óbitos)

JORNAL DE JALES: MORTE SÚBITA DE GAROTO DE 09 ANOS CAUSOU COMOÇÃO ENTRE PROFESSORES E AMIGOS DA FAMÍLIA

Eis a capa do Jornal de Jales deste domingo, cuja principal manchete destaca as medidas que deverão ser tomadas por prefeitos das microrregiões de Jales, Santa Fé do Sul e Fernandópolis, visando conter a disseminação da covid-19 e evitar o colapso dos hospitais da região. As medidas foram sugeridas por prefeitos e lideranças de 21 municípios que participaram de reunião realizada na segunda-feira, 29, na Câmara Municipal de Jales. Embora, segundo os prefeitos, a situação ainda esteja sob controle, uma eventual explosão de casos de coronavírus na região poderá provocar colapso nos hospitais de Jales, Fernandópolis e Santa Fé do Sul. O uso obrigatório de máscara será uma das medidas.

Outro destaque do jornal é a matéria do Bruno Gabaldi, que trata da comoção causada pela morte súbita do menino Arthur, de 09 anos, que passou mal durante um passeio de bicicleta e, apesar dos esforços dos médicos, não resistiu e foi a óbito. Um irmão de Arthur falou ao jornal que o menino não tinha nenhum problema de saúde e que, tempos atrás, por iniciativa da mãe, passou por uma bateria de exames, sem que nada tenha sido diagnosticado. Ele estudava na EM “Elza Pirro Viana” e, de acordo com depoimentos da diretora, da vice-diretora e da coordenadora da escola, era um menino exemplar e cativava a todos que o cercavam.

O artigo do médico cardiologista Manoel Paz Landim sobre morte súbita na infância; a chegada do projeto Cidades Digitais às unidades de saúde do município; a entrevista do fotógrafo Alvin Aries sobre a forma como a Indonésia (267 milhões de habitantes e 2.500 mortos por covid até a semana passada) está enfrentando o coronavírus; o balanço da covid-19 em Jales, que registrou três óbitos nos últimos dias; a transferência do delegado da PF de Jales, Cristiano Pádua da Silva, para São José do Rio Preto; e as investigações do MPF e da PF sobre possíveis fraudes no recebimento do auxílio emergencial na região, são outros assuntos do JJ.

Na coluna Fique Sabendo, o jornalista Deonel Rosa Júnior comenta entrevista concedida pela secretária de Saúde, Maria Aparecida Moreira, ao repórter Vítor Inácio, da Rádio Assunção. De fala normalmente tranquila, Maria Aparecida, elevou o tom de voz ao revelar que são cada vez mais frequentes as denúncias sobre a circulação de pessoas testadas positivas para covid-19, que deveriam estar em isolamento domiciliar. Indignada, ela lembrou que a disseminação de doença contagiosa configura crime previsto em dispositivos do Código Penal. Segundo Deonel, a polícia tem batido nas portas de pessoas que estão agindo com irresponsabilidade.

EFEITO CORONAVÍRUS: JUIZ DE JALES CONCEDE LIMINAR QUE SUSPENDE POR 120 DIAS CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE VEÍCULO

O juiz Fernando Antonio de Lima, da Vara Especial Cível e Criminal, concedeu liminar a um morador de Jales, que suspende por 120 dias o contrato de financiamento de um veículo firmado pelo requerente junto à BV Financeira. Com a suspensão do contrato, ficam igualmente suspensas as parcelas devidas a partir de abril deste ano.

Na decisão, o juiz cita o Direito do Consumidor e o princípio do fato superveniente. No caso, o fato superveniente é a pandemia do coronavírus, que está impedindo o morador de trabalhar e obter renda para honrar seus compromissos financeiros.

O magistrado ponderou que o autor da ação é prestador de serviços em eventos, os quais não estão podendo funcionar em decorrência da pandemia. “O requerente é trabalhador, sem desfrutar, atualmente, de fonte de renda. A ré, por sua vez, tem plenas condições financeiras de arcar com a suspensão do contrato”, escreveu o juiz.

“Entre o direito de a parte-autora, pelo menos, comprar comida para si e para a família (e não passar fome) e a cobrança de encargos financeiros elevados, o princípio constitucional da dignidade humana, que tutela as relações contratuais, parece, neste momento de pandemia, pender para o primeiro”, concluiu o magistrado.

A decisão deixa claro, ainda, que findo o prazo da suspensão, o autor da ação deverá retomar o cumprimento das obrigações contratuais, ou seja, o pagamento das prestações. Deixa claro, também, que cada cobrança indevida por parte da Financeira gerará multa de R$ 500,00. 

CAETANO VELOSO – “UM ÍNDIO”

Composta em 1976, a canção “Um Índio” é uma espécie de enigma, uma característica sempre presente na obra de Caetano Veloso. Afinal como entender versos como os abaixo:

Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor
Em gesto, em cheiro, em sombra, em luz, em som magnífico
Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto-sim resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará
Não sei dizer assim de um modo explícito

Há quem consiga enxergar, porém, como é o caso do professor Guilherme Wisnick, da USP, “uma ideia de profecia utópica” em alguns versos da música de Caetano, notadamente no trecho em que ele fala do extermínio “da última nação indígena”, algo que a política ambiental do governo Bolsonaro parece pretender.

Profecias e enigmas à parte, “Um Índio” é uma das mais belas canções de Caetano. O meu amigo Fernandinho Pereira, ex-diretor da Etec-Jales, se emociona sempre que ouve essa música, principalmente na regravação do Zé Ramalho.

Além de Zé Ramalho, é possível encontrar releituras de Ney Matogrosso, Milton Nascimento, Frejat e Elba Ramalho. A primeira gravação foi da Maria Bethânia no disco coletivo “Doces Bárbaros”, de 1976, que reuniu ela, Caetano, Gilberto Gil e Gal Costa.

Em 1977, Caetano a incluiu no álbum “Bicho”, um dos mais importantes de sua discografia, gravado depois de uma viagem à África, em que Caetano e Gilberto Gil passaram um mês na Nigéria, o que teria influenciado algumas músicas do disco.

Caetano nunca explicou o que quis dizer em “Um Índio”. Talvez nem tenha explicação. Chico Buarque, por exemplo, já disse que não sabe até hoje o que ele quis dizer com “o meu cavalo só falava inglês”, trecho de “João e Maria”, uma de suas músicas mais conhecidas.

Uma das poucas coisas que Caetano Veloso se permitiu dizer sobre “Um Índio” é que sente muito orgulho por ter rimado Bruce Lee, Muhammad Ali, Peri e Filhos de Ghandi, no refrão.

No vídeo, Caetano canta “Um Índio”:

A TRIBUNA: TIAGO ABRA RETIRA ASSINATURA DE REQUERIMENTO E ENTERRA A NATIMORTA “CEI DAS CASINHAS”

No jornal A Tribuna deste final de semana, a principal manchete destaca os três óbitos ocorridos nos três últimos dias, em consequência da covid-19, o que elevou o número de vítimas fatais para cinco, em Jales. A matéria diz que, “a disseminação do novo coronavírus na cidade vem aumentando e o número de mortes mais que dobrou em um curtíssimo espaço de tempo”. Uma das vítimas, um homem de 56 anos, morreu em São José do Rio Preto, na quarta-feira, 1º de julho. As outras duas vítimas – uma mulher de 59 anos e um homem de 61 – faleceram na Santa Casa de Jales, onde estavam internados na UTI reservada ao tratamento da doença.

O jornal está destacando, também, que o vereador Tiago Abra(MDB) decidiu retirar sua assinatura do requerimento que pedia a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito para investigar irregularidades na construção das 99 moradias populares do conjunto “Honório Amadeu”. Com isso, restaram apenas três assinaturas – Macetão, Tupete e Zanetoni – no requerimento, o que inviabiliza a instalação da CEI, que já estava sendo chamada de “CEI das Casinhas”. Abra alega que seu colega Macetão não teria cumprido um acordo firmado entre ambos sobre o assunto. Macetão, de seu lado, disse que todos os vereadores que assinaram o requerimento foram pressionados por emissários da administração e que Abra pode ter cedido a essas pressões.

O delegado federal substituto que assumirá, temporariamente, a vaga do ex-titular, Cristiano Pádua, transferido para Rio Preto; as sugestões dos prefeitos da região visando a adoção de medidas conjuntas contra o coronavírus; o convênio assinado pelo prefeito Flá Prandi com a CDHU para construção de 100 moradias populares em Jales; as recomendações do MPF de Jales visando diminuir as internações por covid nos hospitais da região; a prisão de cinco traficantes em quatro ações contra o crime realizadas pela polícia de Jales; e as explicações do Instituto Municipal de Previdência sobre o déficit mensal do órgão, são outros assuntos de A Tribuna.

Na coluna Enfoque, destaque para decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que confirmou a anulação do julgamento que absolveu o ex-promotor Thales Ferri Schoedl, acusado de matar, em dezembro de 2004, o jovem Diego Modanez, filho do ex-jogador de basquete Fábio Pira, que atuou em Jales por duas temporadas. Ele deverá ser levado a júri popular. Em 2007, Thales foi designado para trabalhar em Jales, o que causou indignação entre a população, uma vez que Diego – também jogador de basquete – deixou muitos amigos na cidade. E a página de opinião traz artigos do Hélio Consolaro, da Taísa Selis e do Victor Pereira.  

MPF DE JALES PEDE QUE MILITARES DO TIRO DE GUERRA AJUDEM NO COMBATE AO CORONAVÍRUS NA REGIÃO

O Ministério Público Federal de Jales está solicitando que militares do Tiro de Guerra de Fernandópolis e de Votuporanga sejam disponibilizados, “com a máxima presteza possível”, para apoio aos quadros das vigilâncias sanitárias de municípios da região, atuando na fiscalização e adoção de medidas de combate à pandemia do coronavírus.

Ofícios nesse sentido foram encaminhados na sexta-feira, 03, aos sargentos Adílson Alezando Mosquer e Mário Denis Machado, responsáveis, respectivamente, pelas unidades do Tiro de Guerra em Fernandópolis e Votuporanga. Os ofícios estão assinados pelo procurador da República em Jales, José Rubens Plates (foto).

Nos documentos, o procurador ressalta que a pandemia “tem capacidade de causar prejuízos aos interesses nacionais, bem como comprometer a ordem pública e a incolumidade das pessoas, além de representar uma ameaça concreta e real à segurança nacional”.

Plates ressalta, também, que os municípios atendidos pela Procuradoria da República de Jales – num total de 44, Votuporanga e Fernandópolis entre eles – vem sofrendo “com o aumento vertiginoso de infectados e ocupação de leitos hospitalares”. 

MULHER DE FÁBIO PORCHAT APARECE PELADA DURANTE LIVE

Uma live sobre assuntos políticos ente Fábio Porchat e Guilherme Boulos, realizada ontem, sexta-feira, foi interrompida por uma situação inusitada. Durante a transmissão ao vivo, a mulher de Porchat, Nataly Mega, passou rapidamente (e agachada) atrás do apresentador, mas deu pra ver que ela estava seminua, apenas com uma toalha na cabeça. 

“Alguém passou pelado aí atrás”, alertou Boulos, dando risada. “Todo mundo te viu”, disse Porchat a Nataly. “Deu pra ver?”, questionou ela. “Lógico que deu pra ver, totalmente. Até o Boulos viu”, respondeu o humorista. Confira a cena:

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