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JURÍDICO DO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DIZ QUE PROPOSTA DE REAJUSTE PARCELADO DA CONTRIBUIÇÃO É INCONSTITUCIONAL
A assessoria jurídica do Instituto Municipal de Previdência Social de Jales (IMPSJ) emitiu um parecer jurídico, a pedido do superintendente do órgão, Claudir Balestrero, sobre a proposta de aumento escalonado da contribuição previdenciária dos servidores municipais.
A proposta foi sugerida pelo Sindicato dos Servidores e, segundo informações, teria sido “aprovada” em reunião realizada na quinta-feira, 21, quando representantes do Sindicato, Prefeitura e Câmara teriam fechado um acordo em torno do aumento da contribuição.
O acordo prevê um aumento parcelado da contribuição – atualmente de 11% – que seria reajustada em 0,5% a cada semestre, chegando em três anos – ou seja, em 2024 – aos 14% que já estão sendo pagos pelos servidores federais e estaduais, cujas reformas previdenciárias já foram aprovadas.
Segundo o parecer, assinado pelo procurador jurídico Igor Santos Pimentel, a proposta é inconstitucional. O próprio responsável pelo parecer ressalta, porém, que a sua opinião não terá nenhuma utilidade, uma vez que já houve um acordo – sem a participação do Instituto – que prevê a aprovação do aumento parcelado.
O prefeito Flá Prandi confirmou a este blogueiro que iria retirar o projeto de reforma da previdência municipal, que está tramitando na Câmara, para reenvia-lo com as alterações propostas pelo Sindicato. O prefeito confirmou, também, que a Procuradoria Jurídica do município ainda não tinha se manifestado oficialmente sobre a proposta do Sindicato.
E por que o reajuste parcelado da contribuição seria inconstitucional? Segundo o advogado do Instituto, a proposta atropela pelo menos dois artigos da Emenda Constitucional 103/2019, aquela que reformou a Previdência Social.
Um desses artigos diz que “os municípios não poderão estabelecer alíquota inferior à da contribuição dos servidores da União”. O outro artigo estabelece que “até que entre em vigor lei que altere a alíquota da contribuição previdenciária, esta será de 14%”.
Para o superintendente do Instituto, Claudir Balestrero, o município poderá correr o risco de ficar sem o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP), o que impedirá a Prefeitura de receber repasses de recursos e firmar convênios com a União.
Perguntado por que a reforma da Previdência Municipal só começou a ser discutida em março, Claudir garantiu que iniciou tratativas com a Prefeitura em janeiro, quando enviou a proposta de reajuste.
O superintendente, que também é servidor municipal, disse que “eu entendo a situação dos servidores, que mais uma vez serão sacrificados, mas não temos como fugir a esse aumento”. Ele lembrou que o reajuste de 3% já foi aprovado em Fernandópolis, Votuporanga e São José do Rio Preto, “sem parcelamentos”.
Claudir citou, ainda, uma nota técnica da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), com orientações para as prefeituras, onde destaca que a lei que altera a contribuição – que não pode ser diferente de 14% – teria que ser publicada até abril de 2020, já que ela só começa a valer 90 dias após a publicação.
Criticado pelo presidente do Sindicato dos Servidores, José Luiz Francisco, por não ter comparecido à reunião de quinta-feira, 21, Claudir explicou os motivos do não comparecimento.
“Na reunião de terça-feira, ficou combinado que o Sindicato protocolaria sua proposta na Câmara e daria dois dias para que o nosso jurídico e o Conselho Consultivo fizessem uma análise da mesma. Ocorre que, até a quarta-feira à tarde nada tinha sido protocolado, de forma que nós achamos que nem haveria reunião”, disse Claudir.
“Nós fomos avisados que a reunião estava confirmada quando ela já estava começando, mas concluímos que não tínhamos o que fazer lá, uma vez que a proposta do Sindicato não tinha sido disponibilizada para análise do jurídico e do Conselho do Instituto, como havia sido combinado”, concluiu o superintendente.
CÂMARA CANCELA AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE PREVIDÊNCIA. E SANTA CASA SUSPENDE ASSEMBLEIA GERAL
Tá todo mundo evitando reuniões que podem ser adiadas. É o caso da Câmara Municipal, que cancelou, nesta quarta-feira, a audiência pública marcada para o dia 25 de março.
A audiência foi sugerida pelo vereador Macetão para discutir com os servidores municipais os dois projetos do prefeito Flá Prandi que alteram as regras para aposentadoria e pensão, além de reajustar a contribuição dos servidores para a previdência, de 11% para 14% dos salários.
Esperava-se que a audiência contaria com a presença de muitos servidores reunidos em um mesmo espaço, de modo que a Câmara, seguindo as recomendações dos órgãos de saúde, decidiu cancelar a reunião.
De seu lado, a Santa Casa de Jales suspendeu a convocação da Assembleia Geral que estava marcada para a próxima sexta-feira, 20.
A assessoria de imprensa do hospital explicou que a medida segue parecer do médico responsável pelo Setor de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) da Santa Casa, além de seguir determinações de portaria emitida na segunda-feira, 16, com medidas para minimizar os efeitos do surto coronavírus.
A portaria diz que a Santa Casa deverá adiar reuniões e eventos pelos próximos 30 dias. Em princípio, a Assembleia Geral ficou transferida para o dia 23 de abril, mas a data poderá ser alterada se a situação não melhorar até lá.
MACETÃO QUER DISCUTIR REFORMA DA PREVIDÊNCIA MUNICIPAL COM SERVIDORES E SINDICATO
O vereador Luiz Henrique Viotto, o Macetão(PP), pretende discutir na sessão dessa segunda-feira, 09, um requerimento no qual solicita o agendamento de audiências públicas para discutir os projetos enviados pelo prefeito Flá Prandi para modificar as regras da previdência municipal.
O prefeito calcula que as alterações nas regras da aposentadoria e pensão dos servidores municipais deverão propiciar uma economia de cerca de R$ 100 milhões para o Instituto de Previdência Municipal nos próximos 35 anos. Um dos principais pontos da reforma é o aumento da alíquota de contribuição descontada dos salários dos servidores, que passará de 11% para 14%.
De acordo com Macetão, os projetos que deverão ser discutidos pelos vereadores nas próximas sessões camarárias, são de grande relevância, na medida em que “interferem profundamente nos atuais direitos relativos à previdência dos servidores públicos municipais”.
Segundo o vereador, a situação exige a realização de audiências públicas para ouvir as proposições das pessoas atingidas pelos projetos. No requerimento, Macetão está solicitando que o presidente da Câmara, o Tiquinho(PSD), determine o agendamento de audiências públicas para discutir o assunto com os servidores municipais, com o sindicato da classe e também com o Instituto Municipal de Previdência.
As intenções de Macetão deverão encontrar resistências, uma vez que o prefeito Flá recomenda pressa na aprovação. Segundo o alcaide, as prefeituras onde seus institutos de previdência apresentam déficit atuarial, como é o caso de Jales, terão até o meio do ano para se adaptar às novas regras, sob pena de, em caso contrário, ficarem impedidas de assinar convênios com o governo federal.
O déficit atuarial do Instituto Municipal de Previdência Social de Jales (IMPSJ) para este ano de 2020 está estimado em R$ 8 milhões, que terá de ser coberto pela Prefeitura. Se as regras atuais não forem modificadas, calcula-se que a Prefeitura terá que repassar R$ 64 milhões ao Instituto somente nos próximos cinco anos. Isso sem contar o repasse da contribuição normal, que já passa de R$ 7,5 milhões por ano.
Há alguns meses, o prefeito declarou que “o recomendável é que a contribuição de três ou quatro servidores da ativa cubra o salário de um aposentado, mas nós temos casos em que são necessárias as contribuições de 30 servidores ativos para pagar apenas um aposentado”. Como se vê, a situação é periclitante.
MÃE DE GEDDEL TEM PENSÃO DE R$ 26 MIL DA CAIXA DE PREVIDÊNCIA DO CEARÁ
O lado perverso disso tudo é que a mãe de Geddel é, segundo ele próprio, uma mulher rica. Por conta de coisas assim, os estados terão que fazer alterações em suas previdências quebradas. Uma das alterações é a elevação da contribuição para 14%. Ou seja, no fim e ao cabo, a conta por aberrações como pensão da viúva rica irá ser paga pelos mais pobres. A notícia é do DCM:
A mãe de Geddel e Lúcio Vieira Lima também tem sua boquinha: a partir de janeiro deste ano, ela passou a receber uma pensão de R$ 26.000,00, da Caixa de Previdência Parlamentar do Ceará, por conta de 16 anos de contribuição de seu marido, pai da dupla, o ex-deputado Afrísio Vieira Lima, morto em 10 janeiro deste ano.
Geddel, por sua vez, que é o encarregado dentro do governo Temer de encaminhar o apoio à reforma da Previdência no Congresso, aposentou-se, em 2011, após 20 anos de mandatos consecutivos na Câmara Federal.
Ele tinha 51 anos, à época, e já afirmou que não vai renunciar aos R$ 20.354,15 mensais que recebe atualmente, acumulando-a aos R$ 30.934,70 do salário de ministro da Secretaria de Governo. Detalhe: ela tem muito dinheiro. Segundo o próprio Geddel, “meu pai casou com uma mulher rica”.
Essa declaração foi dada em 2000, à Folha, que investigava denúncias de Antônio Carlos Magalhães (ACM), então presidente do Senado, sobre suspeitas de irregularidades nas compras de fazendas de Geddel.
Em tempo: um dos passatempos prediletos de Geddel é ofender a mãe de quem o critica, como se pode ver aqui.
PROJETO QUE VAI OBRIGAR JALESENSES COM COVID A USAREM PULSEIRAS COLORIDAS AINDA NÃO CHEGOU NA CÂMARA
A Câmara Municipal de Jales teve ontem, sexta-feira, uma sessão extraordinária – também conhecida como “sessão fantasma” – cuja ordem do dia marcava a leitura de três projetos de lei e um projeto de lei complementar. Este último é aquele que trata do reajuste da contribuição para o Instituto de Previdência, que passará de 11,5% para 14%.
Ao contrário do que chegou a ser noticiado, nossos nobres vereadores nem chegaram a analisar o comentado projeto de lei que irá obrigar os moradores contaminados pelo indigitado coronavírus – bem como os suspeitos de contaminação – a utilizarem pulseiras coloridas. O objetivo das pulseiras é inibir a circulação dessas pessoas e reduzir a transmissão do vírus.
O projeto é uma sugestão do vereador Deley, mas como ele prevê a imposição de multas, só pode ser proposto pelo prefeito. Havia a expectativa de que o prefeito Luís Henrique enviaria o projeto na sexta-feira, para apreciação dos vereadores, mas isso não se confirmou. Agora, a expectativa é de que ele envie na semana que vem.
Até onde se sabe, no estado de São Paulo apenas o município de Nova Granada já tem uma lei das pulseiras em vigor. Santa Bárbara D’Oeste é outra cidade paulista que estuda a implantação da medida. Recentemente, pelo menos cinco cidades do Paraná aprovaram os projetos das tais pulseiras.
O uso das pulseiras não é, no entanto, novidade. Sabe-se da existência de pelo menos duas cidades – Montes Claros(MG) e Cascavel(PR) – onde o uso das pulseiras foi implantado há cerca de um ano, mas não se tem notícias sobre a eficiência da medida.
Em Montes Claros, o índice de contaminação da covid é de 5,6 mil para cada 100 mil habitantes, o que é bem menor que o índice de Jales (7,9 mil para cada 100 mil habitantes), mas isso pode ser apenas coincidência, uma vez que, em Cascavel, o índice (8,7 mil) é maior que o de Jales.
Aqui em Jales, onde se tem uma grande concentração de juristas por metro quadrado, já há quem diga que o projeto é inconstitucional porque interfere no direito de ir e vir das pessoas. Mas, o objetivo do projeto é justamente impedir que pessoas contaminadas, ou suspeitas de contaminação, fiquem indo e vindo por aí infectando outras pessoas. Afinal, o direito à vida deve estar sempre acima de qualquer outro direito.
DEU NA FOLHA NOROESTE DE HOJE
No jornal Folha Noroeste, edição digital deste sábado, destaque para o deputado Itamar Borges, líder do MDB na Assembleia Legislativa, que votou contra a emenda que possibilitaria o lockdown no estado, ou seja, o fechamento completo da cidade de São Paulo e dos municípios do interior e litoral paulista. A emenda foi apresentada por parlamentares, numa tentativa de alterar o projeto vindo do governador, que falava exclusivamente da antecipação do feriado do dia 09 de julho para a próxima segunda-feira, 25 de maio, com o objetivo de aumentar o percentual do isolamento social. Segundo o deputado, a bancada do MDB na Alesp é contra o lockdown. “Acreditamos que é preciso cuidar da economia do nosso estado, dar emprego e renda para a população, sem deixar de pensar na saúde e na vida”, disse o deputado.
Destaque, igualmente, para as eleições municipais deste ano, que podem ser adiadas. Para reduzir aglomerações e a exposição de eleitores ao novo coronavírus, uma das hipóteses em discussão é que as eleições tenham dois dias de votação, disse na sexta-feira (22), em Brasília, o ministro Luís Roberto Barroso, que assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima semana. Para isso, seria preciso um gasto adicional de R$ 180 milhões, que é o custo estimado pelo TSE de um dia adicional de eleição. Diante do quadro de crise fiscal, porém, outra possibilidade seria expandir o horário de votação, para que dure 12 horas, o que teria um custo menor.
Na coluna FolhaGeral, o abespinhado redator-chefe Roberto Carvalho está informando que, manhã da quinta-feira (dia 21), sete vereadores participaram de uma reunião com representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e da Prefeitura para discutir alterações no regime de previdência municipal. O sindicato sugeriu alterações para o projeto e enviará à Prefeitura um documento contendo as modificações pretendidas, como o aumento da alíquota de contribuição de forma gradativa até que atinja os 14% estipulados pela Emenda Constitucional 103/2019. Após incluir as alterações propostas pelo Sindicato, a Prefeitura encaminhará o projeto para que seja lido, discutido e votado na Câmara Municipal.