ACUSADA DE DESACATAR SERVIDORES DA PREFEITURA DE JALES, ADVOGADA ACEITA ACORDO PROPOSTO PELO MP

Uma advogada aqui de Jales, conhecida por sua atuação na defesa das causas animal e ambiental, além de suas posições favoráveis à volta da ditadura militar, aceitou o acordo proposto pela Justiça local para encerrar processo em que ela é acusada de desacatar alguns servidores públicos municipais.

Sucedeu assim: numa movimentada manhã de domingo, a advogada resolveu caminhar um pouco para espairecer e deu de cara com uma máquina da Prefeitura retirando uma árvore da Praça do Jacaré, o que a deixou revoltada. Segundo sua versão, ela teria perguntado o que estava acontecendo aos cinco servidores que realizavam o serviço e eles teriam respondido, em tom zombeteiro, que “iriam cortar tudo”.

De outro lado, os servidores disseram que estavam retirando uma árvore que havia caído com uma ventania, quando foram abordados pela advogada, a qual passou a ofende-los, chamando-os de “filhos da puta”, “vagabundos”, “miseráveis”, “passa-fome”, “desgraçados”, “baba-ovos do prefeito“, dentre outros impropérios, sendo necessária a intervenção da Polícia Militar para por fim ao barraco.

Registre-se que a praça estava cheia de pacatos munícipes – pais, avós, tios, etc – os quais acompanhavam as criancinhas que foram até a praça naquele domingo tranquilo, 10 de outubro, para comemorar o “Dia das Crianças” e acabaram testemunhando a cena bizarra.

A desinteligência foi desembocar na Delegacia de Polícia, onde o delegado Carlos Eduardo Monteleone ouviu o depoimento de todos os seis envolvidos. Ao delegado, a advogada negou que tivesse dito os xingamentos mencionados pelos supostos ofendidos, mas confirmou ter dito aos servidores que “eles ganham um salário miserável para fazer um serviço sujo”.

Em fevereiro deste ano o Ministério Público, representado pelo promotor Eduardo Shintani, ofereceu denúncia contra a advogada como incursa no artigo 331 do Código Penal por desacato a funcionário público no exercício da função, cuja pena vai de seis meses a dois anos de detenção. Além disso, o promotor pediu a fixação de indenização mínima aos ofendidos, por danos morais.

Na defesa apresentada à Justiça, a advogada reconheceu que se exaltou, mas alegou problemas de saúde que a levaram a perder a compostura. Ela mencionou, também, uma suposta perseguição praticada por servidores municipais, em virtude da sua posição contrária a medidas abusivas tomadas pela administração municipal.

Na semana passada, durante audiência de instrução e julgamento, na Vara Especial Cível e Criminal, o Ministério Público propôs um acordo, pelo qual a pena privativa de liberdade seria substituída pelo pagamento de 01 salário mínimo.

Nesta semana, a defesa da advogada protocolou documento manifestando seu interesse em aceitar a proposta de acordo. E vida que segue!

2 comentários

  • Nova equipe da deputada: de ex-vereador ruim até fofoqueira de zapzap

    Curiosidades sobre a audiência.
    1: a advogada utilizou do convênio da OAB com a defensoria pública, que é um instituto que deve ser utilizado apenas por pessoas pobres. Aqui já vemos que teoria é uma e prática da OAB de Jales é outra.
    2: a advogada alegou em defesa que se sentiu acuada e apenas estava exercendo seu direito de cidadã (oi?????)
    3: pediu parcelamento do tal 1 salário mínimo em 6 vezes. Como todo bom bolsonarista, na hora de ofender, humilhar e ameaçar são bons, na hora de arcar com o prejuízo, começam a mendigar toda e qualquer possibilidade.
    Não duvido que daqui a pouco aparece vaquinha no tal grupão do whatsapp do gado para pagar a tal pena de prestação pecuniária.

  • Quase foi pro Centro de Ressocialização

    Só aceitou pq tem condenação recente e uma nova sentença poderia impor uma bela cana no semiaberto… no fundo ela ainda deve achar que agiu com razão, como é típico de bolsonaristas

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