DEPOIS DE 30 ANOS, ROBERTO CARLOS VOLTA A CANTAR “QUERO QUE VÁ TUDO PRO INFERNO”

roberto-carlos-canta-no-especial-da-globo-1478677071981_300x420Roberto Carlos, que há muito tempo não veste roupas escuras nem pronuncia palavras que ele julga negativas, como “inferno”, “azar”, etc, parece estar superando essa fase.

Em 1995, quando vários artistas se reuniram para regravar sucessos da jovem guarda, na coletânea “30 anos da Jovem Guarda”, Roberto Carlos, o maior ícone desse movimento, preferiu ficar de fora. O motivo? Os produtores da coletânea não abriram mão de regravar “Quero Que Vá Tudo Pro Inferno”, uma música que representava bem o espírito da Jovem Guarda.

Em 1999, Maria Bethânia tinha gravado uma música (não me lembro o nome) do Roberto Carlos para a trilha sonora da novela “Suave Veneno”. Ao tomar conhecimento do nome da novela, Roberto desautorizou a inclusão de sua música, o que obrigou a Globo a alterar a trilha sonora e incluir “É o Amor”, também gravada por Bethânia.

Além de Roberto Carlos cantando “Quero Que Vá Tudo Pro Inferno”, o especial deste ano poderá ter outra novidade: ao que parece, não tem nenhuma dupla sertaneja escalada para cantar com o Rei. Vejam a notícia do UOL:

“Mas eu estou aqui vivendo esse momento lindo…”. O Natal está mesmo logo ali. Como de costume, Roberto Carlos abriu a gravação do seu especial da Globo com “Emoções” para um público seleto de cerca de 200 convidados nos estúdios da emissora no Rio de Janeiro, e se emocionou, literalmente, ao receber Caetano Veloso, Gilberto Gil e Marisa Monte no palco.

O programa, que foi gravado em duas partes, na segunda (7) e terça-feira (8), exibirá ainda um dueto gravado com Jeniffer Lopez em Los Angeles, efeitos especiais e uma canção que estava fora do repertório dos shows do rei há muitos anos.

“Gostei de fazer meu especial este ano de uma forma assim mais intimista”, disse ele, que ainda dividiu o palco com Zeca Pagodinho, Rafa Gomes, do “The Voice Kids”, e Milton Guedes.

Roberto cantou com Caetano e Gil “Coração Vagabundo” e “Marina”. “Estou nervoso. Que alegria ter vocês aqui. Que coisa incrível poder participar de um número de um show de vocês”, comemorou ele, visivelmente emocionado.

“O Roberto já é uma voz absorvida, projetada por nós todos. Muito do nosso cantar, do nosso continuar cantando é por causa dele”, comentou Gil.

Ao lado de Marisa Monte, o Rei cantou “De Que Vale Tudo Isso”, “Ainda Bem” e dançou juntinho com direito a rostinho colado. Quando o diretor Boninho pediu que ele repetisse a última canção com Marisa, Roberto não se incomodou e até brincou com a situação: “É bom que a gente dança de novo”.

Roberto estava mesmo bem-humorado e só se incomodou quando leu no teleprompter que a próxima canção depois que Marisa Monte deixou o palco seria “Quero Que Vá Tudo Pro Inferno“, uma das músicas banidas do repertório do cantor na década de 80, quando o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) se acentuou, aumentando também as manias e superstições do artista. O artista se ausentou do palco por alguns minutos e, após ser convencido pelo maestro Eduardo Lages, cantou a música completa.

“Não me lembro mais quando foi a última vez que cantei essa música. Faz muito tempo realmente. De repente os amigos insistiram e comecei a tratar o TOC. Melhorei um pouco e ensaiei cantando pela metade, mas aí tratei mais um pouco e resolvi cantar tudo”, disse o cantor que até abraçou o maestro para comemorar.

2 comentários

  • CARLOS MELLO

    Os Titãs tentaram gravar essa música no disco Ao Vivo MTV, gravado em Florianópolis, porém não tiveram sucesso em conseguir autorização do autor da música. Ao invés dessa, gravaram a não menos clássica “O Portão”, que contém a célebre cena de um cachorro que sorri latindo!

    Falei por falar, só mais uma curiosidade.

  • O rei (da música popular-romântica,e não da MPB,como querem alguns) tem lá suas razões.As palavras tem força e concentra uma certa energia.Mas proibir até os outros de cantarem,só pode ser uma doença psíquica mesmo.
    Eu tenho um certo problema com ordem e simetria.

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