E O NOBEL DE LITERATURA DE 2016 VAI PARA… BOB DYLAN

Por essa, nem o Eduardo Suplicy esperava. A notícia é do UOL:

bob-dylan-vence-premio-nobelBob Dylan, cantor e compositor norte-americano de clássicos como “Blowin’ in the Wind” e “Like a Rolling Stone”, é o vencedor do prêmio Nobel de Literatura de 2016. A notícia foi recebida com surpresa: no ambiente geralmente formal, ouviram-se gritos e aplausos na sala onde a porta-voz da Academia Sueca, Sara Danius, fez o anúncio nesta quinta-feira (13), em Estocolmo, às 8h (horário de Brasília).

Danius disse que Dylan foi agraciado por ter “criado novas expressões poéticas dentro da grande tradicional canção americana”. Ela ainda traçou paralelos entre a obra dele e a dos poetas gregos Homero e Safo. “Eles faziam poesia para ser ouvida e para ser apresentada com instrumentos. Nós lemos Homero e Safo e gostamos até hoje. É o mesmo com Dylan. Ele pode ser lido, deve ser lido, e é um grande poeta da língua inglesa. E ele faz isso se reinventando constantemente”. 

Dylan –que já tem 12 prêmios Grammy, um Oscar, um Globo de Ouro, um Pulitzer e um Príncipe das Astúrias das Artes– é o primeiro compositor de canções a ganhar o prêmio máximo da literatura. Mas, além de ser músico, Dylan tem também 30 livros publicados. É autor, entre eles, do livro “Tarântula”, uma coletânea de poesias que ele lançou em 1966 e que foi publicada no Brasil em 1986 pela Editora Brasiliense. Também já lançou sua autobiografia, “Crônicas Vol. I”, que chegou no Brasil em 2005. 

Batizado de Robert Allen Zimmerman, Dylan nasceu em Duluth, Minessota, em 24 de maio de 1941. Na adolescência, tocou em diversas bandas e, com o tempo, seu interesse pela música se aprofundou, com paixão especial pela música folk e pelo blues. Um de seus ídolos é o cantor folk Woody Guthrie. Ele também foi influenciado pelos autores da Geração Beat, assim como pelos poetas modernistas.

Dylan foi eleito em 2004 pela revista norte-americana “Rolling Stone” o segundo melhor artista de todos os tempos, atrás apenas dos Beatles. Ele –que tem quase 40 discos lançados e é também um pintor amador — segue em plena atividade e tem feito, desde 1988, uma média anual de cem apresentações.

1 comentário

  • No Brasil sempre houve essa discussão se letra de música é poesia,ou se pode ser considerada literatura.De um lado,os direitistas – como Bruno Tolentino e Olavo de Carvalho – sempre subestimaram os nossos melhores letristas,que por acaso são de esquerda. É o debate cultural com viés político.A Academia Sueca veio jogar a pá de cal,ou colocar mais lenha na fogueira.

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