FAGNER: “CHICO BUARQUE FOI MEU GRANDE PARCEIRO E A POLÍTICA NOS SEPAROU”

Na foto acima, Chico aparece entre dois coxinhas. Deu no DCM:

Em entrevista ao Glamurama, o cantor Fagner afirmou que:

Gosta de jogar futebol/pelada com os amigos?

Fagner: “Gosto mas estou parado por conta de complicações que tive no joelho. Joguei muito futebol, tenho o orgulho em dizer que joguei com os maiores do mundo – Rivelino, Sócrates, Pelé, Éder… Fiquei tão ligado ao futebol que em todo Estado que eu ia sempre tinha um clube que ia me buscar no aeroporto e me convidava pra treinar. Fui um dos artistas que marcou a ligação entre música e futebol, quando o artista flertava com o universo do jogador e vice-versa. A imprensa adorava esse intercâmbio. Chico [Buarque] foi meu grande parceiro. Faz tempo que a política nos separou, mas não influenciou no carinho que tenho por ele. Perdi um amigo que amo muito. Infelizmente, porque a política deveria ser uma coisa a parte.”

Você sempre foi muito envolvido com a política. Se arrepende de algo?

Fagner: “Além de meus amigos de geração serem Tasso [Jereissati] e Ciro [Gomes], entre tantos outros políticos, presenciei toda a mudança que tivemos no Ceará com o fim da gestão dos coronéis para o início de uma democracia, então me dediquei e me envolvi muito com a política, a ponto de tê-la colocado como prioridade em alguns momentos da minha carreira. Me arrependo de ter perdido tanto tempo com isso, participando tão ativamente de tudo, me apresentando em palanques… Tomei muita bola nas costas, fui até o fundo do poço, mas aprendi. Era apenas uma ficção. Recebia muitos conselhos para me envolver menos e não ouvi. Deveria ter sido mais ‘light’.”

Além de Chico Buarque, já perdeu outros amigos para a política?

Fagner: “Com certeza. Fui bobo e só percebi depois, mas muitos me usaram. Se tem uma coisa que posso ficar tranquilo é que nunca peguei dinheiro de política. Valorizei minha suposta ideologia de acreditar em pessoas e adorei quando veio a proibição de artistas em palanque, porque muitos subiam cada dia em um partido diferente, buscando dinheiro, e acabavam desnorteando as pessoas. Eu só subi em palanque de políticos que considerava os melhores, e claro que errei, mas nunca recebi nada por isso.”

Como se posiciona politicamente hoje? Em quem vai votar na próxima eleição?

Fagner: “Estamos há três meses das eleições, esperando para ver o quadro, que não é bom. Candidatos com maior visibilidade talvez venham com as mesmas manias e o país está menos dividido, as pessoas estão se ‘tocando’ de maneira geral. Quero ver o que eles têm a dizer. Tenho um grande amigo na disputa, o Ciro Gomes – já contribuí muito na campanha dele no Ceará -, e também Alvaro Dias e Geraldo Alckmin, que não são amigos mas já acompanhei de perto.”

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