JUSTIÇA BLOQUEIA BENS DE ENVOLVIDOS EM FRAUDES NA FEF

Ontem, um site de notícias da região publicou estranha e confusa  matéria cuja manchete informava que “apuração descarta irregularidades na distribuição de bolsas escolares em programa“. A informação se refere, é claro, ao caso da Fundação Educacional de Fernandópolis – FEF, investigado pela Polícia Federal

O trecho inicial da notícia dizia que “a distribuição de bolsas escolares, patrocinada pela FEF, a principio, não houve irregularidades que podem atestar a participação dos envolvidos. Das 1.700 bolsas recebidas pela instituição foram distribuídas regularmente aos bolsitas, sem eventual apropriação de recursos públicos. Foram detectados pelos interventores, erros formais e humanos , em 20 bolsas distribuídas, que não macularam programa e também imputabilidade penal e civil aos suspeitos“.

Entenderam? Eu também não! De qualquer forma, se quiserem ler a notícia completa, basta clicar aqui.

Hoje, sábado, o Diário da Região está veiculando matéria onde não se fala em “inexistência de irregularidades”, nem em “imputabilidade aos suspeitos”. Muito ao contrário, a notícia do Diário diz que a justiça está bloqueando os bens dos acusados. Ei-la:

O juiz da 1ª Vara Criminal de Fernandópolis, Evandro Pelarin, determinou o bloqueio de bens móveis e imóveis do presidente afastado da Fundação Educacional de Fernandópolis (FEF), Paulo Sérgio Nascimento, de Sirlene Aparecida de Araújo Costa, também afastada do cargo de diretora de recursos humanos da instituição, e do escritório de advocacia Pereira Nascimento e Advogados Associados, ligado ao presidente afastado. O bloqueio determinado pelo juiz é de R$ 1.844.128, valor apurado até agora que teria sido desviado da FEF.

“Essa é uma decisão cautelar que tem como objetivo garantir que o dinheiro seja devolvido. Caso o bloqueio não consiga todo o dinheiro em nome deles, a gente busca os parentes e verifica se não houve transferências recentes de bens a fim de tentar fraudar a Justiça”, afirmou Pelarin.

O juiz diz ainda que as suspeitas de tentativa de fraudar a Justiça são fortes. “Enfim, como apresenta o delegado de Polícia Federal, não se entende o porquê que os suspeitos Paulo Sérgio e Sirlene, no dia 24 de dezembro de 2014, poucos dias após a deflagração da operação da PF, e um dia depois do fim da prisão temporária de Paulo Sérgio, encerraram conta bancária no Banco do Brasil, o que, diante dos indícios apresentados, pode mesmo indicar qu eles tentam fraudar a ação da Justiça”, diz trecho da decisão de Pelarin, de terça-feira.

O ex-presidente da FEF é acusado de ser o líder de um esquema de fraudes nos programas Escola da Família, do governo de São Paulo, e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), do governo federal. Segundo a PF, a faculdade era usada pelo grupo para fraudar os dois programas estudantis de concessão de bolsas universitárias e financiamento do ensino superior. Eles usavam os nomes de alunos – provavelmente sem conhecimento dos estudantes – para receber os recursos dos governos estadual e federal. Estes recursos eram desviados em favor do grupo que controlava a instituição de ensino.

Além do presidente da FEF e Sirlene, o coordenador do projeto Escola da Família da Delegacia Regional de Ensino de Fernandópolis, Neuclair Félix Nascimento, também é investigado pela Polícia Federal de Jales. As investigações tiveram início em julho. Além das fraudes nos programas educacionais, a Polícia Federal também encontrou notas fiscais (em valor de R$ 1,2 milhão) que não foram contabilizadas pela direção da faculdade. Nascimento afirmou ontem ao Diário, por telefone, desconhecer a decisão da Justiça e preferiu não comentar o assunto. Sirlene também foi procurada pelo jornal para falar sobre a decisão, mas não foi encontrada.

2 comentários

  • Rafael

    O que aconteceu é que todos alunos que recebem as bolsas estão matriculados na instituição, não havendo assim alunos fantasmas, mas o Sr. ex presidente da fundação cometia crimes de lavagem de dinheiro com dinheiro das bolsas para benefício próprio. Resumindo, não é por causa de um erro de uma pessoa que a fundação e principalmente os alunos devem pagar.

  • "O" do Borogodo

    Definitivamente tenho certeza que o crime nao compensa, o sujeito rouba e no fim nao usufrui de nada, o jeito e trbalhar honestamente como eu, carregando peso todo santo dia.#ficaadicapracambadaderato.

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