HOMENAGEM DE JALESENSE A GILBERTO GIL É REJEITADA PELA CÂMARA DE FLORIANÓPOLIS

A nossa conterrânea Carla Ayres bem que tentou homenagear o Gilberto Gil, mas foi impedida por seus colegas. O Gil tem títulos de Doutor Honoris Causa, de embaixador da ONU, de artista pela Paz da Unesco, é dono de uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, mas não serve para ser cidadão honorário de Florianópolis. Deu no portal da Veja

A Câmara de Vereadores de Florianópolis rejeitou nesta semana a proposta apresentada pelos vereadores Carla Ayres (PT) e Afrânio Boppré (PSOL) para conceder o título de cidadão honorário a Gilberto Gil.

Na votação de terça-feira,14, o título de cidadão honorário a Gil foi rejeitado por 8 vereadores e só obteve voto favorável de 6 parlamentares, segundo o repórter Fabio Gadotti, do ND+. Para ser aprovado, o projeto precisava do apoio de 12 integrantes da Casa.

Dias atrás, o Legislativo da capital de Santa Catarina provocou a reação da família da primeira parlamentar negra eleita no país ao conceder a medalha Antonieta de Barros a duas deputadas bolsonaristas.

Antes de chegar ao plenário da Câmara, a proposta de homenagem a Gil recebeu parecer do vereador Gilberto Pinheiro, conhecido pelo apelido de Gemada, do Podemos. No texto, acredite, Gemada disse que a concessão do título de cidadão honorário a Gil poderia “servir como incentivo ao uso do entorpecente em nossa cidade”.

“O único fato que liga o homenageado com o nosso município ocorreu em 1976, quando esteve aqui para fazer um show e foi preso por posse de entorpecente, em específico maconha”, disse Gemada, que teve seu relatório rejeitado pelos colegas.

Na época da prisão em Florianópolis, o artista foi levado a julgamento e condenado a um ano de prisão por causa de um cigarro de maconha e outra pequena porção da droga. 

A legislação não previa a figura do usuário de maconha. Ou a pessoa era considerada traficante ou assumia a condição de viciado. E foi o que Gilberto Gil fez, orientado por um advogado: se declarou como viciado e foi condenado a um ano de prisão.

É a segunda vez que a Câmara de Vereadores de Florianópolis nega o título a Gil. Que vergonha, excelências.

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