Arquivos mensais: novembro 2020

FATEC JALES ABRE PERÍODO DE INSCRIÇÕES PARA VESTIBULAR 2021

 

Além das 40 vagas para o curso noturno de SISTEMAS PARA INTERNET, destacadas no cartaz acima, os vestibulares da FATEC Jales estão disponibilizando mais 160 vagas em outros cursos superiores gratuitos, com três anos de duração:

Análise e Desenvolvimento de Sistemas (manhã – 40 vagas);

Agronegócio (noite – 40 vagas);

Gestão Empresarial (noite – 40 vagas); e

Gestão Empresarial (à distância – 40 vagas).

O período de inscrições começou no dia 25 de novembro e vai até às 15 horas do dia 15 de dezembro.

Taxa de inscrição: R$ 39,00 (boleto ou cartão de crédito).

Informações: fone/whatsapp (17) 99676-2867 – www.fatecjales.edu.br

As inscrições podem ser feitas AQUI.

E POR FALAR EM TRANSIÇÃO… LUISINHO ABRA DEVERÁ SER O NOVO SECRETÁRIO DE FAZENDA DE VITÓRIA BRASIL

E já que falamos em transição no post anterior, é oportuno informar que, em Vitória Brasil, onde o candidato situacionista, Alécio Caberlin(DEM), perdeu a eleição para o oposicionista Paulo Henrique Miotto(PTB), a prefeita Ana Lúcia publicou decreto municipal autorizando o início dos trabalhos da equipe de transição, que até já se reuniu, como mostra a foto acima.

A novidade é que a equipe terá pelo menos dois jalesenses: o ex-diretor de finanças da Câmara Municipal, Luiz Antonio Abra, e o servidor municipal aposentado José Antonio Vicentim. Luisinho Abra, por sinal, deverá ser o novo secretário de Fazenda de Vitória Brasil.

Além de Luisinho, pelo menos mais um secretário já foi confirmado pelo prefeito eleito, também chamado de Paulinho do Açougue. Trata-se de Lincoln da Silva Massuda, que ocupará a Secretaria de Administração e Planejamento. Informações dão conta, ainda, de que o atual secretário de Educação, Weslei Ormaneze, deverá continuar no cargo.

ADVOGADOS LIGADOS A PINATO SÃO INDICADOS POR LUÍS HENRIQUE PARA A EQUIPE DE TRANSIÇÃO

O prefeito eleito, Luís Henrique Moreira(PSDB), anunciou hoje, no rádio, a nomeação de duas pessoas para integrar a equipe de transição prevista na lei municipal nº 4.030, de 26 de setembro de 2012.

LH não mencionou nomes, mas disse tratar-se de pessoas com grande conhecimento, inclusive com doutorado em suas áreas de atuação. Quem seriam essas pessoas tão qualificadas?

Segundo o blog apurou, são os advogados Christopher Rezende Guerra Aguiar e Paulo Rodrigo Rezende Guerra Aguiar. Tudo indica que eles foram indicados pelo deputado federal Fausto Pinato(PP).

Os dois trabalham – ou trabalharam – na CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazens Gerais de São Paulo), que, como se sabe, é – ou foi – um reduto dominado pelo deputado, que instalou por lá seu próprio pai – condenado por assassinato – em um cargo com salário de R$ 20 mil.

Não se sabe se os dois advogados ainda permanecem em seus respectivos cargos, uma vez que a presidência da CEAGESP foi trocada recentemente, mas Christopher era o gerente jurídico do órgão, enquanto Paulo Rodrigo era assessor técnico I.

A proximidade dos Guerra Aguiar com a família Pinato não se dá apenas por suas ligações com a CEAGESP. Eles advogam para Edilberto Pinato, o pai do deputado, em uma ação de indenização por danos morais contra o Expresso Itamaraty, no Fórum de Campinas.

Outro exemplo? Em janeiro deste ano, o deputado federal Fausto Pinato fez uma incursão à Secretaria de Comunicação Social do governo Bolsonaro, para uma agenda com o polêmico secretário Fábio Wajngarten. No encontro, Pinato teve como acompanhante o advogado Christopher.

As ligações dos Guerra Aguiar com o Partido Progressista Brasileiro (PP), o partido de Pinato, também são antigas. Christopher foi delegado estadual do partido, entre 1995 e 2002.

Os dois advogados atuam em vários processos no estado de São Paulo, inclusive aqui em Jales. Em Buritama, por exemplo, eles atuam como advogados de defesa do nosso futuro prefeito, em um processo no qual Luís Henrique Moreira é acusado de danos aos cofres daquele município. A encrenca é dos tempos em que LH foi  procurador jurídico da Prefeitura de Buritama.

Os dois advogados possuem ligações em pelo menos duas prefeituras da região. Em Dolcinópolis, um deles atua como consultor jurídico desde 2015. Christopher e Paulo Rodrigo atuam, ainda, como advogados de defesa do prefeito de Dirce Reis, Euclides Scriboni Benini, em um caso de suposta fraude em concurso público.

Em tempo: além dos dois advogados, a equipe de transição será integrada pelo chefe de gabinete da Secretaria de Planejamento, Wellington Lima Assunção, indicado pelo prefeito Flá Prandi.    

BAURU ELEGE SUA PRIMEIRA PREFEITA: JOVEM, NEGRA E CONSERVADORA

A notícia é do Congresso em Foco:

A cidade de Bauru, no interior de São Paulo, elegeu neste domingo (29) a primeira mulher prefeita: a jornalista Suéllen Rosim (Patriota). Com 89.725 votos, o equivalente a 55,98% dos votos válidos, ela derrotou o médico Dr. Raul (DEM), que obteve 70.558 votos (44,02% dos votos válidos). A abstenção na cidade foi de 32%.

No primeiro turno a candidata também ficou em primeiro lugar, com 57.844 votos (35,60%), contra 53.299 (32,80%) de Dr. Raul. O vice-prefeito será Dr. Orlando Dias, também do Patriota. Suéllen concorreu em uma chapa pura, sem coligações.

Suéllen tem 32 anos e nasceu em Dourados (MS), mas mora no estado de São Paulo há 20 anos. Formada em comunicação pelo Centro Universitário Toledo, ela foi repórter e produtora da TV TEM, afiliada da Rede Globo em Bauru. Em 2018, após deixar a empresa, Suéllen ingressou na carreira política e se candidatou a deputada estadual pelo Patriota, conquistando pouco mais de 30 mil votos. Ela ficou com a primeira suplência da sigla na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

O Patriota, partido registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2012, se define como “moralmente conservador, economicamente defensor do livre-mercado e confessionalmente cristão”.

Evangélica, Suéllen é palestrante e faz trabalhos com publicidade, além de ser cantora gospel. Ela tem uma dupla com a irmã, Taynara. É também coordenadora do seu partido em 25 municípios da região e presidente estadual do Patriota Mulher SP.

Entre as propostas apresentadas por ela para o município, está a realização de parcerias público-privadas (PPPs) para revitalizar a área central de Bauru e uma reforma administrativa municipal.

ELAS CHEGARAM PARA FICAR NA POLÍTICA

Aproveitando o gancho do confrade Deonel Rosa Júnior sobre o aumento da participação feminina nos legislativos municipais da região, reproduzo, por oportuno, o texto da jornalista Adriana Vasconcelos, para o portal Poder360.

As três moçoilas acima são as candidatas a prefeitas de capitais Cristiane Lopes (Porto Velho), Manuela d’Ávila (Porto Alegre) e Delegada Danielle (Aracaju). Vamos ao texto:

Neste domingo, teremos 46 mulheres disputando o 2º turno das eleições municipais deste ano: 19 concorrem ao cargo de prefeita, sendo 5 em capitais, e 27 disputam como candidatas a vice, das quais 12 também em capitais. As demais em municípios com mais de 200 mil habitantes.

Entre as candidatas de capital, apenas uma aparece na frente de acordo com as últimas pesquisas: Marília Arraes (PT) leva pequena vantagem na acirrada disputa que trava com o primo João Campos (PSB) em Recife (PE).

Correndo por fora, já que a eleição no Amapá foi adiada para o próximo dia 6 de dezembro por conta do apagão de 21 dias registrado no Estado, temos mais uma mulher: Patrícia Ferraz (Podemos), que disputará a Prefeitura de Macapá.

Entre os demais municípios com candidatas a prefeita disputando o 2º turno, elas são consideradas favoritas em 8 cidades.

Em Ponta Grossa (PR) é possível assegurar, antes mesmo da apuração de votos, que a cidade terá uma mulher como prefeita. Pois trata-se da única cidade no país com uma final 100% feminina.

Esses números não deixam dúvidas sobre a melhoria do desempenho feminino deste ano em grandes centros urbanos. Tanto nas disputas pelas prefeituras, como para as Câmaras Municipais.

Ainda que no âmbito geral o crescimento do número de mulheres eleitas prefeitas possa parecer tímido, totalizando 12,2% no 1º turno, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), elas avançaram. E desta vez não ficaram restritas apenas aos pequenos municípios, como de costume.

NOVOS ESPAÇOS

Em um país onde 8 presidentes da República foram substituídos por seus respectivos vices ao longo de sua história, como o Brasil, o aumento do número de candidatas mulheres a vice-prefeita, vice-governadora e vice-presidente da República não deve ser subestimado.

Mesmo que isso reflita mais um interesse pela cota de recursos do Fundo Eleitoral destinados obrigatoriamente às candidaturas femininas, do que uma opção espontânea por candidatas mulheres.

Aliás, a única mulher eleita prefeita de capital no 1º turno, Cinthia Ribeiro (PSDB) em Palmas (TO), chegou ao posto como vice de Carlos Amashta (PSB), após este renunciar ao cargo para disputar o governo do Estado.

CAMINHO ABERTO PARA OUTRAS

Pelo menos 3 candidatos a prefeito de capital que escolheram uma mulher como vice enfrentam mulheres neste 2º turno. O que garantirá mais um naco de poder para elas, independentemente do resultado final da disputa. É o caso de Rio Branco (AC), Recife (PE) e Aracaju (SE).

Em outras capitais, como Vitória (ES) e São Luís (MA), os 2 candidatos que disputam o 2º turno têm mulheres como vice. O que assegura de antemão o aumento do número de vice eleitas em capitais: de 3 para 5. Já que Ana Paula Matos (PDT), Adriane Lopes (Patriota) e Aila Cortez (PDT) já haviam assegurado a eleição como vice no 1º turno em Salvador (BA), Campo Grande (MS) e Natal (RN), respectivamente.

NEGRAS E TRANS

As mulheres já sofrem naturalmente preconceitos múltiplos no campo político, as negras e trans, então, sentem isso em um grau ainda mais elevado. Mesmo assim, elas também avançaram na ocupação de seus espaços.

Pela 1ª vez alguns municípios elegeram, este ano, mulheres negras para suas respectivas Câmaras Municipais.

É o caso, por exemplo, de: Carol Dartora em Curitiba (PR), Elenízia da Mata na Cidade de Goiás (GO),  Mazéh Silva em Cáceres (MT), Ana Lúcia Martins em Joinville (PR), Maiara Felícia em Nova Friburgo (RJ), Jô Oliveira em Campina Grande (PB), e Taise Braz em Catanduva (SP).

Foram eleitas ainda 2 mulheres quilombolas: Domingas Quilombola em Uruaçu (GO) e Jacielma Santos em Orocó (PE).

Também saíram vitoriosas das urnas  Duda Salabert, a 1ª vereadora trans de Belo Horizonte (MG) e a mais votada da história da capital mineira, assim como Erika Hilton em São Paulo (SP), Linda Brasil em Aracaju (SE) e Benny Briolly em Niterói (RJ).

JORNAL DE JALES: CANDIDATO A VEREADOR MAIS VOTADO EM JALES, RICARDO GOUVEIA QUER DISPUTAR PRESIDÊNCIA DA CÂMARA

Eis a capa do Jornal de Jales deste domingo, cuja principal manchete destaca que “deputado da região peita filho de Bolsonaro e defende a China”. A manchete se refere ao deputado federal Fausto Pinato(PP) que, ao longo da semana, andou criticando os Bolsonaro em função de declarações contra a China, a principal parceira comercial do Brasil. O jornal lembra que Pinato tem base eleitoral em nossa região e reverbera frases em que ele critica a família Bolsonaro. “Uma instituição que quer se dar ao respeito não pode permitir que seus membros achincalhem outros países prejudicando históricas relações”, foi uma das frases atribuídas a Pinato, que é o presidente da Frente Parlamentar Brasil-China e da Comissão de Agricultura da Câmara Federal.

O jornal traz, também, uma entrevista com o vereador eleito Ricardo Gouveia, o candidato a vereador mais votado nas eleições de 15 de novembro, em Jales. Ricardo, que é médico dermatologista, disse ao jornal que, desde que retornou a Jales, em 2008, já trabalhou em diversos setores da saúde municipal e, por isso, conhece as maiores dificuldades nessa área. Na entrevista, Ricardo confirma que pretende disputar a presidência da Câmara Municipal de Jales para os próximos dois anos. Como candidato mais votado, com 1.197 votos, ele presidirá a sessão de posse do novo prefeito e dos novos vereadores, no dia 1º de janeiro de 2021.

O mestrado na USP, conquistado pelo ex-procurador da República em Jales, atualmente em Franca, José Rubens Plates; a Romaria Diocesana realizada no domingo passado, em forma de carreata por conta do coronavírus; a inauguração da decoração natalina em Jales; o novo livro da professora Janeth Vitor, que tem como tema a Prainha de Santa Albertina; a prisão de um rapaz que disparou um tiro durante uma balada no Portal de entrada da cidade; e os números do coronavírus em Jales, que provocaram um aumento de 15,58% na média de ocupação da UTI da Santa Casa, são outros assuntos do JJ.

Na coluna Fique Sabendo, o jornalista Deonel Rosa Júnior destaca o crescimento da participação feminina nas câmaras municipais da região na próxima legislatura. Jales, por exemplo, não tem nenhuma mulher entre os atuais vereadores, mas, a partir de janeiro, terá duas representantes do “sexo frágil” na Câmara. Dirce Reis, Vitória Brasil, Paranapuã e Santa Albertina elegeram uma mulher para seus respectivos legislativos, enquanto Pontalinda e Santa Salete elegeram duas. Em Aspásia foram eleitas três vereadoras, mas as recordistas foram Urânia e Mesópolis, onde os eleitores escolheram quatro mulheres para cada uma das duas câmaras municipais.

PREFEITURA CONSEGUE LIMINAR PARA OBRIGAR EMPRESA A APRESENTAR DOCUMENTOS DE AMBULÂNCIAS

O juiz Adílson Vagner Ballotti, da 3ª Vara Cível de Jales, deferiu liminar solicitada pela Prefeitura de Jales para obrigar a empresa WP dos Santos a apresentar os documentos necessários para possibilitar o licenciamento e o registro em nome da municipalidade de duas ambulâncias. Na liminar, o magistrado determina que a empresa entregue os documentos no prazo de cinco dias, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.

As duas ambulâncias estão no epicentro de uma confusão que começou em janeiro deste ano, quando a Prefeitura realizou uma licitação para a aquisição dos veículos. Nada menos do que oito empresas participaram da licitação e, ao final, a ganhadora foi a WP dos Santos, que se propôs a vender as duas ambulâncias para a Prefeitura, por R$ 72,5 mil cada uma, ou R$ 145 mil no total.

A empresa entregou as duas ambulâncias e recebeu os R$ 145 mil, mas deu-se, então, o inesperado. Ao tentar emplacar os dois veículos, a Prefeitura descobriu que eles tinham sido comprados junto à fabricante, a General Motors do Brasil, com isenção de impostos, por outra empresa e não pela WP Santos. Além disso, alguns detalhes das notas fiscais foram apagados.

Por conta desses problemas, o Detran não autorizou o emplacamento dos dois veículos em nome da Prefeitura, fato que está impedindo a utilização das ambulâncias e prejudicando o atendimento à população.

O primeiro round foi vencido pela Prefeitura, com o deferimento da liminar, mas, desconfiados de que a empresa não vai conseguir entregar os documentos reclamados, os advogados do município pediram mais: eles querem que a empresa, caso não consiga apresentar os documentos, seja condenada a restituir integralmente os R$ 145 mil, devidamente corrigidos.

Tudo indica que a novela ainda está longe de seu capítulo final.

 

BENITO DI PAULA – “RETALHOS DE CETIM”

Eu ainda nem tinha começado a pensar no vídeo musical que postaria neste sábado, quando recebi uma ligação do professor Paulo César Turazza, o flamenguista Ziquinho, que, como metade da cidade sabe, é fã de carteirinha do Benito di Paula.

Tão fã que batizou seu único filho com o nome de Benito. Infelizmente, Benito, o filho do Ziquinho faleceu há alguns anos em um acidente de moto. Benito, o original, ficou sabendo do falecimento do Benito jalesense e, em uma ocasião em que esteve em Santa Fé do Sul, chorou abraçado ao fã Ziquinho.

Em 2019, Benito di Paula também viveu o drama de perder um filho, mas, voltando ao telefonema do Ziquinho, o objetivo da ligação foi pedir que, neste sábado, eu o “presenteasse” com um post sobre o Benito.

Afinal de contas, hoje é o aniversário do Ziquinho e, por uma dessas coincidências inexplicáveis, é também o aniversário do Benito di Paula. E como um pedido do Ziquinho é uma ordem, peço licença ao professor José Antonio de Carvalho e ao meu oráculo Marco Antonio Polleto, para falar sobre o ídolo do nosso amigo flamenguista.

Nascido Uday Velozzo em Nova Friburgo(RJ), aos 28 de novembro de 1941, Benito está completando 79 anos neste sábado. O pai, um funcionário da Estação Leopoldina, tocava vários instrumentos (piano, bandolim, piano, etc), de modo que Uday e seus 12 irmãos cresceram em um ambiente musical. Pelo menos três deles – Ney, Jota e Ana Carolina Velozzo – também são músicos e compositores.

Uday começou a carreira tocando piano e cantando em bares e boates do Rio de Janeiro, mas foi em São Paulo que ele se tornou conhecido e ganhou o nome artístico de Benito di Paula. O primeiro disco gravado, em 1969, foi um compacto simples, com apenas duas músicas. O segundo, de 1970, também foi um compacto simples que tinha, num dos lados, “Retalhos de Cetim”.

O sucesso do segundo compacto convenceu a gravadora Copacabana a contratar Benito. Mas ao planejar o primeiro LP, a gravadora entendeu que Benito – ainda não muito conhecido – deveria gravar músicas de compositores conhecidos. Das 12 músicas do disco, lançado em 1971, apenas três eram dele.

Uma das músicas era a engajada “Apesar de Você”, do Chico Buarque, e, por conta dela, o disco de Benito foi censurado pelo regime militar. Além de ter o disco recolhido, Benito ainda teve que comparecer a um quartel para explicar a gravação de “Apesar de Você” e, por pouco, não foi preso.

Essa frustração não o acovardou. Três anos depois, casualmente, Benito cruzou, numa rua de São Paulo, com Geraldo Vandré – um Vandré delirante, transformado num trapo humano. A impressão dolorosa deu-lhe coragem para enfrentar novo risco. Compôs e gravou “Tributo a Um Rei Esquecido” em homenagem ao colega.

A censura, mais uma vez, proibiu tanto a divulgação, como a venda da música, por causa da letra escrita por Benito: “Ele foi um rei / E, brincou com a sorte /Hoje ele é nada / E, retrata a morte /Ele passou por mim, mudo e entristecido /Eu quis gritar seu nome / Não pude /Ele olhou pra parede. / Disse coisas lindas/ Disse um poema / Para um poste / Me veio lágrimas/ O que foi que fizeram com ele? / Não sei / Só sei que esse trapo, esse homem, foi um rei”.

Não obstante esses percalços iniciais por conta de “Apesar de Você” e “Tributo a Um Rei Esquecido” Benito foi em frente e, em 1979, gravou “A Banda do Povo”, uma composição sua em homenagem a Chico Buarque, de quem continuava fã. Mas, o início de carreira não foi, realmente, fácil para ele.

Benito introduziu o piano no samba e propôs um romantismo maior no ritmo que, futuramente, ficaria conhecido como samba-joia. A novidade foi rejeitada, na época, e só ganhou adeptos depois do sucesso de “Retalhos de Cetim”.

Consta que a composição “Argumento” (“Tá legal/Eu aceito o argumento/Mas não altere o samba tanto assim…”), do Paulinho da Viola, teria sido uma crítica ao samba-joia de Benito di Paula. Paulinho nunca confirmou isso publicamente, mas, de qualquer forma, a amizade de ambos – eles eram compadres – ficou temporariamente estremecida.

Benito nunca se considerou pianista. E seu maior sucesso, “Retalhos de Cetim”, foi, curiosamente, composto ao violão, quando ele ainda tocava nos bares, e, por algum inexplicável motivo, não foi incluída no primeiro disco do compositor, o compacto de 1969.

Incluída no segundo compacto, a música caiu de imediato no gosto popular e projetou o nome de Benito não apenas aqui no Brasil, mas também no exterior, onde “Retalhos de Cetim” ganhou gravações do guitarrista americano Charlie Byrd e da orquestra do maestro Paul Mauriat.

Muita coisa se poderia escrever sobre Benito, mas vou parando por aqui, não sem antes desejar um feliz aniversário a ele e ao seu fã número zero, o Ziquinho.

E, por alguma mudança no Youtube, eu não estou conseguindo postar diretamente o vídeo em que o Benito interpreta “Retalhos de Cetim” sem o piano, mas com a gaita do Rildo Hora. Convido os prezados leitores e as estimadas leitoras a acessarem-no aqui.

A TRIBUNA: EMPRESA QUE PARALISOU CONSTRUÇÃO DE PISTA DE CAMINHADA QUER RESCINDIR CONTRATO COM PREFEITURA

No jornal A Tribuna deste final de semana, a principal manchete destaca a dívida de R$ 7,4 milhões que será deixada pela atual administração junto ao Instituto Municipal de Previdência. De acordo com a matéria, o prefeito Flá Prandi pretende negociar o pagamento da dívida em 60 parcelas mensais de R$ 120 mil, que se estenderiam até o final de 2025. Segundo o secretário de Fazenda, Nivael Bras Renesto, a Prefeitura não tem condições financeiras de saldar a dívida e as negociações com o Instituto deverão começar nos próximos dias. Os R$ 7,4 milhões que a Prefeitura não conseguiu pagar neste ano não é a única má notícia para o próximo prefeito: afora a dívida, a municipalidade terá que repassar mais R$ 10,6 milhões ao Instituto, só no ano que vem.

Destaque, igualmente, para os questionamentos da Câmara Municipal a respeito da construção de uma pista de caminhada na avenida “Euphly Jalles”, entre os bairros Aclimação e Estados Unidos. Segundo informações, a obra contratada por R$ 450 mil foi paralisada há algumas semanas. Por conta disso, os vereadores estão querendo saber os motivos da paralisação, quando a obra será retomada e qual é a previsão para conclusão dos serviços. O secretário de Obras, Manoel de Aro, confirmou que a empresa A.F.S. Construtora e Engenharia, de Fernandópolis, protocolou um pedido de rescisão amigável do contrato.

A inauguração da decoração natalina em Jales; a denúncia do MPF contra pessoas que cometeram irregularidades para receber em doação algumas casas da antiga Fepasa; as medidas tomadas pelo Cine Jales para evitar a transmissão da covid; os 56 anos de atuação da ACIJ em Jales e região; a prisão de dois traficantes e a apreensão de 10 kg de maconha em Jales; os questionamentos do vereador Pintinho a respeito do possível fechamento do posto da Receita Federal em Jales; e a entrevista do advogado Joâo Eduardo Carvalho sobre as eleições deste ano, são outros assuntos de A Tribuna.

Na coluna Enfoque, informações dão conta de que, 12 anos depois de assinado, um contrato firmado entre a Prefeitura de Jales e a empresa CBR Asfaltos, de Santa Fé do Sul, continua, por incrível que pareça, na pauta do Tribunal de Contas. Na semana passada, o TCE publicou despacho informando que, de acordo com sindicância interna realizada pela Prefeitura em 2019, o único culpado pelas supostas irregularidades apontadas no contrato, no valor de R$ 1,9 milhão, seria o ex-prefeito Humberto Parini. Por sinal, Parini já foi multado em cerca de R$ 13,8 mil, por conta das tais irregularidades.

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