Arquivos mensais: novembro 2019

PAULINHO PEDRA AZUL – “CANTAR”

A música mineira é uma das mais ricas – em qualidade – do Brasil, não apenas por seus compositores mais famosos, mas também por aqueles menos conhecidos.

Godofredo Guedes – mineiro por adoção, já que nascido na Bahia – é um desses compositores quase anônimos. Mais conhecido como pai do Beto Guedes, Godofredo possui uma obra musical praticamente desconhecida fora de Minas Gerais.

Godofredo teve que se virar trabalhando como luthier, farmacêutico, pintor de placas, etc., para conseguir criar seus oito filhos. Nas horas vagas, fazia música. Beto, o filho mais famoso o homenageou de uma forma bem apropriada: em seus discos, ele sempre reservava a última faixa para uma música do pai.

Foi assim que, em 1978, Beto gravou “Cantar”, um lindo chorinho do velho Godofredo, no disco “Amor de Índio”. Regravada dois anos depois por Cristina Buarque, a irmã do Chico, “Cantar” talvez seja a música mais conhecida de Godofredo, que faleceu em 1983, com 75 anos.

Além de Beto e Cristina, “Cantar” mereceu outras releituras de artistas como Luiza Possi, Paulinho Pedra Azul (cujo CD com essa música me foi presenteado, há muitos anos, pelo amigo Hermínio Martini) e Affonsinho (assim mesmo, com dois efes, para diferenciar do ex-jogador Afonsinho, homenageado por Gil em “Meio Campo”).

Uma das mais belas versões de “Cantar” é a da Paula Toller, que gravou essa canção em seu primeiro disco solo, “Derretendo Satélites”, de 1998. Uma curiosidade: nas versões de Luiza Possi, Cristina Buarque e Paula Toller, a letra da música não é cantada por inteiro.

Outra curiosidade: no enterro do ex-jogador Sócrates – o líder da democracia corintiana – a última homenagem dos amigos, em torno do caixão, foi uma interpretação improvisada de “Cantar”, uma das favoritas do “Magrão”.

No vídeo abaixo, Paulinho Pedra Azul, acompanhado apenas por seu violão, interpreta “Cantar” no programa Sr.Brasil, do Rolando Boldrin:

FOLHA CRITICA AUTORITARISMO DE BOLSONARO: “PRESIDENTE FANTASIADO DE IMPERADOR”

A Folha, juntamente com Estadão, Veja e Globo, deu uma enorme contribuição para o ambiente de negação da política que resultou na ascensão do autoritarismo, personificado em figuras como o Bozo, Guedes e Moro, além dos delegados, sargentos, majores e coronéis que se elegeram para o Legislativo. Agora, não adianta reclamar!

Deu no portal iG:  

Um dia após Jair Bolsonaro sugerir que a população boicote o jornal, a Folha de S.Paulo publica um editorial dirigindo palavras duras ao presidente, o classificando como uma pessoa que “combina leviandade e autoritarismo”.

— Eu não quero ler a “Folha” mais. E ponto final. E nenhum ministro meu. Recomendo a todos do Brasil que não comprem o jornal ” Folha de S.Paulo ” — afirmou Bolsonaro na última sexta-feira (29). Na quinta o presidente já havia deixado a publicação de fora de um edital federal.

Em seu editorial , o jornal afirma que encara a tarefa de lidar com Bolsonaro, a quem chama de “presidente fantasiado de imperador”, com um misto de lamento e otimismo.

“Lamento pelo amesquinhamento dos valores da República que esse ocupante circunstancial da Presidência patrocina. Otimismo pela convicção de que o futuro do Brasil é maior do que a figura que neste momento o governa”.

A publicação pede ainda que as instituições da República freiem o presidente para que a democracia do país continue a existir

DECORAÇÃO NATALINA DA UNIJALES ENCANTA PELA BELEZA E CRIATIVIDADE

Bela iniciativa da “professora maluquinha”. A notícia do Daniel Zílio está pendurada no site da Unijales:

O brilho do Natal tomou conta das árvores e da fachada da Unijales, em uma grande ação da professora Daisy Romagnoli de Moraes Andrade e suas alunas do curso de Pedagogia, que propiciaram este presente para a população e visitantes, com o projeto de decoração natalina “UnijaLuz”.

Toda a decoração de Natal, que está na Unijales, foi confeccionada dentro das disciplinas “Arte, Música e Movimento”, do 1º ano, “Ciências e Sociedade na Educação Infantil”, 2º ano e “Fundamentos Teóricos e Metodológicos do Ensino de Artes”, 3º ano de Pedagogia, com materiais recicláveis. As alunas transformaram garrafas pets em luzes douradas e coloridas, para enfeitarem as árvores do entorno da Unijales.

Na noite de terça-feira, 26, uma cerimônia foi realizada na frente da Instituição para marcar o lançamento da decoração. A idealizadora do projeto, Daysi agradeceu a todos os envolvidos e apresentou o que seria o “UnijaLuz”.

Em seguida teve apresentação musical da coordenadora do curso de Artes Visuais, Priscila Avelino. Outro momento emocionante foi a apresentação do Coral da AVCC (Associação de Voluntários de Combate ao Câncer – Região de Jales), que cantou músicas natalinas. 

A Unijales rompeu com o paradigma do tradicional Papai Noel “branco” e surpreendeu a todos apresentando um Papai Noel negro. Isso vem de encontro com o projeto realizado recentemente na Unijales, que comemorou o Dia da Consciência Negra.

BANCO SANTANDER FOI CONDENADO TAMBÉM EM LENÇOIS PAULISTA E RIBEIRÃO PRETO

A exemplo do que ocorreu em Jales, onde a juíza Maria Paula Branquinho Pini (foto), da 4ª Vara, condenou o Banco Santander a ressarcir o Instituto Municipal de Previdência por danos materiais, juízes de Lençóis Paulista e Ribeirão Preto também condenaram o banco pelo mesmo motivo (falha na prestação de serviços) e pelas mesmas razões (fraudes na conta bancária dos respectivos institutos municipais de previdência).

Nas três cidades, os saques fraudulentos ocorreram todos no mesmo dia (05.10.18) e seguindo o mesmo estratagema onde os estelionatários já tinham – sabe-se lá como – conhecimento de detalhes como os números das contas correntes, os nomes e dados pessoais dos responsáveis pela movimentação financeira e a validade das senhas. Utilizando-se, ao que parece, de um site falso com o mesmo layout do Santander, eles obtiveram as senhas.

No caso de Lençóis Paulista, o primeiro a ser julgado, o Banco Santander foi condenado a ressarcir os prejuízos estimados em R$ 198 mil.

No caso de Ribeirão Preto, onde os estelionatários desviaram R$ 199,4 mil da conta corrente do Instituto de Previdência dos Municipiários, o julgamento da ação de indenização ocorreu no início de outubro. Na sentença que condenou o Santander, o juiz diz que “ficou constatado que houve falha na prestação dos serviços por parte do banco”.

No caso de Jales, a juíza Maria Paula registrou que o banco não apresentou nenhuma prova que pudesse eximi-lo de responder pela falha e ressaltou que “em verdade, o que se vê é que o requerido (Santander) não atuou com a diligência que se espera de um fornecedor de serviços…”.

De seu lado, o banco argumenta que “em fraudes do tipo, as vítimas concorrem para a ação dos criminosos, pois sem o fornecimento dos dados sigilosos é impossível que tais estelionatários obtenham êxito”. Segundo o banco, os casos vivenciados pelos institutos não passam de “mero dissabor” e não comportam indenização.

O banco alega, ainda, que “disponibiliza aos clientes mecanismos de segurança para realizarem suas transações financeiras nos canais de relacionamento e sempre os orienta a adotarem as melhores práticas de segurança”.

Nos três casos, o Santander poderá recorrer ao TJ-SP.

A TRIBUNA: DECORAÇÃO NATALINA SÓ DEVERÁ FICAR PRONTA A MENOS DE DEZ DIAS DO NATAL

No jornal A Tribuna deste final de semana, destaque para decisão da Justiça de Jales, que condenou o Banco Santander a ressarcir o Instituto Municipal de Previdência pelos prejuízos causados pela ação de estelionatários que fizeram operações fraudulentas na conta bancária que o IMPSJ mantém naquele banco. Segundo sentença da juíza Maria Paula Branquinho Pini, o banco falhou na prestação de serviços e, por conta disso, terá que indenizar o IMPSJ em R$ 95,4 mil por danos materiais. No mesmo dia – 05 de outubro de 2018 – em que fizeram um saque na conta do IMPSJ, os estelionatários invadiram também as contas dos institutos de previdência de Lençois Paulista e Ribeirão Preto.

Destaque, igualmente, para matéria do repórter Alexandre Ribeiro, o Carioca, informando que a decoração natalina do centro comercial de Jales só deverá ser instalada, na melhor das hipóteses, a dez dias do Natal. A demora na contratação da empresa que vai cuidar da colocação dos enfeitos natalinos é a responsável pelo atraso. Os envelopes com as propostas das três empresas que disputam a licitação só foram abertos na manhã de sexta-feira, 29, e a expectativa é de que o serviço fique pronto no dia 16 de dezembro. No ano passado, compara a matéria, a licitação foi aberta no início de outubro e o ganhador do certame ficou conhecido ainda no dia 25 do mesmo mês.

Os gastos da Prefeitura com o pagamento de aluguéis, que ultrapassam os R$ 600 mil; a confirmação, pelo TJ-SP, da condenação da ex-prefeita Nice e quatro de seus ex-assessores, que terão de devolver R$ 66,4 mil aos cofres públicos; a transferência dos escritórios do Procon e do Iamspe para salas do Teatro Municipal, que continua interditado; e a prisão, em flagrante, de traficantes que utilizavam até câmeras de segurança para prevenir a chegada da polícia, no recém-inaugurado conjunto habitacional “Honório Amadeu”, são outros assuntos de A Tribuna.

Na coluna Enfoque, a informação de que o ex-vereador Jediel Zacarias confirmou seu pedido de afastamento da presidência do MDB. Jediel protocolou o pedido junto à Comissão Executiva do partido, explicando que precisa se afastar para cuidar de problemas particulares. Sabe-se, porém, que ele anda abespinhado com os planos do MDB local para as eleições municipais de 2020. Na página de opinião, o blogueiro Hélio Consolaro recomenda aos navegantes a leitura do livro “A única mulher”, da escritora norte-americana Marie Benedict. No caderno social, além das lindas mulheres que enfeitam a coluna do Douglas Zílio, destaque para a inauguração da segunda loja Mareia Finny Fashion Lingerie.

PREFEITURA ABRE LICITAÇÃO PARA REFORMA DA PRAÇA ‘EUPHLY JALLES’

Agora vai! Um ano e dois meses depois da assinatura do convênio com o Ministério do Turismo para liberação de recursos – cerca de R$ 1,2 milhão – visando a repaginação da praça que leva o nome do nosso estimado fundador, a Prefeitura abriu, finalmente, a licitação para contratação da empresa que vai executar a reforma.

A novidade está no Diário Oficial do Estado (DOE) deste sábado. Segundo o aviso de licitação, as empresas interessadas terão até o dia 20 de dezembro, às 13:45 horas, para protocolar suas propostas. Deve-se ao deputado federal Baleia Rossi(MDB) a emenda parlamentar que, ainda no governo Temer, liberou os recursos para a reforma.

As coisas podem parecer demoradas, mas é assim mesmo que funcionam. No governo Parini, por exemplo, uma das últimas reformas daquela praça – também com recursos do Ministério do Turismo – consumiu mais de cinco anos entre a assinatura do convênio e a conclusão da obra. E olha que foi uma reforma meia-boca.

Em tempo: a placa acima se refere apenas à parte final da obra do governo Parini. A primeira placa – essa aí embaixo – foi instalada na praça em 2007 (mais detalhes, aqui).

 

DEU NA FOLHA NOROESTE DE HOJE

No jornal Folha Noroeste, edição digital deste sábado, o principal destaque é a recomendação que o Ministério Público Federal de Jales fez à Unifunec, de Santa Fé do Sul, para adote medidas preventivas visando impedir fraudes no recém autorizado curso de medicina da instituição. O MPF atua preventivamente para evitar que integrantes da organização criminosa que vendia vagas na Universidade Brasil, em Fernandópolis (SP), ou de outros grupos criminosos da mesma espécie, estendam suas atividades à Unifunec. As suspeitas investigadas pela Procuradoria da República em Jales (SP) se baseiam em áudios captados na Operação Vagatomia, deflagrada em setembro de 2019.

O jornal traz, também, um artigo do jornalista e professor Gaudêncio Torquato, que trata do mau momento que estaria atravessando o Poder Judiciário brasileiro. Ele cita o caso do presidente do TJ da Bahia e de outros cinco magistrados, acusados pela PF de venda de decisões judiciais, e lembra que, aqui e ali, aparecem casos sobre ilícitos cometidos por juízes. Segundo o artigo, desde 2009, foram expulsos da magistratura 58 juízes que teriam recebido cerca R$ 137,4 milhões em propinas. Torquato menciona, ainda, o caso do ex-juiz Sérgio Moro, que teria conversado cinco vezes com Paulo Guedes, antes das eleições de 2018, sobre sua investidura como ministro da Justiça. Para ele, o caso é “um petardo sobre a imparcialidade do juiz que comandou a Operação Lava Jato”.

Na coluna FolhaGeral, o intrépido redator-chefe Roberto Carvalho comenta que, com a aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU) à renovação antecipada da concessão ferroviária da malha paulista para a concessionária Rumo, a construção dos dois viadutos sobre os trilhos da ferrovia, em Jales, deve ser agilizada. De acordo com o colunista, fontes do Paço Municipal garantem que, até março de 2020, devem ser iniciadas as obras do viaduto sobre os trilhos ferroviários na Avenida Minas Gerias, interligando a Cohab Roque Viola com o Jardim São Gabriel em direção à Rodovia Euclides da Cunha. O viaduto da rua Dois ficaria para uma outra etapa.

EM CONVERSA COM NAMORADA, DOLEIRO DOS DOLEIROS DIZ TER PAGO PROPINA PARA PROCURADOR DA LAVA JATO

A notícia é do portal UOL:

O doleiro Dario Messer afirmou em mensagens trocadas com sua namorada, Myra Athayde, que pagou propinas mensais ao procurador da República Januário Paludo (foto), integrante da força-tarefa da Lava Jato do Paraná. Os pagamentos estariam ligados a uma suposta proteção ao “doleiro dos doleiros” em investigações a respeito de suas atividades ilegais.

Os diálogos de Messer sobre a propina a Paludo ocorreram em agosto de 2018 e foram obtidos pela PF (Polícia Federal) do Rio de Janeiro durante as investigações que basearam a operação Patrón, última fase da Lava Jato do Rio.

Um relatório a respeito do conteúdo das mensagens foi elaborado pelo órgão em outubro. Nele, a PF diz que o assunto é grave e pede providências sobre o caso.

A Lava Jato do Rio, procurada pelo UOL, informou que já enviou o relatório à PGR (Procuradoria-Geral da República), órgão que deverá definir as providências a serem tomadas. Também consultada pela reportagem, a força-tarefa de Curitiba afirma que Paludo preferiu não se manifestar.

JUIZ QUE MANDOU PRENDER BRIGADISTAS NA AMAZÔNIA É DE FAMÍLIA DE MADEIREIROS

Os brigadistas foram soltos ontem. Só a Polícia Civil do Pará acha que eles são culpados. Deu no Brasil 247:

O juiz que mandou prender os quatro brigadistas acusados de colocar fogo na Amazônia na última terça-feira, após uma operação sem provas realizada pela Polícia Civil, é de família de madeireiras na região de Santarém (1.231 km de Belém).

Os pais de Alexandre Rizzi, do Tribunal de Justiça do Pará, eram donos da Indústria e Comércio de Madeiras Rizzi Ltda, que encerrou as atividades em 1998, e da Germano C Rizzi, encerrada em 2008. As duas foram fundadas nos anos 1980 e já tiveram conflitos com ONGs.

“Apesar de não constar como sócio da empresa, Alexandre Rizzi e o seu irmão Rodrigo Rizzi atuaram como advogados de uma das madeireiras em um processo de execução fiscal movido pela União”, revela reportagem da Folha de S.Paulo.

Seu nome também aparece numa reportagem da Folha de 1997, quando uma das empresas teve um embate com o Greenpeace e Rizzi foi identificado pelo jornal como um dos “proprietários de madeireiras”.

Antes de soltar os ambientalistas nesta quinta-feira 28, após a substituição do delegado responsável pelo inquérito por determinação do governador Hélder Barbalho (MDB), o juiz havia mantido a prisão preventiva dos acusados por mais dez dias, após uma audiência de custódia.

1 2 3 11