Eduardo Quirino Ferreira, de 28 anos, foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) com 234 tabletes de maconha, na tarde desta sexta-feira (27.ago), em Nova Andradina (MS). O homem é natural de São Paulo e tinha apenas R$ 40 no bolso. A droga pesou 151 quilos.
O motorista levava a droga num Fiat Palio Week Trek, que foi abordado no km 129 da BR-267. A polícia disse que Eduardo não obedeceu a ordem de parada e empreendeu fuga. Teria sido então iniciado o acompanhamento tático até que conseguiram pegar o paulista.
Após vistoria, os policiais encontraram e apreenderam 151 quilos de maconha no porta-malas do veículo. O homem disse que foi levado por um desconhecido de Cosmorama (SP) até Ponta Porã (MS), onde buscou o veículo com a droga e retornaria para Jales (SP). O suspeito disse ainda que receberia quinze mil reais pelo serviço ilegal.
Preso, Eduardo foi levado à Polícia Civil de Nova Andradina, juntamente com o veículo e a droga e responderá pelo crime de tráfico de drogas.
A juíza Melissa Bethel Molina (de branco, na foto acima) já trabalhou em pelo menos duas cidades da Circunscrição Judiciária de Jales: Urânia e Santa Fé do Sul. Em 2019, ela condenou o ex-prefeito de Urânia, Francisco Airton Saracuza, a quase nove anos de prisão.
A 2ª Vara Cível da Comarca de Leme declarou nulo o Edital de Pregão Eletrônico 35/2021, promovido pela Prefeitura, e suspendeu a aquisição dos medicamentos hidroxicloroquina e ivermectina, para prevenção e tratamento da Covid-19.
De acordo com os autos, a Municipalidade publicou edital para registro de preços de medicamentos para “utilização nas unidades de saúde, fornecimento à população e prevenção/tratamento da Covid-19”, incluindo comprimidos de hidroxicloroquina e ivermectina.
Ao julgar a ação civil pública proposta contra a aquisição dos fármacos, a juíza Melissa Bethel Molina afirmou que o edital contraria lei federal que dispõe sobre as medidas de emergência diante da pandemia de Covid-19.
“Nota-se, pela redação da Lei, que os tratamentos médicos específicos, de realização compulsória, para o enfrentamento da Covid, somente podem ser adotados com base em evidências científicas”, frisou.
“Atualmente, não há evidência científica a permitir o uso dos fármacos em pacientes hospitalizados, e, sendo assim, há patente ilegalidade no ato praticado pela Administração. Da mesma forma, não há comprovação científica de que os medicamentos acima citados sejam aptos ao tratamento precoce.”
A magistrada ressaltou que a decisão não afeta a autonomia de médicos para prescrever tais medicamentos ao paciente. A sentença também não proíbe a compra destes medicamentos “para tratar de outras enfermidades, para as quais eles foram fabricados”.
“O que se veda, por meio do controle judicial, é a adoção de política pública que não esteja em consonância com a lei. E, no caso em questão, a lei não permite a utilização dos medicamentos citados para o tratamento da Covid, sem a devida evidência científica, a qual, repise-se, não restou demonstrada.”
Um grupo de 22 gatos assina uma ação contra um condomínio em João Pessoa, capital da Paraíba, depois que o síndico do conjunto de apartamentos passou a enviar advertências aos moradores que alimentavam os animais, abandonados no terreno, com o plano de retirá-los do local.
Segundo relatos, os gatos são descendentes de bichos que frequentam o espaço há pelo menos 34 anos, antes mesmo de o prédio ser erguido. Eles sempre foram cuidados pelos moradores, que se responsabilizavam inclusive pelas visitas ao veterinário, mas tudo mudou no início deste ano, quando uma nova condômina passou a pedir providências contra os animais, contando com o apoio do síndico.
Os demais condôminos decidiram denunciar a situação, que chegou ao Núcleo de Extensão em Justiça Animal (NEJA), parte da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que presta auxílio jurídico gratuito para a causa.
Movida no Tribunal de Justiça da Paraíba, a ação liderada pelo instituto SOS Animais & Plantas, representado juridicamente pelo NEJA, é assinada pelos 22 gatos: Mãe de Todos, Mostarda, Pretinha, Escaminha, Bubuda, Guerreiro, Wesley, Pérola, Medroso, Juliete, Assustado, Preta, Atleta, Aparecido, Rainha, Esposo, Doida, Branca, Oncinha, Maria-Flor, Batuta e Sol.
O objetivo das partes é uma indenização por danos morais, individuais e coletivos, e também que o condomínio não faça mais restrições a permanência dos animais, respeitando seus direitos à alimentação e saúde respeitados.
A ação menciona ainda que todos os gatos que já tem idade suficiente foram castrados e destaca que alguns receberam tratamentos para doenças graças aos cuidados dos moradores.
Um professor e jornalista que está desempregado vem usando um cartaz impresso com suas informações profissionais para pedir emprego nos semáforos da cidade de Belo Horizonte (MG). Mestre em Estudos de Linguagem e jornalista, Eduardo Durães Júnior chamou atenção na rede social LinkedIn ao publicar a estratégia, usada na quarta-feira (4).
“Hoje, minha vida imitou minha arte: estive nos semáforos na Raja Gabaglia, região oeste de BH; depois na Babita Camargos, Cidade Industrial, Contagem. Dividi minha história com o Jonh e o Guilherme, vendedores ambulantes”, escreveu o homem, que conta que chegou a dividir o semáforo com um vendedor de bilhetes de loteria graduado em direito.
Vestido com camisa azul, máscara de proteção contra a covid-19 e um cartaz de quase 1 metro pendurado no pescoço, Durães Júnior queria passar uma mensagem objetiva: “Preciso de emprego”. Logo abaixo: “Sou jornalista, professor e tenho um mestrado. E também uma filha pra sustentar! Você pode me ajudar?”.
Junto ao cartaz, Durães Júnior também distribuiu paçocas aos motoristas, que se surpreenderam ao saber que o doce era gratuito. “A maior parte fez cara de espanto”, contou. Ele relata que fez o experimento por ter se cansado de enviar currículos e não receber respostas.
“Fui dar visibilidade à minha luta: pedir um emprego de verdade, algo digno, um que pague um salário pelo trabalho que executo sempre com dedicação, empenho e esforço. Enviar currículo parece não resolver. Sequer respondem: ‘recebemos o documento’. Estar no LinkedIn, muito menos; ter instagram, facebook, tampouco”.
“Na cidade industrial, foi melhor. Um sujeito, ao receber a paçoca, me ofereceu 5 reais: ‘É pra te ajudar’. Ri e recusei, dizendo que não estava ali pra pegar dinheiro. Outro ofereceu-me moedas”, postou Durães Júnior, que disse que voltará aos semáforos em breve.
A juíza Thania Pereira Teixeira de Carvalho Cardin, da 36ª Vara Cível de São Paulo, condenou o governador João Doria a pagar R$ 190 mil por usar indevidamente a música “Ainda Bem”, de Marisa Monte e Arnaldo Antunes. A decisão é de quarta-feira (28/7).
A demanda teve origem em 2017, quando Doria era prefeito de São Paulo. O tucano divulgou um vídeo sobre a revitalização de um campo de futebol que reproduziu trechos da canção.
Ao analisar o caso, a magistrada apontou que a violação cometida por Doria é ainda mais gravosa quando se constata que a “utilização desautorizada da canção deu-se em vídeo com nítido propósito de autopromoção para fins políticos, já que por meio dele o réu apresentava a seu público online, enquanto prefeito da cidade de São Paulo, projeto de revitalização decorrente de parceria público-privada”.
Diante disso, a juíza condenou Doria a indenizar cada uma das três produtoras que detêm os direitos da música em R$ 40 mil. Marisa Monte e Arnaldo Antunes vão receber R$ 30.000 cada um. O atual governador de São Paulo também foi condenado a indenizar Marisa Monte em R$ 10 mil por dano moral.
A julgadora considerou que o governador incitou comentários agressivos contra a cantora ao se pronunciar sobre o episódio. “Mencionar que a autora Marisa estava a exigir-lhe 300 mil reais de forma injustificada restou por ultrapassar os limites da boa-fé no trato da contenda”, diz trecho da decisão.
Ao responder nota pública que desautorizava o uso da música, Doria disse que os autores “são acostumados a mamar nas tetas do estado” e “vermes parasitas” que “querem tirar vantagem em tudo”. Também disse que são “mercenários” e “esquerdopatas que sempre querem ganhar dinheiro fácil”.
O apóstolo Gerdal Costa da Silva, pastor e presidente da Igreja das Nações da Poderosa Mão de Deus, a esposa, bispa Seuma Costa, e o filho, Gerdal Junior, foram presos há uma semana em Maringá, no Paraná, acusados de integrarem uma quadrilha que submetia crianças e adolescentes a jornadas de trabalho análogas à escravidão.
Em depoimento na última terça-feira (27), adolescentes disseram que eram atraídas para vender pizza em igrejas da cidade e municípios vizinhos para o pastor, que alegava que a ação seria uma obra divina e que o dinheiro seria para o tratamento de pessoas com câncer.
Segundo a polícia, além das crianças e adolescentes que vendiam pizza, uma das vítimas, de 13 anos, foi tirada dos pais para trabalhar como empregada doméstica na casa do apóstolo.
Ao tentarem resgatar os filhos, os pais eram ameaçados pelo pastor com uma pistola 9 milímetros, que foi apreendida pela polícia.
“Fui lá como voluntária porque eu me sensibilizei com a história. Como voluntária da obra de Deus, eu fui lá, carregar, vender pizza. Eu só conseguia carregar cinco pizzas, eles me fizeram carregar dez”, relatou uma adolescente vítima, acrescentando que os acusados diziam que ela era “fraca” e a humilhavam com trechos da bíblia “pra me fazer sentir incapaz”.
Segundo a adolescente, os pastores agrediam e humilhavam um outro menino, chamando-o de “porco” e “imundo”.
Preso preventivamente, o autoproclamado apóstolo Gerdal Costa fez um duro sermão no dia 24 de outubro de 2018, às vésperas do segundo turno da eleição presidencial, na defesa do então candidato Jair Bolsonaro.
De maneira cenográfica, Gerdal diz que “um homem pode salvar você, mas um ladrão pode levar o Brasil pro lado errado, ou pode virar uma Cuba”.
Após ameaçar os fiéis, induzindo o voto, o pastor diz que Bolsonaro vai “por ordem na casa”. “E pode ter certeza que vai haver prosperidade”.
O jornalista ameaçado foi o Felipe Moura Brasil. E como sempre acontece com os justiceiros das redes sociais, o valentão da vez, ao ser processado, pediu desculpas e alegou que, à época da ameaça, estava emocionalmente abalado por conta de problemas familiares.
E por falar em ameaças, o cantor/compositor Gabriel Pensador também está sendo alvo dos valentões da internet depois de lançar, nesta semana, a música “Patriota Comunista” (aqui), na qual também faz críticas ao atual momento político.
A 7ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a decisão do juiz Luiz Gustavo Esteves, da 11ª Vara Cível da Capital, que condenou homem a indenizar, por danos morais, jornalista ameaçado por ele em rede social. O valor da reparação foi fixado em R$ 15 mil.
Segundo os autos, o requerido publicou, em sua conta na rede social, mensagem em que dizia que o autor da ação “só será bom jornalista quando estiver a sete palmos. E eu vou cuidar disso…”.
A ameaça ocorreu em resposta à vídeo em que o jornalista comenta sobre a situação política do Brasil e ocasionou a suspensão da conta do réu na rede social, que depois apagou a postagem.
Para a relatora da apelação, Maria de Lourdes Lopez Gil, “os termos utilizados pelo requerido caracterizaram, no mínimo, abuso de liberdade de opinião, sem prejuízo da apuração do ilícito na esfera penal”.
Segundo ela, mesmo em uma sociedade democrática e plural, em que é necessário e incentivado o livre exercício às manifestações públicas, no caso em análise houve abuso do direito. “Tendo em vista que estão presentes a conduta dolosa, o dano e o nexo de causalidade, o réu deve, de fato, responder pelo ato cometido”, escreveu a magistrada em seu voto.
O julgamento, de votação unânime, teve a participação dos desembargadores Luiz Antonio Costa e José Rubens Queiroz Gomes.
Um padre do Ceará deve ingressar no Programa Estadual de Proteção aos Defensores e Defensoras de Direitos Humanos (PPDDH) após ter sido hostilizado por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro. O pároco Lino Allegri, de 82 anos, foi agredido verbalmente duas vezes durante missas celebradas em Fortaleza, no mês de julho.
O pedido de inserção do padre no PPDDH partiu de membros do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (CEDDH), da Defensoria Pública do Ceará (DPCE) e do Ministério Público do Estado (MPCE), segundo informações do Diário do Nordeste. O PPDDH tem objetivo de proteger pessoas que se encontram em situação de risco, vulnerabilidade ou ameaça decorrentes de sua atividade profissional.
As últimas ofensas ocorreram enquanto Allegri realizava um ato litúrgico na manhã do último domingo. A celebração era transmitida pela internet e as imagens mostram quando um homem entra na Paróquia Nossa Senhora da Paz e começa a gritar com o pároco. É possível ouvir o homem afirmar, aos berros, que “este padre [Lino Allegri] transformou o altar em um palanque político”.
O padre relatou que ele e outros membros da igreja têm recebido ameaças constantes. As tentativas de intimidação são feitas por meio de mensagens privadas nas redes sociais da paróquia e também pelo WhatsApp.
O número de idosos mortos pela covid-19 no Brasil em junho de 2021 caiu 65% em relação a março deste ano, mês em que mais idosos foram vítimas da doença.
Em junho de 2021, foram registrados pelo Ministério da Saúde 18.444 óbitos de pessoas com 60 anos ou mais. É o menor número desde novembro de 2020 (10.774 mortes), antes da 2ª onda da pandemia começar.
Já com relação às vítimas com menos de 60 anos, o pico foi em abril de 2021. Morreram 25.075 pessoas dessa faixa etária naquele mês. Em junho, o nível caiu, mas continuou alto: 22.003 mortes.
Enquanto as mortes de idosos despencaram, as dos mais jovens caíram só 12% em junho frente ao pico da faixa etária em abril. Em relação a março, a queda foi de 7%.
Desde março, morrem mais de 20.000 pessoas com menos de 60 anos mensalmente. Só em 2021, 106.914 pessoas com essa faixa etária morreram pela doença.
O Poder360 analisou 504.495 registros de mortes no banco de dados do SUS, atualizado na 4ª feira (14.jul.2021). Só foram considerados os casos com informações completas sobre faixa etária e mês de morte. Os dados de junho ainda devem passar por atualizações pontuais nas próximas semanas.
O presidente Jair Bolsonaro foi incluído, pela primeira vez, na lista de “predadores da liberdade de imprensa” elaborada pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF). A edição de 2021 foi divulgada nesta segunda-feira (5/7) e é composta por 37 chefes de Estado ou governo que impõem uma repressão massiva à liberdade de imprensa.
Para cada “predador”, a ONG internacional divulga um perfil dos motivos que fizeram ele ser incluído na lista. A edição descreve que Bolsonaro usa “insulto, humilhação e ameaças vulgares” como “modo de predação”. De acordo com a publicação, desde que Bolsonaro assumiu a presidência tornou muito mais difícil o trabalho da imprensa. “Sua marca registrada? Insultar, estigmatizar e humilhar jornalistas muito críticos”, diz.
publicação também lembra da forma como o governo utiliza as redes sociais para desacreditar a mídia. “Nas redes sociais, exércitos de apoiadores e robôs retransmitem e amplificam os ataques que visam desacreditar a imprensa, apresentada como inimiga do Estado”, destaca.
Os maiores ataques foram registrados contra mulheres jornalistas, analistas políticos e contra a rede Globo. A Repórteres Sem Fronteiras registrou mais de 180 ataques contra o grupo Globo em 2020. Também é citado o ataque a jornalista Patricia Campos Mello, da Folha de S. Paulo.
Em março, Bolsonaro foi condenado a indenizar a profissional por ter usado um comentário de cunho sexual para se referir a ela. “Ataques sexistas e misóginos contra jornalistas mulheres também são um forte marcador do bolsonarismo”, diz o texto.
Bolsonaro está em boa companhia. Entre os novos integrantes da lista também está o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, suspeito de ordenar o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018. Já O presidente sírio, Bashar Al-Assad, e o líder da revolução iraniana, Ali Khamenei, figuram na lista desde que ela foi criada, há 20 anos.
Também fazem parte da lista o presidente da Venezuela Nicolás Maduro, o presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel, presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da China, Xi Jinping.