O texto que, por interessante, reproduzo abaixo, é de um rapaz chamado Charles Varhidy e foi postado pelo meu amigo Luiz Carlos Seixas, em seu facebook:
Sinta o peso, canalha. Da lágrima desesperada, da morte generalizada, da asfixia coletiva.
Sinta o peso, verme. Do cilindro de oxigênio que não chegou, do socorro que se perdeu, da porta que não se abriu.
Sinta a carga, seu escroto. Suporte a gravidade do que é horrendo. A fome do desvalido, o desempregado atônito, a dúvida do ingênuo.
Sinta o fardo, covarde. Da lama da miséria, dos sonhos perdidos. Você e seus apoiadores. Sua família pérfida e sádica. Você e seus vira-latas babões, com os galardões pingando sangue.
Sinta o peso, seu monstro. Do medo da criança que ficou órfã. Do rosto trágico do filho que enterrou o pai. Da mão solitária do pai que chorou em silêncio e abandono o próprio fim.
Sinta esse peso, genocida. Desse ódio que arde por você. De um país em chamas, de uma nação atordoada, da pilha de cadáveres sobre sua cama. A natureza virando cinzas.
Sinta o peso, pessoa odiosa. Do morticínio na tua saliva, do fedor dos teus passos.
Sinta o peso, cretino. Que sei que ainda não sente. O peso da generosidade que você interditou, da dignidade que nunca alcançarás. Você, pastor de lunáticos e perversos.
Sinta o peso da tua missa de morte. Tu que não sentes, mas que sentirá em breve, seu inumano. Que nessas coisas a posteridade não falha. Logo, logo, a carroça da história vai tombar sobre ti e sobre os teus. E não terás onde se esconder de tua ignomínia. Não terás refúgio, nem na tua própria morte.
Graças ao Bozo, o Brasil está se tornando um pária internacional. Ele e sua caterva arrumaram encrenca com a China, a Índia e o Biden, para puxar o saco do Trump. E agora?
O novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, toma posse hoje às 14 h (horário de Brasília) dando início a um governo que pretende se afastar cada vez mais do Brasil de Jair Bolsonaro (sem partido). Durante todo o processo eleitoral no país, o presidente brasileiro deu apoio explícito a Donald Trump, inclusive comprando a falsa tese de que Biden ganhou por fraude. São ações que terão consequências.
Bolsonaro foi um dos últimos líderes ocidentais a reconhecer a vitória de Biden e parabenizá-lo. Mesmo depois de fazê-lo, voltou a repetir que houve fraude na eleição americana. Segundo especialistas ouvidos pelo UOL, toda essa situação faz o Brasil adentrar o novo governo com relações frágeis e com risco de ser o vilão político dos democratas.
“Normalmente, o Brasil não é um grande tema em Washington, ele é amplamente ignorado pela elite política americana. Mas, hoje, o Brasil é visto pelos democratas como um problema, e Bolsonaro, como mini-Trump. Então os democratas veem vantagens políticas em criar problemas para o governo brasileiro. Isso é uma situação péssima”, explica Eduardo Mello, coordenador do curso de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Como já mostrou o UOL, o grande ponto de discordância entre o governo Biden e Bolsonaro será a agenda ambiental. A esperança dos especialistas era de que o Brasil optasse por sair do discurso radicalizado e buscasse um melhor diálogo com o novo governo americano.
“O governo brasileiro está sendo tratado como persona non grata internacional. Isso vai começar a pesar cada vez mais em termos econômicos e políticos“, completou Guilherme Casarões, professor da FGV.
Na verdade, o deputado – na foto com o ex-vereador Tiago Abra e com o laborioso e diligente servidor Berinjela – deveria cobrar a demissão dos dois, do Bozo e do Ernesto Araújo.
Presidente da Frente Parlamentar Brasil-China na Câmara, o deputado Fausto Pinato (PP-SP) tem sua leitura das consequências ao país do tratamento dispensado por Jair Bolsonaro, seus filhos e auxiliares ao maior parceiro comercial do Brasil.
Pinato acredita que para o governo ter facilitado o acesso aos insumos e à vacina fabricados pelo laboratório chinês será necessária uma mudança de postura.
E também que o chanceler Ernesto Araújo seja demitido. E Pinato é um aliado do governo.
“A China não irá priorizar o Brasil enquanto não houver novo canal de diálogo. O presidente Bolsonaro precisa fazer um gesto. Não adianta bater e depois vir e tentar agradar. Tem que ter um gesto concreto. Por exemplo, trocar o ministro das Relações Exteriores”, disse Pinato ao Radar.
O deputado irá protocolar ainda na embaixada chinesa um pedido para que o presidente Xi Jinping intervenha a favor do Brasil e acelere os trâmites.
O governo Bolsonaro, com o intuito de puxar o saco de Trump, votou contra uma proposta da Índia sobre a quebra de patentes para a produção de vacinas. Parece que o troco está vindo agora. A notícia é do Brasil 247:
A Índia deverá iniciar a exportação de vacinas contra a Covid-19 até a próxima quarta-feira, mas o Brasil, que tenta comprar 2 milhões de doses do imunizante da Astrazeneca em parceria com a Universidade de Oxford, produzidas pelo instituto Serum, não consta da lista. A informação é da agência Reuters.
O primeiro lote a ser exportado pela Índia, um dos maiores produtores de insumos médicos do mundo, deverá ter o Butão como destino. Outros dois milhões doses da vacina serão enviados para Bangladesh na quinta-feira. “Bangladesh receberá 2 milhões de doses da vacina contra Covid-19 Oxford-AstraZeneca da Índia como uma doação em 21 de janeiro”, disseram autoridades do governo de Bangladesh por meio de um comunicado.
A Índia iniciou a vacinação de sua população no último sábado. Também na semana passada, o governo Jair Bolsonaro anunciou que um avião estaria decolando rumo à Índia para trazer dois milhões de doses do imunizante produzido pelo instituto Serum. O voo, porém, foi cancelado, após autoridades indianas afirmarem que as exportações somente seriam feitas após o início da vacinação da população indiana.
“Como se não bastasse a incompetência generalizada do seu governo desastroso, Bolsonaro volta a ameaçar a democracia do Brasil. Sua índole autoritária tem o repúdio dos brasileiros de bem, que condenam sua tentativa de violar nossa Constituição. Cala-te Bolsonaro!”
(Do governador João Dória, sobre o Bozo ter dito que “quem decide se um povo vai viver numa democracia ou numa ditadura são as suas Forças Armadas”)
Segundo a sondagem, subiu de 35% para 40% a fatia dos entrevistados que consideram o governo “ruim” ou “péssimo”, patamar semelhante ao verificado em abril do ano passado, no início da pandemia. Aqueles que consideram o governo “ótimo” ou “bom” passaram a 32%, contra os 38% verificados em dezembro.
De acordo com a pesquisa, essa é a primeira ocasião, desde julho de 2020, em que a avaliação negativa supera a positiva.
O movimento de queda na popularidade segue a linha da piora, entre os entrevistados, na percepção sobre a atuação de Bolsonaro no combate ao coronavírus.
Para 52%, a atuação nesse quesito é “ruim” ou “péssima”. Em dezembro, eram 48%. Os que avaliam a atuação como “ótima” ou “boa” passaram de 26%, em dezembro, para 23% em janeiro.
Sobre a polêmica em torno da imunização, 69% dos entrevistados responderam que irão se vacinar “com certeza”. Outros 11% disseram que não irão se vacinar “com certeza”, enquanto 18% informaram que podem ou não tomar a vacina.
Embora tivesse dito que não iria reclamar de governos anteriores, o prefeito Luís Henrique Moreira, em entrevista ao programa Antena Ligada, aproveitou para dizer que o ex-prefeito Flá Prandi deixou uma conta de R$ 9 milhões em “restos a pagar”. Disse mais: que Flá não deixou um único centavo em caixa e que o ex-prefeito não se deu ao trabalho nem de pagar as rescisões contratuais de seus ex-assessores.
Ouvido por este aprendiz de blogueiro, o ex-prefeito Flá Prandi confirmou que deixou quase R$ 9 milhões em restos a pagar, mas garantiu que isso é perfeitamente normal. “Quando eu assumi, em 2017, os restos a pagar eram de R$ 13 milhões e nem por isso eu fui ao rádio criticar o meu antecessor, pois sabia que ele tinha assumido a Prefeitura em situação bem pior”, disse Flá.
Ele explicou que, dos quase R$ 9 milhões deixados por ele, pelo menos R$ 6 milhões – ou seja, 65% – se referem à folha de pagamento e seus encargos. “Eu não poderia ter pago a folha de pagamento em dezembro, porque ela só venceria em janeiro deste ano. E se eu tivesse deixado o caixa zerado, como foi dito, ele não teria conseguido pagar os servidores no quinto dia útil, pois, normalmente, entra muito pouco dinheiro no caixa da Prefeitura num período tão curto”.
Sobre as rescisões dos assessores de confiança, Flá disse que também é normal deixar o pagamento para o mês seguinte. “Quando assumi, paguei R$ 477 mil referentes às rescisões dos assessores do governo anterior. Agora, quatro anos depois, ele está pagando R$ 481 mil. Isso mostra que eu fui econômico nos gastos com a assessoria”.
O ex-prefeito disse que demitiu todos os seus assessores a pedido de Luís Henrique. “Durante a transição, ele me pediu para demitir todos, mesmo sabendo que alguns iriam permanecer. O único que ele pediu para que não fosse demitido é um assessor – muito competente, por sinal – que é parente da primeira-dama Alziane e vai ser aproveitado na nova administração”, afirmou.
Segundo Flá, além dos R$ 6 milhões da folha de pagamento e dos encargos sociais, boa parte das outras dívidas deixadas também só venceriam em janeiro. “Quando eu assumi, a Prefeitura devia cerca de três meses – R$ 1,4 milhão – para a empresa do lixo. A dívida deixada por mim com a empresa foi de R$ 582 mil, referente a dezembro, cujo vencimento seria em janeiro”.
“Outras dívidas deixadas em restos a pagar são de R$ 473 mil, referente ao repasse de dezembro para o Consórcio de Saúde e de R$ 187 mil dos kits alimentação distribuídos a famílias carentes em dezembro. Também nesse casos, o pagamento é feito sempre no mês seguinte. Afora isso, tem mais uns R$ 500 mil de dívida com empresas que estão realizando obras, cujo dinheiro, por força dos convênios, está depositado nas contas vinculadas”, completou o ex-prefeito.
Obs.: como sou moço cuidadoso e tenho apreço pela informação correta, fui ao Portal da Transparência Municipal e constatei que os números relativos a 2017 e 2021, citados pelo ex-prefeito, estão bem próximos da realidade.
O Bozo deve ter ficado emputecido, mas não vai fazer nada porque o rapaz é amicíssimo da primeira-dama. Deu no portal da revista Fórum:
Augustin Fernandez, amigo pessoal e maquiador de Michelle Bolsonaro, se retratou nas redes sociais após divulgar um mensagem no Facebook comemorando comemorando a aprovação da Vacina e dizendo que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) “foi o único que correu atrás da vacina, e conseguiu (SIC)”.
“É meu povo, nunca simpatizei com ele e tenho certeza de que não deu ponto sem nó, mas devo admitir que foi o único que correu atrás da vacina, e conseguiu”, escreveu Fernandez em seu perfil no Facebook.
Pouco tempo depois, no entanto, ele apagou a mensagem e publicou mensagem se retratando, dizendo que “não simpatizo com o Doria, nunca simpatizei. Inclusive sou bloqueado pela esposa dele”.
O flagrante foi feito pelo jornalista Ricardo Noblat, que divulgou a imagem da publicação apagada no Twitter – que foi considerada por ele “alta traição”.
“Alta traição! Agustin Fernandez, amigo da família Bolsonaro e maquiador de Michelle, elogiou João Doria no Twitter ao dizer que ele foi ‘o único que fez algo pela vacina’. Depois, apagou o post”, escreveu Noblat.
Bolsonaro se acha muito esperto. Pensa que pode enganar a todos durante todo o tempo, com suas crendices e mentiras.
Posa de machão, mas tomou uma surra de fazer bico nesse domingo, de onde menos podia esperar: da Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária), cujos diretores escolheu a dedo para boicotar a “vacina chinesa do Doria”, a única que o Brasil tem até o momento para vacinar a população.
A Anvisa não só aprovou a Coronavac, por unanimidade, como enterrou as “alternativas terapêuticas” do presidente com o “tratamento precoce” da cloroquina, decidindo que a vacina é a única forma eficaz de prevenção contra o coronavírus.
Covarde, até o momento em que escrevo, o capitão não apareceu para comentar o julgamento da Anvisa, e mandou seu general da Saúde, coitado, passar o vexame de entrar ao vivo na televisão, depois de João Doria celebrar a primeira aplicação de vacina em solo brasileiro na Mônica Calazans, uma enfermeira negra de 54 anos, que mora em Itaquera e trabalha na UTI do hospital Emílio Ribas. Bolsonaro não apareceu na foto que ele tanto queria.
“Nós poderíamos iniciar por marketing a primeira dose em uma pessoa, mas em respeito a todos os brasileiros o Ministério da Saúde não fará isso”, balbuciou Pazuello.
Nem poderia, já que até a decisão da Anvisa, o Ministério da Saúde não contava com uma única a vacina para aplicar, depois que fracassou a “Operação Índia”, para trazer às pressas de Mumbai 2 milhões de doses da AstraZeneca/Fiocruz, a esperança de Bolsonaro de aparecer como salvador da pátria no evento marcado para o Palácio do Planalto, às 10 horas de quarta-feira.
Perdeu, Bolsonaro.
Teu inimigo João Doria, que você tanto teme em 2022, é acusado de ser um marqueteiro, com toda razão, mas ele é bom nisso. Só consegue vender quem tem um bom produto para oferecer, e ele tinha a vacina do Instituto Butantan, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac, por uma competente equipe liderada pelo grande médico e cientista Dimas Covas, um brasileiro que merece nossa admiração.
Doria fez barba, cabelo e bigode em Bolsonaro, como se dizia antigamente, quando um jogo terminava 7 a 1, como o da Alemanha contra o Brasil.
Ninguém melhor do que Mônica Calazans poderia representar os profissionais de saúde e a mulher brasileira, uma batalhadora que só se formou em enfermagem com mais de 50 anos e foi voluntária quando o governo de São Paulo convocou profissionais da área no começo da pandemia.
Até o último momento, o governo federal, por meio da Advocacia Geral da União, tentou impedir que isso acontecesse, ao solicitar à Anvisa para só permitir a aplicação da vacina após a publicação de um termo de compromisso do Instituto Butantan no Diário Oficial da União, atendendo a um detalhe burocrático.
Suprema humilhação para Bolsonaro e Pazuello é que só poderão dar início ao Programa Nacional de Imunização, na quarta-feira, com vacinas do Butantan, daquele comunista do João Doria, tão vilipendiadas pelo governo federal. As vacinas vindas da Índia ninguém sabe ainda quando vão chegar.
Detalhe: as duas vacinas dependem de insumos fornecidos pela China, que ofereceu ajuda financeira ao Amazonas, o Estado mais castigado pela pandemia, onde o general Pazuello esteve por três dias na semana passada, oferecendo cloroquina para todos.
Figura patética, o ajudante de ordens de Bolsonaro pelo menos dá a cara para bater.
Mais perdido do que cachorro em dia de mudança, o general de divisão três estrelas da ativa do Exército, faz qualquer coisa para não perder o cargo e o soldo dobrado. Acha que está cumprindo uma “missão”.
Não importa. O que vale é termos agora uma vacina aprovada para voltarmos a ter esperança de sobreviver à pandemia.
Hoje vou dormir mais tranquilo, sabendo que, no dia 15 de fevereiro, vou poder receber a vacina, de acordo com o cronograma para idosos de 70 a 74 anos.
Vocês ainda vão ter que me aguentar por mais algum tempo…
“Morte, invalidez, anomalia… Esta é a vacina que o Dória queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la”.
(Do genocida Jair Bolsonaro, em novembro do ano passado, comemorando a morte de um voluntário da Coronavac e a suspensão dos testes. Depois, descobriu-se que a causa mortis do voluntário havia sido suicídio e os testes foram retomados)