O pastor Mauro Sérgio Aiello, da Igreja Presbiteriana do Brasil em Mogi das Cruzes (SP), defendeu os atos golpistas em Brasília durante o seu culto no último domingo (8). Segundo ele, o país está na iminência de uma “guerra civil” e o brasileiro deve pegar em armas para se defender. Na pregação, transmitida ao vivo pelo canal da IBCM no Youtube, disse que o momento é de “agir”.
“A corda esticou e está quebrando, minha gente. E eu vejo um país na iminência de uma guerra civil e de uma convulsão” (…). Nós não vamos pegar em armas para atacar, mas se for necessário pegar para nos defender nós o faremos. O brasileiro de verdade não foge à luta. Somos uma nação pacífica e ordeira, mas há um momento em que nós precisamos agir”.
Durante sua pregação, o líder evangélico alega, sem apresentar nenhuma prova, que as urnas eletrônicas não são confiáveis e questiona a lisura do processo eleitoral brasileiro. “Antigamente a gente dizia assim: ‘Nós vamos mudar o Brasil nas urnas’. Não é bem assim, meus irmãos! Eu me senti como marionete indo às urnas e vendo que fiz até o papel de palhaço, porque estava tudo certinho. Está tudo ajeitado (…) Tudo foi arranjado. Nós fizemos parte do jogo”, diz o pastor.
Nem mesmo as Forças Armadas, escaladas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para apurar a lisura das eleições, encontrou ilegalidades no processo eleitoral.
Para o pastor, os manifestantes radicais que estavam em Brasília não passam de “senhorezinhos, vozinhas e vozinhos, que estão sendo chamados de terroristas, enquanto os verdadeiros terroristas estão no governo”.
A imagem é da capa do Estadão desta quarta-feira, 11. O jornal diz ter identificado 88 extremistas que invadiram prédios em Brasília. Segundo a reportagem, as falas e mensagens dessa turma mostram que o ato golpista foi planejado e organizado.
O expressivo número de 1,2 mil pessoas presas e conduzidas à Polícia Federal após os ataques terroristas que depredaram as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e o Palácio do Planalto provocaram um fenômeno curioso em Brasília.
Por conta da numerosa clientela uma multidão de advogados foi até o local em que os extremistas estavam detidos e promoveram um verdadeiro “feirão de defesa”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Conforme o periódico, nos corredores da Polícia Federal, advogados começaram a chamar pessoas, tentando agrupá-las por cidades ou estados para oferecer seus serviços. “Quem aqui é de Brasília e região?”, gritava um advogado.
Os extremistas ficaram espantados ao serem informados que estavam detidos e que seriam encaminhados para o Complexo Penitenciário da Papuda.
“Eu preciso que, agora, vocês se atenham à prisão. Vocês têm advogados? Já constituíram advogados?” questionava um causídico pedindo que uma assistente anotasse o nome dos potenciais clientes.
Um dos advogados chegou a oferecer seus serviços por R$ 1 mil para o acompanhamento da oitiva e por solicitação de audiência de custódia. A Polícia Federal tem organizado o atendimento judicial aos grupos e a quem tiver interesse.
O PT pediu que o prefeito Caíque Rossi, do PSD, exonere o chefe de setor de ambulâncias da secretaria municipal de saúde de Penápolis (SP) após sua participação no ato terrorista em Brasília.
O servidor, Erlon Paliotta Ferrite, invadiu o Supremo Tribunal Federal (STF) e gravou um vídeo chutando um busto no edifício neste domingo (8/1).
Ele também gravou outro manifestante, Fábio Oliveira, sentado em uma cadeira do Supremo levada até a praça dos Três Poderes. No vídeo, ele diz que “a cadeira do Xandão está agora com meu irmão, Fábio”.
“O funcionário em cargo de confiança Erlon Paliotta Ferrite, não poupou esforços ao consumar atos terroristas, depredações do patrimônio público, bem como, incitação ao ódio. O código penal Brasileiro descreve tais condutas como crimes passiveis de punições severas, por delapidação do patrimônio público, histórico e cultural”, diz o pedido, assinado pelo PT de Penápolis.
A foto é ilustrativa. E a deputada Bia Kicis não perde a mania de espalhar mentiras. A notícia é do UOL:
Fake News divulgada até pela deputada federal Bia Kicis (PL-DF) afirmava que a idosa morreu depois de presa no acampamento bolsonarista em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília, após os atos terroristas nas sedes dos três Poderes, no domingo (8).
A mentira chegou a ser levada por Bia Kicis (PL-DF) ao plenário da Câmara dos Deputados na noite de ontem, quando chegou a dizer que o caso havia sido confirmado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no DF.
“Acabo de receber uma notícia de que uma senhora veio a óbito hoje nas dependências da Polícia Federal. Não foi nas dependências da PM, não. Falo de uma senhora a quem foi negado comida e água e que, depois de horas, e horas, e horas a fio sendo destratada e descuidada, veio a falecer”, discursou a deputada.
Depois do desmentido, ela admitiu o “equívoco”.
À TV Globo, o interventor da segurança pública no DF, Paulo Cappelli, também negou a informação.
O desmonte do acampamento foi determinado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. As 1,2 mil pessoas foram levadas ao ginásio a fim de passarem pela triagem da PF.
Os detidos podem acessar seus celulares e recebem água e comida. O Corpo de Bombeiros também montou tendas de saúde para atender os radicais.
O cloroquiner e puxa-saco do Bozo está na mira do MPF. A notícia é do Conjur:
O Ministério Público Federal instaurou inquérito civil para apurar a conduta da rede Jovem Pan na disseminação de conteúdos falsos a respeito do funcionamento das instituições brasileiras e com potencial para incitar atos antidemocráticos. O foco da investigação será a veiculação de notícias falsas e comentários abusivos pela emissora, sobretudo contra os poderes e os processos democráticos do país.
O MPF fez levantamento ao longo dos últimos meses e detectou que a Jovem Pan está veiculando sistematicamente fake news e discursos que atentam contra a ordem institucional, em um período que coincide com a escalada de movimentos golpistas e violentos em todo o país.
Na cobertura do ataque terrorista em Brasília neste domingo (8/1), por exemplo, comentaristas da Jovem Pan minimizaram o teor de ruptura institucional dos atos e tentaram justificar as motivações dos criminosos que invadiram e depredaram as sedes dos três poderes.
Segundo o MPF, o comentarista ALEXANDRE GARCIA fez uma leitura distorcida da Constituição Federal para atribuir legitimidade às ações de destruição diante do que ele acredita ser um contexto de inação das instituições. “É o poder do povo”, disse, em alusão ao artigo 1º da Carta Magna.
Paulo Figueiredo foi outro a proferir ataques aos poderes e validar os atos de vandalismo, afirmaram os procuradores. Mesmo quando vândalos já haviam invadido e destruído os prédios públicos, o comentarista tentou imputar aos agentes públicos que neles atuam a culpa pelo caos instalado.
Ele argumentou que “as pessoas estão revoltadas com a forma como o processo eleitoral foi conduzido, elas estão revoltadas com a truculência com que certas instituições têm violado a nossa Constituição”, ecoando notícias falsas sobre supostas fraudes eleitorais e atuações enviesadas ou omissivas de tribunais superiores e do Congresso Nacional.
O MPF afirmou que o descrédito às instituições e ao processo democrático vêm ganhando fôlego na programação da Jovem Pan desde meados de 2022, antes mesmo do início do período eleitoral.
“Ataques infundados ao funcionamento das urnas eletrônicas e à atuação de membros do Judiciário foram cada vez mais constantes, acompanhados depois de suspeições sobre o próprio desfecho da eleição”, disse o órgão.
Como exemplo, citou que o comentarista Rodrigo Constantino, em 14 de novembro, atribuiu o resultado dos processos democráticos do país a “um malabarismo do Supremo [Tribunal Federal]”. Já sua colega Zoe Martinez defendeu, em 21 de dezembro, que as Forças Armadas destituíssem os ministros do STF.
Vários programas analisados também continham falas com incitação a atos violentos no país. Um exemplo foi registrado pelo MPF em 22 de dezembro, quando Paulo Figueiredo resumiu o cenário político-social a duas alternativas: a aceitação de “uma eleição sem transparência, sem legitimidade, sem confiança da população” e a deflagração de uma guerra civil. Diante delas, disse: “Então que tenha uma guerra civil”.
Dias depois, o mesmo comentarista diria que uma intervenção militar não traria consequências gravosas ao país e que, em caso de reação de grupos como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, caberia “mandar esses daqui para um lugar pior”. “Passa cerol, vocês são treinados para isso”, concluiu, dirigindo-se a integrantes das Forças Armadas.
O MPF enviou ofício determinando que a Jovem Pan forneça, em até 15 dias, informações detalhadas sobre sua programação e os dados pessoais dos apresentadores e comentaristas dos programas Jovem Pan News, Morning Show, Os Pingos nos Is, 3 em 1 e Alexandre Garcia.
Ao YouTube, o MPF ordenou a preservação da íntegra de todos os vídeos publicados pela Jovem Pan desde janeiro de 2022 até hoje. A plataforma deverá ainda informar em até 30 dias a relação completa dos conteúdos removidos ou cujo acesso público foi restringido pela emissora, para compreender melhor quais razões motivaram essas ações.
O portal Poder360 fez um bom resumo dos fatos ocorridos ontem, em Brasília. Para ler o texto completo, clique aqui. Abaixo, parte do resumo:
Os atos de vandalismo e depredação em Brasília por extremistas de direita no domingo (8.jan.2023) resultaram na prisão em flagrante de 300 pessoas, segundo informou a Polícia Civil do Distrito Federal às 22h57.
Às 3h15 de 2ª feira (9.jan), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), publicou em seu perfil no Twitter que continua o trabalho de identificação de todas as pessoas que participaram ou financiaram os “graves crimes” feitos em Brasília. “Todos serão apresentados ao Poder Judiciário, ainda hoje e nos próximos dias”, declarou.
Dino também afirmou que desde dezembro prisões têm sido requeridas e executadas. “Já há novos mandados de prisão expedidos e outros serão requeridos ainda hoje. Temos todas as placas dos ônibus que trouxeram criminosos até Brasília. Muitos foram apreendidos e outros serão”.
Os extremistas depredaram os prédios dos Três Poderes. Quebraram vidros, mesas, cadeiras, computadores, reviraram gabinetes e danificaram obras de arte.
No Congresso, os radicais quebraram vidraças, entraram em gabinetes e chegaram a atear fogo no Salão Verde. No Planalto, o estrago foi maior. Com exceção do gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é blindado, quase todas as salas foram invadidas e tiveram cadeiras e móveis revirados.
Já no Supremo, as cadeiras dos ministros foram arrancadas –um brasão da República foi retirado do local. O plenário ficou completamente destruído.
Diante do caos instalado em Brasília, Lula, que estava em Araraquara (SP), onde avaliava os estragos provocados pelas chuvas na cidade, decretou intervenção federal na segurança pública da capital do país às 17h50. Só por volta das 18h10, o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), convocou todos os policiais a se apresentarem.
O ministro do STF Alexandre de Moraes mandou afastar Ibaneis de suas funções por 90 dias. O magistrado afirmou que “absolutamente nada justifica a omissão e conivência” do governador do Distrito Federal “com criminosos que, previamente, anunciaram que praticariam atos violentos contra os Poderes constituídos“.
Antes, Ibaneis havia demitido o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro.
Os 300 detidos foram presos pela Polícia Militar e levados em ônibus da corporação ao Complexo da Polícia Civil do DF, a cerca de 13 km da Praça dos Três Poderes –epicentro das manifestações mais radicais.
Não há o balanço de quantos homens e quantas mulheres foram presos. A polícia também não informou se há feridos. Todos serão ouvidos por delegados da polícia civil.
A princípio, os extremistas responderão pelo artigo 359-M do Código Penal: Tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído. A pena é de reclusão de 4 a 12 anos, além de pena correspondente à violência empregada nos atos.
Os fatos que levaram à invasão e depredação do Congresso, Planalto e STF tiveram início no sábado (7.jan.2023), com a chegada de ao menos 80 ônibus de extremistas a Brasília. O objetivo dos manifestantes era protestar em frente aos prédios dos Três Poderes.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, pediu bloqueio total da Esplanada dos Ministérios ao governador Ibaneis Rocha (MDB) e autorizou o uso da Força Nacional, mas não foi atendido. Ibaneis fechou só a passagem de carros à Esplanada.
Brasília está sendo invadida por um exército de napoleões de hospício. Deu no DCM:
Já são quase quatro mil militantes golpistas acampados em Brasília para uma manifestação antidemocrática marcada para segunda-feira (09). A informação é de relatórios de inteligência elaborados pelo governo federal.
Desde a posse do presidente Lula, houve um grande esvaziamento do número de pessoas agrupadas em frente ao Quartel-General do Exército, na capital federal. No entanto, com a chegada de mais de 100 ônibus no sábado (07), o número de manifestantes passou de 200 para 3,9 mil.
Para evitar que hajam depredações como as que ocorreram no dia 12 de dezembro, data da diplomação de Lula, a segurança em Brasília foi reforçada e o governo passou a falar em endurecer o tratamento contra quem adotar discurso golpista.
A manifestação prevista para amanhã tem como pauta um golpe de Estado, tendo em vista que os bolsonaristas não aceitam a vitória eleitoral e a posse de Lula como presidente da República.
De acordo com relatos de membros do governo ao Estadão, a movimentação dos golpistas está sendo monitorada. Eles estão com o discurso de pregar atos até para impedir distribuição de combustível e ir para “o tudo ou nada”.
Por conta disso, a cúpula do Executivo mobilizou o aparato de segurança federal: Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional já foram acionadas, além de uma articulação com o governo do Distrito Federal para reforçar a segurança em Brasília.
Depois de passar anos defendendo Jair Bolsonaro et caterva, além de nos garantir os benefícios da cloroquina e os malefícios da vacina, ele agora resolveu dizer que os patriotários vivem uma realidade paralela. E pensar que aqui em Jales tinha comerciante que pagava para uma emissora de rádio nos brindar todas as manhãs com as indispensáveis opiniões do Alexandre Garcia.