Blog do Cardosinho

Em decisão monocrática do ministro Dias Tófoli, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou seguimento ao recurso do candidato Josiel Britos da Silva(PSL), o saltitante Jojô, e confirmou o indeferimento de sua candidatura a vereador.

O registro da candidatura de Jojô já tinha sido indeferido pelo juiz eleitoral de Jales e pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP). É muito provável que os advogados do candidato interponham mais um recurso, o que, seguramente, não vai adiantar grande coisa.

Jojô – que se candidatou por um dos partidos da famiglia Macetão, o PSL – está sendo barrado porque, segundo os registros da Cartório Eleitoral, não é filiado ao citado partido. Por enquanto, são quatro os candidatos dos partidos de Macetão barrados pela Justiça Eleitoral: Altamira, Mara Fontes, Élcio do Futebol e Jojô. Eis a publicação do TSE, de hoje:

Ante o exposto, nego seguimento ao recurso especial, com base no art. 36, § 6º, do Regimento Interno do Tribunal Superior Eleitoral, e mantenho a decisão que indeferiu o registro de candidatura de Josiel Britos da Silva ao cargo de vereador.

Hoje, pela manhã, estive em uma banca de jornal e fui agraciado com um folheto que estava sendo distribuído na frente do estabelecimento. Tudo indica que ele tenha sido providenciado pela campanha da candidata Nice Mistilides, pois em um dos cantos do folheto, em letras bem minúsculas, consta o CNPJ 15.994.968/0001-43.

Uma visita ao site da Receita Federal mostra que esse CNPJ não existe, mas ele é muito parecido com o CNPJ da campanha de Nice (15.944.968/0001-43). É provável que tenha acontecido um erro de  imprensa. No mesmo canto, também em letras que requerem óculos, consta a tiragem (10.000 cópias) e o CNPJ da gráfica responsável pela impressão, que, no caso, foi a Grafisa. 

O panfleto informa que a Justiça Eleitoral suspendeu a “divulgação da pesquisa do Flá” e, talvez para dar maior credibilidade à informação,  inclui o timbre da Justiça Eleitoral e os nomes do juiz eleitoral, Eduardo Henrique de Moraes Nogueira, e da chefe do Cartório, Kátia Alessandra Benini Boschetti.

Garante, ainda, a “peça publicitária”, que não existe virada nenhuma; que Nice continua disparada na frente; que a suposta pesquisa é mentirosa e que o jornal é falso e o resultado também.

Conforme já foi divulgado por este blog, a Justiça Eleitoral realmente deferiu liminar suspendendo a distribuição de um jornal que trazia uma enquete sobre as eleições em Jales e em várias outras cidades. Proibiu, igualmente, a divulgação da enquete no horário eleitoral gratuito. 

A alegação da Justiça é de que o jornal não teria cumprido um artigo da Resolução TSE 23.364/2011. Alegou, também, o juiz eleitoral, que o jornal nunca teve circulação na Comarca de Jales. Não há, no entanto, nenhuma afirmação do magistrado – aos menos por enquanto – dando conta de que a enquete é mentirosa.

Como se vê, o clima está esquentando e algumas pessoas, que pareciam tranquilas diante da certeza da vitória, já começam a demonstrar razoável preocupação. Um indício de que não está nada decidido.

É bom que se esclareça, por fim, que a contestada enquete nada tem a ver com as pesquisas do Instituto Realidade – todas elas, aparentemente, registradas na Justiça Eleitoral – que estão sendo divulgadas, neste domingo, no Jornal de Jales e em A Tribuna.

Isso tá ficando muito divertido! Como vocês sabem, o programa do candidato Valdomiro Lopes(PSB), de São José do Rio Preto, no horário eleitoral da TV, dedicou dois minutos de esculhambação contra a administração petista de Jales, na sexta-feira.

O programa tinha vários depoimentos de moradores aqui de Jales, inclusive de uma funcionária da Prefeitura, com críticas à administração Parini. Vejam, agora, a notícia do jornal Bom Dia, de São José do Rio Preto e me digam se as disputas eleitorais não estão ficando engraçadas:

A guerra eleitoral na TV ultrapassou os limites de Rio Preto. O prefeito de Jales, Humberto Parini (PT), entrou com ação ontem na Justiça Eleitoral de Rio Preto em que pede direito de resposta no horário eleitoral por causa do programa de Valdomiro Lopes (PSB), exibido na sexta-feira na TV. 

Valdomiro deslocou equipe de campanha até Jales para mostrar que “falta comando ao PT” quando o partido ganha eleição. A coligação do candidato a prefeito pelo PT em Rio Preto, João Paulo Rillo, também entrou na Justiça. 

Na propaganda de Valdomiro, Parini é criticado por moradores de Jales que dizem que a cidade é “uma buraqueira” e que o PT “sacrifica” o município. 

“Foi um ataque de quem tenta evitar o segundo turno em Rio Preto. Ataque gratuito”, disse o chefe-de gabinete da prefeitura de Jales, Leo Huber. Ele diz que o prefeito ainda vai entrar com ação de calúnia contra Valdomiro e pedir indenização. 

O programa reproduz reportagens de 2011 quando a Justiça cassou o mandato do prefeito de Jales, resultado de ação proposta em 1997 pelo Ministério Público por irregularidade em feira agrícola. “A estratégia foi mostrar como é uma cidade administrada pelo PT”, afirma Deodoro Moreira, assessor de Valdomiro.

A Justiça Eleitoral de Jales deferiu liminar que proíbe a divulgação de uma enquete publicada pelo jornal “Folha das Regiões Norte & Sul Paulista”. A liminar – que proíbe a distribuição do jornal ou a menção ao seu conteúdo no horário eleitoral gratuito – foi proposta, provavelmente, pela coligação da candidata Nice Mistilides.

Para o juiz eleitoral, Eduardo Henrique de Moraes Nogueira, “embora as enquetes não estejam sujeitas a registro, as empresas que as divulgam não estão dispensadas do cumprimento do artigo 1º, VIII, da Resolução TSE 23.364/11”. O juiz argumentou, também, que o jornal nunca circulou na Comarca e que sua distribuição deu-se gratuitamente.

A coligação “Pra Jales Melhorar”, do candidato Flávio Prandi tem 48 horas para, se quiser,  apresentar defesa.  

Eu não vou votar no candidato a prefeito Clóvis Viola. Sei, também, que muita gente não gosta do candidato a vice, Luís Especiato. Pessoalmente, acho que, sob o ponto de vista político, Especiato errou ao defender incondicionalmente a administração Parini.

Uma coisa, porém, não se pode negar: o Especiato é um sujeito de um discurso só. Muitas vezes, eu o ouvi dizer coisas que não agradaram aos seus interlocutores, mas ele preferiu dizer o que pensava, mesmo não agradando. Especiato não é um caso único. Aqui mesmo, em Jales, nós temos outros candidatos que fogem à regra do discurso interesseiro.

Infelizmente, no entanto, o normal é encontrarmos políticos que, levados pelo interesse momentâneo, adotam o critério de mudar o discurso de acordo com a platéia. Abaixo, reproduzo trecho do comentário de um leitor do blog, que, se verdadeiro, exemplifica bem o que estamos tentando dizer:

poisézé
29 setembro 2012 às 9:07

Eu não entendo essa Nice, ontem em sua visita aos comércios de Jales, falou mal dos servidores públicos, dizendo em outras palavras, que são preguiçosos…

Depois, na reunião com os servidores ontem à noite na associação dos servidores, ela diz o contrário, que apoia os servidores, que vai fazer os PCCS (Plano de cargos carreiras e salários) regularizando a carga horária, que somos nós servidores que fazemos a diferença, que vamos trabalhar juntos, etc. Ela ao meu ver, fala pra quem quer aquilo que interessa no momento.  

Na quinta-feira, Flá esteve na sede do Rotary Club de Jales, a convite do presidente da entidade, para expor seu plano de governo. No encontro, Flá destacou a importância das entidades em nossa cidade e reafirmou que, em sua administração, elas todas terão prioridade.  

Depois, Flá e Garça participaram de mais um comício da campanha, dessa vez no JACB, onde, segundo os organizadores, eles reuniram cerca de 700 pessoas. Destaque para a presença do secretário estadual de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia, que, mais uma vez, veio dar seu apoio aos candidatos.

Na quinta-feira, 27, Nice Mistilides e Pedro Callado deram continuidade ao trabalho de campanha política com visita a Pirâmide Calçados, na Avenida Francisco Jalles, no Centro. Os candidatos se reuniram com funcionários e falaram sobre alguns temas previstos no plano de governo para que Jales volte a se desenvolver como centro de região.