GOVERNO BOLSONARO NÃO REAJUSTA VALOR DA MERENDA ESCOLAR E CRIANÇAS DIVIDEM ATÉ OVO
A notícia é do Estadão:
A verba federal destinada à merenda escolar está sem reajuste desde 2017 e, com isso, alunos estão tendo a mão carimbada para não repetir o prato, precisando dividir o ovo para quatro crianças e itens básicos, como arroz e carne, estão sendo cortados.
O governo de Jair Bolsonaro (PL) vetou, em agosto, o reajuste aprovado pelo Congresso Nacional porque poderia afetar outros programas sociais e estourar o teto de gastos. O chefe do Executivo também vetou aumento para 2023.
Conforme reportagem divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, gestores municipais dizem que a defasagem do Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar), que atende 41 milhões de estudantes no país, tem feito os municípios gastarem mais —a inflação da cesta básica, que inclui feijão e verduras, teve alta de 26,75% de maio de 2021 a maio deste ano.
Famílias de alunos de uma escola municipal em Belo Horizonte denunciaram nas redes sociais a pouca quantidade de comida no prato: a quarta parte de um ovo, uma colher de arroz, um pouquinho de verduras e molho de carne.
A prefeitura negou a redução de alimentos na rede e afirmou que irá investigar o caso. Em nota, afirmou que desde 2018 elevou em 260% o gasto próprio com merenda (R$ 32 milhões), “considerando que o repasse previsto do governo federal no âmbito do Pnae não sofre reajuste desde 2017, mesmo com a alta dos preços do alimento e do custo da logística”.