LAR DOCE LAR

Na modesta casa da foto ao lado, deveria estar funcionando, há pelo menos uns dois anos, mais uma obra social da nossa primeira-dama, Rosângela Parini. Deveria, mas não está. E tudo indica que, se depender da agitada agenda da primeira-dama, tão cedo não vai estar funcionando. O caso, como você mesmo poderá concluir, é apenas mais um exemplo de como o dinheiro público – por incompetência, falta de planejamento e desinteresse  – é tratado com descaso e desrespeito.

 Ali, naquele imóvel situado em área conjugada ao aeroporto, bem na esquina das avenidas “Paulo Marcondes” e “Guilherme Soncini”, já era prá ter sido instalado um programa social da Prefeitura de Jales, através do Fundo Social de Solidariedade do Município – presidido por dona Rosângela Parini – em parceria com o governo estadual, denominado projeto “Lar Doce Lar“.

O objetivo principal do projeto “Lar Doce Lar” consiste em treinar e capacitar empregadas domésticas (profissionais domésticas seria a denominação políticamente mais correta), visando qualificá-las para as exigências cada vez mais acirradas do mercado de trabalho. Ao final de 2008, visando possibilitar o início do projeto, a Prefeitura contratou uma empreiteira local para reformar o imóvel, sendo que, em fevereiro de 2009, a referida empreiteira entregou a casa totalmente repaginada. O valor da reforma, ou repaginação, beirou R$ 50 mil, dos quais R$ 40 mil vieram do governo do Estado.

Além dos R$ 50 mil gastos na repaginação do imóvel, a Prefeitura teria investido mais uns R$ 15 mil (R$ 10 mil vindos do Estado) na aquisição dos materiais e equipamentos necessários à implantação do projeto. Porém, como se pode ver pelas fotos, o local está abandonado e cercado de mato por todos os lados, apesar de a Secretaria de Agricultura estar situada bem ali do lado. Não é difícil deduzir que – quando a primeira-dama resolver botar o projeto em funcionamento, se resolver – o imóvel possa ter que passar por uma nova reforma.

Em tempo: para possibilitar o início da reforma, a Prefeitura – através do secretário José Shimomura, se não me falha a memória – desalojou de lá um casal de moradores.

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