A FEMINIZAÇÃO DA AIDS E O CARNAVAL

Na próxima sexta-feira começa o Carnaval, quando o país parece parar no tempo. Mas a alegria de alguns é a preocupação de outros. E na ocasião surgem as campanhas que visam alertar para o exagero no consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas, a velocidade nas estradas e, como não poderia deixar de ser, o sexo inseguro.

Neste ano o alvo da campanha do Ministério da Saúde são os jovens de até 24 anos, mas principalmente do sexo feminino. Serão para elas os spots, jingles e outras mensagens via meios de comunicação. O objetivo é evitar a chamada feminização da epidemia, ou seja, o número crescente de casos de soropositivas entre as brasileiras mais jovens.

Segundo dados oficiais, para cada 8 meninos de 13 a 19 anos contaminados com o vírus HIV, há 10 meninas dessa faixa etária na mesma situação. Em estados como a Paraíba, por exemplo, havia 4 garotos e 15 meninas contaminados no ano de 2009. No Rio de Janeiro, no mesmo ano, foram registrados 54 meninas e 28 meninos soropositivos.

Por isso o Ministério as elegeu como foco principal de uma campanha que visa incentivar o uso da camisinha, até hoje a única barreira cientificamente comprovada capaz de evitar a transmissão do vírus por meio da relação sexual. E para garantir o uso do preservativo o órgão anunciou a distribuição de 84 milhões de camisinhas, o que representa 26 milhões a mais que no ano passado.

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