E POR FALAR EM MERENDA ESCOLAR, ONDE ANDA A CEI?

Matéria do repórter Alexandre Ribeiro, o Carioca, publicada no jornal A Tribuna, de domingo passado, nos informa que a Comissão Especial de Inquérito instalada para apurar suspeitas de malfeitos na merenda escolar de Jales pretende ouvir, nesta semana, a secretária de Educação, Élida Barison.

Segundo a matéria, a Prefeitura já teria enviado à CEI, cerca de 1.200 folhas contendo planilhas, relatórios, memorandos e outros documentos. E, de acordo com o vereador Rivelino Rodrigues, as primeiras análises dos documentos já permitiram comprovar que a Secretaria de Educação e a Prefeitura tinham pleno conhecimento dos problemas de cardápio e da grande variação na quantidade de pratos fornecidos pela empresa.

Em uma sessão da Câmara, a pretexto de livrar o prefeito Parini de responsabilidade, o vereador Especiato sugeriu que, se houve alguma irregularidade na merenda, a culpa poderia ter sido das coordenadoras e diretoras de escola, que não teriam fiscalizado a contento. Eu não tenho a menor dúvida de que as coordenadoras e diretoras de escola, assim como a nutricionista da Prefeitura comunicavam as irregularidades ao comando da Secretaria de Educação. E também não tenho a menor dúvida de que a secretária Élida repassava as informações ao prefeito Parini. Que não tomou nenhuma providência no tempo certo.

Nunca é demais lembrar que o contrato com a empresa Gente previa o fornecimento de 5.300 refeições diárias, mas, em alguns meses, a média de consumo da merenda chegou a ultrapassar  9.000 refeições diárias. Atualmente, segundo entrevista radiofônica da professora Élida, a média estaria abaixo das 6.500 refeições previstas no novo contrato firmado com a empresa Starbene Refeições Industriais Ltda.

Os indícios de malversação do dinheiro público são claros. Só não os vê, quem não quer. Em tese, caberia à CEI averiguar se alguém levou vantagem nessa história. Mas, considerando o histórico das últimas CEIs, é melhor concentrarmos nossas expectativas na investigação do Ministério Público, que também está debruçado sobre o caso.

2 comentários

  • Zé das coves

    Fica claro, mais uma vez, que a única coisa que o vereador Especiato faz é tentar defender o indefensável. Ele esquece o povo para lutar bravamente, desesperadamente pela sobrevivência política do prefeito, da qual, a sua depende umbilicalmente. Sábia é a tatinha que já caiu fora dessa e não cansa de afirmar que NÃO QUER O APOIO DO PREFEITO. Especiato esqueceu o povo que o elegeu e corre o risco de ver o povo esquecê-lo também.

  • Anônimo

    Espero queo povo não esqueça do Especiato nunca. Afinal tantas vezes se posicionando CONTRA o povo e em favor das “trapalhadas” (para não dizer coisa pior) da administração, o POVO tem que se lembrar do Especiato sim, todos os dias e nunca mais depositar um único voto nesse “nobre” defensor.
    Alguém se lembra da ocasião em que ele usou a frase:”Os fins justificam os meios”?

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