FALSIDADE IDEOLÓGICA: JUÍZA PRORROGA PRAZO PARA INVESTIGAÇÃO

A juíza da 4a. Vara Judicial de Jales, Renata Vilalba Serrano Nunes, autorizou a dilação do prazo, por mais trinta dias, para que o delegado que cuida do caso da Certidão assinada pelo prefeito Humberto Parini, conclua as diligências solicitadas pela procuradora de justiça Márcia de Holanda Montenegro. Em junho, a procuradora pediu novas diligências ao delegado, mas, pelo jeito, o prazo de um mês não foi suficiente.

Na fase anterior do processo, o delegado pediu ao prefeito documentos que comprovassem uma tal de “compensação de débitos” alegada por Parini, mas a Prefeitura demorou exatos 103 dias para enviar um calhamaço de papéis que não comprovavam coisa nenhuma. Dessa vez, a procuradora está pedindo documentos que comprovem alguma dívida da Prefeitura para com a Instituição Soler. Ainda que a juíza da 4a. Vara prorrogue o prazo por mais 103 dias, vai ser difícil que o prefeito mande tais documentos.

A procuradora está pedindo também uma cópia do processo licitatório onde a Certidão com declaração supostamente falsa foi utilizada. Se a procuradora reparar bem, vai ver que a licitação só foi revogada depois que a Instituição Soler, apesar de ter apresentado a tal Certidão, foi inabilitada pela falta de outros documentos.

E a procuradora pediu também que o delegado ouça novamente o prefeito.  Parini vai ter a oportunidade de desdizer a inverdade que sapecou no primeiro depoimento. Ele disse, em certo trecho que “posso assegurar que a formalidade (a compensação) foi cumprida pelo setor de contabilidade da Prefeitura”. Na verdade, a empresa quitou a dívida em dezembro de 2009, mas isso não se deu através de nenhuma compensação. A conta – cerca de R$ 50 mil – foi paga em suaves parcelas depois que a Câmara aprovou um reparcelamento de dívidas para todos os contribuintes em débito com a Prefeitura.   

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