PREFEITURA “EXPLICA” DÍVIDA DE R$ 15,4 MILHÕES COM INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA

A Prefeitura de Jales enviou nota ao jornal A Tribuna, com algumas “explicações” sobre a dívida de R$ 15,4 milhões que o município tem com o Instituto de Previdência, responsável pelo pagamento dos servidores municipais aposentados. Em 2005, quando Parini assumiu, a dívida era de R$ 5 milhões, o que significa que ela cresceu cerca de 300% durante a administração Parini.

Mesmo assim, o prefeito não se deu por achado. Esquecido de que ele foi o vice-prefeito durante a administração Rato-Parini, o nosso prefeito esgrimiu números e atribuiu a dívida aos erros de governos passados. Para quem não se lembra, foi no governo Rato-Parini que o dinheiro da previdência era descontado do salário dos funcionários, mas não era repassado para o Instituto.

No rádio, em entrevista ao repórter-vereador, Osmar Rezende, o prefeito admitiu que, na sua gestão, a dívida cresceu “apenas” R$ 2 milhões. O resto, diz ele, é a correção da dívida que já vinha de outras administrações. Ora, o governo Parini teria sido positivo para a Previdência Municipal se ele tivesse diminuído a dívida em R$ 2 milhões, e não aumentado, como ele mesmo confessou. 

Além disso, o prefeito se “esqueceu” de mencionar que ele já renegociou parcelas da dívida várias vezes, não pagou, e renegociou novamente.  “Esqueceu-se” de dizer também que agora não é mais possível ficar dando calotes na Previdência, sob pena de a Prefeitura ficar impedida de assinar convênios com o governo federal. Assim, fica fácil dizer que “a política do Município com o Instituto é correta e saneadora de práticas e políticas maléficas do passado”. Não é a política do município que melhorou sob Parini; a lei é que a obrigou a melhorar. Não fosse isso, não tenham dúvidas, a dívida da Prefeitura com o Instituto seria muito maior.

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SOBRE AS DÍVIDAS DA PREFEITURA DE JALES COM O INSTITUTO MUNICIPAL DE PREVIDÊNCIA.

            Segundo informações prestadas por Francisco Valdo de Albuquerque, Superintendente do IMPS de Jales, no último dia 16 de março, a situação financeira do Instituto é salutar, considerado seus aspecto financeiro e as dívidas do Município com o Instituto de Previdência. As dívidas estão negociadas e em forte linha de queda se comparado com os números anteriores à gestão de Humberto Parini. O superintendente garantiu ainda que a Prefeitura vem cumprindo com os pagamentos dos parcelamentos acertados, ou seja, também esta dívida vem sendo paga.
Os números apresentados pelo Instituto Municipal de Previdência são indicativos do quanto a situação melhorou nos últimos seis anos. Em Dezembro de 2004, antes de Parini assumir a Prefeitura, a dívida com o Instituto era R$5 milhões duas vezes e meia maior que os recursos do instituto aplicados em instituições bancárias que eram R$2 milhões. Hoje esta relação entre aplicações bancárias R$16 milhões e dívida R$15 milhões se inverteu totalmente sendo as aplicações bancárias superam a dívida. 
            Outros números que apontam para a capitalização do Instituto de Previdência mostram que em 11 anos (1993-2004) foram capitalizados pouco mais de 2 milhões de reais. Já nos últimos seis anos (2005-2010) o Instituto capitalizou mais de 14 milhões.
            Quando comparamos a proporcionalidade entre a dívida do município no final de 2004 e sua capitalização, se tivesse sido mantida a mesma proporcionalidade esta dívida estaria hoje em quase 41 milhões e não em 15 milhões. Em termos proporcionais, considerada dívida e capitalização, a dívida é hoje 270% menor do que era em 2004.
            Francisco Valdo Albuquerque chama atenção ainda para o fato de que em 2004 o Instituto funcionava em “um prédio velho, … tinha dois computadores e uma lona preta para protege-los das goteiras”. Que hoje o instituto “funciona numa sede própria, em um prédio, que sem dúvida, é um dos mais modernos do Brasil, em termos de Regime Próprio”. O Superintendente assegura ainda que se Parini não tivesse mudado a política em relação ao Instituto “ele já teria falido a muito tempo”.
          Diante do que foi exposto é possível deduzir que a política do Município com o Instituto é correta e saneadora de práticas e políticas maléficas do passado. Que o Instituto se fortaleceu financeiramente, que as dívidas vêm sendo pagas e que hoje a Previdência Municipal é capaz de garantir o pagamento dos benefícios de seus assegurados no futuro, a não ser que mais tarde, velhas práticas e políticas ruins voltem a ser adotadas. Ao analisar os fatos e os números fica expresso que a gestão de Humberto Parini ergueu o Instituto Municipal e que sua política garantiu vida longa à Previdência Municipal e tranquilidade aos seus assegurados.

4 comentários

  • Ronaldo da Fazendinha

    mas que convênios? há muito tempo que a prefeitura de jales não assina nada. tá tudo parado, morto, inerte, o último que sair apague a luz!

  • Clayton Campos

    Parabéns para o meu amigo Valdo! Quem o conhece sabe que além de poeta, ELE também é um ótimo administrador público. Eu o conheci na direção da Cultura e da Saúde (nesta última alguns não gostaram das suas ações).

  • Dona Maria do Bairro

    O Atual Superintendente que agora diz que o atual Prefeito adotou políticas de salvação do Instituto, é o mesmo que defendia, quando estava na Ativa, que o Superintendente tinha que ser um funcionário de carreira para diminuir gastos?

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