Blog do Cardosinho

Hoje pela manhã, a grita no cemitério antigo era quase geral. O movimento era intenso e a maioria das pessoas – que estavam lá para limpar os túmulos de parentes – chegava munida de balde, sabão, vassoura, etc, mas tinha dificuldade para encontrar um produto imprescindível a qualquer trabalho de limpeza: a água.

Até mesmo um vereador eleito, que estava por lá cumprindo a missão de dizimar com o mosquito da dengue, teve que ouvir reclamações. O solerte repórter de uma rádio local também foi chamado e é possível que, amanhã, ouçamos reclamações no noticiário matinal.

De acordo, no entanto, com o responsável pelo cemitério – o França – não havia muito o que fazer. Ele explicou que um técnico da Sabesp estivera no local, no dia anterior, e não constatou nenhuma anormalidade. “O problema é que o pessoal está abrindo muitas torneiras ao mesmo tempo e aí falta pressão”, garante o França.

A explicação é razoável, mas, a se julgar pelo humor da turba enfurecida, não estava convencendo.    

Alguns leitores querem saber quais os subsídios (salários) dos agentes políticos de Jales. Os subsídios recebidos, atualmente, estão definidos na Lei Municipal n° 3982, de 03 de abril de 2012, aprovada pela Câmara Municipal. Ei-los: 

Esses subsídios deverão ser reajustados em abril de 2013. Lembrando que todos os demais ocupantes de cargos não efetivos (relacionados em um post anterior), incluindo os chefes de gabinete das secretarias, não são considerados “agentes políticos”.

Lembrando, também, que o estadista Humberto Parini não recebe subsídios da Prefeitura, uma vez que optou por continuar recebendo o salário de fiscal tributário do estado, cargo do qual está afastado. O pagamento à prefeita Nice deverá gerar um aumento na despesa com salários, em 2013, de mais ou menos, R$ 170 mil. 

Como se pode ver na foto acima, já está quase pronta uma das grandes obras do segundo mandato da administração Parini. Trata-se da capela ecumênica do antigo cemitério. Se dependesse apenas da vontade do estadista, nem essa obra teríamos.

A nova capela só está sendo construída graças ao esforço pessoal do secretário de Administração, José Shimomura. A capela antiga, vocês sabem, foi demolida há uns dois anos, a fim de abrir novos espaços para  sepultamentos. Alguns dias antes da demolição, a Prefeitura veiculou nota justificando a iniciativa e prometendo construir outra. Eis um trecho da nota, de 2010: 

“Uma nova capela será construída em outra parte do cemitério e terá todo o seu entorno gramado e jardinado. Pretende-se entregá-la no decorrer de 2011, dentro das comemorações que estão sendo programadas para os 70 anos de Jales.”

No ano passado, cobrado pela Câmara, Shimomura deu a entender que a promessa não seria cumprida. Ele justificou que na capela antiga eram “celebradas apenas duas celebrações(sic!) por ano, no Dia de Finados” e, durante todos os demais 364 dias (365 nos bissextos), ela era utilizada por vândalos “para defecarem no recinto e detrás do altar, num verdadeiro acinte à religiosidade do povo”.

Pelo jeito, alguma interferência divina iluminou Shimomura, que resolveu  batalhar pela construção da nova capela e, embora com ligeiro atraso, está cumprindo o prometido.   

De vez em quando, me perguntam quantos e quais são os cargos de confiança do município, de livre nomeação do prefeito. Eles estão aí embaixo. Se a futura prefeita Nice preenchê-los todos, a Prefeitura gastará – com os salários desse pessoal – cerca de R$ 2,4 milhões por ano.

Nosso premiado estadista Humberto Parini esteve hoje na Antena 102, onde concedeu entrevista ao Antena Ligada, da qual extraio alguns interessantes fragmentos.

Primeiro: o prefeito, na maior cara de pau, disse que a pífia votação dos candidatos Clóvis Viola e Luís Especiato não refletiu a aprovação do seu governo. Refletiu o que, então? De acordo com o estadista, sua administração teve 42% de ótimo/bom e mais 30% de regular. Uma piada!

Segundo: sua administração teria pago, em 8 anos, cerca de R$ 30 milhões em dívidas. Duvido! Esse é mais um número fantasioso que foi jogado durante a campanha eleitoral e o prefeito, que acredita nas próprias inverdades, incorporou ao seu discurso. Durante a campanha, falou-se, também, que ele tinha construído mais de 800 moradias populares, mas, na verdade, em oito anos, Parini iniciou, concluiu e entregou apenas 53 casas.

Terceiro: ele disse que a Prefeitura está pagando dívidas antigas e que não teve precatórios (dívidas) novos durante seu fantástico mandato. Outra inverdade! Para ficar apenas em um, cito o precatório do ECAD, no valor de quase R$ 700 mil, uma herança que Parini vai deixar para os próximos mandatários, fruto de sua atuação desastrosa como presidente da Facip.

Quarto: à guisa de explicar por que não teremos decoração natalina neste final de ano, o estadista disse que não foi procurado pela direção da Associação Comercial. Ora, então, é a ACIJ que teria de tomar a iniciativa? Tenha santa paciência! Isso só demonstra, mais uma vez, a falta de liderança e a incompetência do prefeito, que só caminha para a frente quando é empurrado.

Ainda bem que está acabando! E o que é melhor: Curionópolis é logo ali!