Declarado “inimigo número 1” do regime militar em 1968, o militante comunista e guerrilheiro Carlos Marighella (1911-1969) irá substituir o presidente do período da ditadura Emílio Garrastazu Médici (1905-1985) como nome de um colégio estadual em Salvador.
Iniciativa de estudantes da escola, a mudança foi referendada na quinta-feira (12) pela comunidade do colégio estadual Presidente Emílio Garrastazu Médici, que fica em um bairro de classe média da cidade.
Entre os dias 30 de novembro e 10 de dezembro, pais, alunos e professores votaram pela escolha de um novo nome. Na votação, as opções eram os nomes de Marighella e do geógrafo baiano Milton Santos (1926-2001). O guerrilheiro obteve 69% dos 586 votos.
A alteração era também uma demanda antiga dos professores do colégio, sobretudo os da área de ciências humanas.
“Havia um incômodo em ter a nossa escola batizada com o nome de um ditador. A mudança vem em boa hora, ainda mais com a escolha do nome de um baiano que combateu à ditadura”, afirmou a vice-diretora do colégio, Maria das Graças Passos.
O general Médici ficou notabilizado por comandar o país durante um dos períodos mais duros do último regime militar.
Foi durante seu governo que Marighella foi morto em São Paulo por agentes do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), órgão de repressão do regime.
Em 1996, o governo brasileiro reconheceu a responsabilidade do Estado na morte de Marighella. No ano passado, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, oficializou a anistia post mortem do ex-deputado federal baiano.
Recebi, de um amigo, ume-mail dando conta de que o Banco Santander demitiu, nas últimas semanas, duas funcionárias da agência de Jales.
Na sexta-feira passada, 06/12, o banco espanhol demitiu uma coordenadora de atendimento. E na sexta-feira anterior, já tinha sido demitida uma das melhores gerentes de relacionamento que a agência de Jales tinha. Em ambos os casos, sem nenhum motivo aparente.
É dessa maneira que o banco agradece aos seus funcionários em quase todos os finais de ano: presenteando-os, na véspera do Natal, com uma demissão injustificada. No final de 2012, por exemplo, o Santander também fez demissões em massa, cortando 975 postos de trabalho.
Em 2013, o banco já tinha fechado, até setembro, 3.000 postos de trabalho, que, segundo sindicatos, não foram repostos com novas contratações. Com poucos funcionários, o atendimento aos clientes piorou, mas ainda assim o Santander segue cobrando altas taxas de juros e tarifas exorbitantes.
O Santander lucrou R$ 6,3 bilhões em 2012. Esse resultado significou 26% do lucro mundial do banco. Em nenhum outro país do mundo o banco ganhou tanto dinheiro. Mesmo assim, continua demitindo para reduzir custos, enquanto gasta milhões de reais com o patrocínio da Copa Libertadores e da Fórmula 1.
Nesta semana, teremos uma sexta-feira 13. É bem provável que os funcionários do Santander – em Jales e no resto do país – já estejam iniciando a semana preocupados não apenas com as metas desumanas que são obrigados a cumprir, mas, principalmente, com o “presente” de Natal que o banco está distribuindo aos seus colaboradores.
Você costuma deixar o notebook na cama? Então, veja a notícia do G1:
Um incêndio destruiu parcialmente uma casa por volta das 14h de sexta-feira (6), na Vila Barros, em Dracena. Segundo o Corpo de Bombeiros, um notebook que estava carregando em cima da cama seria o causador do fogo.
As chamas foram controladas após duas horas. O fogo consumiu totalmente um dos quartos e, conforme os bombeiros, danificou a parte elétrica e hidráulica da casa.
Nenhum dos quatro moradores se feriram. O local foi interditado pelo Corpo de Bombeiros.
Em novembro do ano passado, um acidente com um cabo de aço esticado entre duas máquinas da Prefeitura matou o jovem Rafael Goes Luiz, aqui em Jales. Na quarta-feira passada, um outro acidente muito parecido aconteceu em Jaboticabal. O acidente foi gravado em vídeo. Vejam a notícia do G1:
Um motociclista morreu depois de ser atingido no pescoço por um cabo de aço esticado por um guincho no meio de uma avenida por que transitava em Jaboticabal(SP). José Aparecido Ferreira, de 25 anos, chegou a ser levado para o pronto-socorro da cidade, mas não resistiu. Imagens registradas por um morador que acompanhava o trabalho de remoção de um caminhão flagraram o momento em que a vítima se chocou com o cabo e caiu do veículo. O acidente foi registrado na quarta-feira (4).
A Polícia Civil instaurou inquérito por homicídio culposo – quando não há intenção de matar – para apurar a responsabilidade da empresa de guincho, que, segundo registro feito pela Polícia Militar, não interditou a via para impedir o tráfego enquanto o caminhão era removido. A proprietária da empresa, que é de Araraquara (SP), informou que o local estava sinalizado.
sDe acordo com a PM, o guincho estava esticado e interceptando o tráfego na Avenida Maria Perecin Mônaco, no Jardim das Rosas, para a retirada de um caminhão caído em uma ribanceira. As imagens mostram Ferreira, que não teria visto o obstáculo porque o local não tinha sinalização, segundo a Polícia Militar, indo ao encontro do cabo de aço sem frear.
Em seguida, ele sofre um impacto na região do pescoço e do tórax e cai da moto. O vídeo também mostra uma pessoa colocando cones em dois lados da avenida para isolar o trecho momentos depois do acidente.
A notícia completa e o vídeo com o momento do acidente podem ser vistos aqui.
Conhecido pela imagem de um homem comum que recusou os luxos oferecidos ao líder máximo da igreja, o Papa Francisco, que trabalhou como faxineiro e técnico em laboratório, revelou que fez “bico” como segurança de boate em Buenos Aires na época de estudante universitário, antes de dedicar sua vida à Igreja Católica, informa o jornal do Vaticano “L’Osservatore Romano”.
As revelações foram feitas por Francisco ao visitar uma paróquia de Roma no fim de semana anterior. Na ocasião, um paroquiano pediu que o Papa rezasse por um parente seu que quer se tornar frade franciscano. O pontífice disse que rezaria para que a pessoa tivesse “a perseverança para avançar, mas também a coragem para retornar se entender que esse não é o caminho certo”.
O Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS) ajuizou ação de improbidade contra o ex-prefeito de Paranaíba José Garcia de Freitas, o “Zé Braquiara”. Ele é acusado de omissão no cumprimento de Acordo de Cooperação Federativa, que destinou ao município mais de R$ 61 mil do Pacto Nacional pelo Enfrentamento da Violência contra as Mulheres.
O acordo de cooperação, assinado em 2009, previa o repasse de verba federal para a criação de um Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Paranaíba. O montante seria destinado ao município para aquisição de veículo, móveis e equipamentos e, em contrapartida, a Prefeitura disponibilizaria imóvel e servidores para a instalação do projeto.
Os materiais foram adquiridos e entregues em 2011, mas o ventro de teferência não saiu do papel. A prefeitura de Paranaíba, mesmo notificada três vezes, permaneceu omissa no cumprimento de suas obrigações. Segundo o ex-prefeito, “o quadro de servidores públicos municipais estaria defasado”, mas, para o MPF, nada impedia o deslocamento temporário de servidores para atender a demanda.
Na visão do Ministério Público Federal, “fica evidente que o ex-prefeito deixou de praticar, indevidamente, atos de ofício, tratando-se não de uma mera omissão simples, ou isolada, mas sim de uma omissão qualificada, porque dolosa, duradoura, injustificada e decorrente do não cumprimento de obrigações espontaneamente assumidas pelo próprio obrigado”.
Se a ação for julgada procedente, José Garcia de Freitas pode ter os direitos políticos suspensos por mais de 4 anos; pagar multa de, no mínimo, 3 vezes o valor da última remuneração recebida; e ser proibido de receber benefícios ou incentivos fiscais.
O sujeito teria argumentado que queria flagrar uma suposta traição da esposa. A notícia é do G1-RS:
Um homem é investigado pela Polícia Civil pela suspeita de instalar uma câmera filmadora com aparência de um controle de alarme de carro em um banheiro durante uma festa particular no último final de semana em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Imagens de pessoas que participavam da confraternização foram flagradas e repassadas à polícia, que investiga se há mais vídeos gravados pelo equipamento.
De acordo com a delegada Marina Goltz, o homem era um dos convidados da festa, e aparece nas imagens instalando o equipamento. Ele foi intimado a prestar depoimento nesta terça-feira (3). A anfitriã é tida pela delegada como uma das vítimas.
A denúncia foi feita por um grupo de mulheres que estava na festa. Uma delas desconfiou da luz emitida pelo aparelho e chamou algumas amigas para ver. “Elas foram até um computador, inseriram o cartão de memória e havia imagens de várias pessoas, tudo filmado”, disse a delegada.
A notícia do G1, completa, pode ser lida aqui. E um vídeo do SBT sobre o curioso caso pode ser visto aqui.
A profissão de advogado está ficando cada vez mais difícil. Vejam a notícia da CBN:
Uma prisão ocorrida em novembro mexeu com os ânimos da Ordem dos Advogados do Brasil. Não por conta dos já conhecidos abusos da polícia ou do Judiciário, alvos de diversas críticas da entidade. Dessa vez, prenderam o advogado no lugar do cliente. Só depois de quatro horas atrás das grades o advogado conseguiu provar que houve expedição indevida e errônea de mandado de prisão, pela 1ª Vara Cível de Indaiatuba, e foi libertado.
Com receio de ser alvo de “fofoca” (a cidade de Indaiatuba tem cerca de 210 mil habitantes), o profissional achou melhor não procurar a Ordem e resolver sozinho. Posteriormente, porém, o advogado foi alvo de “considerações jocosas e irônicas” por parte de uma autoridade da Justiça local, na frente de outros profissionais, que levaram o caso à OAB.
Com isso, nesta terça-feira (4/12), a Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB de São Paulo e a subseção de Indaiatuba divulgaram nota de repúdio pela prisão indevida. Presidente da comissão, Ricardo Toledo Santos Filho conta que o advogado, ao ser preso, alertou que era o advogado da causa e que a prisão era um engano e resistiu, mas foi ironizado pelos policiais e arrastado de forma truculenta à prisão.
Para o presidente da OAB-SP, Marcos da Costa, a sucessão de erros é inaceitável. “A classe repudia todo o episódio, começando pelo erro inadmissível perpetrado por um cartório que expede um mandado de prisão em nome do advogado da causa. Pior: ele é cumprido com truculência, mesmo diante do veemente esclarecimento do advogado. O episódio se agrava com a manifestação irônica posterior, feita em uma audiência, sobre o episódio, desdobrando-se em ofensas generalizadas à classe dos advogados”.
A notícia completa e a nota de repúdio da OAB podem ser lidas aqui.
O Grupo de Trabalho (GT) Transportes do Ministério Público Federal vai requisitar instauração de inquérito policial para apurar as responsabilidades da Agência Nacional de Transportes Terrestres e da América Latina Logística (ALL) no acidente que resultou na morte de oito pessoas no município de São José do Rio Preto, no noroeste do estado de São Paulo.
As mortes foram causadas pelo descarrilamento de um trem no último domingo, 24 de novembro. Pelo menos dois dos mortos são crianças; uma terceira vítima era uma mulher que estava grávida. Os corpos foram encontrados soterrados sob os escombros.
A requisição de instauração de inquérito policial é assinada pelo procurador da República Thiago Lacerda Nobre, coordenador do GT Transportes. Cabe à ANTT, como agência reguladora, “assegurar aos usuários adequada prestação de serviços de transporte terrestre e exploração de infraestrutura rodoviária e ferroviária outorgada”. A via na qual ocorreu o acidente é administrada pela ALL, maior concessionária de ferrovias do Brasil.
Ainda de acordo com o site da ANTT, o Plano Nacional de Desestatização – com a concessão das ferrovias brasileiras a empresas privadas como a ALL – tem como principais objetivos “desonerar o Estado; melhorar a alocação de recursos; aumentar a eficiência operacional; fomentar o desenvolvimento do mercado de transportes; e melhorar a qualidade dos serviços.”
REUNIÃO. O GT Transportes também vai convocar a ANTT para uma reunião no próximo dia 6 de dezembro. “Queremos saber o que de fato tem sido feito pela agência reguladora para garantir a adequada prestação de serviços de transporte terrestre”, explica o coordenador do GT Transportes.
“Vamos continuar cobrando da ANTT o que estamos pedindo desde 2011; não é possível admitir problemas como a existência de dormentes queimados, podres ou deteriorados em ferrovias que deveriam ser fiscalizadas pela ANTT”, completou Thiago Lacerda Nobre.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a Igreja também é responsável pela indenização de vítimas de padres pedófilos. Os ministros analisaram um recurso da Mitra Diocesana de Umuarama, no interior do Paraná, que não quer pagar R$ 100 mil de danos morais a um garoto que sofreu abusos sexuais de um padre, em 2002, quando tinha 14 anos.
O caso, divulgado na segunda-feira (25) pelo jornal Folha de S. Paulo, foi julgado pela Terceira Turma do STJ no dia 19. O padre José Cipriano da Silva confessou o crime, mas a ação penal continua em andamento desde 2004, já que o réu discute que era incapaz quando violentou a criança.
A vítima foi abusada na Casa Paroquial de São Tomé, norte do Paraná.A condenação de R$ 100 mil foi dividida pela Justiça paranaense entre a diocese e o padre de forma solidária – ou seja, a Igreja paga tudo se o réu não tiver o dinheiro disponível.
A relatora, a ministra Nancy Adrighi, considerou que há vínculo de subordinação entre o padre e a Mitra, o que gera a responsabilidade solidária. O advogado da diocese, Hugo Cysneiros, disse que deve recorrer. “Ele agiu fora do ambiente sacerdotal”, disse. “Tão logo surgiram os primeiros boatos, ele foi excluído das atividades e obrigado a deixar a Igreja.”